No dia seguinte, Helena me mandou outra mensagem curta: “Traga uma toalha. Vou te mostrar um lugar onde gosto de me refrescar.”
A curiosidade tomou conta de mim. Quando cheguei à casa dela, ela estava pronta: vestido leve, sandálias simples e um chapéu de palha que a fazia parecer ainda mais charmosa. Sorriu ao me ver e sem perder tempo pegou minha mão.
Seguimos por uma estradinha de terra, ladeada por árvores e cercas de madeira. O calor era intenso, e o canto dos pássaros enchia o ar. Depois de uma caminhada de alguns minutos, ouvimos o som de água corrente. O rio aparecia à nossa frente, escondido entre pedras e vegetação. Um lugar afastado, quase secreto.
— Quando eu era mais nova, vinha sempre aqui — disse ela, pousando a toalha sobre a grama. — É tranquilo… e ninguém aparece à tarde.
Sentou-se à beira da água e começou a retirar as sandálias. Quando ergueu o vestido para molhar os pés, minhas pernas tremeram: não havia nada por baixo além da pele clara e macia. Percebeu meu olhar e riu baixinho.
— Não vai entrar? — provocou, deslizando os pés na correnteza. — A água está ótima.
Tirei a camisa, e antes que eu terminasse de me despir, ela já estava de pé, deixando o vestido escorregar pelo corpo até cair no chão. O sol iluminava suas curvas generosas, o brilho da pele úmida pelo calor. Senti o corpo reagir de imediato.
Entramos juntos na água. Ela nadava devagar, aproximando-se de mim com movimentos suaves, quase felinos. Quando chegou perto, envolveu meu pescoço com os braços e encostou o corpo ao meu. A sensação da pele nua contra a minha me fez perder o fôlego.
Seus lábios buscaram os meus, primeiro num beijo lento, depois mais urgente. Suas mãos escorregaram pelas minhas costas, descendo até segurar firmemente minha cintura. Instintivamente, deslizei as mãos pela sua coxa, subindo aos poucos, sentindo a firmeza e a maciez de sua pele.
Ela gemeu baixinho quando minha mão alcançou o contorno de sua intimidade sob a água. Não havia barreiras. Afastei-a levemente e comecei a acariciar devagar, explorando, provocando. Seus gemidos se misturavam ao som do rio, abafados mas cheios de desejo.
Helena retribuiu, levando a mão até mim, envolvendo-me com firmeza. O contraste da água fria e do calor da sua pele me fez estremecer. Movia a mão devagar, num ritmo torturante, enquanto seus olhos verdes me encaravam com malícia.
— Está vendo como esse lugar guarda segredos? — sussurrou, roçando os lábios no meu ouvido. — Agora ele guarda o nosso.
O desejo era tão intenso que quase não me contive. Mas ela parecia gostar do jogo: me excitava até o limite, depois recuava, como se quisesse prolongar o prazer. Ficamos assim por longos minutos, explorando os corpos um do outro sob a água, até que ela me puxou de volta para a margem.
Deitamos na toalha, ainda molhados, com o sol aquecendo nossos corpos. Helena se aninhou contra mim, a respiração acelerada, os seios arfando sob meus toques. A tarde parecia suspensa, como se o tempo tivesse parado só para nós.
Ali, à beira do rio, percebi que aquela aventura não seria apenas passageira. Helena tinha planos — e eu queria descobrir todos.