Sussurros no Corredor do Banco
Eu sou Janaína, 22 anos, e passo meus dias no Banco Itaú, em Itatiba, São Paulo, lidando com planilhas e o mau humor dos clientes. A rotina é um looping de relatórios e café amargo na copa, onde o cheiro de asfalto quente da Rodovia Dom Pedro I invade pela janela entreaberta, misturando-se ao frio do ar-condicionado. Aos 22, eu achava que minhas vontades eram gravadas em pedra, como as metas do banco. Meus rolos sempre foram com caras da minha idade, no máximo dois anos de diferença. Parecia certo: corpos na mesma vibe, risadas soltas, noites que terminavam em silêncios rápidos demais.
Mas as meninas do banco, algumas até mais novas, jogaram uma faísca que não apagava. Falavam dos mais velhos com um brilho safado nos olhos, como quem conta um segredo quente. “Quarentões, Jana, eles conhecem cada curva do prazer”, diziam, entre risinhos. Eu torcia o nariz. Quarentão? Era tipo imaginar um tiozão de churrasco, não um cara na cama. Mas elas martelavam: “Eles sabem usar a língua, sussurram coisas que te arrepiam, sem apressar. Os novinhos? Querem meter no seco, têm nojo de chupar, nojo de cu. Gastam horas no salão, obcecados com degradê, sobrancelha, se amando mais que a nós.”
Eu ria, mas as palavras colavam como chiclete. Testei com os da minha idade e vi o que elas queriam dizer. Uma noite com o Thiago, o galã da faculdade, me esforcei: boquete caprichado, deslizando a língua até as bolas, sentindo o gosto salgado me encher. Depois, puxei a cabeça dele pra baixo, louca por um retorno. Ele roçou os lábios no púbis, nas coxas, e travou. “Tá com cheiro ruim?”, perguntei, recém-saída do banho, exalando lavanda. “Não, é que... não curto muito.” Outra vez, com o Rafael, o playboy das baladas, tentei anal. Ele recuou: “Vai sujar, né? Melhor não.” A frustração batia pesado, como um boleto atrasado.
Comecei a observar os mais velhos. No banco, na rua, onde o ronco dos caminhões na rodovia e o cheiro de eucalipto das fazendas emolduravam Itatiba, eles pareciam surgir do nada. As colegas não paravam: uma falava, com a boca cheia de malícia, do leite quente de um macho alfa; outra, de um oral que parecia eterno, explorando cada canto. Achava papo furado, mas a curiosidade venceu. Precisava de reforço em administração pra um seminário interno, e Fernando, 38 anos, solteiro, com cara de galã de novela mexicana – moreno, olhos que prometiam histórias –, era o palco perfeito.
A Dança dos Olhares na Sala de Aula
As aulas com Fernando rolavam num sobrado antigo no centro de Itatiba, com cheiro de madeira úmida e café recém-passado pairando no ar. Ele explicava gestão com calma, a voz grave ecoando na sala de paredes descascadas, sob uma luz amarelada que tremia como se tivesse vida. Eu sentava perto, a saia subindo um pouco ao cruzar as pernas, o tecido roçando a pele quente. Joguei a isca: “Os caras da minha idade, Fernando... prometem tudo, entregam nada.” Ele parou o lápis no ar, os olhos escuros me dissecando. “E o que você quer de verdade, Janaína?”
O jogo pegou fogo ali. Numa aula, deixei a caneta “cair” e me inclinei, o decote da blusa mostrando o contorno dos seios. Nossos braços se roçaram, a pele dele quente, o pulso firme como quem sabe o que faz. Ele corrigiu uma anotação, a mão grande pairando sobre a minha, o calor subindo pelo meu braço como eletricidade. “Você, solteiro, deve entender o que uma mulher precisa, né?” Ele riu baixo, o olhar faiscando. “Cuidado, menina. Esse jogo é perigoso.” Aproximei-me, o joelho roçando o dele sob a mesa, o ar ficando denso como a névoa que sobe da rodovia ao amanhecer. “Perigoso é ficar só na vontade.”
Ele tentou segurar a onda, falando de ética, diferença de idade. Mas eu tomei a frente: beijei ele, lábios colando nos dele, sentindo o gosto de café misturado a algo bruto, masculino. Ele cedeu, as mãos subindo pelas minhas costas, firmes como âncoras, me puxando pro sofá. O estofado rangeu sob nosso peso, a luz da tarde dançando nas cortinas. Beijou meu pescoço, lento, os lábios quentes traçando um caminho até o colo, o hálito me arrepiando. “Relaxa, Jana”, sussurrou, a voz um comando suave que me derretia. Ajoelhou-se, levantou minha saia, e a língua achou meu clitóris com precisão – movimentos circulares, leves, depois intensos, sugando o mel que escorria, como quem venera. Dedos grossos entraram, curvando pro ponto certo, o som úmido misturando-se ao cheiro de madeira e nosso suor.
Eu gemia, unhas cravadas no sofá, o prazer subindo como um rio que transborda. “Isso, Fernando... não para.” Ele obedecia, a língua dançando, o cheiro terroso dele me engolindo. O orgasmo veio devagar, depois explodiu, pernas tremendo ao redor da cabeça dele, um grito preso na garganta. Só então ele se ergueu, o pau duro pulsando, entrando em mim com um ritmo que parecia ensaiado – pausado, profundo, olhos cravados nos meus. “Teu gozo é o meu”, disse, movendo-se até gozarmos juntos, o calor dele se misturando ao meu, o corpo suado colado ao estofado.
Foi como destrancar uma porta pra um mundo onde o prazer era uma dança lenta, não uma corrida desenfreada.
O Fogo na Sala de Reuniões
Depois de Fernando, o banco virou outro cenário. Cada homem mais velho agora parecia carregar um mistério que eu queria desvendar. Meu chefe, Marcelo – nome trocado pra guardar o segredo –, 43 anos, casado, tinha uma presença que dominava o ambiente. Alto, com fios grisalhos nas têmporas, mãos que carregavam o peso de decisões. Comecei a provocar: relatórios entregues com dedos que demoravam, ombro roçando o dele na copa, o perfume dele – colônia amadeirada com um toque de suor – grudando na minha pele.
Numa tarde, o expediente se arrastou até o sol se pôr. Sozinhos na sala de reuniões, ele trancou a porta, o clique ecoando como um tambor. “Você tá diferente, Janaína. Mais... atrevida.” Sentei na beira da mesa, a saia subindo, pernas balançando. “É que descobri que maturidade tem um sabor único, Marcelo. Os novinhos correm, mas você... sabe parar.” Ele chegou mais perto, o anel de casado brilhando sob a luz fria. “Isso é arriscado”, murmurou, mas as mãos já apertavam minha cintura.
O beijo veio faminto, línguas se chocando, o bigode dele pinicando minha pele. Abriu minha blusa, a boca voraz nos seios, dentes roçando os mamilos até eu arquear as costas. Ajoelhou-se, a saia amassada nas coxas, e a língua atacou – lambidas longas pela fenda, o bigode roçando o clitóris, o som úmido explodindo na sala silenciosa. “Que buceta doce”, grunhiu, dedos grossos entrando, esticando, curvando pro ponto que me fazia tremer. O cheiro dele – colônia, suor, poder – me intoxicava. Gozei na mesa, papéis voando, o corpo convulsionando, um grito abafado contra meu punho.
Ele me virou de bruços, o pau duro batendo contra minha bunda. Penetrou com força, mãos nas ancas, o ritmo autoritário, como quem dá ordens. “Sente isso, Jana. Tô te marcando.” Cada estocada era um comando, o som dos corpos batendo na madeira ecoando. Ele gozou com um rugido grave, o calor denso me enchendo, enquanto eu tremia em ondas que não paravam. Saímos dali com o ar pesado, o proibido pulsando como adrenalina.
A Tempestade com Jorge
O ápice veio com Jorge, 38 anos, amigo do meu pai, solteiro, que sempre me olhava com um brilho torto nos churrascos de família. Calvo, barba rala, cheiro de terra e cigarro apagado – o desleixo que antes eu rejeitava, mas agora me incendiava. Liguei numa tarde de garoa, o som da chuva batendo nas telhas. “Jorge, meu carro tá com um barulho. Pode dar uma olhada?” Pura desculpa.
Ele chegou encharcado, a camiseta colada no peito largo, o cheiro de chuva e homem cru invadindo a sala. “Você cresceu, Jana”, disse, os olhos devorando meu corpo, o short curto mostrando as coxas. “E você sempre me olhou assim. Quer provar?” Ele sorriu, me puxando pro colo, o beijo selvagem, línguas brigando por espaço. No quarto, os lençóis frios chocavam com a pele em chamas.
Jorge era um predador paciente. Ajoelhou-se, boca faminta: a língua traçando da buceta ao cu, sem pudor, lambendo com devoção, o sabor nosso misturando-se à chuva que escorria dele. “Abre mais”, ordenou, dedos lubrificando o caminho traseiro, o calor da saliva me relaxando. Penetrou na buceta primeiro, estocadas lentas, profundas, uma mão girando no clitóris como quem toca uma sinfonia. “Quer no cu?”, perguntou, voz rouca. Assenti, o desejo me consumindo. Ele entrou devagar, a pressão virando prazer bruto, o corpo se rendendo. Cada movimento era perfeito – firme, ritmado, a mão na frente mantendo meu fogo aceso.
“Me diz o que quer”, rosnou, acelerando. “Tudo, Jorge... me faz tua.” O orgasmo veio como uma tempestade, o corpo convulsionando, a voz rouca implorando: “Na boca, goza na boca!” Ele saiu, virando-me, o pau jorrando quente, espesso, o gosto amargo-doce e metálico enchendo minha garganta, o calor dele pulsando em mim como uma marca final. Engoli cada gota, o êxtase me levando a um segundo pico, o quarto cheirando a sexo, chuva e entrega.
Naquele instante, um véu caiu: o prazer de me entregar, de ser guiada por alguém que dominava cada nota do desejo.
O Novo Horizonte
Os novinhos agora são ecos sem graça, toques mecânicos que não acendem. Eu quero o cheiro bruto de homem, a calvície sem máscara, o desleixo que pulsa vida. Cada encontro com os maduros é uma partitura nova, acordes que vibram fundo. Esse caminho se abriu, e eu sigo com os sentidos em chamas, faminta pelo próximo compasso.