Com Você Descobri o Amor -31

Um conto erótico de AYOON
Categoria: Gay
Contém 1831 palavras
Data: 03/09/2025 08:45:00

O sol já estava alto quando terminaram o café. Elijah insistiu em ajudar a arrumar a mesa, recolhendo pratos e xícaras com uma dedicação quase exagerada. Edgar observava de longe, os braços cruzados, achando graça da forma como o rapaz parecia levar cada detalhe como se fosse um ritual importante.

— Eu posso fazer isso sozinho, sabia? — comentou Edgar.

— Mas eu quero ajudar — respondeu Elijah, baixinho, sem encará-lo. — Quero… cuidar das coisas.

Mais tarde, já no jardim que cercava a casa à beira-mar, Elijah se distraiu mexendo nas flores que o vento salgado maltratava. A areia fina invadia o gramado, e ele, de joelhos, tirava conchinhas pequenas que se acumulavam perto das raízes. Edgar, sentado em uma cadeira de madeira, acompanhava em silêncio, uma mistura de fascínio e ternura crescendo dentro dele.

— Você fala com elas? — Edgar perguntou, num tom irônico, vendo Elijah acariciar as pétalas de uma flor miúda.

Elijah corou. — Às vezes… acho que sim. Elas são bonitas. Ninguém nunca cuidou delas… é como eu.

O silêncio de Edgar foi pesado, mas não desconfortável. Ele apenas se levantou, foi até o rapaz e passou a mão pela nuca dele, apertando levemente. Elijah sorriu tímido, sem coragem de erguer os olhos.

À tarde, Edgar o surpreendeu com um convite:

— Vamos até a cidade. Quero te mostrar uma coisa.

O aquário ficava no centro, e Elijah parecia uma criança diante dos enormes tanques de vidro iluminados. Pressionava o rosto quase contra o vidro, acompanhando o deslizar preguiçoso de tubarões e cardumes coloridos.

— Ed… olha, parece que eles estão dançando! — disse, apontando para uma nuvem de peixes que se movia em sincronia.

Edgar não olhava para os peixes. Observava apenas Elijah, o reflexo azul dos aquários pintando sua pele clara, o brilho nos olhos tão inocente e, ao mesmo tempo, tão vivo. Um aperto estranho cresceu em seu peito — ciúme, medo, desejo, tudo misturado.

— Você nunca tinha vindo a um lugar assim? — perguntou Edgar.

— Nunca — Elijah respondeu, mordendo o lábio. — É como… entrar em outro mundo.

Edgar tocou a mão dele discretamente, em meio à multidão. Elijah entrelaçou os dedos sem pensar, tímido, o rosto corado pela simples ousadia do gesto.

— Vamos jantar comigo depois daqui? — Edgar murmurou, a voz baixa, mas firme, como se fosse mais uma ordem do que um convite.

Elijah apenas sorriu, surpreso e envergonhado, e encostou a cabeça no braço dele enquanto os peixes dançavam do outro lado do vidro.

O restaurante escolhido por Edgar era discreto, com mesas de madeira rústica e uma varanda aberta para o mar. O som das ondas se misturava ao tilintar suave de talheres e copos, criando um ambiente quase íntimo.

Elijah, no entanto, não parecia tão à vontade quanto momentos antes no aquário. Ele mexia nos talheres sem muita concentração, desviava os olhos sempre que percebia Edgar fitando-o com intensidade.

Edgar, com sua experiência de observar pessoas e perceber padrões, não precisou de muito para notar a mudança. O garoto, que até minutos atrás sorria fascinado, agora estava distante.

— O que houve? — perguntou ele, direto, embora num tom baixo.

Elijah demorou a responder. Apertava a toalha de mesa entre os dedos, tímido, como se tivesse medo da própria pergunta que crescia em seu coração.

— É que… — começou, hesitando. — Lá no aquário… vi tantos casais juntos. Eles… eles pareciam tão certos, sabe? Como se fosse… natural. — Ele engoliu em seco, sem coragem de encarar Edgar. — E eu fiquei pensando… nós dois… o que somos, Edgar?

As palavras caíram pesadas sobre a mesa, e Elijah se arrependeu imediatamente, sentindo o calor da vergonha subir-lhe ao rosto. Ele tentou sorrir para disfarçar, mas os olhos azuis marejados o denunciavam.

O silêncio se estendeu por alguns segundos, fazendo Elijah se encolher ainda mais, como se tivesse cometido um erro imperdoável ao perguntar.

Foi então que Edgar, sem desviar os olhos do rapaz, ergueu uma das mãos e chamou o garçom. O gesto foi seguro, quase teatral.

— Poderia me trazer a sobremesa da casa? — perguntou com naturalidade, e então completou, num tom baixo e firme, mas alto o suficiente para que Elijah ouvisse bem: — É que meu namorado gosta de doces.

Elijah ficou paralisado, os olhos azuis se arregalando, o rosto corando de forma quase dolorida. Ele engasgou uma risada nervosa, levando a mão à boca, sem saber onde enfiar o olhar.

— Ed… — murmurou, tímido, a voz presa na garganta.

Edgar arqueou uma sobrancelha, satisfeito com a reação, e inclinou-se na mesa, reduzindo a distância entre eles.

— Isso responde sua pergunta?

Elijah, ainda atordoado, apenas assentiu, tentando esconder o sorriso tolo que insistia em escapar. O coração batia descompassado, e por mais que sua timidez o fizesse querer afundar no chão, uma felicidade suave se espalhava dentro dele.

Para Elijah, aquele simples gesto — a palavra "namorado" dita em público, sem hesitação — valia mais do que qualquer resposta ensaiada.

A noite já havia caído quando voltaram da cidade. O barulho distante do mar acompanhava o som dos passos deles pelo caminho até a casa. Elijah caminhava devagar, as mãos nos bolsos, como se quisesse prolongar cada instante ao lado de Edgar. O silêncio entre eles não era desconfortável — era carregado, quase denso, cheio de pensamentos não ditos.

Quando entraram, Elijah foi quem fechou a porta. Ficou parado por um momento, sem se virar, respirando fundo. Edgar arqueou uma sobrancelha, curioso.

— Aconteceu algo? — perguntou, a voz baixa.

Elijah girou devagar, o rosto levemente corado pela coragem que reunia. Aproximou-se até parar diante de Edgar, erguendo os olhos com dificuldade, como se o simples ato de encarar fosse um desafio.

Elijah girou devagar, o rosto levemente corado pela coragem que reunia. Aproximou-se até parar diante de Edgar, erguendo os olhos com dificuldade, como se o simples ato de encarar fosse um desafio.

— Ed… — começou, a voz quase trêmula. — Eu… queria…

Não terminou a frase. Apenas estendeu a mão, pousando com hesitação na camisa de Edgar, na altura do peito. O toque foi frágil, tímido, mas o suficiente para que Edgar entendesse.

Ele deixou que Elijah se aproximasse ainda mais. O garoto ficou na ponta dos pés, colando o corpo ao dele, e roçou os lábios contra os seus num beijo hesitante, quase inseguro. O calor do gesto era inocente, mas também carregava um desejo suave, como se Elijah quisesse provar a si mesmo o que significava ser chamado de “namorado” naquela noite.

Edgar deslizou a mão pela cintura dele, firme, mas sem apressar. — Está tentando me provocar, garoto? — murmurou contra sua boca.

Elijah corou mais ainda, apertando a camisa de Edgar nos dedos, mas não recuou. Apenas escondeu o rosto contra o pescoço dele, respirando fundo, como se a ousadia tivesse o vencido.

O beijo foi se tornando mais profundo, a língua de Edgar dominando a timidez de Elijah, que gemia baixinho, perdido na intensidade daquele contato. Quando Edgar o puxou pela cintura, colando-o ao corpo, Elijah sentiu sem dúvida alguma o quanto o desejo dele já era real, duro contra si, e um arrepio percorreu-lhe a espinha.

Edgar não deu tempo para que a insegurança crescesse — ergueu o rapaz nos braços, como se fosse a coisa mais natural do mundo, e caminhou até o quarto. Elijah escondeu o rosto contra o pescoço dele, tentando controlar a respiração acelerada, mas seu corpo já tremia em antecipação.

Ao ser deitado sobre os lençóis, Elijah se encolheu levemente, tímido, as mãos puxando a barra da própria camisa como se não soubesse o que fazer. Edgar, parado à beira da cama, observava-o como um predador paciente.

— Você tem ideia do que faz comigo, Elijah? — murmurou, a voz grave, enquanto ia abrindo a própria camisa, revelando o peito marcado e forte.

O garoto apenas balançou a cabeça, mordendo o lábio, sem coragem de responder. Edgar sorriu de canto, provocador, e se inclinou sobre ele, puxando devagar a camisa de Elijah por cima da cabeça. O contato da pele exposta fez Elijah estremecer, cobrindo-se com os braços num reflexo de pudor.

— Não se esconda de mim… — Edgar sussurrou, afastando os braços dele com firmeza. — Quero ver cada pedaço de você.

Os lábios desceram pelo pescoço, pelo peito, até alcançar a barriga trêmula. Elijah gemeu baixinho, envergonhado com a intensidade daquele toque.

Quando Edgar desfez o botão da calça dele e deslizou a mão por dentro, encontrou o membro já rígido, pulsando de desejo contido. Elijah apertou os olhos, o rosto corando forte.

— Tão duro pra mim já… — Edgar provocou, deslizando a mão lenta, arrancando um gemido contido do rapaz. — Você pode ser tímido, mas seu corpo não sabe mentir.

Quando libertou o membro rígido, Elijah cobriu o rosto com as mãos, sem saber se aguentava o constrangimento e o prazer ao mesmo tempo.

— Tire as mãos daí — ordenou Edgar, firme, afastando-as. — Quero ver cada expressão sua.

E sem aviso, abocanhou-o, sugando fundo. Elijah gemeu alto, a voz embargada, o quadril querendo se erguer, mas Edgar o segurava pela cintura, controlando o ritmo. A língua quente o enlouquecia, cada movimento arrancava dele mais gemidos desesperados.

— Ed… eu… eu não vou aguentar… — balbuciou, já à beira do clímax.

Edgar o soltou imediatamente, os lábios úmidos brilhando, e subiu para beijá-lo

com força, fazendo-o provar o próprio gosto. — Ainda não. Quero sentir você de outra forma.

Elijah, ofegante, apenas assentiu, perdido, enquanto Edgar se despia diante dele, exibindo o corpo forte e o membro ereto que o fez prender a respiração. Era ao mesmo tempo intimidador e irresistível.

Edgar se posicionou sobre ele, espalhando beijos por sua boca, pescoço e ombros, até preparar o corpo de Elijah com paciência, umedecendo os dedos e penetrando-o devagar, um de cada vez. O garoto se contorcia, gemendo com a mistura de incômodo e prazer que só crescia.

— Relaxa… deixa eu cuidar de você — Edgar sussurrava, a voz grave e quente.

Quando finalmente o penetrou por completo, Elijah agarrou seus ombros com força, a boca aberta num gemido rouco. Os olhos marejados encontraram os dele, pedindo e temendo ao mesmo tempo.

— Isso… olha só como você me recebe — Edgar murmurou, começando um movimento lento e profundo, saboreando cada reação.

A cada investida, o corpo de Elijah se arqueava, os gemidos saíam mais altos, a vergonha cedendo espaço para o prazer puro. Ele se perdeu no ritmo, as pernas enlaçando a cintura de Edgar sem perceber, puxando-o para mais fundo.

— Ed… mais… por favor… — implorou, já sem esconder nada.

E Edgar o atendeu, aumentando o ritmo até perderem a noção do tempo, do espaço, de tudo, até que Elijah gozou primeiro, jorrando quente entre eles, o corpo tremendo em espasmos. O aperto involuntário foi demais para Edgar, que enterrou-se fundo e gozou dentro dele, gemendo forte, colapsando sobre o rapaz.

Ficaram ali, grudados, ofegantes, o suor misturado, o coração de Elijah acelerado contra o peito de Edgar. O garoto, ainda tímido, murmurou baixinho, quase como um segredo:

— Eu nunca pensei que… pudesse me sentir assim com alguém.

Edgar sorriu, beijando seus cabelos molhados de suor. — Eu te amo...Elijah.

—Eu também amo você!— Elijah sabia o peso e a beleza daquelas palavras.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive AYOON a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários