Minha Namorada E-girl — Um Fantasma do Passado 1

Um conto erótico de Victor, o Dedinho
Categoria: Heterossexual
Contém 2799 palavras
Data: 25/09/2025 21:05:54

Olá! É a primeira vez que estou escrevendo uma história, então espero que aproveitem bem o que está para ser descrito e que perdoem qualquer possível erro ou problemas com progressão; eventualmente irei melhorar em todos os aspectos, apenas tenham paciência!

Pretendo escrever contos que irão misturar conteúdos que mastiguei ao longo dos anos: vivências e fantasias minhas, histórias que acompanhei, vídeos e boatos que ouvi. Não levem tudo como realidade, ao pé da letra, mas saibam que há cenários, conversas e acontecidos que realmente rolaram (e foi excitante pra caralho!). Gosto de temas envolvendo corrupção, voyeurismo culposo, parceiro inocente, brincadeiras picantes e exibicionismo, então podem esperar que tais coisas surjam com frequência em meus textos.

Enfim, vamos para minha estreia!

1 ⸻⸻ Reencontro indesejado.

Em um sábado carregado de planos, deixei-me ser tomado pelo cansaço acumulado de uma semana de trabalho e acabei adormecendo após o almoço. Quando despertei, levei um baita susto ao desbloquear o celular e ver que estava terrivelmente atrasado para meu encontro. Levantei-me às pressas, escolhi as vestes que me eram tradicionais: uma camisa plana, sem estampas, uma bermuda jeans e tênis esportivo. Tal como minhas roupas, não há realmente nada especial sobre mim: sou um homem jovem, de 22 anos, branco, um tanto magro e um pouco baixo, 165cm. Meu trabalho também não é especial, trabalho na manutenção em uma fábrica. Definitivamente um cara mediano em todos os aspectos.

E para a surpresa de todo mundo que conheço, a mulher que estampa o wallpaper do meu smartphone se trata de minha namorada, a qual esse cara mediano conquistou de alguma forma.

Anna Castro, ou Anninha como todos a chamam, é uma figura que se destaca completamente, ao contrário de mim. Dotada de um sorriso maravilhoso que adorna o seu rostinho adorável, é uma pessoa muito sociável e querida por todos, carinhosa ao ponto de estar sempre compartilhando abraços em qualquer cumprimento. Sua beleza não termina em sua face angelical, mas se estende tentadoramente por sua silhueta: branquinha de cabelos e olhos bem escuros, ela foi abençoada com curvas generosas. Suas coxas são grossas e acompanhadas por uma bunda empinada e carnuda. A parte inferior voluptuosa não a impediu de ter uma cinturinha fina, e seus peitos são perfeitamente redondinhos, não exatamente grandes, mas empinados como se pontudinhos para cima.

Eu costumava pensar que nunca teria chance com uma mulher tão incrível, mas por coincidência, em um raro dia que vesti a camisa de um anime que eu adoro, descobrimos ter gostos em comum. Muitos, na verdade. Anninha adora conteúdo nerd, como jogos e desenhos, então nos tornamos amigos rapidamente e logo estávamos dando nossos primeiros beijos. Bem, não vou me alongar em nossos primeiros momentos juntos, é história para outra hora.

Depois de me vestir, mandei à ela uma mensagem justificando o atraso. Ela respondeu imediatamente, em um tom seco, provavelmente irritada.

Mensagens ⸻

— Amorzinho! Eu acabei tendo alguns problemas em casa por isso o atraso! Mas já estou saindo aqui, eu chegarei logo.

— Não é a primeira vez. — Respondeu Anna.

— Eu sei, gatinha… Mas eu prometo recompensar você! Espere, eu logo estarei aí!

— Anda logo, estou cansada de ser abordada por tantos caras. Vou acabar aceitando algum se você não chegar logo.

— Para de ser boba, kkkkk. Já estou indo!

Era fácil perceber quando ela estava zangada, porque sempre agia na defensiva tentando me causar ciúmes ou usando de respostas frias. No entanto, eu também havia masterizado a arte de acalmar minha namorada, e por isso não me preocupei demais, apenas peguei minhas coisas, tranquei a casa e tomei como rumo uma praça perto do centro da cidade, onde havíamos marcado de nos ver.

— Victor!

Esse é o meu nome.

Quando cheguei naquela praça, um tanto movimentada, logo tive meu nome chamado por uma voz doce e muito familiar. Pude ver de longe a minha garota. Como esperado, ela estava vestida de forma deliciosa: o coturno elegante se destacava com a meia arrastão que subia pelas belas pernas dela e se escondia embaixo de sua saia de couro, um tanto curta como pude notar quando ela se virou, tudo de cor preta. A camiseta roxa estava alocada por dentro da saia, o que fazia ficar coladinha em seu tronco, tornando evidente o formato do busto e do abdômen. Como era de costume, vestia também uma gargantilha em seu pescoço branquinho. A maquiagem leve tinha como principal duas afiadas pontas de delineado, a especialidade dela. Era como o arquétipo de uma influencer e-girl, toda alternativa e muito linda.

— Cheguei, amor. Foi mal! De novo, desculpa eu. — Disse logo ao me aproximar dela.

— Não, sem desculpas! Quero minhas recompensas! — Ela estava bicuda, mas já se demonstrava mais tranquila. Minha presença a acalma logo.

— Tá certa. Vamos comer no seu café favorito e depois comprarei um presente. Fechado?

— Hmmm…

— Diz que sim, amorzinho.

— Tá bom, bebê! Estava só me fazendo.

Ela se aproximou mais e minhas mãos pousaram em sua cintura. Logo estávamos nos abraçando e trocamos dois selinhos carinhosos. Eu não tinha tanto costume em beijá-la em público, sempre fui tímido demais para essas coisas, então nos satisfazemos apenas com isso.

— E que papo foi aquele de aceitar outro cara?

— Estava te zoando, mané. — Ela respondeu dentre risadas. — Alguns skatistas me elogiaram, puxaram conversa, mas eu não trocaria um date com você por tempo com desconhecidos. Fingi que nem celular eu tinha!

Eu acabei rindo junto com ela.

A seguir caminhamos de mãos dadas, avançando pelo centro comercial e aproveitando uma tarde como casal. Comemos onde ela queria, visitamos lojas de artigos que gostávamos e até tentei pegar uma pelúcia para ela em uma daquelas máquinas caça-níquel. Infelizmente, fui incapaz, mas depois comprei o presente que ela pediu: um vestidinho preto, com aspecto gótico, mas justo e sensual.

Depois de um sorvete, o que é de lei em um encontro, decidimos ir embora. Como de costume, eu a acompanharia até sua casa que não era distante do centro, então logo estávamos caminhando juntos e de mãos dadas.

Foi então que eu ouvi uma voz grave, bem perto. Não entendi o que havia dito em um primeiro momento, então ignorei, não deveria ser com a gente. No entanto, uma mão grande e pesada pousou sobre meu ombro esquerdo. Na mesma hora me virei, um tanto assustado e pude me deparar com uma figura conhecida.

— E aí, Dedinho!

A voz grave proferiu aquele cumprimento e pude confirmar com total certeza de que se tratava de Pedro.

De todas as pessoas do tempo de ensino médio e fundamental, Pedro é aquele que eu mais adoraria esquecer e deixar no passado. Ao contrário de mim, aquele homem sempre foi um tipo de ídolo da escola: o mais atlético, mais alto, melhor com as garotas, e também se provou um clássico valentão, bully. E para meu azar, eu fui seu alvo por muitos anos. “Dedinho” era um apelido que me perseguiu naqueles tempos por culpa dele. Acontece que a maioria dos garotos da escola frequentavam a mesma escolinha de futebol, e durante um torneio mirim dividimos vestiários e dormitórios. Em certa ocasião, ele decidiu não apenas me bater ou insultar como sempre fazia, mas arrebentar a porta da cabine em que eu estava e me arrancar debaixo do chuveiro na frente de todos os outros moleques. Minha nudez foi inevitável e logo todos estavam rindo e comentando sobre como meu pinto parecia o de uma criança, pequeno e patético, como um dedinho. Ficar frustrado com o apelido foi a minha pior reação: vocês sabem, se pegar pilha o apelido gruda. E foram anos sendo chamado assim na escola, na rua, nos treinos de futebol.

Eu queria poder dizer que foi apenas isso, e que talvez ele só me zoava nesse sentido para esconder uma insegurança própria dele. Mas houve outro ponto traumático.

No começo do ensino médio, eu era completamente apaixonado por uma garota chamada Rafaela. Isso era bem óbvio, todo mundo sabe como os adolescentes são óbvios quando gostam de alguém. Certo dia, Pedro me abordou junto com seus puxa-sacos. Me manteve no lugar, impedindo a minha passagem, e expôs seu celular pra mim. Na época, era aquele Nokia de tecladinho, vocês devem se lembrar de como eram os celulares. Na tela, ele começou a reproduzir uma sequência de vídeos eróticos.

O pior de tudo? Era ele mesmo nos vídeos. O garoto negro, de corpo sarado e uma piroca enorme para a idade que tinha, estava socando violentamente em uma garota asiática e adorável, a minha crush, Rafaela. Ainda adolescentes eles fizeram de tudo, como mostrado naqueles vídeos. Ele torou a bucetinha dela, alargou seu cuzinho, fez ela engolir sua rola inteira, cuspiu nela, a marcou com tapas violentos. De forma sádica, ele me fez assistir a cada segundo das provas de como fez de minha crush a sua puta particular. Eu tive vontade de vomitar de tanto desespero, não só por ter meu coração quebrado, mas por ser inevitável me comparar com o que assistia: ao contrário dele que sabia exatamente como seduzir uma garota e foder a ponto de deixá-la maluca de tesão, eu apenas assistia pornografia e me masturbava quase que diariamente. Foram anos em que me senti muito inferior aos outros garotos da escola, completamente inseguro por causa daquela experiência e do bullying cotidiano. Somente depois de alguns anos, já trabalhando e finalmente me conectando à Anna é que pude me curar de tais sentimentos. Ou é o que eu pensava.

— Ei, Dedinho. Sou eu, o Pedro. Eu não mudei tanto assim, não vai dizer que não me reconheceu. — Ele insistiu, por eu ter ficado alguns instantes em silêncio.

De fato, ele não havia mudado tanto assim. Continuava alto e exalando confiança como era antigamente, mas agora estava mais musculoso e tinha um cavanhaque bem feito.

— Oi…

— Pedro? Que coincidência! Eu pensei que você tinha saído da cidade depois da escola! — Disse Anna antes que eu pudesse preparar alguma fala.

Anna estudou conosco durante os dois últimos anos do ensino médio. Era uma garota popular e sempre bem quista por todos. Ainda que ela fosse muito sociável, eu não me relacionei com ela nesse período. Foi somente depois de adultos que nos reencontramos, conversamos melhor e nos tornamos um casal inseparável. Por isso o grandalhão preto ficou evidentemente surpreso ao notar que a morena se tratava de sua ex-colega de classe.

— Caralho! Nem fodendo, a Anninha!

Instintivamente, como se acostumado a isso, Pedro se moveu em direção à Anna. A mão dela escorregou e se soltou da minha. Alinhados, eles envolveram um ao outro em um abraço carinhoso. Pude ver as mãos dele se apertando na cinturinha dela, como se expusesse seu perfil dominante nestes pequenos detalhes. Ao se afastarem, ambos sorriam largamente.

— Eu tinha largado esse buraco de cidade, sim. Mas voltei pra ficar perto da família de novo, ‘cê sabe como é. Fiquei surpreso de ver o Dedinho, achei que ele já tinha virado doutor e sumido do mapa. Sempre foi bem nas notas. — Falou Pedro.

— As coisas acabam sendo diferentes depois da escola, a gente nunca sabe… — Tentei entrar na conversa ao ser citado.

— Nunca sabe mesmo! Na escola eu e o Victor nem nos falávamos direito, agora já estamos falando em morar juntos. — Anna disse e logo elevou a mão direita, expondo a nossa aliança de compromisso.

A expressão surpresa de Pedro foi um tanto exagerada. E só nesse momento eu percebi como a mão esquerda dele continuou esticada à frente, agarrada na cintura da minha namorada.

— Porra, Dedinho, você se saiu bem nessa. Quem diria mesmo? Mas eu sempre soube que você tinha bom gosto pra mulher.

Aquela frase do grandalhão me fez engolir seco. Flashbacks do episódio traumático de anos atrás martelaram meus pensamentos. De novo, fiquei em silêncio por isso, mas a conversa seguiu sem mim.

— Assim eu fico sem graça, garotos.

— Deve estar bem acostumada com elogios, Anninha. Sempre foi o centro das atenções.

— E disso você sabe bem, Pedrão!

“Pedrão?”, me questionei mentalmente. Mas logo imaginei que eles provavelmente haviam interagido mais vezes durante o tempo de escola, uma vez que ambos eram bem comunicativos. Ainda que não tivessem hobbies em comum, certamente haviam tido alguma amizade, não só um coleguismo distante.

— Falando nisso, essa sua camisa é de Valorant! Você gosta também? — Indagou Anna.

— Eu ganhei essa camisa de uma peguete, só depois fui saber que era de um time de Valorant. Acabei indo jogar e curti demais, papo reto, me lembrou de CS os caralho que eu jogava quando moleque. Tô amassando os pivetes lá.

— De mim você nunca venceria em um x1!

— É só marcar, princesa. De você eu dou conta facilmente.

Bem, sobre não terem hobbies em comum era um achismo meu, ou fui desmentido agora, ou as coisas haviam mudado. Em todo caso, eles começaram a conversar sobre o jogo e fiquei de fora do assunto. Jogos de tiro e em primeira pessoa nunca foram meu forte, sempre preferi jogos casuais em 2D, ou rogue-like. Sentindo-me de lado, fiquei apenas olhando ao redor e depois segurei a mão de Anna, a fim de reafirmar minha presença.

Eles se falaram por alguns minutos, às vezes me chamando para concordar sobre algo, mas a atenção da minha namorada havia sido domada por aquele brutamontes.

— Bem, eu tô vazando. Tenho que resolver minhas paradas.

Finalmente ele estava anunciando uma despedida. Eu não via a hora de ir embora e fingir que nunca havia revisto esse sujeito.

— Nós também já estamos indo embora, né amor? Mas foi bom rever você, Pedrão!

— É, até outra hora, Pedro.

Eu já estava pronto para partir, a fim de me virar e sumir da visão dele. Anna, no entanto, tratou de se despedir da forma calorosa que costuma fazer, tal como se cumprimentaram. Minha namorada se moveu na direção do negão e se lançou nos braços fortes dele. Apertaram-se um contra o outro, e eu sabia que ele estava amando aquela sensação quentinha e os seios perfeitinhos dela se esmagando no peitoral dele, foi fácil perceber pela expressão sacana que ele tentou disfarçar, mas em vão. As mãos dele se moveram no quadril dela, tecendo uma carícia repetitiva, como se quisesse avançar abaixo e agarrar aquela bunda empinada, cuja a poupinha quase aparecia naquela saia curtinha. Ele não o fez, felizmente. Eu nem saberia como reagir se algo assim acontecesse.

O abraço foi mais longo do que eu esperava, o que me causou um incômodo sincero.

Limpei a garganta, de forma alta.

— Daora saber que estão de boa. Foi bom rever você, Anninha. — Ele disse com um olhar de predador. Anna apenas sorriu, talvez inocente demais para perceber isso. — E você também, Dedinho. Bom te trombar de novo.

Ele estendeu sua mão pra mim. Educado, ofereci a minha e trocamos um aperto. Pedro, no entanto, colocou muito força naquele contato e tensionou a palma de minha mão. Não entendi se era de propósito ou se pra ele aquele era o nível comum de força a se usar, mas tentei não expressar nenhum sinal de dor. Não queria parecer frouxo perto da minha namorada, não diante do meu algoz de anos atrás.

Depois que nos afastamos da praça, aquele pesadelo parecia ter finalmente acabado. Anna falou sobre Pedro por vários momentos, mas eu já estava feliz por ter sua atenção de volta pra mim.

Como de costume, caminhamos juntos até sua casa, namoramos um pouco em frente ao seu portão e depois nos despedimos. Voltei correndo para casa depois disso e tive um começo de noite ocupado, cuidando de tarefas domésticas. Mais tarde, já livre e banhado, me deitei na cama para relaxar e fui logo pegando meu celular para trocar mensagens com a minha namorada.

Mandei um cumprimento, uma figurinha no whatsapp. E enquanto ela não respondia, fui logo abrir o Instagram e visualizar o post que minha garota havia feito: Anna publicou uma foto que havíamos tirado no café que visitamos, com uma frase amável. Como sempre fazia, deixei uma curtida e abri a aba de comentários para deixar um, pronto para falar sobre como amo a companhia de minha namorada. No entanto, uma surpresa desagradável se revelou: havia um primeiro comentário feito na publicação. Era de Pedro.

“Está muito gatinha, Anninha!”, era o que estava escrito. O filho da puta havia nos procurado na rede social, o que significava que eu teria que aturar ouvir sobre a existência dele mais vezes.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar.

Meu celular vibrou, uma notificação havia chegado no whatsapp. Era Anna, minha namorada, finalmente respondendo ao meu chamado. Uma segunda mensagem veio a seguir:

“Amor, por que o Pedrão fica chamando você de “Dedinho”? Eu nunca entendi esse apelido”.

Eu me senti humilhado na mesma hora, como se fosse um adolescente novamente. Tudo por causa desse reencontro indesejado.

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Comentários

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Espetacular..

Muito bem escrito..

Ansioso pela sequência

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