Edgar segurava a cintura do rapaz com firmeza, guiando cada movimento até o limite. O calor dentro deles crescia de forma avassaladora, e Elijah já não conseguia conter os gemidos abafados contra o ombro dele.
— Ahh… Ed… eu… eu não vou aguentar… — sussurrou Elijah, o rosto em chamas.
— Então vem comigo… — Edgar respondeu com a voz rouca, aumentando o ritmo. — Quero você gozando pra mim.
O corpo de Elijah tremeu, a respiração entrecortada, e quando Edgar finalmente se derramou dentro dele, preenchendo-o por completo com um gemido grave e possessivo, Elijah não resistiu. O prazer o dominou de uma vez, e ele gozou forte, jorrando sobre o abdômen definido de Edgar e espalhando-se pela própria barriga também, seus músculos se contraindo em ondas de êxtase.
Ambos permaneceram grudados, ofegantes, os corpos quentes e úmidos. Edgar ainda mantinha Elijah encaixado em seu colo, como se não suportasse a ideia de deixá-lo escapar.
Elijah, ainda ofegante e corado, apenas escondeu o rosto no peito dele, envergonhado pela intensidade, mas com um sorriso tímido que Edgar não deixou de notar.
O quarto ainda estava impregnado pelo cheiro quente do sexo, mas o silêncio que se seguiu era macio, quase acolhedor. Elijah ainda estava sentado sobre Edgar, o corpo exausto, tentando recuperar o fôlego. Edgar, por sua vez, não fez o menor movimento de tirá-lo dali — pelo contrário, manteve as mãos grandes firmes na cintura dele, como se aquele contato fosse vital.
— Você me mata, sabia? — Edgar murmurou, beijando a testa suada de Elijah.
O rapaz corou, sem saber se ria ou se escondia de vez. Apenas se aninhou contra o peito dele, tímido, e Edgar riu baixo, acariciando-lhe os cabelos.
Depois de alguns minutos em silêncio, Edgar o ergueu devagar. — Vamos, você precisa de um banho. Não quero você desconfortável.
— E você? — Elijah perguntou baixinho, ainda trêmulo.
— Eu cuido de você primeiro. — A voz grave soava quase carinhosa, diferente da postura dominadora de antes.
No banheiro, a água quente caía sobre os dois enquanto Edgar lavava a pele de Elijah com paciência. Não havia pressa, apenas mãos cuidadosas que deslizavam em carícias. Elijah mordia o lábio, tímido demais para encarar, mas o coração estava tão cheio que parecia prestes a explodir.
Edgar, percebendo, deixou escapar um sorriso. — Gosta quando eu cuido de você assim?
Elijah apenas assentiu, escondendo o rosto no ombro dele.
— Bom. Porque vou cuidar sempre. — A frase foi simples, mas dita com a firmeza de uma promessa.
O quarto ainda guardava o cheiro do sexo da manhã, misturado ao sal do mar que entrava pela janela aberta. Depois de se perderem um no outro, tomaram um banho rápido juntos — cheio de toques mais brincalhões que urgentes — e, já vestidos de forma simples, desceram para a cozinha.
Elijah, ainda corado por tudo o que havia acontecido, tentava se concentrar em preparar o café. A camisa larga caía sobre o corpo magro, e o cabelo molhado pingava pelas têmporas enquanto ele encarava a cafeteira como se fosse um desafio impossível.
Edgar, só de calça de moletom, encostou no batente da porta, observando-o com um sorriso preguiçoso. A lembrança do corpo de Elijah ainda o incendiava por dentro, mas havia algo no jeito atrapalhado do rapaz que lhe dava uma paz inesperada.
— Você vai queimar essa cafeteira com esse olhar — provocou Edgar, a voz rouca pelo sono e pela manhã intensa.
Elijah virou-se rápido, os olhos azuis arregalados, mordendo o lábio. — Eu… eu só quero fazer certo. Nunca fiz isso sozinho.
Edgar aproximou-se por trás, guiando suas mãos devagar. A sensação do corpo quente dele colado às costas fez Elijah estremecer. — Aqui. É só girar devagar. Não tem segredo.
O café começou a cair na xícara, e Elijah sorriu, quase infantil, como se tivesse acabado de vencer uma grande batalha. — Consegui…
— Você é impossível — Edgar riu, apertando levemente a cintura dele antes de se afastar para pegar o pão.
Sentaram-se à mesa, simples mas aconchegante. Elijah, tímido, comia devagar, os olhos furtivos espiando Edgar por cima da xícara. Edgar, por sua vez, não desviava o olhar: havia orgulho, desejo e algo que ele ainda não sabia nomear.
Entre um gole e outro, Elijah murmurou, baixinho, como quem tinha medo de quebrar o encanto:
— É a primeira vez que tomo café da manhã assim… depois de… Bom me fez lembrar de quando minha mãe era viva.
Edgar o fitou sério por um instante, e então estendeu a mão por sobre a mesa, entrelaçando os dedos dos dele.
— Então se acostume. Porque vai ter todas as manhãs.
Elijah baixou os olhos, sorrindo tímido, o coração disparado.
O café tinha gosto de rotina, de promessa silenciosa. Tinha gosto de lar.