A Chegada Inesperada e o Desconforto
Meu nome é Pedro Henrique, 28 anos, engenheiro de produção na Bosch em Campinas. A rotina na fábrica é previsível: café preto, reuniões eternas e o ronco das máquinas. Mas o e-mail da matriz em Stuttgart mudou tudo: uma equipe viria para um treinamento de 15 dias. Entre os nomes, Emma Müller, engenheira sênior. Não imaginava como ela era, mas o sobrenome evocava a eficiência alemã.
No aeroporto de Viracopos, sob o sol impiedoso de setembro, vi o grupo descer. E lá estava ela. Emma. Meu Deus, a mulher mais linda que já cruzei na vida. Cabelos loiros ondulados até os ombros, olhos verdes que cortavam como lâminas, pele clara como porcelana e um corpo atlético, modelado, em uma blusa branca justa e saia lápis preta. Aos 32 anos, pelo LinkedIn que chequei às pressas, ela irradiava uma confiança magnética. Estendi a mão para cumprimentá-la, e veio o soco: o ar pesado cheirava a cigarro velho, a repolho fermentado e a suor de viagem, um coquetel sufocante que desafiava a lógica. Quando sorriu e disse “Hallo, Pedro”, o hálito confirmou: tabaco rançoso misturado a algo mais, talvez chucrute ou cerveja alemã azeda.
Meu estômago revirou, o hálito era um soco, e a parte racional do meu cérebro gritava 'Fuja!'. Mas o corpo... o corpo estava ereto, obedecendo a uma atração primitiva, irracional. Era a beleza dela versus o fedor, e o fedor, de alguma forma, tornava a beleza um desafio viciante.
No carro até a fábrica, tentei conversa em inglês, já que meu alemão é capenga, de cursinhos para lidar com a matriz. “Willkommen in Brasilien”, arrisquei, com sotaque horrível. Ela riu, respondendo em inglês: “Danke, Pedro. I’m excited to be here.” Sua voz era grave, sensual, mas o cheiro no carro fechado era um teste de endurance. Meu desejo já fervia: imaginava suas mãos em mim, o corpo perfeito sob as roupas. Mas o aroma me confrontava, como se testasse minha determinação.
A Construção da Tensão
O treinamento era intenso. Emma comandava as sessões na sala de conferências, desvendando sistemas de automação com precisão hipnótica. Eu auxiliava, traduzindo termos do inglês para o português pros colegas. Ao lado dela, o cheiro era onipresente: cigarro, suor do calor de Campinas e o toque ácido que identifiquei como chucrute, após vê-la comer um pote da bolsa. “Mein Stück Deutschland”, disse, rindo, ao notar meu olhar. Meu alemão pegava o básico: “meu pedaço da Alemanha”. O hálito, quando se aproximava pra apontar na tela, era um golpe, mas eu aguentava.
Comecei sutil: olhares longos nas apresentações, toques “acidentais” nos papéis. No terceiro dia, convidei pra um jantar “profissional” no centro. “To discuss the training progress”, justifiquei em inglês. Ela topou com um “Ja, okay”. No restaurante, à luz de velas, pedimos churrasco e caipirinha. O cheiro dela se fundia ao da carne grelhada, criando uma sinfonia sensorial que, pra minha surpresa, me excitava. Falamos em inglês sobre Stuttgart, viagens dela, e eu do interior paulista. “You’re… interessant”, disse, hesitante. Inclinei-me, sentindo o hálito forte. “Du bist faszinierend”, tentei, “você é fascinante”. Ela sorriu, surpresa.
No quinto dia, pediu ajuda com software no meu escritório. Porta fechada, o ar denso. O cheiro não era invasão, mas presença esmagadora: cigarro, chucrute, suor. Toquei seu braço, e o aroma impregnou meus dedos. Naquele momento, não havia nojo, só curiosidade. Era a fragrância da sua posse sobre mim. Eu precisava saber qual era o gosto daquele cheiro. “Pedro, you look… abgelenkt”, disse, sorrindo provocadora. Distraído. Seus olhos verdes me prendiam. Meu coração martelava; desejo versus aroma.
No oitavo dia, levei ao Parque Ecológico, pretexto de “relaxar”. Trilhas arborizadas, sol filtrado. Ela fumou, intensificando o cheiro. “Emma, du bist… ein Geheimnis”, disse, “um mistério”. Ela riu, soprando fumaça. “Mein Geheimnis?” Seu sotaque seduzia. Toquei sua mão, pele macia. Beijei-a ali, sob a árvore, aceitando o hálito forte. Seus lábios quentes, macios. O sabor de tabaco e especiarias estranhas invadiu minha boca, e era o gosto da rendição. O corpo reagiu instantaneamente, pulsando. Eu havia ultrapassado a barreira, e o prazer era exponencialmente maior por causa disso.
O Ponto de Não Retorno
Escalou. No décimo dia, “revisão de relatórios” no hotel dela. Sabíamos. Entrei no quarto, ar carregado: cigarro, suor, ácido – um santuário de tabus. Emma em camisola leve, curvas reveladas. “Pedro, I feel your… Anziehung”, disse, puxando-me pra cama. Atração. Palavras diretas, assertivas.
Devagar. Mãos na pele, pescoço aos seios firmes. Toque elétrico; textura sedosa versus aroma forte, agora inebriante. Meu cérebro aceitava o desafio: o cheiro, antes repulsivo, virava afrodisíaco. Beijei pescoço, sabor salgado misturado ao odor. Gemeu, arqueando. “Mehr”, pediu. Mais.
Desci, tirando a camisola. Seios médios, mamilos rosados, barriga lisa, coxas tonificadas. Boca no sexo, calor úmido, pelos loiros úmidos. O cheiro ali não era doce, nem floral. Era feral, forte, salgado e ácido, a versão mais pura e intensa daquele aroma viciante. Minha respiração ofegava; a contradição me incendiava. Eu estava provando o que o mundo me ensinou a rejeitar.
Então, o inesperado: virou de bruços, oferecendo nádegas perfeitas. 'Alles', sussurrou. Tudo. Minha língua traçou círculos no ânus apertado, beijo grego intenso, profundo. O cheiro ali era cru, terroso, essência animal misturada ao suor. Eu não hesitei. Invadi com a língua, senti o músculo liso e o calor, o gosto da Terra. O tabu, o nojo inicial, dissolveu-se em êxtase proibido. Era meu fetiche, consumado. Alternei com dedos no sexo, sentindo-a tremer, enquanto ainda sentia o gosto cru na boca.
O Ápice da Paixão
No décimo quarto dia, penúltimo, o ápice. Quarto dela, pós-dia exaustivo, despimos urgentes. Ar saturado: cigarro, hálito forte, excitação. Enquanto a penetrava pela primeira vez, calor apertado, confessou ofegante em inglês: 'My smell... it’s intentional. An old oil, from my family’s pendant. It... verstärkt Lust.' Amplifica o desejo. A revelação explicava: a obsessão nascida da repulsa inicial. Não era defeito, era arma.
Empurrei fundo, sentindo-a pulsar. Ela montou, cavalgando selvagem, seios balançando. “Fick mich hart!”, gritou. Fode-me forte. Virei-a de quatro, penetrando por trás, minha mão no clitóris. O cheiro era agora meu vício, meu perfume particular. O quarto estava saturado com suor, sexo, e o aroma ácido e especiado que eu havia aprendido a amar. Minha boca voltou pra ela, lambendo tudo novamente – beijo grego profundo, língua invadindo, dedos explorando. Urgência insana. O orgasmo dela veio em ondas, um grito gutural. Gozei dentro, o prazer explodindo com o sabor da transgressão.
Exaustos, caímos, o quarto impregnado. Sorriu: “Du bestanden, Pedro.” Você passou. “Ich komme nächstes Jahr zurück.” Volto ano que vem. Saí transformado, o desejo saciado, mas faminto por mais.