Estar em um novo relacionamento com Luke era como redescobrir um território familiar através de olhos completamente diferentes. O gosto bom de suas mensagens chegando no meu celular, suas ligações no meio do dia, eu às vezes ignorava, outras respondia, e essa dinâmica em si já revelava algo sobre a natureza complexa do que estávamos construindo. A verdade era que eu estava completamente imerso em Luke, e a cada dia que se passava, eu me apaixonava mais e mais por ele.
Sabe de uma coisa? Luke sim, de fato, era a pessoa que eu mais amei e sempre vou amar. Se eu tivesse que colocar Luke e Carlos numa balança e decidir qual dos dois eu amei mais, ou qual dos dois eu queria mais, seria uma coisa que eu não saberia responder, e acho que nunca vou saber decidir. Cada um tinha sua particularidade, sua forma única de me tocar e me transformar. Mas vamos focar no Luke, afinal, este capítulo é todo dedicado a ele, à complexidade do que vivemos e ao que descobri sobre mim mesmo através dele.
Meu namoro com Luke foi algo mais maduro desta vez. Talvez o fato de hoje termos rotinas diferentes, eu não o via todos os dias como quando namorávamos na escola pela primeira vez. Eu fazia duas faculdades, estagiava, treinava, cuidava do Thanos e tinha que administrar meu namoro com Luke. A gente se encontrava algumas vezes na semana, entre um intervalo e outro, e os finais de semana ficávamos juntos em seu apartamento.
Foi num sábado ensolarado que tudo ganhou contornos ainda mais intensos. Tínhamos ido à praia, esse era nosso programa favorito. Às vezes com Thanos, às vezes com alguns amigos, e depois íamos para a casa de Luke, onde passávamos a tarde juntos.
– Cara, vocês dois são um casal muito fofo. – disse Yan, ajustando o guarda-sol na areia enquanto observava Luke me ajudar a passar protetor solar nas costas.
– Para com isso, Yan. – Respondi, tentando esconder o sorriso que insistia em escapar.
Taty, que estava organizando as coisas na canga ao lado, riu:
– Ele tem razão, Lucas. Vocês têm uma química muito boa. É diferente de como vocês eram na escola.
– Diferente como? – perguntou Luke, genuinamente curioso, sentando-se ao meu lado na areia.
– Sei lá – Isaac se juntou à conversa, abrindo uma lata de cerveja. –Vocês parecem mais... equilibrados? Mais maduros. Na escola vocês eram muito intensos, meio dramáticos às vezes.
Luke riu, passando a mão no meu cabelo de forma distraída.
– É, a gente era meio adolescente mesmo. – disse ele, e havia algo no seu tom que me fez olhar para ele com mais atenção.
– Vocês ainda são adolescentes. – provocou Taty.
– Tecnicamente sim, mas emocionalmente…– Luke fez uma pausa, olhando para o mar. – acho que a gente aprendeu algumas coisas.
Passamos a manhã entre conversas, mergulhos e aquela intimidade gostosa que se forma quando estamos com pessoas que realmente gostamos. Luke tinha o dom de fazer todo mundo se sentir incluído, de criar um ambiente onde as risadas fluíam naturalmente. Era isso que eu mais admirava nele — sua capacidade de ser o centro das atenções sem ser egocêntrico, de brilhar fazendo os outros brilharem também.
– Vou buscar água para todo mundo – anunciou Luke depois de algum tempo, levantando-se e sacudindo a areia das pernas.
– Eu vou com você. – ofereci, mas ele fez um gesto para que eu ficasse.
– Relaxa, amor. Fica aqui com a galera. Já volto.
Enquanto Luke se afastava em direção à barraca de bebidas, Yan se aproximou de mim.
– Cara, você está diferente com ele.
– Diferente como?
– Mais... relaxado, sei lá, antes você sempre parecia meio tenso, como se estivesse pisando em ovos.
Isaac concordou dizendo que dessa vez era realmente diferente, e Taty, que sempre foi mais observadora, adicionou:
– Mas tem algo no Luke também. Ele parece... não sei como explicar. Às vezes ele te olha de um jeito muito intenso. Como se você fosse escapar a qualquer momento.
– Que exagero, Taty. – respondi, mas suas palavras ficaram ecoando na minha cabeça.
Quando Luke voltou, carregando águas e alguns salgadinhos que havia comprado para todo mundo, ele se sentou bem perto de mim, mais perto do que era necessário, e passou o braço ao meu redor.
– Do que vocês estavam falando? – perguntou, e havia algo no seu tom uma curiosidade que beirava a suspeita.
– De como você é um namorado exemplar comprando lanche para todo mundo. – mentiu Yan, salvando a situação.
Luke sorriu, mas eu senti sua mão apertar levemente meu ombro.
– É, eu cuido bem do que é meu.
A tarde na praia transcorreu de forma perfeita. Luke estava em um dos seus melhores dias, divertido, carinhoso, atencioso. Quando começou a escurecer, nos despedimos dos amigos e fomos para o apartamento dele.
– Que tal um banho juntos? – sugeriu ele assim que chegamos, ainda com areia grudada na pele e o cheiro do mar no cabelo.
– Claro. – respondi, e seguimos para o banheiro.
Debaixo do chuveiro, com a água morna lavando a praia de nossos corpos, Luke me puxou para um beijo profundo e demorado. Suas mãos exploravam minha pele com uma familiaridade que me arrepiava, como se ele tivesse mapeado cada centímetro de mim e guardado na memória.
– Eu te amo tanto. – murmurou ele contra meus lábios. – às vezes tenho medo que seja só um sonho.
– Não é sonho. – respondi, beijando seu pescoço – estou aqui
– Para sempre?"
Havia algo na pergunta que me fez pausar. Uma urgência, uma necessidade de confirmação que parecia desproporcional para o momento.
– Luke...
– Desculpa – ele disse rapidamente – é que... às vezes tenho medo de te perder de novo.
Saímos do banho e, ainda molhados, acabamos no tapete da sala, nosso lugar favorito. Ali, naquele chão que havia se tornado nossa principal "cama", passávamos horas deitados, namorando, fazendo sexo selvagem, fazendo juras de amor, trocando palavras, beijos, risos, gargalhadas. Era como se aquele espaço tivesse absorvido todos os nossos momentos mais íntimos e se tornado sagrado, naquela tarde o Luke me devorou, ele me comeu como sempre me comia de forma selvagem e intensa, e só parou quando eu gozei com seu pau atolado no meu rabo, e ele logo em seguida gozou dentro de mim.
– Quer ver uma coisa legal? – perguntou Luke depois que estávamos deitados, ainda ofegantes, meus dedos traçando círculos preguiçosos em seu peito.
– Sempre – respondi.
Ele se levantou, totalmente nu, e foi até a cozinha. Voltou com três moedas, um copo de vidro e uma vela.
– Magic time – anunciou ele com um sorriso travesso, e eu não pude deixar de rir.
– Sério? Você vai fazer mágica pelado?
– A melhor maneira de fazer mágica. – ele piscou para mim.
Luke acendeu a vela e a posicionou ao lado do copo. Com movimentos teatrais e exagerados que me faziam gargalhar, ele começou a manipular as moedas.
– Escolha uma moeda – disse ele, estendendo as três em sua palma.
Escolhi a do meio. Ele fechou as mãos, fez alguns gestos místicos sobre elas, murmurou palavras incompreensíveis, e quando abriu as palmas... todas as moedas haviam desaparecido.
– Luke! Como você…
– Magia, meu amor. – ele riu, e então, com um movimento rápido, pegou o copo e o virou. As três moedas caíram dele com um barulho metálico contra o chão.
Eu estava genuinamente impressionado.
– Como você fez isso?
– Segredo profissional. – ele se aproximou e me beijou, – um mágico nunca revela seus truques.
– Faz outra então senhor mister M.
Ele ficou radiante com meu entusiasmo. Foi até a cozinha e voltou com um baralho de cartas que eu nem sabia que ele tinha.
– Agora escolhe uma carta, qualquer carta – disse ele, embaralhando as cartas com uma destreza surpreendente.
Escolhi o sete de paus. Ele me pediu para memorizar e devolver ao baralho. Depois de embaralhar novamente, com movimentos elaborados e comentários engraçados que me faziam rir, ele começou a virar as cartas uma por uma.
– Não é esta... também não é esta... hmm, que estranho, cadê sua carta? –
Continuou virando cartas até que sobrou apenas uma na mão dele, virada para baixo.
– Tem certeza que sua carta está aqui? – perguntou ele, fingindo preocupação.
– Tenho certeza.
Com um floreio dramático, ele virou a carta. Sete de paus.
– LUKE! – gritei, pulando em cima dele. – você é incrível! Como aprendeu a fazer isso?
– Internet, meu amor. YouTube University – ele riu, me abraçando forte, – passei semanas aprendendo para te impressionar.
E ele tinha conseguido. Naquele momento, olhando para ele, nu e sorridente, orgulhoso de ter me surpreendido, eu pensei: esse é o namorado que eu sempre quis ter. Alguém que se dava ao trabalho de aprender truques de mágica só para me ver sorrir, que comprava lanche para meus amigos sem que eu pedisse, que transformava um apartamento simples em um lugar mágico.
– Você é perfeito – sussurrei contra seus lábios.
– Longe disso. – ele respondeu, mas havia algo no seu tom que me fez olhar para ele mais atentamente.
– Para mim você é.
Luke ficou em silêncio por um momento, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que começou a me deixar desconfortável.
– E se você descobrisse que eu não sou?
– Descobrisse o quê?
– Que eu não sou perfeito. Que eu tenho... lados que você não conhece.
Havia algo na pergunta que me incomodou, mas antes que eu pudesse responder, ele me beijou novamente, como se quisesse apagar as palavras que havia dito.
Nessa brincadeira haviam se passado três meses. Três meses que foram uma calmaria, um novo relacionamento entre eu e Luke que nunca tivemos antes. Cada beijo, cada toque, cada surpresa era algo bom. Claro que nesse tempo Luke às vezes tinha algumas crises de ciúmes, elas no começo eram pequenas, às vezes ele dava alguns surtos, mas tudo muito pontual. Afinal, eu amava bastante Luke e não conseguia enxergar certos detalhes. Às vezes quando a gente ama, ficamos cegos, e não queremos enxergar o que está ali bem diante dos nossos olhos.
Sabe, caro leitor, a gente vai chegar num ponto da história que é muito doloroso para mim revisitar todas essas memórias, que têm muita dor e sofrimento. Foi algo que marcou a minha vida e que marcou meu relacionamento com o Luke de uma forma que eu nunca conseguirei explicar completamente. Luke me feriu de uma forma tão profunda que eu nunca saberei descrever o tamanho da minha dor, o tamanho da angústia, o quão ruim aquilo foi para mim naquele momento.
Como vocês sabem, eu gosto de adiantar e deixar algumas pistas soltas, e a verdade é que, mesmo diante de toda a dor que Luke me causou, um dia eu ainda fui capaz de perdoar. E sabe por que eu digo e adianto isso? Para que lá na frente vocês não me julguem, não falem "por que você fez isso? Luke é um surtado, um doente, você não se ama". Eu sei que muitos vão me odiar por um dia ter perdoado Luke, mas como eu disse, o amor é cego.
Uma vez eu vi no Instagram uma postagem dessas de frase de amor. Era uma citação de "O Pequeno Príncipe", de Saint-Exupéry, e fui ler os comentários — eu sou uma pessoa que adora ler comentários, às vezes me divirto, às vezes concordo e discordo. E teve um nessa postagem que me chamou atenção:
Comentário feito por @titomoraes: "Todo mundo já foi luz na vida de alguém e já foi sombra também... já sofremos e fizemos sofrer... uma das grandes descobertas da minha vida foi entender que não existe vítima, não existe vilão..."
Aquele comentário me pegou e me fez passar um filme na minha cabeça. Quantas vezes eu não fui o vilão de uma história? Recentemente eu usei Guto, eu gostava dele, mas no fundo eu não fui uma boa pessoa, eu não me entreguei como deveria ter me entregado, usei e abusei dele sem nenhum pudor, porque para mim era simplesmente confortável ter Guto aos meus pés.
E quantas vezes eu não fui vítima? Do Luke, fui vitimado por Carlos, assim como também fui vilão em diversas situações. E isso não me faz uma pessoa ruim, eu diria que me faz uma pessoa com uma certa bagagem. Claro que vocês, leitores, conhecem a história que escrevo pela minha perspectiva, pelo meu olhar, e eu vou narrar de uma forma que seja confortável para mim, até mesmo nos momentos em que eu seja o vilão. Mas como eu disse, isso não faz uma pessoa ruim. Eu me sinto hoje como uma pessoa com uma certa “bagagem” acho que esse é o termo melhor.
Esta reflexão me leva a uma passagem fundamental de "O Pequeno Príncipe" que sempre me tocou profundamente: quando o príncipe encontra a raposa e ela lhe ensina sobre o "cativar". A raposa explica que cativar significa "criar laços", e que uma vez que você cativa alguém — ou é cativado por alguém —, vocês se tornam únicos um para o outro. Mas há um peso nessa unicidade, uma responsabilidade que nem sempre estamos preparados para carregar.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", diz a raposa ao pequeno príncipe. E essa frase sempre me assombrou, porque implica que o amor não é apenas sentimento — é compromisso, é escolha constante, é a decisão diária de honrar os laços que criamos. Mas e quando descobrimos que fomos cativados por alguém que não compreende essa responsabilidade? E quando percebemos que nós mesmos, às vezes, falhamos em honrar aqueles que cativamos?
A complexidade dos relacionamentos humanos reside exatamente nesta dualidade: todos nós somos simultaneamente a rosa frágil e vaidosa do pequeno príncipe, demandando cuidados e atenção, e também somos a raposa sábia, ensinando outros sobre amor enquanto aprendemos sobre ele. Somos, ao mesmo tempo, quem ama e quem machuca, quem protege e quem abandona.
Luke me cativou de uma forma que ninguém mais conseguiu. Ele criou laços comigo que transcenderam o tempo, a distância, até mesmo a dor. E eu, ingenuamente, acreditei que ser cativado era suficiente para garantir a felicidade. Não compreendi então que alguns corações, por mais belos que sejam, carregam tempestades internas que podem destruir tudo ao redor.
Voltando ao Luke, a gente estava num momento que não tinha vilão nem mocinho, estávamos numa fase em que os dois se amavam. Mas às vezes Luke dava indícios de que ele seria um completo vilão, e eram esses indícios que eu não queria enxergar. Luke era uma pessoa desequilibrada, tinha seu tratamento com remédios, psicólogos e psiquiatras. Vez ou outra ele dava umas falhadas, às vezes se sentia bem e parava de ir às consultas ou não se medicava. E era nesses momentos que tínhamos pequenas brigas, que a mudança de humor dele era repentina.
Mas eu acabei me acostumando com isso porque eu amava Luke. Como eu disse já mil vezes, eu sempre vou amar Luke. E talvez seja essa a maldição do amor verdadeiro: quando cativamos alguém ou somos cativados de forma genuína, criamos uma ligação que transcende a razão, que sobrevive até mesmo à traição, à dor, ao abandono.
O pequeno príncipe, mesmo sabendo que sua rosa o havia mentido sobre ser única no universo, mesmo descobrindo um jardim inteiro de rosas iguais à sua, não conseguiu deixar de amá-la. Porque ela era especial não por sua singularidade objetiva, mas pelos laços que eles haviam construído, pelo tempo que ele havia dedicado a ela, pelas lágrimas que havia chorado por causa dela.
"É o tempo que tu perdeste com tua rosa que faz tua rosa tão importante", ensina a raposa. E é exatamente isso que eu sentia por Luke. Não importava quantos outros Lukes pudessem existir no mundo, não importava que ele não fosse objetivamente perfeito, ele era meu Luke, aquele com quem eu havia perdido tempo, aquele por quem eu havia chorado, aquele que havia me ensinado sobre amor.
Mas há uma linha tênue entre amar incondicionalmente e se perder no processo. Há uma diferença entre aceitar as imperfeições de quem amamos e ignorar sinais que deveriam nos alertar sobre perigos reais. E talvez essa seja uma das lições mais duras que a vida nos ensina: nem todo amor que sentimos é saudável, nem toda pessoa que cativamos sabe como cuidar dos laços que cria.
Às vezes me pergunto se o pequeno príncipe, caso tivesse ficado mais tempo com sua rosa, teria descoberto que ela não era apenas vaidosa e frágil, mas também cruel. Se ele tivesse aprendido que algumas flores, por mais belas que sejam, podem ter espinhos venenosos. Se ele tivesse enfrentado o dilema de continuar cuidando de alguém que usa esse cuidado como arma.
O comentário de @titomoraes sobre não existir vítima nem vilão é profundo porque reconhece a complexidade inerente às relações humanas. Mas há situações, e eu ainda iria descobrir isso da pior forma possível, onde essa linha entre luz e sombra, entre cuidar e machucar, se torna tão borrada que perdemos completamente a capacidade de distinguir amor de obsessão, proteção de controle, cuidado de possessividade.
Luke era tudo isso: luz e sombra, carinho e tempestade, magia e destruição. Ele era o garoto que fazia truques para me ver sorrir e também aquele que me olhava com uma intensidade que às vezes me assustava. Era quem comprava lanche para meus amigos e também quem apertava meu ombro com força quando sentia ciúme. Era meu mágico particular e também meu maior pesadelo.
E eu? Eu era o pequeno príncipe apaixonado por sua rosa, cego para os espinhos, surdo para os avisos, disposto a dar tudo de mim por alguém que estava lentamente envenenando o jardim da nossa relação. Eu era quem escolhia ver apenas a beleza, ignorando os sinais de perigo, porque admitir que minha rosa pudesse ser tóxica significaria questionar a própria natureza do meu amor.
A verdade é que, naqueles três meses de calmaria, eu estava vivendo numa bolha. Uma bolha linda, colorida, cheia de truques de mágica e sexo no chão da sala, mas ainda assim uma bolha. E bolhas, por mais belas que sejam, eventualmente estouram.
O que eu não sabia então era que Luke não era apenas um jovem com transtorno de personalidade tentando se estabilizar. Ele era alguém que havia aprendido a usar sua fragilidade como arma, sua instabilidade como desculpa, seu amor como prisão. Ele havia se tornado um mestre na arte de ser simultaneamente vítima e algoz, de despertar em mim o desejo de salvá-lo e a necessidade de me proteger dele.
Mas tudo isso eu só descobriria mais tarde, quando já fosse tarde demais para evitar os estragos. Naquele momento, eu ainda estava completamente cego, completamente cativado, completamente perdido na ilusão de que amor era suficiente para superar qualquer coisa.
Luke era o garoto que eu sempre iria odiar amar para sempre.