COMO ME DESPEDI DO MEU MELHOR AMIGO
Dois meses se passaram e nada do meu sogro e do meu namorado reatarem a relação deles. Di não queria terminar comigo e nem negar a si mesmo e admirava muito isso nele, o problema era que tanto ele quando o pai era cabeça dura — Lukas me disse que meu sogro até perguntou pelo filho algumas vezes, porém não deu nenhum passo para a reconciliação.
Meu namorado estava ainda mais resoluto que o pai, ele não queria papo a não ser que fosse um pedido de desculpas vindas do seu pai. Eu sabia que ambos deviam estar sofrendo com o afastamento, mas como falei dois cabeças duras. Di ficava na casa do Ryan durante a semana e nos fins de semana ficávamos juntos na minha casa. Não vou mentir minha vontade era que ele morasse comigo, mas minha mãe disse que ele só podia ficar nos fins de semana, pois não iria sustentar outra pessoa ainda mais não sendo nada dela.
Tia Lúcia recebeu ele muito bem na casa dela, nunca nem mencionava nada que pudesse deixá-lo desconfortável, mesmo assim Di não conseguia se sentir cem por cento a vontade em uma casa que não era sua — na real nem na minha casa ele ficava assim — ele ajudava em tudo que podia e até parou de farrear, não queria dar nenhum trabalho para a mulher que lhe estendeu a mão e eu entendia ele, nossos amigos também, por isso passaram a chamá-lo apenas para rolês mais tranquilos.
Entre a gente o clima esquentou ainda mais, tipo durante a semana ficava um pouco mais dificil para transarmos pois não queriamos nos pegar na casa da tia, seria muito vacilo, então sexo mesmo só no meu quarto. Lucas e Ryan conseguiram pegar as coisas do Di uns dias depois da sua expulsão — não foi fácil, mas com muita insistência conseguiram convencer o meu sogro de entregar as roupas dele pelo menos, já o celular Lucas só conseguiu reaver só quase um mês depois.
Di andava meio triste, na frente dos outros ele ficava bem, mas comigo eu sabia que não estava e até ficava feliz por ele se sentir seguro comigo a ponto de deixar suas emoções transparecem, com o passar dos dias ele até que foi melhorando e para mim não estava tão ruim, tínhamos mais tempo sozinhos no final de semana e nos víamos todos os dias nem que fosse quando ele me buscava na porta da escola ou quando saímos para comer alguma coisa só a gente ou com o pessoal. Não dormir com ele na semana era uma merda, mas até que era um preço pequeno a pagar para garantir meu namorado comigo.
Outra novidade era que nosso namoro não era mais um segredo, agora que minha mãe e o pai dele já sabiam não fazia mais tanto sentido esconder isso de ninguém, por um lado era ótimo andar de mãos dadas com Di, mas por outro lado o bullying na escola quando descobriram que eu era gay pirou uns mil por cento — me esforçava para o Di não saber, queria evitar ainda mais confusão na vida já atribulada dele.
Já estávamos perto do carnaval, nossos amigos planejavam uma viagem, mas Di não estava muito na vibe de ir, para mim não fazia muita diferença, minha única prioridade era ficar com ele sempre que possível, minha mãe possivelmente viajaria no carnaval o que me daria mais tempo com ele em casa então no fim de uma forma ou de outra eu tinha certeza que ficaríamos juntos no feriado, — mas infelizmente o universo me traria uma surpresa que mudaria tudo que estávamos planejando!
Sexta a noite Di tinha ido jogar com seus amigos no racha de lei dele, depois tinnha vindo para minha casa como de costume e porra que delicia receber meu macho suado e com roupa do racha, fazia questão dele me deixar banhar ele todo vez. Di era muito gostoso, meu tesão por ele só aumentava a cada dia, ele também era o cara mais cheiroso do rolê sempre, até mesmo pingando de suor seu cheiro natural era afrodisíaco. Di ficava maluquinho comigo engasgando na sua rola suada.
Após o sexo ou faziamos algo em casa para comer, ou saimos para comer algo — as vezes com nossos amigos, outras vezes sozinhos mesmo — nesse dia em questão a calmaria antes da tempestade que minha vida se tornaria foi tudo perfeito. Saimos para comer uma pizza e nenhum dos nossos amigos apareceu, era raro ter o Di uma sexta a noite inteira só para mim, mas porra dava até vontade de dar para ele no banheiro da pizzaria mesmo, de tão feliz que eu ficava quando tinhamos um momento só nosso.
Sábado minha mãe saiu cedo para trabalhar o que para mim era perfeito, Di dormindo com um calção de futebol do Corinthians, sua rolona marcada meia bomba — ele sempre acordava com ela meia bomba ou durona — só me convidando, acordar ele com uma mamada era o ponto alto do meu dia, já tinha as manhãs. era só levantar a lateral da sua bermuda já que ele dormia sem cueca e pronto aquele pau grosso e babão ficava ao alcance da minha boca.
Gostava de começar usando a língua na cabeçona dele, sentindo o gostinho salgado tomando minha boca, depois engolia sua rola até quase engasgar, de uma vez, deixando ela bem molhada com minha saliva, minha parte favorita era quando ele acordava, seus olhos baixos ainda com sono e o sorriso bobão de quem acabou de receber uma boa surpresa, isso me deixava maluco todas as vezes. Quando seu pau estava duro e bem lubrificado com minha saliva era meu momento de brilhar, montando em cima dele, com minhas mãos no seu peito malhar delicioso, meu rabo bem empinado quicando na rola dele no pelo e sem hesitar. Sua rolona me rasgando todo, esperava a minha mãe sair junto por causa desse momento, era justo quando a puta no cio tomava conta do meu corpo e gemia feito uma vagabunda quicando na rola do meu homem.
Não tinha nada que deixasse o Di mais excitado do que me ver chorando na sua pica, me ouvir pedindo mais e quando ele me perguntava de quem era aquele cuzinho apertado que ele estava arrombando eu respondia bem vagabunda.
— É seu paizinho!
Finalizamos com ele metendo loucamente em mim de quatro até a vontade de gozar ficar incontrolável, quando sabia que não conseguiria mais segurar, ele tirava do meu cuzinho de uma vez me deixando o formato vazio da sua pica no meu cuzinho, então me banhava com sua porra, eu de joelhos com a língua pra fora esperando os jatos de porra quentinhos dele na minha boca — que delicia!
Naquela sábado fizemos nosso sexo como era de costume, tomei banho antes dele e depois fui providenciar algo para o meu homem comer. Nossa manhã seguia normal como já era nossa rotina, foi então que os ventos da mudança finalmente nos atingiram — queria que esse dia nunca tivesse chegado, mas ele chegou.
— Diogo! — A voz do meu sogro ecoou vindo da porta de casa até a cozinha, por um segundo pensei ter ouvido errado, ou ser talvez algo da minha imaginação, mas então ele chamou uma segunda vez — Diogo!
— Fica aqui amor — digo para o Di que ficou completamente em alerta, ele não reagiu, sabia que não queria brigar com seu pai e tremendo que fosse isso que fosse acontecer, fui sozinho até a porta.
— Oi Fábio, chama o Diogo para mim — ele estava sério, mas não tinha mais aquela agressividade em sua voz que testemunhei no nosso último encontro.
— Por favor seu Adilson não briga com ele, ele sente sua falta — não sei de onde veio a coragem para abrir a boca, mas quando vi já tinha falado, meu sogro apenas me encarou por uns segundos e então fez que sim com a cabeça.
Não tinha muito o que fazer, fui até a cozinha e chamei o Diogo para que ele falasse com o pai, a princípio ele pareceu bem relutante, porém não tinha muito o que fazer, nós dois sabíamos que seu pai não tentaria de novo e pelo menos dessa vez ele parecia calmo e querendo realmente conversar com o filho. Queria muito ficar do lado do Di, mas sabia que aquela não era uma conversa para mim, então apenas o acompanhei até a porta, eles ficaram conversando na varanda, o pouco que eu ouvi foi só o começo onde meu sogro dizia está arrependido de ter expulso o Di de casa.
Nunca fiquei sabendo o que eles conversaram na varanda da minha casa naquele dia, quinze minutos, para mim pareceram uma eternidade, eles não levantaram a voz e nem parece ter rolado nenhuma discussão mais acalorada, foi só uma conversa de pai e filho. Passados os quinze minutos mais apreensivos da minha vida Di entrou visivelmente cansado e até um pouco confuso, mas tinha algo a mais nos seus olhos verdes — ele estava com o brilho de esperança!
— Fabim, eu vou para casa com meu pai — ele disse seguindo de um longo suspiro dele.
— Tem certeza Di?
— Tenho, quando for mais tarde eu te ligo beleza, não precisa se preocupar — ele tentou me tranquilizar, mas assim que ele se foi com o pai liguei para o Lucas para deixá-lo sob aviso.
Sábado à noite Di me mandou uma mensagem falando que dormiria em casa, fiquei muito ansioso, mas sabia que ele precisava desse tempo com o pai para tentarem se entender. Domingo Di falou comigo de manhã, mas para o meu completo desespero ele não me falou muita coisa.
— Oi amor, está tudo bem? — Perguntei me esforçando para não transparecer minha preocupação e ansiedade com a situação.
— Está sim, mas amor, eu preciso de um tempo, eu vou continuar aqui com ele, estamos tentando nos entender, mas te prometo, vou contar tudo quando a gente se ver, beleza?
— Tudo bem Di, mas se cuida amor, qualquer coisa estou aqui — era tudo que podia fazer, mesmo não gostando muito da ideia precisava deixar ele cuidar da situação familiar dele.
Di precisava de espaço para se entender com o Adilson — meu sogro — pela primeira vez não senti medo do Di terminar comigo, estávamos sólidos dessa vez, mas ainda sim era muito ruim não poder está com ele naquele momento, no fundo sabia que não tinha nada que eu pudesse fazer além de lhe dar espaço e torcer para que tudo acabasse bem, mesmo sendo uma merda ficar esperando por notícias. Lucas e os outros estavam no escuro assim como eu, a única coisa que me restava fazer era apenas esperar pelo Di para me dar notícias.
Segunda finalmente chegou, fui para aula, Carol até tentou me distrair, mas ficar sem notícias do Di era a pior parte, eu sabia que ele estava “bem” pois se algo tivesse acontecido ele teria me ligado, mas a fato de não ter notícias dele não ajudava em nada na minha anciedade. Só no final da tarde foi que o Di em fim apareceu na minha porta, com uma aparência péssima, seus olhos verdes carregavam uma tristeza ainda maior do que quando ele havia brigado com o pai, fiquei bem apreensivo.
Di não quis entrar, ao invés disso ele me chamou para irmos para Beira Mar — uma praia de Fortaleza — durante o caminho todo quis perguntar o que estava acontecendo, mas se ele queria esperar chegarmos na praia eu estava me esforçando para respeitar, ao inves de perguntar sobre o pai dele achei melhor falar sobre como tinha sido meu fim de semana, ele ouvia com atenção e em alguns momentos até chegava a rir com um sorriso curto.
Caminhamos um pouco pelo calçadão, o sol já tinha se posto e a lua começa a brilhar no céu, não tinham tantas pessoas por perto o que de certa forma ajudou a criarmos um clima mais íntimo, estávamos quase chegando ao Espigam quando ele me puxou leve mente em direção da areia, ficamos em um meio termo, entre o mar e o calçadam, então nos sentamos, ele me beijou com um beijo doce e demorado, nessa hora já estava começando a ficar assustado.
— Amor, eu falei com meu pai — ele disse por fim.
— Então, vocês se entenderam?
— Não exatamente, ele me falou que minha vó que mora em Recife está doente e que — ele não conseguiu continuar e vi que já tentava segurar as lágrimas.
— E o que Di?
— E vamos nos mudar para Recife para cuidar dela, meu pai quer que eu vá na frente enquanto ele resolve umas coisas aqui — fiquei estático, não sabia o que dizer ou pensar.
— E você vai ficar quanto tempo lá? — Minha voz já começava a falhar.
— Vamos nos mudar de vez Fábio, meu pai vai até vender nossa casa — meu mundo simplesmente caiu, até para respirar ficou difícil.
— E, e como a gente fica? — Quase não consigo fala.
Silêncio.
— Diogo? — Insisti.
Silêncio.
— Diogo! — Uma segunda vez.
Não sei quanto tempo ficamos lá sentados em silêncio. De todas as vezes que pensei que esse dia chegaria nunca pensei que doeria tanto. Eu entendi exatamente o que estava acontecendo, tínhamos dezessete, sem emprego e com dois Estado nos separando em breve, ele em Recife e eu no Ceará, não tinha como, em outros tempos talvez, mas não naquela época, a distância certamente nos esmagaria.
Não podia está acontecendo aquilo com a gente, nosso amor venceria qualquer coisa, foi a promessa que fizemos incontáveis vezes, mas como eu poderia pensar em prendê-lo a um pacto desse comigo, Di estaria cuidando da mãe, tentando superar a mágoa com seu pai e ainda tento que pensar em mim, não suportaria ser um peso em sua vida, precisava deixá-lo ir, só que não sabia se conseguiria. Não tendo muito o que fazer apenas me levantei e fui em direção a parada de ônibus para voltar para casa e o Di só me seguiu de cabeça baixa sem dizer nada.
Eu não era bobo, sabia muito bem que a urgência em sua partida era a forma do seu pai nos separar e ele iria conseguir, não que o caso da avó do Di não fosse grave, mas ele podia ter nos dado mais tempo, alguns dias pelo menos, enfim não tinha o que ser feito. Di segurou minha mão o caminho todo de volta para casa, porém não conversamos, o silencio da praia havia feito morada no meu coração. Na porta da minha casa só conseguia pensar que precisava ficar só.
— Di quero ficar sozinho.
— Fabim, por favor — senti um aperto no peito, mas não dava, realmente precisava ficar só.
— Por favor, Di.
— Me liga, eu venho correndo — ele não queria me deixar alí, mesmo assim respeitou minha decisão.
Em meu quarto deitado na minha cama não era mais eu, era apenas uma casca vazia. Chorava sem o menos controle, parecia que tinha acabado de perder uma parte de mim, uma parte muito preciosa e talvez nunca mais a recuperasse. Di e nossos amigos tentaram me ligar o restante da noite, mas recusei todas as chamadas, não queria falar com ninguém. Era só fechar os olhos para conseguir ouvir o barulho das ondas quebrando no mar, que por sinal era o mesmo som do meu coração quando ele se despedaçou.
Chorei até pegar no sono. Minha mãe me acordou de madrugada falando que o Di estava na porta e que pelo jeito estava bêbado. Fui até ele que chamava meu nome repetidamente, Lucas estava com ele e pela cara já podia imaginar o que o Di tinha aprontado com os amigos, Lucas me ajudou a por ele para dentro no meu quarto e depois foi embora, mas antes se desculpou comigo.
— Tranquilo — falei.
— A gente não queria deixar ele vir, mas ele bebeu muito e ficou falando que vinha nem que fosse sozinho, achei melhor trazer — Lucas explica.
— De boas Lucas, agradeço por não ter deixado ele vir sozinho.
No meu quarto tirei sua roupa, com um pouco de dificuldade levei ele para o banheiro e lhe dei um banho, Di estava em um estado de consciência e inconsciência ao mesmo tempo, tipo ele se mexia, mas não estava falando coisa com coisa, também tive que mandar ele calar a boca umas três vezes, se ele acordasse minha mão — de novo — eu teria problemas. Assim que o deitei na cama ele apagou, vesti uma bermuda nele, pois estava frio, e me deitei com ele, quando ele percebeu que estava na cama comigo passou o braço por cima de mim para me abraçar.
A dor de saber que ele estava indo embora era devastadora, mas só por ter ele ali comigo me dava um alívio, fraco, mas que pelo menos me ajudou a dormir. De manhã abri meus olhos e dei cara com seus olhos verdes me encarando, nem sabia a quanto tempo ele me encarava em silêncio a pouca luz do quarto.
— Eu te amo, Fabim!
— Também te amo, Di!
Nos beijamos e ficamos assim trocando carícias sem sair do quarto a manhã toda, de certa forma me arrependi por ter demorado tanto para correr pros seus braços, mesmo sabendo que precisava do meu tempo sozinho para digerir — ou pelo menos tentar né. — Di não falou muito, apenas me beijou e me apertou contra o seu corpo. O tempo passava mais rápido do que eu gostaria, isso estava me matando, cada segundo a mais no relógio significava menos tempo com Di. Naquele momento percebi que nosso tempo estava acabando de fato, então fiz o que me deu vontade de fazer.
Nós beijamos, e como sempre acontecia nossos beijos esquentaram e eu logo estava deitado em cima dele, trocamos carícias, tirei sua roupa e ele tirou a minha, as lágrimas no meu rosto não me pediam permissão para cair, depois de ver aquele corpo nu tantas vez, não conseguia acreditar que aquela seria a última vez, beijei todo seu corpo começando por seus pés e fui até sua boca, nossos corpos nus se encontravam feito imas, ele me abraçava com tanta força que machucava um pouco, quando finalmente afrouxou os braços eu fui descendo pelo seu corpo de encontro ao seu pau, comecei a masturba-lo e em seguida passei a chupar aquela rola que pensei que seria apenas minha, mas que agora eu me despedia, chupava com tanta vontade e desejo e por um momento enquanto o chupava engolindo seu pau por inteiro o tesão tomou conta de mim e me foquei apenas em dar prazer para ele.
Diogo se contorcia de prazer, ele me puxou para um beijo, e ficamos assim só nos beijando por um bom tempo, fomos tomar banho junto e lá lhe masturbei até gozarmos, banhei ele pela última vez, nos vestimos, ele me deu um ultimo beijo de despedida e foi embora, dois dias pois soube que ele tinha ido para Recife, ainda nos falamos no telefone uma noite antes de ele ir, não falamos nada de mais, só que antes desligar ele me falou que eu vivesse minha vida e que se um dia a gente se encontrasse de novo e estivéssemos desimpedidos voltaríamos sem nem pensar muito.