Estamos chegando a parte interessante: o desenrolar da vingança. E a vida dos dois, Marcela e Murilo, estava prestes a virar. Mas antes eu preciso falar a vocês sobre Duda.
Não alertei antes pois muitos pensariam que já havia me recuperado de Luciana, o que seria uma grande inverdade, mas minha relação com ela era estranhemente sadia, leve. Naquele ano que se passou, minha cabeça só pensava no sangue dos dois, menos quando estava com ela. E nem era só pelo sexo, que era espetacular, mas principalmente porque eu sentia que eu era eu de novo quando estava com ela. Vou contar apenas um fim de semana que passamos juntos pra vocês entenderem.
Naquele fim de semana, todo o plano quase foi por água abaixo. Quando DG descobriu a gravidez de Marcela, soube no ato que era dele. Marcela se comportava como se só quisesse o dinheiro mas a vi, de longe, uma ou duas vezes. Ela tinha se apaixonado verdadeiramente por DG e ele começava a dar indícios de que queria desistir do plano. Fiz algo que não me orgulho com meu amigo mas ele precisava daquilo. Nos encontramos em uma charutaria escura e bastante privativa, ainda pela manhã cedo. Local pra poucos, com luz baixa. O esperava tomando um trago. Quando ele chegou.
- fala, chefe - estendeu a mão, que apertei de pronto.
Me chamava de chefe por pura formalidade. DG chamava todo mundo assim enquanto fora do personagem. Aliás, o verdadeiro nome de DG era Casemiro.
- senta aí. Precisamos reafirmar uns pontos. - senti seu corpo tremer. Ele sabia o que viria. - você ainda se lembra do nosso acordo? Porque conheço você. Sei que tá mexido por Marcela.
Ele colocou a mão na nuca, apertando, enquanto olhava pra mesa Casemiro era um amigo de longa data. Treinávamos boxe juntos e ele era o único da minha categoria e por isso nos acostumamos a treinar entre nós. Era alguém esperto e muito inteligente mas a vida não foi generosa nem gentil com ele. Eu sim.
- se você quiser, paramos com isso agora. Não precisa continuar. - disse enquanto balançava o copo de uísque
Ele me olhou com surpresa. Quase felicidade. Estava realmente se apaixonando por ela. Seria uma pena destruir uma pessoa que não tem nada a ver com a história em curso. Ele seria um dano colateral e eu daria um jeito de repará-lo. Mentia pra mim enquanto estava me ajeitando, prestes a começar meu jogo.
- Casé, você cumpriu seu papel com perfeição. Eu o libero do contrato. Claro, vou precisar reaver todos os bens que estão contigo. Me pergunto o quanto Marcela vai te amar quando descobrir que o DG mora em Quintino e tem um Chevette. - ri. Um riso torto. Cruel. Pude ver o sorriso do meu amigo se quebrando.
- ela tá grávida, chefe. O filho é meu. Tenho certeza.- olhando pra mim sério. Seu punho cerrado me dizia o quão puto ele estava. Não sei se de raiva pelo que estava fazendo ou pela constatação que sem dinheiro, Marcela estava longe dele.
- Lógico que ela está grávida, Casé. Um filho do DG é um bilhete premiado! E se ela te ama tanto quanto você acha, porque ela continua fazendo isso com o noivo? - coloquei uma pasta sobre a mesa.
Sabia o que era. Sabia o poder de destruir o coração dele. Mas era preciso. Não nadei até aqui pra morrer na praia. Não ia deixar minha vingança morrer por mero capricho. Na pasta haviam fotos de Marcela e Murilo transando entre eles. Entre outras pessoas. Marcela sendo usada por 3 ou 4 caras, com a anuência e cumplicidade de Murilo. Casé avaliou as fotos. Sua cara dura. Impassível. Acho que tudo isso não machucou tanto quanto as últimas fotos. Eram as fotos do noivado de Marcela e Murilo.
- ela não vai soltar enquanto o próximo galho não for firme o bastante. Eles são adeptos dessas coisas por isso Murilo nunca suspeitou o ligou pro que vocês tem. Como todo o resto, você é só diversão pra eles. Pra ela mas tem potencial! Afinal DG tem infinitamente mais dinheiro que Murilo.
Ele fechou a pasta e me devolveu. DG estava de volta e com a cabeça no lugar certo. Mas sentia o peso do que fiz ao meu amigo Casé. O vi indo embora meio tropego. Só ali percebi que não há guerras sem efeitos colaterais. Quantas mais pessoas eu destruiria por aqueles dois filhos da puta?
Fui pra casa com a cabeça cheia e o coração pesado. Pensava nas pessoas próximas e quantas mais eu esmagaria. Mas tudo sumia nos fins de semana que ela estava comigo. Com ela, eu me permitia ser eu mesmo. Assim que a vi deitava dormindo de bruços em minha cama, meu pau reagiu como sempre reagia quando Duda estava perto. Tirei a roupa e fui apenas de Boxer pra perto dela. Ela gostava de me ver assim e tinha virado a dona de todo meu tesão.
Comecei a beijar suas pernas, daquele lindo calcanhar, passando pelas batatas firmes, pelas sobrinhas do joelho(que percebi que deixava ela estranhamente excitada),aquelas coxas roliças e torneadas, até aquela bunda linda, que mordi e beijei bastante. Ela já havia acordado, manhosa, com um sorriso deliciosamente safado. Empinava a bunda com quem pede pra ser louvada. Eu ri enquanto beijava e mordia aquele monumento. Sentia já a quentura de sua buceta e o seu cheiro adocicado. Via o fio dental azul encharcado. Tava louco pra meter a língua ali e sorver aquele líquido delicioso mas continuei minha exploração.
Beijava e lambia do rego e do cóccix, passando a língua deliciosamente pela sua coluna onde podia-se ler a tatuagem de "carpe diem". Subia roçando minha barba enquanto beijava e lambia. Sabia que aquilo a excitava. A ponto dela empinar aquela bunda maravilhosa, rocando meu pau. Cheguei na nuca, onde puxei o cabelo dela pra cima e mordi. Uma mordida um pouco mais forte pra marcar mesmo. Ele gemeu e sorriu. Tinha aquele tipo de sorriso que elinstiga e te desmonta. Já rebolava aquele rabo fenomenal no meu caralho.
- parece que alguém tava com saudades... - dizia enquanto rebolava e empurrava a bunda contra meu sexo.
Eu mordia sua orelha, beijava seu pescoço. Estava ansioso, meu corpo ardia junto ao dela. Sentia um magnetismo violento entre nossos corpos, uma vibração uníssona entre nós. Meu corpo reagia ao toque dela. Quando ela toca minha nuca, me puxando com força, me afundando em seus cabelos, mordendo sua nuca. Meu coração batia acelerado eu estava com... Saudade?
Ela se vira e vejo aqueles olhos claros vibrantes, vívidos. Estar sob a mira deles era como estar sob a luz de holofotes. Aquele nariz arrebitado ho, aquela boca carnuda e aquele sorriso safado que me enlouquecia. Beijei-a já cheio de tesão. A peguei pelas mãos e as prendi com uma minha acima de sua cabeça. Ela gemeu. Adorava isso. Beijei sua boca, mordi seu queixo e seu pescoço. Enquanto isso, minha mão livre bulinava seus seios firmes, apertando-os e beliscando os mamilos. Ela gemia e sentia seu corpo todo arrepiado. Passeei minha mão em sua barriga enquanto ela erguia o corpo querendo mais do meu toque, até que finalmente chequei naquela bucetinha.
No momento que toquei, ela gemeu sorrindo. Primeiro esfreguei por cima da calcinha só pra constatar que estava ensopada. Demorei pouco fazendo isso. Puxei aquela peça ínfima mas linda para o lado e comecei a acariciar sua fenda. Corria o dedo por toda a extensão dela, depois a invadia somente com a ponta dos dedos. Fazia isso principalmente perto do clitóris para que meus dedos tocassem nele rapidamente. O bastante pra serem sentidos e o bastante pra dar prazer a ela.
- aih, que saudade desse toque!!! Hhuummm. - ela forçou a mão se libertando.
Puxou meus cabelos e olhos no fundo dos meus olhos. E então ordenou cheia de vontade:
- me chupa. Eu quero sentir sua língua. - um pedido imperativo.
Desci na hora. Beijando seu abdômen, mordendo seu umbigo e chegando naquele monte de pelos aparados que adorava. Passei a língua levemente em seu clitóris e a vi tremer em um gozo rápido. Quando percebi, deu uma lambida mais forte começando do seu cuzinho até o clitoris, passando por aquela racha melada e deliciosa. Vi suas coxas revezando e agora sim, ela tava gozando de verdade. Continuei ora lambendo, ora fazendo movimentos circulares em seu clitóris. Ela gemia e rebolava, buscando mais da minha língua. Depois de alguns minutos, acelerou o rebolado e me puxou pelos cabelos forçando minha boca contra o seu sexo. Recebi aquela gozada direto na língua. Ela uivava em gozo e algo que eu adorava vê-la fazer. Quando ela gozava muito forte, ela apertava os pés. Depois do gozo, puxei ela pela mão e levantou, sentando-se na beira da cama.
De pé, puxei seus cabelos e beijei sua boca. Queria compartilhar o gosto dela. Ela riu, e já a conduzi pro meu pau e ela não perdeu tempo. Tirou minha Boxer e pegou meu pau pela base. Ela mordia os lábios olhando pra mim. Lambia a ponta, extraindo o pré gozo e fazendo aquele fio melado que tanto gostava. Depois punha só a cabeça na boca, dando um chupão forte. Depois lambia ele da base até a ponta e toda vez que chegava na ponta, dava um chupão forte. Ema me dominava deliciosamente com aquela boca. Depois colocava ele quase inteiro na boca fazendo um boquete bem molhado. Escutava o gwah gwah gwah e via a saliva escorrer do espaço entre sua boca e meu pau. Ela jogava sujo. Quase me fez gozar.
A levantei e novamente beijei sua boca. Agora com o meu gosto. Nossas línguas tinham urgência e se sentir e dançavam como se estivessem bailando a última dança da vida. Ergui aquele mulherão enquanto a beijava e sentei na beira da cama. Ela não parava de me beijar e só ajeitou meu pau pra entrar naquela buceta deliciosa. Sentou devagar. Sentindo pedaço por pedaço abri-la. Ela geralmente fazia isso quando ficávamos muito tempo sem se ver, o que era o caso. Ela gemia na minha boca enquanto apoiava na minha coxa e ia rebolando até ter ele todo dentro dela. Ficamos assim por mais de 30 minutos. Não era um dia quente mas meu corpo inteiro escorria suor. O dela também. O apartamento inteiro parecia uma sauna.
Ela abraçou minha cabeça enquanto rebolava com calma. Fazia aquilo pra controlar nosso gozo e me levar no ponto de gozar junto com ela. Sentia sua respiração quente na minha orelha e podia ouvir os miadinhos dela de prazer. Estava perto de gozar de novo mas queria gozar comigo.
- me sinto tão cheia com esse caralho atolado em mim!! Vai encher minha bucetinha de porra, vai, gatão?! Enche vai... Quero sentir esse leite todo aqui dentro! Você me viciouuuuu. - e gozou.
Junto do gozo dela, as paredes de sua buceta começaram a me apertar e não aguentei por muito tempo. Gozamos abraçados em um enlace apertado. Eu urrava e sentia minha porra preencher aquele espaço e começar a escorrer da buceta dela. Minhas pernas e as delas eram só nossos sucos. Estávamos abraçados e ofegantes. Fuder com Duda tinha um efeito a mais estranhamente agradável. Era uma sensação de completude e no final, letargia. Quanto a ela, sentia sempre seu corpo mole, pesado. Sua cabeça pendia em meu ombro e seu nariz afundado em meu pescoço.
- você me deixa acabada... - se empertigou e me deu um beijo. O beijo. e eu me perdia deliciosamente naqueles lábios.
Transamos ainda vigorosamente por boas horas. Até o meio da tarde, mais ou menos. Vi seus pezinhos se contorcer em algumas vezes. Senti seu toque febril em todo meu corpo. E ela sentiu meu pau em todos os buracos. Acabamos completamente esgotados. Eu deitado de braços abertos na cama e ela ao meu lado, de lado, com uma perna sobre mim e uma mão sobre meu peito. Ainda recuperávamos o nosso fôlego quando ela me desestabilizou.
- acho que não volto ao rio tão cedo, Felipe. - dizia sem me olhar enquanto passava a unha sobre meu peito. - o projeto acaba esse final de semana. Acho que essa é a despedida.
Não esperava mas meu coração deu um Pinote e acelerou. Muito. Ela sentiu mas a única reação que demonstrou foi um sorriso. Ainda não entendia o por que aquilo me incomodava pois nunca mentimos um pro outro. Ambos entramos nessa sabendo que isso aconteceria mas por que então isso agora parecia tão... Amargo. Coloquei as mãos atrás da cabeça tentando parecer relaxado.
- sentirei falta de nossas conversas. - rimos mas não foi como das outras vezes.
Ela socou meu peito. Forte o bastante pra chamar a minha atenção e não machucar. Era uma reclamação ao meu deboche. Logo depois voltou a acariciar meus peito.
- amanhã eu tô indo embora. Vou passar o dia com meus pais. Por hoje a gente aproveita. Vamos tomar banho que a gente vai sair. - disse Duda levantando e correndo para o banheiro.
Ela pisava com a frente do pé, parecia uma gata. Até assim ela era sensual. Segui de perto com um misto estranho de alegria e tristeza. Tomamos um banho juntos e foi triste mas bom. Nos pegamos embaixo dágua mas foi diferente. Foi calmo. Parecia que estávamos desacelerando. Terminamos o banho e nos arrumamos.
Primeiro ela, me levou pro largo da prainha. Naquele dia estava tendo um sambinha gostoso. Gente bonita, boa comida, ótima companhia. Achei que fosse impossível que Duda ficasse mais bonita mas ela havia escolhido um vestido comprido rosa com um decote generoso. O vestido se deletava de suas curvas enquanto muitos homens torciam o pescoço quando ela passava. Ficamos juntos curtindo o samba e quando anoiteceu, ela me pegou gentilmente pela mão e fomos embora.
- pra onde vamos? O samba tão agradável... A companhia ainda melhor... - Disse com um sorriso sacana.
- cala a boca, Felipe... - ria - só me acompanha que te garanto que você ganha mais.
Ela não precisava falar. Eu a seguiria. Já suspeitando o porque mas não querendo admitir.
O golpe final foi no Circo Voador. Esse lance de vingança me consumiu tanto que esqueci de viver. Perdi coisas legais e talvez importantes das quais nem me recordo. Só conseguia viver com ela. Em uma das nossas conversas pós foda, falávamos de música e disse que gostaria de ir no show dos Garotins. Eles estariam tocando naquele sábado e se não fosse pela atenção que ela prestava, eu teria perdido o show.
Curtimos muito o trio. Dançamos agarradinho como um casal de namorados... Aliás, qualquer um que nos olhasse pensaria dessa forma. E era disso que tinha medo. Eu me apeguei a ela. Me apeguei demais a ela. E não queria envolvê-la nisso. Curtimos o resto do show comigo pouco mais amuado e fomos pra minha casa. Transamos mais uma vez mas dessa vez não foi tão bom. Um gosto agridoce de despedida nos embalou.
Quando acordei no dia seguinte, Duda já havia saído e deixado um bilhete:
"Você me deixou acabada. E dessa vez eu não gostei. Adeus"