Fazenda Pica-Pau - Capítulo 2: A Avó

Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 2409 palavras
Data: 12/08/2025 08:33:37

Vi a porta da casa se abrir. Pilar, minha avó, surgiu caminhando em minha direção, enxugando as mãos num avental de tecido grosso, amarrado justo na cintura. O pano trazia manchas de farinha e o cheiro quente de pão assado que escapava da cozinha.

Mas não era o avental que prendia meus olhos. O vestido, gasto nas bordas, moldava o corpo de um jeito traiçoeiro — como se nem tentasse, mas revelasse mais do que escondia. O tecido colava nas curvas dos quadris e soltava na altura dos seios, que, mesmo cobertos, denunciavam o peso e a forma. As pernas, firmes e marcadas pelo sol, avançavam num balanço natural, como se cada passo fosse calculado, mas sem pressa.

Ela não tinha nada da produção impecável da minha avó materna — aquela que vivia de salto, colares e batom vermelho, sempre pronta para um evento social, cheia de maquiagem e perfume caro. Pilar era o oposto: simples, crua, real. Não tentava seduzir, e talvez fosse justamente isso que a tornava mais perigosa. Sua beleza não dependia de artifícios — e por isso, queimava mais fundo.

Tinha 55 anos, mas usava cada um deles com uma dignidade quase insolente. A pele clara, marcada por rugas suaves, parecia ter guardado a história de cada verão e inverno naquela fazenda. O cabelo castanho-claro, salpicado de mechas grisalhas, estava preso num coque rápido, alguns fios soltos colados à testa pelo calor. O rosto meigo e os olhos castanhos tinham um brilho sereno, mas não ingênuo — o tipo de olhar que te media antes de sorrir. E quando sorria, como fez comigo naquele instante, era doce e inteiro, capaz de desmontar qualquer defesa.

O corpo… ainda firme. Quadris largos sustentando o avental, cintura marcada mais pela postura do que pela vaidade, seios cheios sob o vestido leve, que se moviam discretos a cada passo.

— Miguel! — a voz dela saiu num misto de surpresa e alegria, aquecendo o ar.

Minha avó abriu um sorriso manso e estendeu os braços.

— Bem-vindo, meu neto… — disse, com aquela voz baixa que parecia embalar as palavras.

Eu avancei para o abraço, sentindo o calor do corpo dela antes mesmo de tocá-la. Eu me inclinei, automático, para dar um selinho. Hábito. Na família da minha mãe, beijo na boca é quase cumprimento de mão. Não era erótico… até ser.

Só que Pilar travou no meio do gesto.

O abraço ficou congelado por meio segundo, os lábios dela pararam antes dos meus, e o silêncio virou aquele tipo de vácuo que gruda na pele.

— Opa… — Ela riu, ajeitando a postura, meio sem graça.

Fiquei ali, segurando o riso. Expliquei rápido, como se fosse nada:

— Ah, é costume na parte da família da minha mãe. Beijo de oi, normal.

Ela assentiu, mas os olhos ainda tentavam decifrar se aquilo era inocente ou se eu tava tirando uma com a cara dela.

— Uai, na cidade ocês tá muito moderninho, hein?

Por dentro, eu só pensava: Se ela soubesse o quanto… Minha vó materna não só me cumprimenta assim, como também me ensinou que a intimidade pode ir muito, muito além de um selinho. Pilar, coitada, ainda tá na fase de achar que moderninho é ter celular com internet.

— Com essa vó não pode ser só um abraço? — ela falou sorrindo, o sotaque arrastado me pegando de jeito.

— Oh… claro.

Abri os braços e ela veio. Não foi aquele abraço rápido, protocolar. Foi inteiro. Minha vó me fechou contra ela como se quisesse compensar todos os meses que ficamos longe. E era só isso — só um abraço de vó com saudades — mas o corpo não entende esses limites tão bem quanto a cabeça.

O calor do colo dela me pegou primeiro, depois a pressão firme das mãos ásperas nas minhas costas. O cheiro também… não era perfume, não era sabonete caro. Era pele limpa, sabão caseiro e um suor quase doce, daqueles que ficam quando a gente trabalha o dia todo no quintal e senta pra descansar.

Fiquei quieto, mas não larguei. Apertei um pouco mais do que o normal, como se o gesto fosse desculpa pra prolongar o contato. Encostei o rosto no pescoço dela. Senti o calor e aquele cheiro vindo mais forte, misturado ao leve sal da pele.

Ela riu baixinho.

— Óia só, que menino carente… — disse com um tom entre graça e ternura.

Eu ri também, mas não afrouxei o abraço. Talvez tenha até apertado mais. Fingindo que era por afeto, mas a verdade é que eu estava… sentindo. Não sexualmente ainda, mas no sentido mais perigoso: deixando meu corpo registrar cada detalhe.

O corpo dela se acomodou no meu como se já soubesse exatamente onde encaixar — não exageradamente curvilíneo, mas com densidade e presença. Minha avó podia não ter a cintura fina de uma mocinha, mas tinha curvas reais, de mulher feita, que se sentiam de verdade contra o peito. Minhas mãos desceram sozinhas, encontrando o ponto exato entre a cintura e o quadril. Um encaixe perfeito, quente, vivo.

Ela se afastou só o suficiente para me olhar, ainda colada a mim. Suas mãos subiram até meu rosto, segurando-o com firmeza, os dedos quentes e ásperos pelo trabalho na cozinha e no campo.

O olhar dela me percorria como se estivesse tirando medidas invisíveis, demorando mais do que qualquer avó deveria.

— Olha só pra você… cresceu… virou um homem de verdade — disse, com um orgulho que vinha misturado a algo que eu não conseguia identificar de imediato.

Sorri de canto.

— E a senhora… — deixei a frase escorrer lenta, sem pressa — …continua linda.

Enquanto falava, minhas mãos subiram das curvas do quadril pelas costas dela, sentindo a firmeza sob o tecido do vestido, acompanhando a linha da espinha até quase os ombros. Minha avó respirou fundo, e eu percebi o leve rubor subindo-lhe pelas maçãs do rosto.

O rosto dela era um mapa que eu queria decorar. A pele clara, marcada por rugas suaves que não escondiam o traço delicado; os olhos castanhos, brilhando com um misto de doçura e vigilância; o nariz levemente afilado, que dava ao conjunto uma harmonia quase inocente; e a boca… macia, desenhada, com um canto mais curvado que o outro, como se carregasse um sorriso secreto.

Era impossível não notar a respiração dela contra meu pescoço. Não era pesada, mas era presente. E mesmo sem intenção, cada segundo naquele abraço virava um inventário sensorial: temperatura, cheiro, peso, toque. Tudo guardado.

Minha mão subiu mais um pouco, só o suficiente pra sentir melhor a curva da parte alta das costas dela. A pele por baixo do tecido simples do vestido parecia quente, viva. Ela deu uns tapinhas nas minhas costas, como quem diz “tá bom, chega”, mas sem realmente me afastar.

Ela desviou os olhos, mordeu o lábio inferior e, num movimento rápido, se afastou um passo, alisando o avental como se precisasse lembrar a si mesma de onde estava.

Ela pigarreou, forçando um sorriso mais contido.

— Você deve estar cansado da viagem… — disse, virando-se para a porta com um gesto rápido, como se quisesse puxar o momento para dentro da casa antes que ele se prolongasse demais. — Vem, entra. Fiz pão fresquinho e o café ainda tá quente.

Segui atrás, observando o balanço discreto dos quadris sob o vestido. Cada passo dela era um convite disfarçado de rotina, um movimento lento, hipnótico, que eu tentava não acompanhar com os olhos… e falhava. O cheiro do café começou a dominar o ar quando cruzamos a soleira, mas não era suficiente para limpar da minha cabeça a sensação do corpo dela colado no meu. Minha vó falava de coisas simples — do clima, da colheita, de como o galinheiro estava mais barulhento que o normal — e cada palavra era dita num tom baixo, macio, como se as sílabas carregassem ainda o calor daquele abraço.

Eu precisava me recompor. Aquilo tinha passado do limite, e eu sabia. “Controle-se, merda”, pensei, ajustando o passo para não parecer que estava seguindo os quadris dela com o olhar. O que tinha acontecido comigo? Desde quando eu não conseguia mais impedir essa reação? A resposta estava lá, óbvia: a família da minha mãe. Aquele jeito solto, permissivo… os toques, os beijos rápidos que não eram tão inocentes quanto pareciam, as conversas carregadas de duplo sentido como se fosse natural. Elas me moldaram. Me ensinaram que certas linhas podiam ser borradas.

Mas Pilar não era igual… não podia ser… Não. Eu precisava gravar isso na cabeça como um mantra: o que houve com as mulheres da família da minha mãe era exceção, não regra. Uma avó querer dar para o neto não é normal. Não é regra. É exceção. Repita: exceção. Eu repetia, mas ao mesmo tempo lembrava da forma como ela não recuou, do jeito que o corpo dela se encaixou no meu. Aquilo não ajudava. Aquilo, na verdade, queimava ainda mais.

Por mais que eu tentasse, meus olhos teimavam em seguir o compasso lento do quadril dela. Minha avó caminhava à frente como se não soubesse — ou fingisse não saber — que alguém a observava com a atenção de um predador faminto.

Minha avó entrou na cozinha tirando o avental devagar. O vestido de algodão, já colado pelo suor do fogão, moldava tudo o que eu não tinha notado direito antes. Corpo esbelto, postura ereta… mas a bunda larga quebrava a ilusão de austeridade. Aquele tipo de corpo que engana: falsa magra. A cintura fina só deixava as curvas ainda mais evidentes. Não era o formato perfeito pra vestido ou pra fotografia. Era o formato perfeito pra pegar de quatro.

O cenário já estava todo montado na minha cabeça: ela apoiada na mesa, respirando rápido, o cabelo preso balançando levemente enquanto eu a mantinha naquela posição até ouvir o primeiro gemido escapar.

Parei. Pisquei.

A imagem desapareceu como se alguém tivesse apagado a tela. Mas o corpo dela continuava ali, real, ocupando cada centímetro da minha atenção. E, no fundo, eu sabia que não ia ser fácil fingir que nada daquilo tinha passado pela minha cabeça.

— Senta aí, Miguel — disse, apontando com o queixo pra cadeira de madeira junto à janela. — O café tá fresquinho e o pão ainda tá quentinho.

Sentei, mas não parei de seguir com os olhos o jeito como ela se movia. Ela se inclinou para abrir o armário, e o vestido esticou justo na curva das costas. Eu desviei o olhar rápido, fingindo atenção à toalha de mesa, mas minha cabeça já tinha gravado a cena inteira.

A cada passo, o vestido subia meio centímetro, revelando um pouco mais das coxas claras, firmes. E eu já me via atrás dela, mãos cravadas nas ancas, sentindo o peso e a maciez daquela bunda branca empinada.

O cheiro do café invadiu mais forte quando ela o despejou na xícara, aquele aroma amargo que só ficava mais intenso misturado ao cheiro morno da pele dela.

— Açucar ou toma amargo? — perguntou, já me encarando por cima da xícara.

— Amargo.

— Hum… macho mesmo, né? — disse, num tom de brincadeira, mas com aquele sotaque arrastado que deixava qualquer palavra mais carregada do que deveria.

Ela pôs a xícara diante de mim e encostou a mão no meu ombro. Foi rápido, só um toque carinhoso, mas minha cabeça doentia jurava que não era só um carinho.

— Ocê tá magro, Miguel. — falou, cortando um pedaço de pão e empurrando na minha direção. — Tem que se alimentá direito.

Minha vó sempre foi dessas: encher o prato como se a fartura fosse uma prova de amor. Só que agora, cada vez que ela se inclinava pra colocar alguma coisa na minha frente, o decote do vestido simples abria mais. E, por mais que fosse minha avó, eu já não olhava como antes.

Ela sentou do outro lado da mesa, apoiando o cotovelo e o queixo na palma, me olhando como quem mede distância.

Fiquei olhando pra ela, deixando o silêncio durar. Vi quando a respiração dela mudou.

— Obrigado, vó. — Sorri daquele jeito torto que sempre usava quando queria testar limites.

Ela desviou o olhar.

— Tá com cara de quem num dormiu bem na viagem… — comentou, os olhos descendo rápido pelo meu peito antes de voltar pro rosto.

— Dormi, sim. — Tentei sorrir, mas minha voz soou baixa demais.

— Sei… — ela respondeu, num tom que não acreditava muito.

Fiz perguntas sobre a família, sobre como andavam as coisas. Deixei que ela falasse, que relaxasse. Cada vez que ela ria, eu me inclinava um pouco mais, tocava no braço, na mão.

E minha vó, que aparentementenãoenxergava malícia em mim, não se afastava.

— Cê não devia vim tão pouco, Miguel. A vó fica com saudade. — A frase veio carregada de um afeto que beirava outra coisa. — Quando cê era piquininim, vivia no meu colo.

— E agora? — perguntei, num tom baixo, quase provocando. — Acho que agora é você que vai ter que sentar no meu colo, né?

Ela me olhou, surpresa com a pergunta, mas riu pra disfarçar.

— Ah, deixa de bobeira, menino.

Só que não foi um "menino" que soou como antes. Foi quase um aviso, quase um pedido pra parar. E eu, claro, não parei.

Fui até o armário buscar mais café e passei atrás dela, deixando minhas mãos tocarem de leve os ombros dela.

Minha avó endureceu por um instante, mas não disse nada. E quando voltei a sentar, ela não comentou.

Continuei avançando devagar. O toque na mão virou um toque no braço, depois na cintura quando ela passou por mim. E o silêncio dela era a prova de que sentia tanto quanto eu — ou pelo menos, de que não tinha forças pra me mandar parar.

Ela abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas não disse.

Fiquei olhando, esperando. E percebi o momento em que ela entendeu que eu não era mais só o neto. Que eu tinha outra intenção.

O momento em que, mesmo sem falar, ela se viu encurralada pela própria curiosidade.

E eu sabia que, a partir dali, minha vó ia pensar duas vezes antes de me abraçar daquele jeito outra vez. Ou talvez… não.

》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》》

🔞 Você ficou excitado com essa história?

Este conto foi feito sob medida pra te provocar — mas ele é só um aperitivo.

Quer saber como a história de Miguel começa e como ele desenvolveu esse apetite sexual voraz que não perdoa a mãe, a irmã, as primas, as tias e até as avós?

Mergulhe em "Contos Eróticos: O Mundo é Meu!" e descubra os segredos que ninguém ousa contar.

👉 Assine agora me perfil no Privacy e leia sem limites:

privacy.com.br/Profile/allan_grey_escritor

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Allan Grey a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários