Capítulo 2 - Por trás das cortinas.

Um conto erótico de O.S.N
Categoria: Heterossexual
Contém 2159 palavras
Data: 11/08/2025 10:21:57

Após o casamento, nossa vida começou. Consegui rapidamente um excelente emprego em um banco de investimentos, ganhando muito dinheiro muito rápido. E Luciana se destacou em sua área, se tornando uma editora de um jornal de nível nacional. Não consigo esprimir em palavras a sensação de quando compramos nossa casa e nosso carro. Depois da correria inicial, estávamos colhendo os frutos de tanto estudo e trabalho. Naquele momento, parecíamos ter voltado a faculdade e transávamos várias vezes por dia, em um verdadeiro tour pela casa. Nosso sexo continuava uma delícia. Nunca deixei a coisa cair na mesmice. Transávamos na varanda, dentro do carro, até mesmo em uma praça. A gente pegava fogo junto. Era difícil manter nossos corpos separados e meus olhos longe dela. Adorava vê-la.

Ao contrário da maioria, meu maior tesão em Luciana era vê-la no dia a dia. Porra, ver aquela mulher desfilando em casa de calcinha e com minhas camisas era uma coisa de loco. Seus cabelos presos em um coque e ela rebolando aquela bundinha maravilhosa. Ou quando acordava com os cabelos embolados e com aquelas camisolas fofas e engraçadas. Eu amava tudo naquela mulher. Fodíamos como coelhos e isso durou uns bons 4 anos. Não que a intensidade tivesse diminuído, mas a quantidade era menor devido as nossas demandas com o trabalho. Já estávamos quase com 30 anos e é nesse ponto que a história realmente começa.

Passei a viajar muito devido ao meu trabalho e ela também e isso acabou nos afastando do convívio do nosso grupo social. nossas participações eram cada vez mais raras mas quando íamos, fazíamos valer a noite. Em algumas ocasiões, ela ia sozinha ou eu ia sozinho mas, sinceramente, eu não me importava. Estávamos entre amigos, nunca nem passou pela minha cabeça desconfiar deles ou dela. E no geral, André, meu irmão que eu nunca tive, sempre cuidava dela. Aliás, ele sempre foi a única constante na minha vida. Eu amava aquele cara...

Na última festa, não poderíamos faltar. Ficamos felizes demais pro que estava pra acontecer: depois de muitas idas e vindas, Mario ia finalmente pedir a mão de Lívia. Só pra esclarecer, eles não terminavam e voltavam, mas estavam sempre ocupados demais pra se colocarem em primeiro lugar. Até que meu amigo percebeu que perdeu tempo demais e resolveu fazer o pedido. Eles alugaram uma casa de praia em Saquarema, onde passaríamos o fim de semana curtindo o noivado e a companhia um do outro. Estávamos muito animados de verdade. Na sexta, fizemos nossas malas, jogamos no carro e partimos.

A casa era um puta casarão. Era perto da praia e tinha uns 6 quartos, acho. Não lembro direito. Sei que tinha uma área gourmet grande e uma piscina bem gostosa também. Chegamos pelo meio da manhã com o som já alto. Estacionei no gramado do anexo em meio a gritos de "aeeee", "finalmente" "eu falei que eles viriam". Fiquei feliz e triste. Amava aquelas pessoas mas estávamos meio desacreditados... RS. Assim que saí do carro, fui recebido com um caloroso abraço de Andre.

- eu sabia que essa você viria, negão! Você é nosso Superman: nunca tá quando a gente quer mas tá sempre quando a gente precisa!! - ria. E era verdade.

Cumprimentamos a todos. E logo estávamos com pouca roupa e bebidas na mão. Quando todos se reuniram na área gourmet, Mario não perdeu tempo e fez seu pedido. Todos já sabíamos, inclusive Lívia, mas ainda sim chorou e beijou e abraçou e aceitou. Me lembrei de quando fiz o pedido a Luciana e olhei pra ela com um sorriso e me surpreendi ao ver que ela me encarava com um sorriso similar. Ali sim, começaram os festejos. Música boa, churrasco e bebida. Conversa com André e descobri que ele estava com problemas no casamento, suspeitava que Marcela estivesse "fazendo um por fora".

- que isso, meu parceiro... Vocês brigam mas daí pra uma parada dessas é um salto muito grande. Relaxa aí... Tá viajando... - dizia pra tranquilizar o amigo mas não poria minha mão no fogo por Marcela.

- Sei lá, negão... Ela tem chegado bem tarde e tá cheia de presentes. - falou com os olhos vidrados no fundo do copo. Na hora não percebi mas esse foi um sinal. André nunca bebia nada além de cerveja. Naquele dia, ele bebia uísque.

- Mas é claro, maluco!! Se ela trabalha até tarde, é pra bancar os presentes, ué? Tá procurando pelo em casca de ovo, irmão... - sorri, tentando espanar o papo depressivo daquele momento.

Eu sabia que Andre e Marcela vinham brigando muito. André era um sonhador. Lutava pelo certo e pelo justo e Marcela, uma patricinha que só media as pessoas pelo dinheiro. Colou com André porque na época da faculdade, ele era envolvido com políticos e com movimento estudantil. Eu saquei mas Andre parecia tão feliz que nunca tive coragem de falar a ele o que achava da mulher dele.

Voltando minha atenção pra festinha, já via todos de sunga e biquíni e não desgrudava os olhos de Luciana. Ela estava em um biquíni preto simples mas como em qualquer coisa que usava, estava linda. Veio até mim e sentou no meu colo, me dando um beijo.

- vem, amor... Vamos pra piscina! A água tá uma delícia!! .

- vou em um minutinho, amor. Já entro com o André.!! - disse dando um beijo e recebendo um sorriso de volta.

- acho que se o André sentasse no colo dele e chamasse, ele teria ido! - a voz vinha de trás de mim. Era Murilo. Acho que aqui cabe uns esclarecimentos.

André era um maluco bonito. Devia ter quase 1,80, cabelos lisos jogados pra trás. Tinha olhos injetados e um sorriso gentil. Mantinha o corpo além forma com corridas. Era um cara que ganhava a mulherada na conversa com palavras bonitas e tal. Vi o amigo em ação e era brabo. Já Murilo era a Barbie versão masculina: todo montado. Cabelos bem aparados e com reflexos loiros, lentes de contato azuis, um sorriso torto esquisito e um corpo de quem costuma pagar academia e nunca ir. Só que tinha uma confiança injustificada que vira e mexe virava piada entre nós. Continuando...

- isso é ciúme ou são suas fantasias homoeróticas te cutucando de novo? - ri debochado. Ele ficou meio puto e saiu.

- vamos, Lu... Deixa o casalsinho aí... - disse Murilo tentando me irritar.

Luciana se levantou do meu colo me beijou e foi com ele. Passei um tempo conversando com Andre mas observava Murilo, Luciana e Marcela brincando na piscina. A princípio, parecia normal mas não lembrava dos 3 terem tanta intimidade. Mas não hora vi como impressão. A música tocava alta, eles saíram da piscina, chegaram junto de todos, cantávamos juntos ao berros e desafinados. Luciana novamente sentou no meu colo enquanto bebíamos e cantávamos. Mario dançou com ela e depois dançou comigo, como uma menina. Bicho filho da puta. Quase me mijei de rir. Quando acabou, chamou a mim e Luciana em um canto.

- koé, negão. Se não fossem vocês dois a gente ainda ia tá empacado nesse vai-não-vai. - disse.

- se vocês não tivessem NOS apertado. -Livia dava ênfase no nós pois tanto eu quanto Luciana dávamos apoio a ambos. - esse noivado não sairia então...

- a gente queria que vocês fossem nossos padrinhos! - disseram em uníssono - vocês são nosso ideal de casamento! Nada mais justo do que a família doriana serem nossos padrinhos.

Aceitamos de imediato e nos abraçamos. Era um dia muito feliz até tudo começar a mudar.

Todos estavam já bem alegrinhos. Nosso grupo bebe muito e não cai. Era difícil alguém ali cair. Em um determinado momentos, Murilo, sabendo que eu era um grande entusiasta de uísque, me trouxe um copo com um que ele havia dito ser um single malte que foi dado por um cliente. Agradeci mas coloquei o copo em cima da mesa pois vinha bebendo cerveja e essa mistura é sempre bombástica. Murilo se afastou e voltou a piscina com as meninas. Continuamos conversando até que Mario pegou o copo que o Murilo tinha me oferecido e acabou bebendo por engano. Ri do roubo mas deixei pra lá. Não iria beber mesmo. Uns 5 minutos depois, Murilo aparece perguntando se eu tinha gostado e tal... Pra não fazer desfeita, disse que sim que parecia realmente um uísque de primeira e o parabenizei. Ele deu um tapinha nas minhas costas e saiu com carne e cerveja pras meninas.

Continuei conversando com o pessoal mas em um determinado momento, fui ao banheiro e demorei um pouco mais do que gostaria. Quando saí escutei o ronco pesado de alguém ao longe e ri do primeiro capote. Estava indo pra fora da casa quando ouço um barulho muito familiar. Um gemido. Baixo porém prolongado. De fofoquinha fui atrás pra saber quem era e quando olho pelo buraco da fechadura, sinto toda minha vida se despedaçar de uma vez só.

Próximo da cama, ajoelhadas e sem soutien estavam Luciana e Marcela. Elas lutavam por um pedaço do pau do Murilo, que dava tapinhas pra na cara de uma e de outra.

- pensei que o corno não ia dormir nunca. Meu pau já tava doendo de saudade de comer vocês. - dizia isso enquanto ria e as duas piranhas lhe chupavam a rola, passando os lábios pelo lado e, as vezes, se beijando dividindo a glande.

- o brocha do teu irmão tá lá e nem desconfia. O cuidado é só com o marido perfeito da Lu... - disse Marcela com um acentuado tom de deboche.

- meu marido é uma delícia pena que não é tão safado e gostoso quanto você. - ouvi Luciana falando com uma voz manhosa e cheia de tesão. E aquilo me atingiu como um tiro.

Senti o álcool indo todo embora do meu corpo. Minha vontade era matar os 3 e então pensei em Marcela e Andre. O próprio irmão fazendo aquilo com ele. Continuei vendo e escutei muita coisa que não queria e não devia.

Murilo puxa as duas pelos cabelos para um beijo triplo e depois joga Luciana na cama e pega aquele pauzinho e começa a fodê-la. Marcela, que inicialmente troca beijos com aquele filho da puta, sobe na cama, esfregando sua buceta no rosto de Luciana que chupa e geme, um gemido baixo e contido. Murilo era um péssimo comedor. Ansioso, descompassado... Quanto mais via aquilo mais ficava com raiva de Luciana mas havia me decido entrar somente quando não houvesse mais desculpas, o que não tardou muito em acontecer...

Resumi aqui mas escutei muita coisa que ainda me sinto humilhado e diminuído. Luciana dizendo que nossas transas eram sem graça agora e que só Murilo conseguia fazer a safada que habitava nela aparecer; Luciana falava que o pau dele era mais gostoso que o meu. Sinceramente, isso me corrói até hoje, mas vamos seguir...

Os 3 transaram por pouco mais de 10 minutos, Murilo não aguentou muito tempo e estava prestes a gozar e mandou as duas ficarem de joelhos. Quando ele gozou, no primeiro jato, o que atingiu diretamente o rosto de Luciana, abri a porta.

Todos olharam com surpresa para a porta mas o olhar de Luciana quando encontrou o meu foi de puro horror. Seu rosto transfigurou na hora. Seus olhos se arregalaram e a boca se abriu em expressão medonha. Murilo ainda deixava pingar umas tímidas gotas no chão, se afastando das meninas, buscando algo para se cobrir. Entrei e fechei a porta.

Antes que começassem a tentar se explicar ordenei:

- calem a boca. - minha voz saiu fria, rascante. Quase robótica. Não me reconheci naquele momento. Não parecia eu. - não me interessam desculpas. Vocês farão o seguinte: ficarão aqui por mais 20 minutos. E depois sairão. Quando voltar ao rio, peguei suas coisas. Acabou.- disse enquanto não tirava os olhos de Luciana.

Luciana tentou se aproximar mas meu olhar estava inundado em fúria, ódio, rancor e tudo de pior naquele momento, que ela se encolheu. Minha mente tava uma bagunça mas minha atitude foi calma e controlada. Tentou falar, e eu só coloquei o indicador na frente dos lábios. E ela acatou. Os outros dois idiotas ficaram lá, apalermados e só concordando com tudo o que mandei fazerem. Saí e fechei a porta. Respirei fundo. Segui para fora da casa.

Não ia arruinar o noivado de um dos meus amigos. Tracei um plano rápido e quando saí, disse que infelizmente teria que voltar ao rio, que meu chefe havia feito uma grande besteira na empresa e alguém precisava resolver. Não seria a primeira vez. Andre se aproximou de mim e me encarou. Olhou no fundo dos meus olhos. Ele sabia que eu estava mentindo. Ele sempre sabia mas nunca me perguntava na frente dos outros.

- vai com calma, irmão. Depois no rio a gente conversa, tranquilo? - apertei sua mão e o abracei. Um abraço apertado de despedida.

- te amo, meu irmão... Tu sabe disso. - disse olhando em seus olhos.

- tamo junto! - disse rindo. Aquele sorriso tranquilo.

- sempre. - dei um tapinha em suas costas e saí.

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