O CÓDIGO DO PRAZER XXVI

Um conto erótico de Ryu
Categoria: Heterossexual
Contém 2508 palavras
Data: 10/08/2025 09:10:00
Última revisão: 10/08/2025 09:20:48

26 – Hotfix

— Menina… você não faz ideia. Esse aí — falou se dirigindo à recepcionista — foi um dos meus primeiros casos mais malucos.

A recepcionista sorriu, já acostumada com histórias excêntricas, mas claramente curiosa.

— Sério? Por causa da Monalisa?

— Exatamente! Onde, me diz, onde que eu ia achar uma puta parecida com aquela mulher do quadro? — disse, rindo. — Na hora quase mandei ele tomar no cu. Mas aí… veio o valor que ele ofereceu. Aí eu pensei: bom, vamos procurar a Mona Lisa, ué.

— E achou?

— Achei! Uma moça com um rosto oval, simétrico, olhos amendoados, cabelos castanhos escuros, lisos, caindo pelos ombros. Fizemos um penteado preso, caprichamos na maquiagem, deixamos ela bem parecida com a tal Monalisa… menina, foi uma loucura. Mas conseguimos.

— Nossa…

— Só que o mais doido vem depois — continuou Dona Ana, já empolgada como quem conta um segredo entre amigas. — Ele chega aqui, estaciona o carro lá atrás, e diz que quer fazer uma encenação.

— Encenação?! Diz a recepcionista surpresa.

— Sim! A tal da Monalisa tinha que fingir que estava chegando numa festa… e ele, o Anderson, passava uma cantada nela, todo elegante, como se fosse o primeiro encontro. Daí, em vez de subirem pro quarto que a gente já tinha reservado, ele a levou pro carro.

A recepcionista arregalou os olhos.

— Pro carro?

— Pro carro! Passaram a noite inteira lá, no banco de trás. Disse que era essencial pra fantasia. Que a “mística” estava no carro, no improviso, na transgressão.

Dona Ana riu alto, com gosto.

— Esse menino aí é louco. Mas um louco sensível. Sempre teve um jeito… teatral.

A recepcionista deu uma risadinha, balançando a cabeça, entre surpresa e diversão.

— E agora voltou…

— Voltou — disse Dona Ana, com um suspiro, olhando para o corredor. — Diz que é a última vez.

Ela fez uma pausa e completou com um sorrisinho de canto de boca:

— Eles sempre dizem isso.

Enquanto Dona Ana falava, uma lembrança me atravessou como um raio. Anos atrás, eu estava naquela festa com o Wilfredo. Vi Sonia entrando. Linda. Maravilhosa. Gostosa. Parecia ter saído de um sonho — ou de um quadro. O rosto, o cabelo, o olhar... havia nela algo da Gioconda. Me apaixonei na hora.

A merda é que eu era muito tímido, típico nerd calado. Wilfredo estava comigo. Apontei Sonia pra ele, esperando que me ajudasse a me aproximar. Mas ele entendeu tudo errado.

Foi lá com aquele carisma de sempre, aquele jeito solto, cheio de lábia... e deu em cima dela. Sonia, bem nova, caiu fácil no papo dele.

Não demorou para ele vir até mim e pedir a chave do carro emprestado. Contou pra Sonia que o carro era dele. Transaram ali mesmo, no banco de trás. Foi naquela noite que os gêmeos foram gerados.

Fiquei arrasado. Frustrado. Inventei um programa, criei uma namorada virtual baseada nela. Batizei o projeto de “O Código do Prazer”. Uma tentativa patética de compensar o que eu não tive.

Senti inveja do Wilfredo. Sempre tão extrovertido, cheio de recursos. Casou-se com a Sonia logo depois que descobriu a gravidez. Ela não era só bonita — era inteligente, determinada. Estudou Direito, criou os filhos. Antes mesmo de se formar, já veio o terceiro.

Com a mesma idade que ele, tudo que eu tinha era uma namorada virtual e um punhado de arrependimentos.

Foi aí que busquei o puteiro da Dona Ana.

Afinal eu não sabia conquistar uma mulher. Eu não sabia amar. Mas eu sabia pagar.

E pagava, como quem tenta comprar um lugar no mundo que nunca sentiu que fosse seu por direito.

O puteiro foi o caminho natural!

Me sentia um merda, um homem raso, mas sufoquei isso. Pelo menos trazia alívio, que era o que eu precisava de mais urgente!

Ela entendeu meu desejo. Criou uma fantasia sob medida. A garota era parecida com a Sonia. Simulamos a tal festa. Só que, na minha versão, era eu que chegava nela. Era eu que a levava pro carro. Era eu que tirava sua virgindade no banco de trás.

De alguma forma, aquela encenação me deu certo alívio. Ajudou a lidar com a frustração de anos, com a vergonha da minha timidez, com minha total inaptidão social.

Nos negócios, consegui superar minhas fraquezas.

Foram anos de treino. Media training, mentoria, prática. Passei horas diante do espelho ensaiando falas, estudando expressões, treinando pausas. Me tornei um orador. Alguém que sabe dizer a coisa certa, no momento certo, do jeito certo. No trabalho, sou ouvido. Respeitado. Frio, quando é preciso. Um jogador.

Mas, diante de uma mulher que admiro, eu regresso. Viro de novo o garoto do colégio, o nerd de óculos no canto da sala, cheio de histórias na cabeça, mas com a boca trancada. O peito aperta, a garganta seca, e tudo que sinto é o medo de parecer ridículo.

É estranho. Já encarei empresários, banqueiros, tubarões. Já fui premiado, aplaudido. Mas basta estar frente a frente com uma mulher de verdade — daquelas que me tiram o fôlego — e eu volto a ter quinze anos. Tremendo por dentro. Fingindo que estou bem.

Talvez o problema seja esse: no trabalho, tudo tem técnica. Roteiro. Plano.

Mas nos sentimentos, não. Ali, sou só eu. Sem script. Sem armadura.

E, às vezes, eu temo que esse “eu” não baste.

Por isso me sinto mais confortável com garotas de programa. É um negócio. Estou pagando. Não tenho obrigação de agradar.

Com Suzy foi ótimo de começo, mas se tornou vazio e cansativo depois de alguns meses.

Me perdi ali. Nos meus pensamentos

No tempo, no espaço.

— Anderson?

Nada.

Continuava perdido nos meus pensamentos

No tempo, no espaço.

— Anderson!

Era como se estivesse num túnel, escuro nas bordas e com aquele detalhe do passado brilhando no centro.

Ainda não voltei.

— Anderson!

Foi no terceiro chamado que eu pisquei, voltei os olhos para as duas e senti o calor subir pelo rosto. Dona Ana me olhava com aquele sorriso divertido, meio maternal. A recepcionista tapava a boca com a mão, mas não segurava o riso.

- Menino, você viajou agora, hein? — disse Dona Ana, rindo.

- Parecia até que tinha saído do corpo - Emendou a recepcionista, ainda rindo, os olhos brilhando de diversão.

Eu ri também, meio sem graça, passando a mão na nuca.

- Desculpem, eu... me perdi aqui por um segundo.

- Um segundo? Você tava em órbita, Anderson! — Dona Ana falou, balançando a cabeça, mas com um brilho carinhoso nos olhos.

As duas riram mais um pouco. Era aquele tipo de riso leve, sem cobrança, como quem entende que às vezes a mente da gente precisa dar uma voltinha sozinha.

- Está tudo pronto Anderson. Pode ir para o quarto 101. – Disse Dona Ana – Você vai adorar essa menina!

A GP realmente era linda: Mesma pele de ébano suave da Alicinha, cabelos trançados, sorriso quase inocente.

Estava vestida como eu pedira: um uniforme de babá, todo branco, muito curto e justo, com um decote pra lá de generoso e moldando bem sua cintura e suas deliciosas coxas grossas, e para completar uma tiara branca. O ambiente atrás dela — tapetes coloridos, brinquedos bem-posicionados — completava a ilusão.

Ela sorriu. Sabia exatamente quem devia ser ali. Sabia o papel.

— O bebê se comportou hoje? — disse ela, com uma voz doce e sensual

Entrei na sala com passos hesitantes. A porta se fechou atrás de mim com um clique suave, isolando-me do mundo lá fora. A luz estava baixa, quente, acolhedora — exatamente como pedi. O quarto era uma mistura estranha, cuidadosamente construída.

No canto, um berço branco, impecavelmente arrumado. Dentro dele, um boneco de pano vestindo roupas simples, sorrindo com os olhos pintados, inerte, mas simbolicamente presente.

Minha respiração ficou curta. O berço, o boneco, o ambiente… tudo me puxava para lembranças que eu nunca deveria ter trazido à tona.

- O bebê quer mamar? Quer? – disse ela abrindo a parte de cima da fantasia de babá e revelando um lindo e generoso par de seios.

Ela puxou minha cabeça em direção ao seu peito, eu comecei a “mamar” nos seus seios. Minha boca sugava o seu mamilo, enquanto a mão massageava o outro seio.

Ao mesmo tempo, a “Alicinha” começou a pegar no meu pau, que começava a dar sinal de vida.

“Eu deveria ter pedido uma decoração diferente” – pensei.

Senti a minha calça sendo puxada para baixo.

A garota se ajoelhou na minha frente, já completamente nua, abriu me zíper e pôs o meu pau pra fora.

- Agora chegou a hora da chupeta do bebê! – Disse sensualmente, olhando pro meu pau com uma cara de safada.

Senti sua boca quente engolindo bem gostoso o meu pau! Ela era boa no que fazia!

Pena que eu não estava nos meus melhores dias!

Ela sugava minha vara com muita vontade, olhando diretamente no meu olho. Uma sensualidade que nunca tinha visto igual!

A decoração do quarto não ajudava, fui eu que pedi, mas tive que fechar os olhos e me concentrar só no sexo.

Deu certo! Meu pau ficou duro de novo!

Ela começou a beijar meu corpo, veio subindo, pela virilha, depois a barriga, o peito.

Beijou meu pescoço. Tocou meu rosto.

— Você está tão tenso — sussurrou. — Me deixa cuidar de você.

Tentei. Respondi com um beijo, um toque hesitante. Mas a mente tava dividida — e o coração, mais ainda. O berço parecia ter vida própria.

Ela se virou de costas para mim. Apoiou as duas mãos no berço, empinou bem a bunda:

- Olha só. O neném vai ganhar cuzinho!

Ela empinou bem o rabinho, começou a rebolar sensualmente.

Aquela bunda sensual, bem na minha frente ... se fosse em outros tempos ... eu não iria hesitar por nenhum momento.

Olhou pra trás, e com a voz cheia de desejo fez o convite:

- É todinho seu! Estou esperando essa pica gostosa dentro de mim!

Me concentrando ao máximo, enfiei a piroca naquele cu gostoso. Ela começou a mexer e balançar e gemer exageradamente.

- Ai que delícia! Que pau gostoso no meu rabo!

O problema que enquanto eu socava, ela estava com as duas mãos apoiadas no berço, o que fazia com que ficasse diretamente a minha frente, bem no meu campo de visão.

Pensei na simplicidade e no amor genuíno que eu sentia quando segurava minha filha no colo. Na inocência que aquela criança representava — tão diferente da confusão em que minha vida se tornara.

Meu corpo congelou por um instante, os olhos fixos no boneco. As emoções me dominaram. Um nó apertou minha garganta, as memórias me atravessaram como facas silenciosas.

A GP continuava rebolando e gemendo — a semelhança física com Alicinha era impressionante. Mas o que eu via naquele momento era o berço vazio. E na decoração, por coincidência havia um coelho de pelúcia branco, igual ao que dei pra Beatriz. A distância crescente entre o que eu era e o que queria ser.

Demorei a me mover.

Finalmente, respirei fundo:

— Brochei! — murmurei, olhando para ela.

Meu coração estava preso no berço, no coelho de pelúcia.

- Não tem problema – Disse ela – É só você tomar a pílula azul, que a fantasia continua!

- Como disse?

Ela me mostrou um comprimido de Viagra, totalmente azul, e explicou:

- Quando o cliente não tem ereção, oferecemos essas pílulas azuis, demora uma meia horinha.

- Nossa, que susto! – falei - É que eu sou fã de Matrix e...

Ela me olhou daquele jeito, triste abatida. E então veio a pergunta, suave, mas pesada como chumbo:

— Tem algo errado comigo?

Suspirei. Tentei não olhar pro berço de novo, mas ele estava lá, imóvel, como se me observasse.

— Não… não tem nada errado com você. Você é linda. Você é… incrível.

E enquanto as palavras saíam da minha boca, uma parte de mim se encolhia, porque soavam exatamente como aquele clichê barato que todo mundo diz quando quer sair de uma situação sem parecer um covarde. "O problema não é você, sou eu." Eu ouvi isso na minha própria cabeça e quase ri de nervoso. Patético.

Mas era verdade. O problema era eu. Ou talvez, pensando bem… não era problema nenhum. Estava tudo certo. Minha vida estava certa. Eu tinha uma filha linda.. Uma esposa que confiava em mim. Que esperava eu voltar pra casa. E agora, aqui, eu estava tentando me convencer de que ainda podia brincar de ser alguém que não sou mais.

A prostituta se esforçou ao máximo naquele programa, com certeza não era ela o problema.

— Você é maravilhosa — repeti, baixinho, encarando seus olhos. — De verdade. É só que… eu tô meio quebrado por dentro. Nada a ver com você.

Ela assentiu, murchando um pouco, mas tentando manter a pose. Me deu um sorriso curto, triste. Não queria que ela se sentisse assim.

Naquele momento eu entendi minha obsessão por ver a empresa crescer. Eu tinha internalizado, ainda de forma inconsciente, que eu só tinha valor se tivesse dinheiro a oferecer. Então se tornou minha prioridade ganhar dinheiro.

Mas agora, dentro de mim eu só queria ir pra casa. Ver minha filha dormindo. Deitar do lado da minha mulher.

- Olha, você foi ótima, eu vou descer lá agora na recepção e vou pagar um extra. Além do valor combinado! Você foi incrível!

- Ela deu um leve sorriso.

Paguei a conta, deixei uma gorjeta generosa, peguei o carro e fui para casa.

Foi a última vez que estive no puteiro da Dona Ana.

Foi um tratamento de choque. Ver o berço, que remetia à minha filha, foi demais para mim. Nunca mais senti vontade de procurar garotas de programa.

Nada contra elas, mas pensei que quando Beatriz crescer, não quero que ela leve uma vida que faça sexo por dinheiro ou outro interesse. Não quero que ela faça igual a Mada ou Suzy.

Não quero que ela tenha um namorado ou marido igual a mim, que traí com frequência, um tarado, que não pode ver um rabo de saia!

Foi pensando nisso enquanto dirigia para casa. Não via a hora de estar com minha esposa e filha.

Enquanto dirigia para casa, ouvi duas notificações. Sonia havia me enviado duas mensagens.

A primeira dizia:

“Anderson, a polícia concluiu que a morte da Camila foi proposital. E agora só trabalha com dois suspeitos: Alex e Tiago.”

A segunda veio logo depois:

“Você não vai acreditar no elo que existe entre Alex e Camila!!!!”

Encostei o carro e respondi na hora:

“Obrigado, Sonia. Não apenas acredito nesse elo... como eu já o havia descoberto.”

Continuei dirigindo, com a mente fervendo.

“Ou foi Tiago, o ex-namorado... ou foi Alex. Em qualquer um dos casos, alguém mandou matar. E os únicos com motivos reais para isso são: Mada, Suzy ou Marcos.”

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Mas, enquanto Anderson ligava as peças desse quebra-cabeça mortal, havia uma verdade que ele não podia imaginar.

Wilfredo resolveu por conta própria fazer o “papel de babá” de Anderson e protege-lo das consequências dos próprios atos.

Wilfredo havia falsificado o exame de DNA de Gabriel.

Quando Anderson declarou que, se Gabriel fosse mesmo seu filho, lutaria por ele e revelaria tudo a Simone, Wilfredo tomou uma decisão silenciosa — mas devastadora:

Se o teste confirmasse a paternidade, ele o falsificaria.

E assim foi feito.

O resultado entregue a Anderson... era uma mentira.

Continua ...

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Comentários

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Será que apenas o teste de partenidade do Gabriel foi falsificado???

O winfredo ter tanta ctz assim e etc fizeram ligar o alerta!! Tem ainda a própria proximidade da mulher dele com o Alex que é suspeito...

Muito bom a história... parabéns!!!

Da gosto de ler

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Sua pergunta tem sentido. Se falsificou um , não poderia ter falsificado o outro também?

Muito obrigado!

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Com todos os paralelos com Matrix, eu ri da pílula azul.

Confesso que achei estranho essa mudança da terceira para primeira pessoa. A forma como essa revelação sobre Wilfredo meio que destoa de toda a série.

A personalização das prostitutas por si só já daria uma série a parte.

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Eu sou fã de Matrix, é irresistível para mim fazer essas referências.

Sobre a mudança de primeira para terceira pessoa: A história que começou com o ponto de vista do Anderson encerrou-se aqui. Com o Anderson superando a compulsão por prostitutas em nome do amor a família.

O que vem agora é um epílogo, com algumas explicações. Narrado em terceira pessoa, com fatos desconhecidos por Anderson.

O Epílogo será dividido em três partes.

Sinceramente não sei se a técnica permite mudança de primeira para terceira pessoa, de um escritor profissional tem liberdade de fazer isso.

Mas para trazer as revelações foi necessário.

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Só mais uma coisa: sinto falta de ver mais da sexualidade da Sonia. Até aqui a história deu a impressão de ter muito o que se contar sobre ela, mas sinto que vou ficar na vontade.

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Será abordado rapidamente.

TB revisitaremos a festa onde ela conheceu Wilfredo

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Ryu, entendi bem a sua intenção.

Acho que a técnica aceita tudo, só ficou destoante mesmo.

Cairia melhor se a terceira pessoa entrasse direto no próximo capítulo, mas eu imagino que você quis deixar o gancho,que de fato é muito sedutor.

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Tô achando que tem mais um suspeito além dos já citados ,o Wilfredo e provavelmente tem alguma coisa a ver .

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Vamos ver no próximo capítulo quem matou.

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