Cheguei em casa já era tarde. Tinha passado no pub depois do jantar, como sempre. E como sempre, voltei de mãos vazias — nenhuma garota, nenhum beijo, só o gosto amargo de cerveja e rejeição. A verdade é que nem prestei atenção nas conversas. A única coisa que martelava na minha cabeça era o que tinha acontecido horas antes, na mesa do jantar.
O jantar tinha sido um teatro montado para mim — meu aniversário de vinte anos, velas, sorrisos, parabéns afinados demais pra serem sinceros. Mas o que ficou na minha pele não foi o gosto do bacalhau nem o cheiro do restaurante.
Foi ela. Alessandra.
Minha madrasta.
Trinta e sete anos.
O vestido preto justo, de alças finas, grudava no corpo dela como se tivesse sido pintado. O tecido brilhava sob a luz quente do restaurante, denunciando cada curva: a cintura fina, o quadril largo, os seios soltos, desafiadores, moldados pela ausência de sutiã. A pele clara parecia feita de porcelana — mas uma porcelana quente, viva, impossível de não olhar.
O cabelo platinado caía em ondas perfeitas, esculpidas como num comercial de perfume caro. Ela virava o rosto e o cabelo seguia com atraso ensaiado, quase teatral. Os olhos azuis, afiados, varriam o ambiente com preguiça seletiva, mas pousavam em mim por segundos longos demais. O rosto oval, os lábios finos e delineados, tudo nela era estética estratégica.
Nada ali era por acaso. Ela era uma mulher construída para atrair, provocar, seduzir — e ela sabia disso. Sabia e usava como uma arma, uma armadilha que andava, sentava, cruzava as pernas. Cada gesto dela parecia coreografado para deixar alguém desconfortável. No caso, eu.
Meu pai sentou do lado direito dela, mas distraído com a tia Márcia. E eu, à esquerda de Alessandra, tentando parecer normal. Tentando não olhar demais. Tentando fracassar com alguma dignidade.
Mas ela sabia. Sabia desde a hora em que chegou, de salto alto e batom vinho, me olhando de cima como se eu ainda tivesse quinze anos — ou como se finalmente tivesse deixado de ter.
O abraço de aniversário foi o primeiro golpe. Ela se aproximou devagar, os olhos fixos nos meus como se eu fosse o alvo da noite. O vestido preto deslizou contra meu peito — o tecido era frio na primeira camada, mas quente onde colava no corpo dela, como se absorvesse o calor da pele. O material tinha uma textura fina, quase líquida, e enroscava nos meus dedos quando os braços dela me envolveram.
Os seios se comprimiram contra o meu peito — não havia sutiã. E eu senti. A pressão era sutil, mas definitiva. Não foi um toque acidental. Foi contato. Pele viva, carne firme. A respiração dela roçava no meu pescoço. E então veio a voz, baixa, rouca, doce:
— Vinte anos... um homem feito.
O hálito quente, com alguma promessa que eu não sabia nomear, me bateu direto na espinha. Fiquei paralisado. Como se cada segundo durasse mais do que devia.
E quando ela se afastou — milímetros, não metros —, me olhou nos olhos. Um olhar de teste. Mas não era um teste que ela esperava que eu passasse. Não havia dúvida ali. Não havia hesitação. O que eu vi nos olhos dela foi certeza. A certeza de que ela tinha o controle. De mim. Da situação. Da noite inteira.
E foi isso que me deixou duro. Mais do que o toque. Mais do que o perfume. Foi saber que ela sabia — e que mesmo assim não parou.
Estou em casa agora. Luz apagada, porta trancada. Me masturbando pela segunda vez desde que cheguei. A primeira foi logo depois do banho. Rápido, urgente, como quem quer tirar um peso do corpo.
Mas agora… agora é diferente. Agora eu quero lembrar. Quero cada detalhe, como se ela ainda estivesse aqui.
Eu fecho os olhos e volto pro jantar. Pro momento em que tudo parou — pelo menos pra mim. A conversa continuava na mesa, vozes cruzadas, garfos tilintando nos pratos, meu pai trocando farpas com minha mãe e irmã. Mas eu não ouvia mais nada. Porque debaixo da mesa, a perna dela roçou a minha. Primeiro de leve. Depois, de novo — e aí não teve mais como fingir que era por acaso.
Alessandra cruzou as pernas lentamente, e a coxa dela deslizou pela minha. Um toque controlado. Medido. Calculado como o resto dela. E então, sem olhar pra mim, ela virou a taça de vinho com uma das mãos — e com a outra, pousou na minha coxa.
Minha respiração travou. O mundo congelou. A mão dela era quente. Firme. Não hesitou. O polegar pressionou com leveza. Subiu dois centímetros. Parou exatamente onde meu pau começava a endurecer por baixo da calça. Um calor subiu como uma febre silenciosa, queimando meu rosto, meu pescoço, minhas entranhas.
O tecido da calça pareceu fino demais, quase transparente. Eu conseguia sentir cada centímetro da palma dela como se não houvesse nada entre nós. E o pior — ou o melhor — foi o movimento do polegar: um leve círculo, uma provocação mínima.
Era um gesto simples. Mas veio carregado de significado. Ela sabia. Ela queria que eu soubesse que ela sabia. Eu podia ter afastado a perna. Podia ter engasgado com a água, levantado pra ir ao banheiro, qualquer coisa. Mas não me movi. Porque naquele instante, o desejo era mais forte do que a vergonha. Mais forte do que o medo. Mais forte do que a culpa.
Ela tirou a mão com a mesma naturalidade com que havia colocado. Bebeu mais um gole de vinho. O canto da boca dela se moveu. Um quase sorriso. Aquele pequeno gesto que dizia tudo. Ela sabia exatamente o que estava fazendo comigo. E adorava.
Eu também devia ter rido. Devia ter achado que era brincadeira. Mas minha ereção naquela hora não achou.
Minha punheta agora é lenta. Tensa. Alimentada por tudo o que eu sei — e tudo o que só posso imaginar.
O vestido preto grudando no quadril dela. O jeito como ela se sentava reta, exibindo os seios sem mostrar. Os olhos azuis passeando por mim como se me medissem em silêncio. Como se eu fosse um prato a ser servido mais tarde.
Aquela mulher fode com o meu pai — mas é pra mim que ela sorri.
Alessandra é narcisista. Manipuladora. Vaidosa. Gosta de saber que está no controle. Gosta de sentir que pode quebrar qualquer regra, desde que seja ela quem a crie.
E eu? Eu sou o filho do marido dela. O pecado perfeito.
Meu punho aperta. Sinto o pré-gozo escorrer.
Mas a imagem dela se mistura a outra. A imagem da minha mãe, anos atrás, com os olhos vermelhos e o rosto inchado pelo choro. Quando ela descobriu. Quando gritou. Quando quebrou a jarra de vidro na cozinha e chorou ajoelhada entre os cacos. As brigas, as mentiras, o divórcio que explodiu a família em mil pedaços. Tudo por causa dela. Por causa daquela que hoje era a esposa do meu pai.
E Pedro — meu pai — calado. Ou pior: debochado. Como se tudo aquilo fosse exagero, drama, histeria feminina. Na época, eu o odiei. Jurei que nunca seria como ele. Mas o mesmo sangue de Pedro corria nas minhas veias. A mesma canalhice. Eu era ele. Eu me tornei ele.
E eu? Aqui, agora, me masturbando por ela, a mesma mulher que destruiu a minha casa. A minha mão ainda aperta o pau duro, e eu sinto a mesma raiva que sentia dele — mas agora, voltada contra mim. Eu estou traindo minha mãe. Do jeito mais baixo possível. Não com ações, ainda — mas com pensamento, desejo, punheta. E o pior? Isso me excita mais.
A culpa me atinge como um soco, e por um segundo penso em parar. Mas não paro. Porque o que vem depois não é arrependimento. É a imagem dela ajoelhando na minha frente. Não de qualquer jeito. Ela se ajoelha como quem assume o controle, como quem exige adoração mesmo quando se oferece.
O vestido preto desliza pelas coxas dela até se amassar no chão frio do banheiro. Os saltos continuam nos pés. Ela não os tira. Nunca tira. É parte do personagem. Parte do poder.
Ela me encara com aquele olhar que mistura nojo e fome. Um azul gelado que parece me medir como algo vulgar — e, ainda assim, irresistível.
Passa a língua devagar pelos lábios, como se quisesse sentir o próprio batom. Depois estala a língua e diz, com aquele tom debochado que me desarma:
— Esse batom vai deixar marca no seu pau, garoto.
“Garoto.” A palavra me corta e me excita. Dita com desprezo, mas os olhos dela não mentem. Estão dilatados. Famintos.
Ela inclina o rosto, ainda sem me tocar, e sopra sobre a glande — um sopro quente, carregado do perfume doce que sempre me deixou tonto. Aquela mistura de jasmim e alguma coisa mais animal, mais densa. Desejo engarrafado.
Com a mão esquerda, segura minha base com firmeza. Com a direita, passa o polegar pela ponta, espalhando o pré-gozo como quem prova algo antes do prato principal.
— Tão novo ainda… — ela murmura, com pena fingida. — Mal sabe o que quer. Mas o corpo já implora.
Inclina-se devagar. O cabelo platinado escorre pelos ombros como uma cortina luxuosa. Ela abre a boca, mas antes de me engolir, passa a língua lentamente pela glande. Um círculo preguiçoso. Um teste.
Eu gemo baixo.
Ela sorri, satisfeita.
— Shhh… não faz barulho. Sua mãe pode ouvir.
A frase me atravessa como um choque. Uma parte de mim quer afastá-la. A outra quer empurrar a cabeça dela com força.
Mas eu fico parado. Tenso. Quase em transe.
Então, sem aviso, ela engole. Profundo. Direto.
O batom mancha minha pele. O calor da boca dela me envolve como uma febre úmida. As bochechas afundam. A saliva escorre. Ela se move com maestria — não como quem faz um favor, mas como quem cobra uma dívida.
Ela geme leve, rouco, como se sentisse prazer em me usar.
E eu? Eu me desfaço. Dentro da boca dela, dentro dessa fantasia onde sou ao mesmo tempo um brinquedo e uma ameaça. Um menino desprezado e o homem que ela quer engolir inteiro.
Meu abdômen contrai. Tento segurar. Não quero gozar ainda. Quero ver mais.
Na minha cabeça, ela se afasta, respira ofegante e passa o dorso da mão pelos lábios borrados. Depois levanta os olhos e diz:
— Vai contar pra sua mãe o que fez? Hein, Miguel?
Eu abaixo os olhos. Envergonhado. Duro.
E ela ri. Aquele riso baixo que me atravessa como uma navalha quente.
Gozo forte, espirrando no peito, no lençol. Um jato quente como um tapa.
Minha respiração falha. A mão ainda aperta. O nome dela escapa da minha boca, num sussurro rouco:
“Alessandra…”
Silêncio.
Na minha cabeça, ela se levanta, limpa os joelhos com desdém e sai como se nada tivesse acontecido.
Só o cheiro dela fica. Grudado no meu corpo. E na culpa.
Ofegante, olho pro teto. Não sei se me odeio ou se me sinto poderoso. Talvez os dois. Talvez esse seja o preço.
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