Até o limite…

Um conto erótico de Eva
Categoria: Heterossexual
Contém 746 palavras
Data: 08/08/2025 17:42:47
Assuntos: Heterossexual

Ela já tinha sentido desejo antes, claro. Mas nunca assim — desse jeito denso, lento, como se o corpo tivesse antecipando algo que a mente ainda não tinha traduzido.

A primeira vez que viu ele nu, ela hesitou por um segundo. Não de medo, mas de uma curiosidade que vinha com respeito. Era grosso. Mais do que ela estava acostumada. Longo também, mas era a largura que chamava atenção — aquela sensação de que ia exigir dela um tipo de entrega diferente. Não bastava abrir as pernas. Ia ter que abrir o corpo.

Ele percebeu o olhar dela. Sorriu, mas não disse nada. Se aproximou com calma. Os dedos primeiro, depois a boca. Não tinha pressa. Ele sabia o que estava por vir — e parecia gostar da expectativa tanto quanto ela.

Quando ele começou a entrar, ela sentiu. O corpo respondeu com tensão, um leve incômodo que quase a fez prender a respiração. Ele parou.

— Tudo bem?

Ela assentiu, os olhos meio fechados, os lábios entreabertos. Estava no limite, mas queria mais. Queria tudo. O desconforto não vinha de dor — vinha da intensidade. Do estiramento, do preenchimento. Como se estivesse sendo ocupada por inteiro.

Ele avançou mais, devagar. Ela sentiu cada centímetro. As paredes internas reagiam, tentando se ajustar, tentando receber. Era como se ele estivesse se encaixando em um espaço que ainda não existia — e que o corpo dela criava a cada movimento.

E então veio o momento em que ele estava inteiro dentro. Sem espaço. Sem ar. Ela o sentia não só na carne, mas na mente. Estava sendo tocada de dentro pra fora. Cheia. Vulnerável. Rendida.

Ele começou a se mover, lento, fundo, pesado. Cada investida era como um empurrão dentro da alma. A pressão era tanta que ela não sabia se queria que ele parasse ou continuasse. E era exatamente essa dúvida que a excitava.

Ela gemeu, mas o som era baixo, como se o prazer estivesse tão fundo quanto ele. O desconforto já tinha virado prazer — não daquele tipo explosivo, mas de um que cresce devagar, que não pede permissão. Que ocupa. Que toma.

Ele a olhou nos olhos, firme, presente. Segurou seus quadris com força. E naquele momento, ela soube: não havia mais volta. Ele estava dentro dela. Totalmente. Literalmente. Figurativamente. E ela não queria outra coisa.

Ela sentia tudo.

O corpo já não sabia mais se aquilo era prazer ou dor — e talvez não importasse. A dor era tênue, insistente, deliciosa. Um incômodo quente que vinha do fundo, onde ele batia. Não era violência. Era presença. Ele estava lá, inteiro, empurrando até onde dava. E depois mais um pouco.

Ela apertou os lençóis, arqueou o corpo, tentou se afastar um centímetro, só pra sentir ele puxá-la de volta. Forte. Firme. Como se dissesse, sem palavras: não foge agora. E ela não queria fugir. Queria ceder. Queria se deixar levar até o ponto onde o prazer se confunde com a rendição.

— Dói? — ele perguntou, a voz baixa, quente contra sua orelha.

— Um pouco — ela sussurrou, quase sem fôlego. — Mas é bom. Continua.

E ele continuou. Mais fundo. Mais intenso. Os movimentos se tornaram pesados, molhados, sujos. O barulho dos corpos preenchia o quarto. E ela se sentia invadida, aberta, usada — mas de um jeito que fazia sentido. Era um sexo que não pedia beleza, só verdade. E a verdade era que ela estava entregue, inteira, disposta a suportar tudo porque ali, no limite, morava um prazer bruto que ela nunca tinha tocado antes.

A cada estocada, sentia o corpo se esticar, como se estivesse sendo moldada por dentro. As paredes vaginais respondiam com espasmos involuntários. Estava cheia. Pressionada. Deslocada da realidade.

Ele segurou seu rosto e a fez olhar. Não havia doçura ali — havia intensidade. Fome. E ela percebeu que ele também estava no limite. Que aquela sensação de “é demais” era vivida dos dois lados. Que os dois estavam à beira do mesmo abismo — e iam pular juntos.

Quando o orgasmo veio, não foi um disparo. Foi um colapso. O corpo dela se curvou, trêmulo, espremido contra o dele. E mesmo ali, no meio do prazer extremo, ela ainda sentia o leve desconforto do fundo sendo tocado. Aquele toque bruto que dizia: você aguentou. E agora, é sua.

Ele ainda continuou por alguns segundos, como se quisesse deixar a marca. Como se dissesse com o corpo: lembre disso amanhã. Quando andar. Quando lembrar. Quando quiser de novo.

E ela sabia que ia querer.

Não porque foi fácil. Mas porque foi inteiro.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 4 estrelas.
Incentive Tyler_Durden a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Velhaco

Gostei muito, parabéns conto bem erótico, direto, leve,.gostoso de ler, muito prazeroso

1 0