A noite pulsava na favela, viva em cada batida grave que explodia das caixas de som. O baile fervia sob luzes fracas, mas suficientes para revelar silhuetas dançantes, corpos colados, olhos famintos. O ar era pesado — carregado de calor, música, desejo. Um verão que parecia gritar pela pele exposta, pelos toques rápidos, pelas provocações silenciosas.
Foi então que a vi.
Margot.
Não sei se foi o modo como ela se moveu entre as pessoas ou a forma como a multidão pareceu abrir espaço ao redor dela. Mas naquele instante, o tempo desacelerou. Ela era como uma centelha em meio à penumbra — uma presença feroz, luminosa, inevitável. Usava um vestido preto colado ao corpo, que marcava cada curva com precisão indecente. As botas de couro subiam pelas pernas, firmes, imponentes. Ela andava como quem domina, como quem não pede nada — apenas toma.
Seus cabelos longos dançavam com ela, deslizando pelos ombros. Mas foram os olhos que me prenderam. Negros, intensos, com um brilho cruel e curioso. Eles me encontraram com uma precisão absurda, como se já me esperassem ali.
E então ela sorriu.
Não foi um sorriso qualquer — foi um gesto pequeno, quase imperceptível, mas carregado de promessas. Algo em mim acendeu. Algo que não tinha nome, só impulso.
Eu estava com alguém. Não importa. Nada importava. Naquele momento, havia apenas ela.
A música crescia.
O suor escorria pela nuca, pelos braços.
As luzes piscavam como batimentos cardíacos.
E eu… eu não conseguia tirar os olhos dela.
Margot parecia se mover em câmera lenta, mesmo no meio da multidão frenética. Ela não dançava como os outros — ela se oferecia em movimento, como se cada passo fosse parte de um ritual antigo, criado apenas para me provocar. Seus quadris traçavam ondas, e as mãos percorriam o próprio corpo com uma naturalidade perigosa. Ela sabia que eu a observava. E fazia questão disso.
Meu corpo inteiro reagia. Cada músculo em alerta. Cada pensamento em chamas. Eu queria estar perto dela. Sentir seu calor de verdade.
E então, aconteceu.
Ela virou na minha direção, os olhos cravados nos meus, e por um segundo o mundo silenciou. Sem dizer uma palavra, ela me chamou. Não com gestos. Não com a voz.
Mas com aquele olhar que tomava, conduzia, comandava.
Naquele instante, percebi que já estava indo.
Não era escolha.
Era inevitável.
Quando cheguei perto dela, percebi que o calor emanava de seu corpo, como se fosse uma fonte natural de paixão. Ela continuava dançando, mas agora com mais intensidade, como se estivesse me provocando. Então, algo inesperado aconteceu: ela parou de repente, virou-se para mim e colocou suas mãos em meus ombros.
"Fala comigo", disse ela, com uma voz suave, quase um sussurro. Era como se ela estivesse me desafiando, me pedindo para provar que era capaz de acompanhar o ritmo dela.
Sem hesitar, segurei seus braços e a puxei para mais perto. Nossos corpos se tocaram, e foi como se uma faísca elétrica atravessasse meu corpo. Senti o calor de sua pele contra a minha, e meu coração acelerou ainda mais. Ela sorriu, e aquele sorriso... era tudo o que eu precisava.
Saímos do baile como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. No carro, ela se aproximou, suas mãos deslizando pela minha coxa, subindo devagar, até que senti seus dedos se fecharem sobre minha ereção por cima do tecido. Olhei para ela, ofegante, e vi aquele sorriso — desafiador, quente, dominador.
— "Você tá duro... e eu nem comecei", sussurrou, enquanto apertava de leve, fazendo meu corpo arder.
Chegamos ao hotel. Na garagem, antes mesmo de sair do carro, ela me puxou pelo pescoço e me beijou com uma fome que me tirou o ar. Suas mãos foram direto ao meu cinto, abrindo com urgência, e quando meu pau saltou para fora, ereto, latejando, ela o envolveu com a mão, apertando devagar, depois acelerando. Eu gemi, jogando a cabeça para trás, sentindo cada movimento como uma descarga elétrica.
— "Quer mais?", ela perguntou, com os olhos brilhando.
Não respondi. A puxei para cima de mim, nossas bocas se encontrando de novo, enquanto minhas mãos subiam por debaixo do vestido, encontrando a renda da calcinha — úmida, quente, pulsando. Afastei o tecido e enfiei um dedo, depois dois, sentindo como ela se contraía em volta de mim.
— "Tira isso", ela pediu, com voz rouca.
Fiz o que ela mandou. A lingerie preta caiu no chão da garagem, e ali, sob a luz fraca, vi seu corpo inteiro: as coxas firmes, o quadril largo, a buceta lisinha, perfeita, convidando. Meu pau latejou com força.
Subimos. No quarto, ela se deitou na cama e me olhou com um brilho de provocação.
— "Agora vem. Vem me chupar."
Fui como um animal faminto. Deitei entre suas pernas, afastei os lábios com os dedos e levei a língua direto ao clitóris. Ela arqueou as costas, soltando um gemido longo, rouco. Lambi devagar, depois com pressão, depois em círculos, sentindo o gosto doce e salgado dela, o cheiro de desejo no ar. Ela segurou minha cabeça, empurrando meu rosto mais fundo.
— "Mais... mais... assim... NÃO PARA!"
Ela tremeu, contraiu, e gozou na minha boca, com espasmos que duraram segundos, mas que pareceram uma eternidade.
Antes que eu pudesse me recompor, ela se levantou, montou em cima de mim e, com um movimento lento, engoliu meu pau inteiro, centímetro por centímetro, até o fim. Fiquei sem ar. Era quente, apertado, molhado — o paraíso.
Começou a subir e descer, rebolando, apertando com força, enquanto eu segurava suas nádegas, ajudando cada movimento. O som dos corpos se batendo, os gemidos, as palavras soltas — "sim, assim, mais forte, não para" — tudo se misturava em uma sinfonia de prazer.
Ela parou, saiu de cima de mim, virou de quatro e olhou por cima do ombro.
— "Agora por trás. Quero sentir você inteiro."
Entrei devagar, sentindo a resistência, depois o calor, depois o encaixe perfeito. Comecei a foder com força, cada estocada arrancando um gemido dela, cada impacto me levando mais perto do limite. Ela segurava os lençóis, arqueava as costas, pedia mais, mais, mais.
Até que, com um grito, gozei dentro dela, com força, com tudo, sentindo o jorro quente se espalhar. Caí em cima dela, ofegante, suado, completamente dominado.
Ainda deitado, sinto o corpo mole, como se cada músculo tivesse sido usado até o limite. O sol começa a rastejar pela janela do quarto, desenhando listras douradas no chão, mas não me mexo. Não quero. Margot dorme ao meu lado, respirando calma, o peito subindo e descendo sob o lençol de seda que mal cobre seu corpo. Uma perna está levemente aberta, um braço jogado sobre o rosto — e mesmo assim, ela parece dominar o espaço. Como se o quarto inteiro respirasse no ritmo dela.
Fico ali, observando.
Não é só beleza.
É o cheiro dela que ainda gruda na minha pele, misturado ao meu suor.
É o gosto dos seus lábios que ainda sinto na boca, como um sabor que não desaparece.
É o eco dos gemidos, das palavras roucas que me disseram “mais”, “fundo”, “não para” — e que agora ecoam na minha cabeça como um mantra.
E então, sem que eu perceba, o corpo responde.
O peito aperta.
O sangue desce.
O desejo volta — não como uma lembrança, mas como uma necessidade física.
Passei a noite inteira dentro dela.
Troquei saliva, calor, suor, gemidos.
Exploramos cada canto desse quarto como se fosse nosso mundo.
E ainda assim…
Quero mais.
Não é saciedade.
É o oposto.
É fome.
Uma fome que não se mata — só se alimenta.