Uma carona me fez sentir um pau pela primeira vez

Da série Contos Honestos
Um conto erótico de Renan
Categoria: Gay
Contém 1918 palavras
Data: 06/08/2025 11:40:57

Desde pequeno minha relação com o sexo foi conturbada, para dizer o mínimo. Mil conflitos internos que desaguaram em comportamentos contraditórios, muitas vezes autodestrutivos, que por sua vez aumentavam os conflitos e reacendiam o ciclo. A partir de hoje pretendo revisitar esses locais sob uma nova ótica e mentalidade, numa escrita que é muito mais para mim do que para agradar terceiros, embora resolva tornar público. Vamos lá.

Naquela época eu não tinha consciência da minha beleza, eu simplesmente não me achava bonito e acreditava que todo elogio era por mera educação, e olha que estávamos apenas no início das redes sociais e eu já tinha uma distorção de auto imagem fodida, afinal havia sido gordinho a maior parte da adolescência, o que eu não aceitava. E mesmo quando emagreci 15kg e meu corpo se transformou ao mostrar todos os músculos que eu havia criado em muitos anos de natação, ainda assim eu não me via como alguém bonito. Mas eu era, sou ainda, mas naquela época tinha o sabor da juventude, e não só bonito, como muito bonito, hoje eu percebo.

Meu cabelo preto espetado, sempre rebelde, com uma pele muito clara que não sei da onde minha família puxou, já que era incomum para nossa região onde a imensa maioria é parda, sobrancelhas grossas e olhar penetrante, acho que é assim que posso me descrever. De corpo o destaque ficava para o peitoral, as coxas e a bunda, que sempre foram realmente muito maiores do que a média, tanto que até hoje só encontrei um rapaz que tivesse a bunda maior do que a minha, acho que talvez tenha sido essa última que levou aquele homem já maduro a parar o carro e me oferecer uma carona, afinal com a mochila nas costas deve ter sido a única coisa que ele viu, minha bunda no jeans balançando para lá e pra cá como um convite ao seu pau.

Eu tomei um susto quando o carro parou ao meu lado e logo tentei despachar aquele homem branco, levemente barrigudo e absolutamente normal, argumentando que estava dentro do condomínio e fazia aquele trajeto andando todos os dias até minha casa, mas ele insistiu tanto que eu entrei, era um corola eu acho, ou algo parecido.

Me fez diversas perguntas no curto trajeto, me fez passar meu número e prometeu que me daria carona todos os dias, mesmo eu dizendo que não precisava. Ele sabia ser insistente, e mais do que eu imaginava.

Os elogios começaram logo no dia seguinte, assim como uma ousadia que me espantou, ele com certeza percebeu algo em mim que eu não sabia que era visível, então logo depois de perguntar se eu tinha namorada, no que eu neguei, ele engatou:

- E boyzinho, nenhum?

- Não - respondi constrangido no meu jeito tímido de então.

- Já brincou com um homem antes? - Ele dizia me olhando com um olhar estranho e sua mão esquerda massageava suas partes por cima da bermuda.

- Não também - respondi rindo de nervoso, mas meu nervosismo era por causa da crescente excitação que eu sentia e não queria demonstrar.

- Gostosinho assim dá vontade!

- Vontade de que? - minha pergunta era quase um suplício para ele continuar, mas para o meu espanto ele parou o carro no acostamento, me encarou profundamente e perguntou:

- Já deu o cu antes? - eu não tive coragem de responder, só balancei a cabeça em negativa totalmente encabulado.

- Quer dar?

Preciso dizer, meu mundo parou, aquele foi o primeiro evento disruptivo da minha vida sexual, não sei quantas vezes eu havia desejado secretamente aquilo sem jamais aceitar esses desejos, sempre tentando reprimi-los, e agora eu tinha a oportunidade de realizar pela primeira vez o ato, não consegui verbalizar o sim, mas balancei a cabeça em afirmativa.

A partir daí eu entrei em estado de semi-choque, comecei a me tremer e o homem, que nunca vou lembrar o nome, passou a tentar me acalmar, vendo meu nervosismo, ao mesmo tempo que dirigia para um motel que ele com certeza já havia frequentado. Não me lembro muito do que se seguiu depois até certo momento, entramos no motel, ele estacionou e logo que saímos ele começou a me devorar, queria me beijar, chupar meu pescoço, e quando me desnudou dentro do quarto continuou saboreando meu corpo como se eu fosse um prato e ele um faminto desesperado que não comia a dias, confesso que comecei a me arrepender daquela decisão, aquilo não estava realmente me dando qualquer tesão.

Eu não sei no entanto como fomos parar na parede do motel, acho que eu tentei levantar para ir embora e ele me agarrou por trás, só sei que em determinado momento ele estava me pressionando contra a parede, segurando minhas duas mãos, seu pênis estava diabólicamente entre meus glúteos.

Ali, naquele momento, sentindo o corpo dele dominando o meu, seu hálito na minha nuca, eu finalmente comecei a sentir tesão, e muito, avassalador. Comecei a mexer minha bunda em seu pau, e uma necessidade muito grande de ser penetrado surgiu e todo o meu corpo tentava demonstrar isso para ele, quase que implorando. Ele sabia, e eu sentia ele brincando comigo, vendo meu desespero, mas eu não ligava, eu provavelmente faria qualquer coisa que ele mandasse naquele estado.

Esse joguinho durou até eu finalmente conseguir encaixar a cabeça do pau dele bem na entrada do meu ânus.

- Vai, coloca dentro, não é isso que você quer? - ele disse no meu ouvido. Eu não respondi, mas empurrei a bunda para trás, sentindo seu membro começar a entrar. Seu pau era de um formato peculiar, parecia um kibe, começava fino, engrossava, depois diminuia um pouco a grossura na base, por isso assim que eu senti aquela sensação gostosa dele entrando logo travou e não consegui ir mais.

- Bora, faz força pra cagar, foi só a cabeça!

- Não consigo, dói muito! - respondi e era verdade. A sensação era de que minha pele estava esticada e se eu forçasse mais iria rasgar.

Foi aí que ele começou a tentar avançar e eu a tentar escapar, porém ainda estávamos na parede, então não tinha muito para onde eu fugir. Acho que ele perdeu a paciência comigo e resolveu que não ia sair dali sem aproveitar aquele cu virgem.

- Não, pera, calma, não, aai, TIRA, AI! - foi o que comecei a dizer quando ele foi forçando seu membro para dentro de mim, especialmente quando a parte mais grossa passou.

A sensação de estiramento do meu anel só foi aumentando a medida que seu membro ia me esticando para caber dentro de mim, junto com uma sensação estranha de preenchimento e pressão interna, que não era dolorosa, porém também não conseguia sentir prazer com ela devido a estranheza.

Na minha cabeça as vezes imagino ele me humilhando, afinal eu era um moleque enrustido que fingia ser homem e que estava choramingando na rola dele depois de ter quase implorado por ela, mas não, ele ficou calado a maior parte do tempo, e eu aceitei minha cina, ao ponto de ele se esbaldar no meu anel.

Ele me ajeitou depois numa posição mais cômoda para ele, ainda de pé, mas agora eu ficava com a bunda arrebitada, jogada para trás e o peito na parede ainda, olhei para o espelho do quarto e me vi nessa posição, uma posição tão de entrega, como uma fêmea que se arrebetia para um macho fode-la, e de fato o macho estava me fodendo. Nessa altura ele já tinha socado tanto sua rola que meu cu sequer fazia resistência ao seu membro, que deslizava fácil, entrando e saindo, as vezes com tanta força que parecia que ele queria me punir com seu pau ou folgar mais meu cu do que já tinha folgado.

Me ver no espelho naquela posição tão feminina, com um homem mais velho e levemente barrigudo segurando minha cintura, enquanto eu jovem e musculoso estava rendido com a bunda em sua virilha e seu membro indo e vindo dentro de mim, começou a me dar tesão, e nesse tesão a sensação de ser fodido começou a se tornar prazerosa. Meu anel ainda doia de ardor, porém aquele preenchimento e os cantos que tocavam no meu interior ficavam cada vez mais gostosos, ao ponto de mais uma vez eu começar a demonstrar entrega, com gemidos que pareciam cada vez mais de uma mulher do que de um homem.

- Delícia, que cu maravilhoso! - ele dizia aumentando o ritmo e me fazendo gemer mais e mais, e disse depois uma coisa que eu nunca ia esquecer, quase como se estivesse profetizando ou lançando uma maldição sobre mim.

- Tu nasceu pra dar o cu moleque, a forma como tu se entrega e deixa o macho te fuder é de quem é viciado em levar pica, com certeza tu ainda vai empinar essa bunda pra muito macho foder.

Naquela hora, com aquelas palavras, eu cheguei ao clímax e gozei, por instinto ou hábito colocando a mão no meu pau para não melar tudo

O homem, meu desvirginador, não sei como chamá-lo, gozou finalmente nas minhas entranhas logo após, e minha primeira reação foi levar minha mão para meu anel dolorido, estava aberto, como nunca tinha ficado até então, simplesmente não fechava, e um pavor de ficar sempre assim me subiu a mente, ainda mais quando eu vi que meus dedos ficaram todos sujos de sangue, mas ele tentou me acalmar com coisas que vocês provavelmente já sabem.

Cheguei em casa com o cu em frangalhos e um peso na consciência pior ainda, principalmente quando meu pai me perguntou porque eu havia demorado e menti dizendo que estava estudando na biblioteca, e não perdendo a virgindade do cu para um cara qualquer que me deu carona.

Por uma semana mais ou menos, sempre que eu ia ao banheiro e sentia dor ao fazer as necessidades eu lembrava da imagem no espelho, da posição vergonhosa que eu sentia de ser gay e um gay que gemia manhoso e arrebitava igual mulher, e sentia ódio de mim e prometia que nunca mais aquilo ia se repetir, porém não demorou muito para eu começar a me masturbar lembrando daquilo e a no íntimo começar a desejar repetir.

Nunca mais me encontrei com ele, bloqueei seu número e o evitei com tanta intensidade que ele desistiu de me procurar.

Hoje parece que eu tenho algum remorso de ter dado minha virgindade para alguém que não tinha significação para mim, mas na verdade não, sou até grato por ele ter rompido minhas pregas e ter facilitado o trabalho dos próximos, se não fosse ele ia ser outro, a verdade é que eu tentava tanto reprimir esse desejo que ele surgia de maneira selvagem e abrupta, muitos desconhecidos ainda iam se apossar de mim nos anos que se seguiriam e das mais diversas formas. Muitas vezes leio alguns contos e digo: já passei por algo parecido. Essa é a vida de um viciado em sexo.

**********

Obs: Essa série, diferente das outras histórias que criei, visa ser uma autorreflexão erótica da minha vida sexual, uma forma que estou testando de aceitar num nível mais profundo os desejos que sinto para que eu possa ter controle sobre eles e não o contrário. Se a série avançar vocês verão que muitas vezes agi por impulso e descontrole, numa vida sexual muito ativa porém real. Não esperem uma super fantasia como os demais contos aqui, mas talvez seja uma leitura interessante para muitos, é possível que alguns se identifiquem. Além disso tentarei torna-la sempre que possível excitante pela narrativa.

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Comentários

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Ahhh Renan, que privilégio ler essa sua autorreflexão! E você tem dúvida que sua narrativa vai ser excitante?? Se você visse o estado do meu pau agora vc não teria dúvidas hehehe

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