**Um Novo Começo – Capítulo 12: Sombras do Poder**
**Fim de Noite – Casa de Andrews, Kyle e Gabriel – 23:34h**
A porta da casa se fechou com um baque atrás de mim, mas o grito de Kyle — “SAI!” — ainda cortava minha cabeça como uma faca. Fiquei parado na escuridão, o peito apertado, a felicidade que eu sentia horas antes, depois de entalhar meu nome com o de Ana na árvore dos amantes, esmagada como cinzas. Não entendia a fúria dela, a dor cravada na voz. Eu me sentia um intruso na casa que dividia com as pessoas que mais amava. A solidão era uma garra fria no coração.
Caminhei sem rumo pela margem do rio, o som da água batendo nas pedras um murmúrio que não acalmava a confusão. A brisa noturna refrescava minha pele quente de mágoa, mas não apagava o peso no peito.
“Ei, grandão.”
A voz de Carla, suave como um convite, veio da varanda da casa dela. Sob a luz fraca da lamparina, sua silhueta era uma curva perigosa, o cabelo solto caindo sobre os ombros, a camisola leve marcando o corpo. Ela parecia estar me esperando, um cigarro apagado entre os dedos.
“A gente ouviu os gritos,” ela disse, sem rodeios, descendo os degraus com um gingado que fez meu sangue pulsar. “Tá tudo bem, Gabriel?”
“Não,” respondi, a voz mais quebrada do que eu queria. “Não sei o que deu nela, Carla. Ela... explodiu. Jogou uma panela, gritou comigo. Não sei o que fiz.”
Carla suspirou, o som carregado de compreensão. “Vem cá, entra. Você não pode ficar vagando por aí remoendo isso.” Ela parou a um passo de mim, o perfume de jasmim misturado com tabaco me envolvendo. “A casa é pequena, mas a rede da sala tá vazia. Dorme aqui hoje. Deixa a poeira baixar.”
O convite era um bote salva-vidas, e eu agarrei. A última coisa que queria era voltar para o silêncio gelado daquela casa.
Na sala apertada, Ana já estava lá, de pijama — um shortinho de algodão que mal cobria as coxas e uma camiseta larga que escorregava no ombro, revelando a curva do pescoço. Seus olhos castanhos brilharam de preocupação. “O que rolou, Biel? Por que a Kyle surtou?”
Enquanto eu contava — a briga, a panela voando, o grito de Kyle —, Ana ouvia, a testa franzida, a confusão clara no rosto. Carla, sentada numa cadeira de palha, fumava em silêncio, a expressão indecifrável. Ela sabia algo. Eu sentia nos olhos dela, na forma como desviava o olhar quando eu tentava sondar. Mas com Ana ali, ela não falava.
“Que loucura,” Ana disse, balançando a cabeça, os cachos soltos dançando. “A Kyle não é assim. Ela sempre foi tão... calma.”
“Tá sob pressão,” eu disse, tentando racionalizar. “O novo cargo, o trabalho na escola, o Andrews começando no armazém... deve ter sido demais.”
“É, deve ser,” Carla murmurou, soprando fumaça, mas o tom dela dizia que a verdade era mais complicada. Ela apagou o cigarro e se inclinou, os seios pressionando contra a camisola, um sorriso travesso surgindo. “Mas chega de drama. Vamos falar de coisa boa. Um passarinho me contou que vocês dois visitaram um certo ponto turístico hoje.”
Ana riu, o rosto iluminado, a preocupação dando lugar a um brilho safado. “Mãe, foi perfeito. O Biel foi... intenso.” Ela me olhou, mordendo o lábio, e meu pau deu um salto na calça.
“Só intenso?” Carla provocou, cruzando as pernas, o tecido da camisola subindo pela coxa. “Poxa, Gabriel, depois de todo o ‘treinamento’ que eu te dei, achei que você seria mais que isso.”
“Carla, para!” eu disse, rindo, o rosto quente. “Vocês vão me matar.”
“Ué!” Carla riu, o som rouco e quente. “Eu sei o que você fez com a minha filha, garoto. E sei que foi bom. Mas quero ouvir dela. E aí, filha? Comparando as notas... quem gemeu mais gostoso? Eu ou você?”
“MÃE!” Ana gritou, rindo e corando, jogando uma almofada em Carla. “Que pergunta é essa, sua louca?”
“Uma pergunta honesta,” Carla retrucou, desviando da almofada com um sorriso de gata. “O Gabriel é um homem de múltiplos talentos. Quero saber se ele foi consistente.”
Ana se inclinou pra mim, a mão roçando meu braço, os olhos brilhando de provocação. “Bem... mãe, você tem mais experiência, né? Sabe todos os truques. Mas eu...” Ela baixou a voz, o tom um sussurro quente. “Sou mais apertadinha. O que acha, Biel? Quem te fez gozar mais forte?”
“Eu não vou cair nessa armadilha,” eu disse, rindo, mas meu pau estava duro como pedra, a imagem dos corpos delas — Ana, magra e firme, Carla, curvilínea e experiente — me torturando. “Vocês são cruéis.”
“Ele tá com vergonha, filha,” Carla disse, se levantando e caminhando até mim, o quadril balançando. Ela parou atrás de mim, as mãos nos meus ombros, os dedos apertando de leve. “Mas, sério, Ana... o que acha de dividir esse homão com a mamãe aqui?”
O ar ficou pesado, elétrico. Ana me olhou, os olhos semicerrados, um sorriso lento se abrindo. “Sabe, Biel... eu não me importo. Você e a minha mãe... podem ter suas coisas.” Ela se aproximou, o joelho roçando na minha perna, o calor do corpo dela me queimando. “A gente tá se descobrindo, né? Não é nada sério ainda. E eu confio nela. E em você.” Ela olhou pra Carla, depois pra mim, a voz baixa. “Se vocês quiserem se divertir... por mim, tá liberado.”
O silêncio que seguiu era uma porra de um campo minado. Carla sorriu, os dedos deslizando pelo meu pescoço, um toque que fez minha pele arrepiar. “Boa menina,” ela murmurou, antes de se endireitar. “Mas acho que já tá na hora de uma certa mocinha ir dormir. Você tem aula amanhã.”
Ana se levantou, o shortinho subindo e revelando a curva da bunda. Ela se inclinou e me deu um beijo lento, a língua roçando a minha, o sabor de hortelã do hálito dela me deixando tonto. “Sonha comigo, Biel,” ela sussurrou no meu ouvido, antes de sumir pelo corredor.
Carla me encarou, o divertimento sumindo do rosto. “Agora, sobre a Kyle.”
“Você sabe o porquê, né?” eu perguntei, sentindo o peso voltar.
“Sei,” ela confirmou, sentando-se de novo, as pernas cruzadas, o olhar sério. “E não tem nada a ver com o Andrews ou o cargo novo. É sobre você e a Ana. A árvore dos amantes. Ela tá com ciúmes, Gabriel. Um ciúme doentio.”
“Ciúmes? Mas ela ama o Andrews,” eu disse, a confusão me engolindo.
Carla suspirou, acendendo outro cigarro. “Você é tão ingênuo, grandão. O coração de uma mulher não é uma gaveta só. Ela ama o Andrews, sim. Mas você... você é o herói não resolvido da história dela. E agora, o herói tem uma mocinha nova. Isso tá comendo ela por dentro.” Ela se levantou, o cheiro de fumaça pairando. “Deixa ela esfriar a cabeça. Amanhã é outro dia.” Na porta do quarto, ela parou, o olhar quente de novo. “Boa noite, Gabriel. E cuidado com os sonhos.”
Fiquei na rede, a cabeça a mil. Ciúmes? Kyle? Não fazia sentido. Ou fazia? O sono começava a pesar quando senti um calor ao meu lado. Ana tinha voltado, deslizando pra rede comigo, o corpo quente colado ao meu. O shortinho roçava minha coxa, a camiseta subindo e revelando a barriga lisa.
“Não consigo dormir,” ela sussurrou, a voz um convite. “Posso ficar?”
“Pode,” respondi, a voz rouca, o pau já pulsando.
Ela se aninhou no meu peito, a mão descendo pela minha barriga, encontrando meu pau duro sob a calça. “Hmm, parece que você também tá sem sono,” ela murmurou, os dedos traçando o contorno, a palma quente me apertando. Começou a me punhetar, devagar, a mão subindo e descendo com uma pressão perfeita, o polegar roçando a cabeça sensível. O som do tecido contra a pele, o calor da mão dela, o cheiro do cabelo dela — tudo me enlouquecia.
“Você já pensou na ideia de me ter junto com a minha mãe?” ela sussurrou, a voz rouca, acelerando o ritmo. “Não me responde ainda, seu pau vai responder pra mim.”
Eu gemi baixo, o corpo tenso, a imagem das duas me queimando. A mão dela apertava mais forte, os dedos escorregando com o pré-gozo, o ritmo agora rápido, quase cruel. “Goza pra mim, Biel,” ela ordenou, mordendo meu lóbulo, a respiração quente no meu ouvido.
Gozei com um gemido abafado, o líquido quente molhando a mão dela, a calça, a rede. Ela continuou me acariciando, leiteando até a última gota, o corpo dela tremendo de leve com a excitação. Me deu um beijo no queixo, a língua roçando minha pele, e se aninhou de novo. “Boa noite, meu herói,” ela murmurou, antes de adormecer, a respiração pesada contra meu peito. Pela primeira vez naquela noite, eu senti paz.
**Casa de Andrews, Kyle e Gabriel – Noite (Simultaneamente)**
Andrews abriu a porta de casa, o peito inchado com os elogios de Isabela ainda ecoando na cabeça. A reunião com ela tinha sido longa, cheia de promessas — um armazém mais eficiente, mais poder pra ele, uma nova era na ilha. Ele queria contar tudo pra Kyle, mas a casa estava na penumbra, o ar pesado com o cheiro de peixe queimado. Uma panela amassada jazia no canto da cozinha, a comida espalhada pelas paredes como uma pintura de raiva.
“Kyle?” ele chamou, o coração apertado.
No quarto, encontrou-a encolhida na cama, o rosto molhado de lágrimas, o corpo tremendo com soluços abafados. “Meu amor, o que aconteceu?” perguntou, ajoelhando ao lado dela.
“Onde você tava, Andrews?” ela murmurou, a voz abafada pelo travesseiro. “Eu fiz uma janta. Pra comemorar as promoções. E você... me deixou sozinha.”
A culpa bateu como um soco, mas o novo ego dele, inflado por Isabela, se irritou primeiro. “Porra, Kyle! Hoje era pra ser um dia foda, o começo de tudo, e eu chego em casa e encontro essa zona de guerra? Eu tava trabalhando! Trabalhando pra *nós*!”
Kyle se sentou, os olhos vermelhos de raiva e dor. “Trabalhando? Ou bajulando a chefe nova?”
“Qual é o seu problema?” ele retrucou, mas ao ver o estado dela, a raiva dele se dissipou, dando lugar à preocupação. Ele se sentou na cama, a voz mais suave. “Me desculpa, Ky. Eu perdi a noção do tempo.” Ele tirou do bolso uma flor selvagem, amassada, que pegou no caminho. “Trouxe isso pra você.”
Kyle olhou pra flor, depois pra ele. A raiva começou a ceder. “Eu briguei com o Gabriel também,” ela confessou, a voz tremendo. “Ele saiu. Eu... me sinto tão sozinha, Andrews.”
Ele a abraçou, o corpo quente dela contra o seu. “Você não tá sozinha, Ky. Eu tô aqui.” Ele a beijou, um beijo faminto. “Foda-se a janta. Foda-se o Gabriel. Somos nós. Sempre fomos.”
O beijo se aprofundou. Ajudaram um ao outro a limpar a cozinha, o silêncio pesado, mas reconfortante. Prepararam um lanche rápido. Na cama, o amor deles explodiu com uma força bruta. Andrews a deitou, arrancando a roupa dela com urgência. “Você é minha, Ky,” ele rosnou, beijando o pescoço dela, os dentes marcando a pele. Ele cuspiu na mão, lubrificando o pau duro, e meteu com força, um movimento que fez Kyle gemer alto, as unhas arranhando as costas dele.
“Me fode, Andrews,” ela pediu, a voz rouca. Mas, por uma fração de segundo, enquanto ele a fodia com os olhos fechados, a imagem de Gabriel na árvore com Ana invadiu a mente de Kyle. Ela imaginou o corpo forte dele, a forma como ele a olhava, e o prazer se misturou com uma dor aguda. *“Porra, Gabriel...”* ela murmurou, baixo demais pra Andrews ouvir, antes de gozar, o corpo convulsionando, a buceta apertando o pau dele.
Andrews gozou logo depois, um urro gutural. “Eu te amo, Ky,” ele sussurrou.
“Também te amo,” ela respondeu, mas a imagem de Gabriel ainda queimava, uma traição silenciosa que ela guardou no peito.
**Casa de Andrews, Kyle e Gabriel – 05:12h (Manhã Seguinte)**
Andrews acordou antes do sol. Ele observou Kyle dormir, o rosto sereno. Com um sorriso, acariciou a bochecha dela. Ela abriu os olhos, sonolenta.
“Bom dia, minha diretora,” ele sussurrou.
“Bom dia, meu gerente,” ela respondeu, a voz rouca. “Já vai?”
“Sim. A Isabela quer que eu chegue cedo. Temos muito o que mudar no armazém.” Ele se sentou na cama, o peito estufado. “Ela acredita em mim, Ky. Com ela no comando, as coisas vão melhorar.”
“Que bom, amor. O que achou dela?”
“Ela é... incrível,” Andrews disse, os olhos brilhando. “Inteligente, justa. Sabe o que quer.”
“Tomara,” Kyle murmurou. “Você merece isso.”
Eles tomaram um banho juntos, um momento de carinho e reconciliação. Beijos roubados, mãos bobas, a água quente levando embora as últimas tensões. Andrews saiu pro trabalho, um homem com um novo propósito. Kyle se arrumou pra escola, o coração mais leve, mas com uma sombra de Gabriel ainda pairando.
**Escola Nova Esperança – 07:25h**
Isabela já a esperava na porta da escola. “Bom dia, diretora,” ela disse, a voz calorosa.
Na sala da direção, caixas e mais caixas de materiais escolares. “Trouxe alguns presentes,” Isabela disse.
Os olhos de Kyle brilharam. “Isabela, isso é... incrível.”
“É o mínimo,” Isabela disse. “Preciso de você, Kyle. Sua paixão é o que vai transformar este lugar.” Ela se aproximou, a mão tocando o ombro de Kyle. “É tão bom ter outra mulher inteligente com quem conversar. Os homens por aqui, com todo respeito ao seu Andrews, são tão... básicos, não acha? Focados na força, não na sutileza. Nós entendemos o jogo de verdade.”
Kyle sorriu, as defesas caindo, sentindo-se vista. Elas conversaram por mais de uma hora.
“Isabela... gostaria de te convidar pra um jantar lá em casa. Pra comemorar.”
“Adoraria,” Isabela respondeu, o sorriso enigmático. “Será uma noite especial.”
“Mas...” Kyle baixou a voz. “Eu não me sentiria confortável se o Alberto viesse.”
Isabela tocou a mão de Kyle, um aperto firme. “Não se preocupe, querida. O Alberto não faz mais parte disso. Somos amigas agora, não somos?”
“Sim,” Kyle respondeu, sentindo uma conexão que parecia verdadeira, mas que, no fundo, a deixava inquieta.
**Casa de Carla e Ana – 09:34h**
“Bom dia, dorminhoco,” Carla disse, me recebendo na cozinha com um café fumegante.
“Bom dia,” respondi. “Desculpa pelo barulho ontem...”
“Barulho?” Ela arqueou uma sobrancelha, o sorriso safado voltando. “Não ouvi nada, grandão. Mas a rede tava balançando tanto que achei que ia ter um terremoto.”
Enquanto a ajudava a empacotar suprimentos, perguntei: “O que você acha da Isabela, de verdade?”
Carla parou, o rosto sério. “Meu falecido marido a conheceu melhor. Ele dizia que o Alberto era o pitbull, o executor. Mas a dona do pitbull... era a Isabela. Quando ele tava chegando perto de uma informação... ele foi assassinado.” Uma lágrima escorreu.
Eu a abracei. “Sinto muito, Carla.”
“Obrigada, grandão,” ela disse, se recompondo. “E você, o que vai fazer hoje?”
“Tô de folga. Acho que... tô pensando em arrumar um canto só pra mim. Dar um espaço pra eles.”
Carla me olhou, os olhos brilhando. “Por que não fica aqui com a gente?” Ela se aproximou, a mão no meu peito. “A casa é pequena, mas a gente dá um jeito. Eu adoraria ter um homem em casa de novo.” Ela se inclinou, o hálito quente no meu pescoço. “E você e a Ana... teriam privacidade. E, quem sabe...” Ela roçou a coxa na minha, o sorriso safado voltando. “Eu também não aproveito um pouco? A Ana liberou, lembra?”
Fiquei sem ar, o pau dando sinal de vida. “Você é perigosa, Carla,” murmurei.
“E você adora o perigo,” ela retrucou, piscando antes de se afastar, me deixando com uma proposta tentadora e um fogo no peito.
*Continua no próximo capítulo...*