Júnior acabara de chegar em casa, exausto de um dia longo no trabalho. O jantar estava pronto, e ele pensava em relaxar um pouco antes de ir para a cama. O celular vibrou. Era Gabriel. O coração de Júnior acelerou.
Gabriel: Eae, cadela! Tenho uma bomba pra você resolver hoje.
Júnior: Sim, Mestre! O que o senhor precisar!
Gabriel: É um trabalho da faculdade. Pra mim e mais três caras. É pra amanhã cedo. Um artigo detalhado sobre "O Impacto da Dieta Cetogênica na Performance de Atletas de Alta Competição". Tem que ser impecável, porra. Você sabe o que eu gosto: originalidade, profundidade, sem plágio. Use estudos recentes e dados científicos.
Júnior engoliu em seco. Um artigo complexo sobre nutrição, com termos específicos, para quatro pessoas, com um prazo tão apertado? Seria uma noite inteira. Mas a voz de Gabriel era uma ordem irrefutável.
Júnior: Sim, Mestre. Entendi. O prazo é apertado, mas farei o impossível. Pode contar com seu escravo.
Gabriel: É o mínimo. Estou cansado, vou dormir. Não me incomode. Quero essa porra pronta na minha caixa de entrada antes das 7h. Entendeu, lixo?
Júnior: Sim, Mestre! Conte com seu escravo. Bom descanso!
Gabriel sequer esperou a resposta de Júnior antes de jogar o celular de lado e se aninhar nos lençóis macios, adormecendo profundamente em poucos minutos. A mente livre de preocupações, a certeza de que sua "putinha" resolveria tudo para ele.
Enquanto isso, a casa de Júnior mergulhava em uma rotina diferente. A esposa de Júnior já estava dormindo profundamente, alheia ao tormento silencioso de seu marido. Ele preparou um café forte, ligou o computador e abriu dezenas de abas de pesquisa. Artigos científicos, estudos de caso, análises de desempenho. A cabeça girava, mas as mãos não paravam de digitar. Ele se viu imerso em tabelas nutricionais, gráficos de desempenho e referências bibliográficas complexas.
O relógio avançava implacável. Uma da manhã, duas, três... O cansaço físico do dia se misturava à exaustão mental da noite. Os olhos ardiam, a cafeína já não fazia efeito, mas o medo de desapontar Gabriel, e a estranha e viciante ânsia de servi-lo, o impulsionavam. Cada frase digitada era um ato de devoção. Cada tabela inserida, uma humilhação consentida.
Ele imaginava Gabriel dormindo tranquilamente, enquanto ele, seu escravo, sacrificava seu corpo e sua mente para atender aos desejos de seu mestre. Era uma tortura, mas uma tortura que ele havia aprendido a desejar. Às 6h30 da manhã, com o corpo dolorido e a mente embaçada, Júnior deu o último retoque no trabalho. Releu, conferiu, e com um suspiro de alívio, enviou o e-mail. Caiu na cadeira, sem forças para sequer ir para a cama. Adormeceu ali mesmo, esgotado.
Pela manhã, por volta das 7h, Gabriel acordou revigorado. O sol entrava pela janela, prometendo um dia agradável. Ele espreguiçou-se, sentindo os músculos relaxados. Pegou o celular e lá estava o e-mail de Júnior, pontual, enviado às 6h31.
Gabriel: Eae, vagabunda. Recebi. Era o mínimo.
Gabriel: Aliás, dormi como um anjo. Acho que foi seu trabalho de escravo que me deixou tão tranquilo que até acordei atrasado. Já são 7h!
Gabriel: Em gratidão por essa noite de sono, e já que estou com fome, você vai pagar meu café da manhã hoje. Manda 50 reais aí, porra. Considera isso uma 'bonificação' pelo seu excelente serviço.
Enquanto isso, na casa de Júnior, o despertador tocava às 7h. Ele se arrastou para fora da cadeira, o corpo dolorido, os olhos pesados pela privação de sono. Mal havia tempo para se arrumar para o próprio trabalho. Pegou o celular, a tela iluminando o rosto exausto. Viu as mensagens de Gabriel.
Júnior: Sim, Mestre! Fico feliz em ter servido. Seu conforto é minha recompensa. Já estou enviando o valor para seu café da manhã. Bom dia!
Júnior fez a transferência rapidamente, sentindo a pontada da despesa, mas a satisfação de ter agradado seu Mestre. Exausto, sentiu o corpo sujo e o hálito pesado. Antes de qualquer movimento, porém, a regra inquebrável ecoou em sua mente: ele precisava de autorização até para as necessidades mais básicas.
Júnior: Mestre, seu escravo está exausto. Peço permissão para realizar minha higiene pessoal e me preparar para o trabalho. Posso ir tomar banho?
Gabriel, que já estava a caminho do seu café e estava navegando despreocupadamente nas redes sociais dentro do uber, viu a mensagem de Júnior. Riu.
Gabriel: Hahaha. É tão bom te ver me perguntando isso, cadela? Vá tomar banho, sim.
Júnior: Sim, Mestre. Sua vontade é minha lei. Obedecerei.
Com o corpo pesado, ele correu para o banho, tentando espantar o sono, sabendo que o dia no escritório seria longo e ele teria que esperar até a próxima ordem de seu mestre.
No caminho para o trabalho, Gabriel enviou o trabalho pros amigos e logo recebeu algumas mensagens.
João Guilherme: E aí, Gabriel, que trabalho foda! Salvou a gente! Mas a apresentação é amanhã e o trabalho ficou gigante, não vai dar tempo de ler tudo.
João Victor: Pois é, parceiro! A gente precisa de um norte pra apresentar. Não dá pra ler 35 páginas até amanhã.
Thiago: Se tiver um resumo ou uns tópicos pra cada um falar, seria animal! A gente te deve uma!
Gabriel riu. Seus "amigos" eram patéticos. Ele pegou o celular e enviou mensagem para o Júnior que já estava no trabalho.
Gabriel: Eae, cadela. Meus amigos estão choramingando que o trabalho ficou grande e não conseguem ler para a apresentação. Você vai nos ajudar a preparar a apresentação oração.
Gabriel: Vá para o banheiro do seu trabalho agora e grave 4 áudios. Cada áudio será a sua voz apresentando a parte de cada um, como se fosse a apresentação deles. Um áudio para mim, um para o João Guilherme, um para o João Victor e um para o Thiago. Quero tudo detalhado, porra. E ninguém pode te ouvir.
Júnior, que já em seu cubículo, tentava se concentrar em planilhas e relatórios, sentiu o celular vibrar novamente. A exaustão pesava, mas a resposta tinha que ser imediata. A ordem era absurda. Gravar áudios de uma apresentação oral no banheiro do trabalho? O risco era enorme, a humilhação, completa.
Ele se levantou, caminhou furtivamente até o banheiro do andar, trancou a porta de uma das cabines e, com o celular próximo à boca, a voz embargada pelo cansaço e pela ansiedade, começou a narrar cada áudio, alternando os tons para simular cada um dos integrantes do grupo. Aquilo levou tempo, cada detalhe precisava ser perfeito, cada dado do trabalho que ele havia feito na madrugada devia ser reexplicado. A cada ruído do lado de fora, ele parava, temendo ser descoberto. A humilhação de estar ali, escondido, ensaiando uma apresentação para os amigos de seu Mestre, era quase insuportável.
Júnior: Mestre! Enviando os áudios agora. Espero que sejam de seu agrado.
Gabriel: Ótimo, cadela. Vou enviar pros meus amigos. É o mínimo que você pode fazer depois de me salvar.
Júnior: Mestre! Mas... e se eles perguntarem quem sou eu? O que o senhor vai dizer? Eles vão estranhar a voz...
Gabriel apenas visualizou a mensagem por um segundo. Um sorriso frio surgiu em seu rosto.
Gabriel: Cala a boca, cadela! Quem decide tudo aqui sou eu! Apenas obedeça. Entendeu, lixo?
Júnior: Sim, Mestre. Entendi. Perdão pela minha insolência.
Com um clique, Gabriel encaminhou os áudios para o grupo da faculdade. Segundos depois, as mensagens começaram a pipocar.
João Guilherme: Que isso, Gabriel?! Que voz é essa? Sua mãe gravou pra você? Kkkkk
João Victor: Pô, Gabriel, ficou bom o áudio, mas quem é a voz? Achei que você ia fazer o resumo.
Thiago: Essa voz não é sua, Gabriel! É o seu namorado? Ele que fez o trabalho? Explica aí!
Gabriel sorriu, digitando rapidamente.
Gabriel: Relaxem, seus putos. Essa voz é do meu "personal assistant", é ele que tá fazendo todos os meus trabalhos desde o início do ano. O cara que cuida de todos os meus B.O. da faculdade. Um gênio com os estudos. Ele que fez o trabalho todo, eu só supervisionei. E como vocês não liam o trabalho de 35 páginas, pedi pra ele resumir as partes de vocês. Ele é super dedicado, faz tudo que eu mando, não reclama de nada.
João Guilherme: Hahahahaha, por essa eu não esperava! Tem que ser muito dedicado mesmo! Passa o contato, vai que um dia a gente precisa de um "personal assistant" desses!
Gabriel: Nem pensar, seus arrombados! Essa cadela é só minha. E tem que continuar sendo assim. Ninguém mais. Entenderam?
João Victor: Como assim, cadela, Gabriel? Que papo é esse?
Thiago: Cadela? Ele é seu... sei lá, bicho de estimação? Que viagem é essa, Gabriel?
Gabriel riu, uma risada gutural que enviou arrepios pelo corpo de Júnior, mesmo à distância.
Gabriel: É isso mesmo que vocês ouviram, seus burros! Cadela! Ele é minha cadelinha pessoal, meu escravo. Obedece a tudo que eu mando, não questiona, não reclama. Faz tudo direitinho e ainda agradece. É uma dinâmica entre macho, vocês não entenderiam.
Gabriel: Pra quem perguntou daquele contador que cuida dos meus investimentos no futebol, é esse cara aí. Ele não faz só meus trabalhos, ele me dá toda a grana que eu preciso. Em menos de um mês, já arranquei mais de 7 mil reais desse otário. O cara é casado, mas curte uma submissão, tem uns fetiches por pés e umas paradas assim. Ele é contador, mas o dinheiro todo vai pra mim. Ele adora ser humilhado, de verdade.
João Guilherme: Nossa, Gabriel, que loucura! O cara aceita isso de boa? Que tipo de pessoa é essa?
João Victor: Isso é tipo... BDSM, Gabriel? Mas... com um cara?
Thiago: Eu tô chocado, cara. Seu "personal assistant" é seu submisso? Que bagulho esquisito!
Gabriel: Exatamente! Ele topa tudo. E é por isso que ele é o melhor. Agora calem a boca e se preparem para a apresentação. E não encham o saco dele, senão eu me irrito.
João Guilherme: Ata, entendi, Gabriel. Você tá zoando com a nossa cara, né? Boa, essa foi boa! "Cadelinha pessoal", "arranquei 7 mil"... haha! Você é foda!
João Victor: É, tá me tirando, Gabriel! Mas valeu a brincadeira e o áudio! Salvos pela sua "cadela" misteriosa, kkkk!
Thiago: Maluco! Você inventa cada uma, Gabriel! É por isso que você é o líder! Que papo de doido, hahaha!
Gabriel leu as mensagens. A risada dos amigos, as insinuações de que ele estava "brincando", a descrença nos seus olhos... isso o irritou profundamente. "Brincadeira?", pensou ele. "Vou mostrar para esses arrombados quem é que manda e quem é a cadela de verdade." Uma ideia perversa começou a se formar em sua mente.
Ele pegou o celular para atormentar Júnior novamente.
Gabriel: Lixo! Chegou a hora, cadela. Finalmente vamos nos encontrar.
Júnior: Mestre! Anseio por isso! Sua vontade é uma ordem!
Gabriel: Excelente. Tava pensando aqui, você tatuaria meu nome em você?
Júnior: Mestre! Que honra! Na hora que o senhor mandar! Onde quer a tatuagem?
Gabriel: Ah, cadela... por mim você faria na testa, para todos saberem que é minha. Teria coragem?
Júnior: Mestre! Eu faria o que o senhor mandasse! Mas... na testa? O senhor sabe que não teria paz depois. O que o senhor pensaria de um homem com uma tatuagem na testa?
Gabriel: Ou talvez na bunda, para ninguém ver, só eu. Onde eu possa bater e ver a marca do meu nome. Teria coragem de mostrar a bunda para o seu Mestre?
Júnior: Para o senhor? Sim, Mestre! O que o senhor mandar, eu faria!
Gabriel: Hummm... E que tal as minhas iniciais no pé? Pequeno, entre o dedão e o indicador do pé direito. Bem discreto. Isso você faria, não é?
Júnior: Eu adoraria, Mestre! Vamos juntos no tatuador. Farei as suas iniciais, bem discreto, como o senhor gosta, entre o dedão e o indicador do pé direito. Será a marca da minha devoção.
Gabriel: Essa será a prova definitiva da sua lealdade. Minha marca em você.
Júnior: Mal vejo a hora, Mestre! Mal vejo a hora de te encontrar!
Minutos depois, outra mensagem chegou para Júnior.
Gabriel: Cadela, estou ciente que você está em uma reunião importante com um cliente agora, e eu quero que você me mande um elogio por minuto, durante uma hora. Exatamente 60 mensagens, uma por uma. Me elogie, me adore, me idolatre. Comece agora. Sem falhas. Obedeça.
Júnior sentiu um nó na garganta. Ele estava, de fato, em uma importante reunião com um novo cliente, um contrato que poderia mudar o patamar da sua empresa. Mas a ordem de Gabriel era clara, não havia "por favor", apenas a autoridade de seu mestre. Ele entrou na sala de reunião, sentou-se à cabeceira da mesa, e enquanto seus funcionários iniciaram a apresentação com entusiasmo, ele manteve um semblante desinteressado, com o celular em suas mãos, quase escondido sob a mesa.
Seus olhos, que deveriam estar fixos no cliente e na apresentação, estavam grudados na tela do celular. A cada 60 segundos, uma nova mensagem de louvor a Gabriel era digitada e enviada. Ele sabia que seu dono folgado provavelmente não iria contar as mensagens, ou sequer ver o horário exato em que elas foram enviadas. Gabriel estava trabalhando e, com certeza, havia jogado o celular em cima da mesa, indiferente. Mas a ordem era mais forte. O suor escorria em suas têmporas, a tensão da reunião se misturava à adrenalina da obediência. Uma hora inteira. 60 mensagens de idolatria, sem nenhuma visualização sequer.
As mensagens eram mais ou menos assim:
"Sua sabedoria é incomparável, Mestre."
"Minha vida não tem sentido sem sua orientação, Senhor."
"Sua presença é a luz que guia meu caminho."
"Eu vivo para servir e obedecer suas ordens, Mestre."
"Sua força me humilha e me enche de tesão."
"Cada palavra sua é uma bênção para mim."
"Minha lealdade é eterna, meu Dono."
"Seu poder é a única verdade que conheço."
"Sua grandiosidade me faz sentir pequeno e completo."
"Você é o ar que respiro, o chão que piso, Mestre."
Quando a hora finalmente terminou e a reunião se aproximava do fim, Júnior sentiu um alívio misto com a exaustão. Ele havia cumprido a ordem.
Mais tarde, quando Gabriel finalmente pegou o celular e viu a enxurrada de mensagens de Júnior, ele soltou uma gargalhada alta.
Gabriel: Kkkkkk! Você é um bosta! Mas cumpriu direitinho!
Júnior: Sim, Mestre! Apenas cumpro as ordens do meu Dono! Sua satisfação é minha maior recompensa!
Gabriel: É interessante como você me elogia mesmo depois de ser ofendido, cadela. Gosto disso. Mostra quem realmente manda.
Gabriel continuou o seu dia no trabalho, mas a mente estava longe das tarefas habituais. Um sorriso sádico brincava em seus lábios enquanto ele imaginava o encontro do fim do dia. Ele tinha seus amigos, que não acreditavam em sua "cadela pessoal". E tinha Júnior, que ansiava por servi-lo. Era a oportunidade perfeita para unir o útil ao agradável: humilhar Júnior de uma forma inesquecível e provar aos seus amigos que ele não estava brincando.
A imagem de Júnior de joelhos, implorando por suas ordens, enquanto seus amigos assistiam, era uma visão tentadora. Ele pensou em cada detalhe, cada palavra que diria, cada gesto. Imaginou a surpresa nos rostos de seus amigos, a obediência cega de Júnior. Seria um espetáculo de dominação e subserviência, a prova viva de seu poder. Ele mal podia esperar pelo fim do dia.
Gabriel: Perfeito. Prepare-se, cadela. No fim do dia, a gente se encontra. E você vai provar para todo mundo quem é que manda de verdade. Esteja pronto para me servir. Sem perguntas, apenas obediência. Entendeu?
Júnior não entendeu bem o que significava aquele "você vai provar para todo mundo quem é que manda de verdade", mas pensou que Gabriel queria mostrar para o próprio Júnior quem mandava. A excitação misturava-se com uma pontada de medo.
Júnior: Sim, Mestre! Entendi. O que devo fazer?
Gabriel: Depois te passo os detalhes, por hora apenas se prepare e não me encha hoje pq estou grilado, você vai sofrer na minha mão mais tarde.
A manhã continuou, um borrão de exaustão e subserviência. Júnior era um fantoche, seus movimentos controlados por um mestre distante que sequer pensava em sua fadiga.