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Ela mal entrou pela porta e eu já tava em cima. Nada de saudade contida, nem papo de “como foi o voo?”. Largou a mala e antes que pudesse dar dois passos, eu agarrei pela cintura, empurrei contra a parede da sala, as mãos descendo rápido, apalpando tudo, como se meu corpo quisesse checar peça por peça se ela ainda era minha.
— “Calma, rapaz…” — ela disse, rindo, com os braços ao redor do meu pescoço. — “Nem tirei o sapato.”
— “Tira tudo então.” — murmurei, já enfiando a mão por debaixo do vestido, desesperado. A boca no pescoço, no ombro, mordendo de leve. Eu estava duro desde o portão.
Ela ria. Ria como quem se diverte com a própria crueldade.
— “Você tá assim por quê, hein?” — disse, fingindo inocência. — “Tava com saudade ou tá só com aquela… curiosidade de corno?”
Parei um segundo, só pra olhar pra cara dela. Ela sorria com o canto da boca, os olhos brilhando.
— “Fala, amor… você quer ver o estrago, é isso?” — continuou, encostando a testa na minha.
— “Quero.” — sussurrei, rosnando. — “Quero saber o que sobrou de você. Quero sentir se voltou inteira.”
— “Ai, que lindo…” — ela disse, debochando. — “Mas olha que loucura... parece que o corno tá com mais tesão que o amante.”
E aí me puxou pela camisa, me jogando no sofá com ela por cima.
E eu, aliviado, entregue, pronto pra me perder de novo no corpo da mulher que tinha ido até o inferno e voltado com gosto de vitória entre as pernas.
Ela abriu o zíper da minha bermuda com uma mão só, sem pressa, como quem já sabe o que vai encontrar. Mas quando libertou meu pau, segurando na base e olhando de lado, soltou:
— “Engraçado…” — disse, com um riso debochado nos lábios. — “Sempre achei seu pau grande…”
Fez uma pausa e olhou direto nos meus olhos, mordendo o lábio.
— “Agora parece… pequeno.”
E caiu na gargalhada, leve, gostosa, maldita.
Eu gemi, entre o tesão e a dor, e murmurei quase sem ar:
— “Você é uma puta perfeita, Rebecca…”
Ela riu de novo, abriu as pernas no sofá e puxou minha cabeça com força entre as coxas.
— “Então vem lamber a tua puta perfeita, corno...”
E eu fui. Fui com fome. Com fé. Com fúria. Minha boca se afundou nela como quem se confessa.
Entre um gemido e outro, ela disse, a voz embargada, os olhos vidrados no teto:
— “Ele me chamou de cavala, amor…”
Minha língua parou um segundo. Ela segurou minha cabeça com força.
— “Você entende isso? Eu sempre fui a nerd estranha, a esquisita da faculdade, a que não sabia dançar, a que escondia o corpo…”
Ela puxou minha cabeça pra cima, me fez olhar pra ela. Estava ofegante, suada, linda.
— “Olha só o que eu virei.” — disse, passando as mãos pelos próprios seios, empinando o corpo. — “Olha esse corpão. Olha meus peitos. Minha barriga chapada. Minha pele. Eu virei uma cavala, amor. Uma fêmea pronta. Uma mulher feita.”
Ela desceu a mão pelo próprio ventre e gemeu:
— “E você… você é o homem que viu isso acontecer. Que me fez. Que me perdeu e me ganhou de outro jeito.”
E eu me afundei de novo nela, lambendo com lágrimas nos olhos, sabendo que o gosto dela agora trazia o sal do mar, o suor do Rio… e o peso de vinte e três centímetros de história.
Eu tava lá, de joelhos entre as pernas dela, lambendo com fome, com desespero, com adoração. Me afundava e voltava, sugava com firmeza, e ela já não ria — agora ela arfava. Os olhos fechados, o peito subindo e descendo rápido, as mãos agarrando o encosto do sofá como se precisasse se segurar no mundo.
— “Ai… ai… amor…” — ela começou a gemer, quase chorando. — “Tô… tô indo…”
E então começou a falar, entrecortada, como num transe:
— “Eu sou uma cavala…”
A voz tremia, mas não parava. Como um mantra. Um grito nascendo de dentro.
— “Sou… cavala…” — arfava, cada vez mais alta, mais tomada — “Sou… sua cavala… sou cavala… sou cavala…”
E então gozou. Com o corpo inteiro. As pernas tremeram. A barriga contraiu. A garganta soltou um som cru, misto de dor e êxtase.
Ela caiu de lado no sofá, os olhos fechados, o rosto virado pra cima, o peito arfando, e continuava repetindo baixinho, já quase sussurrando, como quem fala dormindo:
— “Sou cavala… sou… cavala…”
E ali, naquela sala quente, com o gosto dela na minha boca e o mundo em silêncio, eu vi a mulher que era minha esposa se tornar, inteira, aquilo que ela sempre teve escondido por dentro.
Ela ainda arfava, o corpo trêmulo, os olhos semicerrados, quando eu subi por cima dela. Eu não aguentava mais. O gosto dela ainda na minha boca, o pau duro, latejando, e a cabeça em chamas. Me posicionei entre suas pernas, abri ela com as mãos como quem reverencia um altar e enterrei.
Eu metia com força. As mãos cravadas na cintura dela, os quadris batendo com raiva e necessidade. Sentia tudo. O calor, a umidade, o espaço. O espaço que agora existia ali. Um vazio sutil, mas presente. Um eco da história recente que ainda pulsava entre as pernas dela.
Ela começou a gemer de novo. Baixo no começo, depois mais alto. A respiração falhava, o corpo se curvava embaixo de mim. E então, entre gemidos, ela falou, com a voz rouca, ofegante, implorando entre dentes:
— “Me chama…” — ela disse, arquejando. — “Me chama do que eu sou…”
Eu sabia. Mas hesitei.
— “Fala, amor…” — ela insistiu, virando o rosto, os olhos vidrados em mim. — “Fala o que eu sou pra você agora…”
Eu empurrei mais fundo, grunhindo, e sussurrei:
— “Minha cavala…”
Ela gemeu alto, quase gritou.
— “Mais.” — exigiu.
— “Minha cavala larga…” — soltei, num sussurro sujo, quase sofrido.
Ela arfou como se tivesse vindo de novo. As pernas tremeram, o corpo se ergueu para me encontrar, e ela repetia, entre gemidos, em ritmo com as estocadas:
— “Sou cavala… sou cavala larga… sou sua cavala larga…”
E eu metia. Metia como quem queria apagar a memória. Ou eternizá-la.
Na hora que entrei, soltei o ar com força, e disse quase sem pensar, num misto de espanto e tesão puro:
— “Puta que pariu…”
Parei um segundo, olhei nos olhos dela.
— “Tá… larga.”
Ela não desviou o olhar. Apenas sorriu. Um sorriso vitorioso, relaxado, cheio de safadeza e consciência.
Abriu os braços, me envolveu num abraço quente, e sussurrou no meu ouvido, firme:
— “Então fode, amor.”
E eu fui. Fui com força, com raiva, com amor.
Eu dava o melhor de mim. Cada estocada era uma confissão. Cada investida, um esforço desesperado pra gravar meu nome de novo dentro dela. O suor escorria pelas minhas costas, minha respiração saía descompassada, o pau latejava dentro daquela caverna quente, funda, vencida — mas ainda minha.
Eu segurava nas pernas dela com força, puxava contra mim, batia com o corpo inteiro. Já não pensava em nada. Só queria que ela sentisse. Que soubesse.
Ela sorria entre gemidos. Um sorriso ofegante, suado, vitorioso — e ao mesmo tempo tocado. E aí, no meio do movimento, ela olhou pra mim e disse, com aquele tom safado que vinha lá de dentro:
— “Ai… amor…” — mordeu os lábios. — “Você fode melhor assim...”
— “Assim como?” — perguntei, rosnando, sem parar de meter.
Ela riu, jogou a cabeça pra trás e gemeu mais alto, antes de soltar:
— “Com esse tesão de corno... Desesperado. Macho ferido. Fode melhor assim…”
Ela passou as mãos pelo meu rosto, puxou minha boca até a dela e sussurrou, cravando as unhas nas minhas costas:
— “Me come como corno, amor… é aí que você é bom.”
E eu fui. Como corno. Como homem. Como tudo junto.
Eu sentia que ia gozar, e não consegui avisar. A respiração travou no peito, o mundo ficou pequeno, e tudo que existia era o calor dela me sugando. Eu me agarrei no corpo da Rebecca como um náufrago se agarra num pedaço de madeira — braços ao redor do torso dela, o rosto enfiado no pescoço, os dentes quase cravando na pele.
O pau latejava dentro, fundo, envolto naquele calor largo, úmido, irreversível. E eu explodi.
Gozei como quem implora.
Como quem confessa.
Como quem se despe por inteiro.
O corpo estremeceu em espasmos curtos, a pressão de semanas inteiras desabando de uma vez. Jatos longos, quentes, dentro dela, preenchendo o espaço que já fora preenchido por outro. E eu gemia baixo, rouco, como um animal ferido voltando pro ninho.
Ela me segurou firme, com as pernas ainda abertas, me prendendo em si. A mão fez um carinho no meu cabelo, e a voz dela veio baixa, doce, suada:
— “Isso… goza, amor. Goza em mim. É assim que eu gosto. Me sente por dentro.”
E eu gozei tudo.
Tudo que eu tinha.
Em quem era minha.
E já era do mundo.
Mas ali…
naquele gozo desesperado, agarrado nela como criança e homem ao mesmo tempo...
ela ainda era minha.
E isso bastava.
Ela saiu do banho com o cabelo molhado e um roupão solto no corpo. Se jogou na cama, de barriga pra cima, pernas abertas, uma perna tombada sobre a outra. Ficou olhando pro teto um tempo, respirando fundo. Eu ainda me recuperava, meio mole, deitado ao lado, quando ela falou — assim, do nada:
— “O Caio… ele é o homem que faz a gente se sentir rara. O tipo de amante que te olha como se você fosse uma poesia não publicada. Com ele, o prazer não é sobre gozar, é sobre ser lida. Tocada como se cada parte do corpo tivesse uma citação no rodapé. Ele me admira. Me contempla. É o tipo que goza em silêncio, com os olhos, como se o sexo fosse uma forma de arte.”
— “Hmm…” — murmurei, com um meio sorriso. — “Então com ele você é literatura contemporânea.”
Ela riu.
— “Com o Vinícius… é diferente. Ele me come como quem tem pressa, fome, sangue nos olhos. Ele não quer entender. Quer tomar. É o tipo que não pergunta se pode. Ele pega. Com ele, eu viro fêmea pura, instinto, cio. E o pior — ou o melhor — é que ele já sabe todos os meus botões. Já sabe o tom certo da minha voz quando vou gozar, o jeito de me virar pra deixar exposta. Ele não conversa comigo… ele me usa. E eu deixo. Porque com ele, isso é delicioso.”
— “Então ele é o manual de instruções do teu corpo.” — falei, tentando parecer leve, mas com o gosto amargo do Vinícius na garganta.
Ela virou o rosto pra mim e sorriu.
— “Você…” — disse, olhando nos meus olhos. — “Você é outra coisa. É o homem que viu tudo acontecer. Que me viu crescer. Que viu a nerd insegura virar essa cavala que voltou do Rio com o peito aberto e a buceta usada. Com você eu transo diferente. Eu me solto. Eu gozo com a alma. Não é só o corpo. É a história. É o olhar depois. É saber que você ainda me quer depois de tudo. Com você… eu gozo inteira. Com verdade.”
Fiquei calado. Só encostei a testa na dela, emocionado, rindo com os olhos.
— “Então com Caio você é poesia… com Vinícius você é instinto… e comigo você é… quem você é.”
Ela suspirou, passou a mão no meu rosto, e sussurrou:
— “Com você… eu sou tudo isso junto. E ainda sua.”
— “Mas me diz, vai…” — falei, com a voz baixa. — “Qual foi o melhor?”
Ela virou o rosto pra mim devagar, com aquele olhar que já vinha carregado de malícia.
— “Amor…” — disse, rindo — “Com você são dez anos de casamento. Com o Vinícius… já são quase seis meses de namoro.”
— “Tá namorando é ?” — perguntei, mais surpreso e divertido...
Ela não respondeu. Só sorriu, se virou de lado na cama e desceu lentamente, sem tirar os olhos dos meus. Quando chegou na altura da barriga, segurou meu pau com uma das mãos, olhou pra mim e piscou.
Depois… caiu de boca.
Soltei um gemido baixo, involuntário. A sensação era quente, perfeita. A língua dela me envolvia com precisão de quem já sabia tudo, mas agora fazia questão de reaprender — como quem marca território.
Ela sugava com ritmo, firmeza, e só parou depois de alguns segundos, olhando pra mim com a boca ainda entreaberta.
— “O Caio… foi só uma noite.” — disse, com a voz rouca, os lábios molhados. — “Então é injusto comparar.”
Deu uma lambida lenta na glande, como ponto final. Mas não terminou.
— “E pra ser justa mesmo…” — disse, abaixando mais — E então, com a calma de quem está fazendo justiça divina, ela foi direto para as minhas bolas. Sugando com leveza, como quem sela um contrato. - Eu tenho que dar pra ele mais vezes.”
Ela me chupava com gosto, devagar, mas fundo. O ritmo começou firme, constante, até que, de repente, sem aviso, levou tudo. Engoliu. Garganta adentro.
Meu corpo travou.
— “Porra…” — murmurei, as mãos indo parar nos lençóis, depois na cabeça dela.
Ela desceu até a base, me olhou com os olhos cheios de lágrimas contidas e baba escorrendo. Quando tirou o pau da boca, bem molhado, ainda segurando com uma das mãos, me olhou de baixo e sorriu.
— “Com o Caio eu não posso fazer isso…”
E riu. Deixou a baba escorrer do canto da boca até o queixo, como um selo de posse, como uma marca. Ela nunca me chupou assim. Nunca. Aquilo era território do Vinícius. Eu sabia. Ela sabia.
— “Você… nunca… fez isso comigo.” — falei, sem ar.
Ela soltou um risinho, se levantou devagar, me olhou nos olhos, e então sussurrou:
— “E hoje eu quis.”
Me levantei da cama, duro, zonzo. Fiquei de pé diante dela. E sem que eu dissesse uma palavra, Rebecca se ajoelhou.
Devagar.
Sem cerimônia.
Sem constrangimento.
Sem teatrinho.
Ajoelhou.
Ficou ali, nua, os joelhos no tapete, as mãos nas minhas coxas. Os olhos voltados pra cima, pra mim. E era estranho, mágico, enlouquecedor. Ela nunca foi essa atriz pornô comigo.... ou era tímida e nerd, a puta do Vinicius...
Ela ainda estava de joelhos, meu pau nas mãos, a baba escorrendo, os olhos brilhando. Respirava fundo, como quem tinha decidido algo importante. Me olhou com calma, quase como quem vai anunciar um prêmio.
— “Quer saber?” — disse, com um leve sorriso. — “Você é melhor que o Caio.”
Minha respiração parou por um segundo. Ela continuou:
— “Isso não quer dizer que o Caio seja ruim. Pelo contrário… ele é bem bom. Gentil, envolvente, intenso.” — Fez um gesto com a mão, quase como quem avalia um vinho. — “Mas você… você me conhece. Você me sente. Você foi feito pra me engolir.”
Fez uma pausa, segurando meu pau com mais firmeza, e me encarou:
— “Você é melhor que o Caio.”
Não consegui evitar.
— “E o Vinícius?” — perguntei, já sabendo que a resposta doía.
Ela sorriu de canto. Aquele sorriso de rainha.
— “Ele é o campeão.”
Fiquei quieto. Engoli seco.
E aí ela completou, num tom mais baixo, mais quente, como se revelasse um segredo:
— “Mas só ele… e você… merecem o que vai acontecer agora.”
Sem dizer mais nada, ela começou a bater punheta devagar. Usava minha glande como um pincel, riscando o próprio rosto com a ponta. Desenhava em si com meu desejo. O ritmo aumentou. O olhar dela fixo no meu.
— “Grita, amor…” — disse, ofegante. — “Goza na minha cara.”
Aquelas palavras… o gesto… a cena… tudo atravessou meu corpo como um raio.
Nunca tinha feito isso. Era o gesto reservado ao Vinícius. O troféu do outro. A marca do amante.
Mas agora… era meu.
Soltei o gemido mais grave da minha vida, o corpo inteiro contraído, e gozei. Com força. Longo. Quente.
Na cara dela.
Jatos espessos, um após o outro, batendo na bochecha, na testa, escorrendo entre os olhos, pingando do queixo.
Ela fechou os olhos, sorriu, recebeu tudo. Não limpou. Não recuou. Só ficou ali. Ajoelhada. Pintada de mim.
— “Agora sim…” — sussurrou. — “A hierarquia tá completa.”
E sorriu.
Plena.
Minha.
E deles também.