Se você tem acompanhado minha história, sabe que eu nunca estou satisfeito. Se me dão a mão, eu quero o braço. Se me deixam esfregar a cabecinha na entrada, eu vou querer entrar.
Agora, depois de dias fazendo exatamente isso — roçando a glande naquela entrada quente e molhada, brincando de “quase” com os quadris dela — eu já estava, digamos… enjoado.
Mentira.
Eu podia passar a vida toda assim. Encostado. Friccionando. Sentindo o calor dela me sugar sem engolir. Mas claro que não ia dizer isso pra ela. Não agora. Pra ela, eu precisava parecer impaciente, decidido, masculino. Um animal prestes a explodir.
Ela deitada ao meu lado, nua, com o corpo ainda úmido de suor e gozo. O cabelo castanho escuro espalhado pelo travesseiro, alguns fios grudados na bochecha e no pescoço como marcas de guerra.
O peito subia e descia devagar, pesado, como se o orgasmo tivesse drenado a pressa do corpo dela. Os seios grandes, ainda levemente arrepiados, balançavam a cada respiração. O esquerdo exibia uma mordida minha que tinha deixado a pele vermelha e sensível — eu lembrava do gemido curto que escapou quando fiz aquilo. Os mamilos, escuros e pontudos, estavam duros, como se o corpo dela ainda não tivesse entendido que a pausa era temporária.
A barriga lisa tremia de leve, com pequenos espasmos involuntários que desciam até a virilha. Entre as pernas abertas, a buceta ainda latejava devagar, rosada, levemente inchada, brilhando com a mistura da lubrificação natural e da minha baba. Os pelos escuros e ralos, recém-crescidos, davam um contraste sujo que me deixava mais duro. Era um convite — e uma ameaça. O tipo de visão que fazia o cérebro esquecer os limites e o corpo decidir sozinho.
Ela virou o rosto na minha direção, os olhos semicerrados, preguiçosos, mas atentos. Um traço de sorriso de quem sabe exatamente o que provocou.
Eu, com o pau ainda duro — latejando, sensível, melado da fricção que não virou alívio — olhava pro teto como se estivesse indiferente. Como se meu corpo não estivesse gritando por mais. Como se eu não estivesse, naquele exato instante, fazendo contas silenciosas de até onde eu podia ir sem estragar tudo.
Blasé. Ou tentando ser.
— No que você tá pensando? — ela perguntou olhando pra mim, deitada de lado, cabelo espalhado no travesseiro, a bunda descoberta como quem nem percebe.
Eu demorei pra responder. Não porque não sabia, mas porque tava ensaiando o tom certo. Entre casual e desesperado.
— Que se eu continuar assim… talvez nunca vou transar.
Ela virou o rosto devagar, o olhar de quem já entendeu tudo mas quer ouvir mesmo assim.
— Isso é uma reclamação?
— Constatação.
Dei de ombros, mas não convenci nem a mim mesmo.
— Jura que tá reclamando agora? Depois de passar uma semana esfregando essa rola dura na minha boceta?
— Não tô reclamando disso, e você sabe. Um desabafo… talvez. — Deslizei a mão pela barriga dela, parando logo acima do monte de Vênus. — Mas você sabe como é… a cabeça viaja.
— A sua sempre viaja quando não goza.
Era. Mas eu fingia bem.
— Não é só isso.
Puxei o lençol até a cintura dela, só pra ter o prazer de abaixar de novo e ver a pele arrepiar.
— Mas pensa comigo... se antes eu não transava porque era tímido, agora é diferente. Você meio que me “destravou”, sabe? Agora… por tua culpa, tô mais confiante.
— Que bom. Missão cumprida então.
— Mais ou menos. Porque agora que eu sou mais confiante… parece que ninguém mais tem chance comigo. Tipo a Rafaela. Você lembra?
— Rafaela, né? — Ela virou de vez, me olhando nos olhos. Aquela cara de “se for falar merda, capricha”.
— Foi só um exemplo. Tava rolando. Mas aí… você apareceu. E pronto. Me fodeu. No mau e no bom sentido.
Ela ficou calada por alguns segundos. Nem piscava.
— Mas aí… fico preso nesse “quase”.
— Então cê tá dizendo que eu te transformei num cara mais confiante… pra você usar isso com outra?
— Tô dizendo que cê me fez querer só você. Mas também me fez querer mais.
Ela me olhou daquele jeito. Aquela sobrancelha erguida, os olhos semicerrados, como quem cheira mentira, mas gosta do aroma.
E eu, patético como sempre, tentando parecer no controle. Mentindo pra ela, mas principalmente pra mim.
— E agora, cada vez que você me deixa só esfregar… eu fico com a sensação de que tô comendo só a borda da pizza.
A comparação foi idiota. Eu sabia. Mas o que eu podia fazer? Metáforas gastronômicas eram meu último recurso quando o pau tava latejando e a dignidade já tinha ido embora faz tempo.
Ela riu, mas mordeu o lábio. Deu pra ver que tremeu. O silêncio dela me deu margem.
— Tipo, a gente faz tudo. Mas na hora H…
— Porque “na hora H” é onde tudo muda.
Fez uma pausa. O silêncio doeu mais do que qualquer resposta.
— Você acha que eu não penso nisso também? A gente cruzar essa linha?
Ela disse baixo. Mas não baixo o suficiente.
— E por que não?
Meu tom saiu seco. Defensivo. Quase arrogante. Eu odiava quando minha vontade soava como birra. Mas era isso. Eu queria. Como uma criança. Como um homem. Como um idiota.
— Eu te conheço, Manu. Você também quer.
Ela mordeu o canto da boca. Não falou nada de imediato. E foi exatamente aí que eu soube: eu tava certo. O silêncio dela me esfregou isso na cara.
— Querer não é o problema — murmurou enfim, desviando o olhar.
Eu quase ri. Quase. O problema era sempre o depois. O que viria depois do toque, da língua, da pele grudando. O que viria depois de mim dentro dela.
— O problema é o depois. Você pode até aguentar a tensão… mas aguentaria a consequência?
Aguentar? Eu? Não. Mas já não fazia diferença. Não dava pra des-querer. Des-sonhar. Des-lembrar as vezes que ela saiu do banho com a toalha justa demais.
— A gente já passou do ponto de retorno.
— Miguel…
Ela disse meu nome daquele jeito. Aquele que doía mais do que um tapa e menos do que um gemido.
— Eu sonhei com isso toda noite. Com o gosto, com o aperto, com a pele quente e crua.
Minha voz falhou. Não porque eu queria bancar o dramático. Mas porque era verdade demais. E verdade demais sempre soa patética em voz alta.
— Você acha que sabe o que tá pedindo… mas não sabe.
Ela tava tentando me proteger. Dela. De mim. Da gente. Só que era tarde demais pra proteção.
— Depois disso… eu nunca mais vou conseguir dizer não.
Ela respirou fundo. Hesitou. E nesse milésimo de segundo, eu soube que ela também tava cansada de dizer não.
— Então diz sim. Só hoje. Só agora.
Ela virou de costas, mas não pra fugir. Pra tirar a perna de cima do lençol e deixar a bunda mais visível.
— Você sabe que se eu deixar… não tem mais volta, né? — disse de costas.
— Eu não quero volta. Quero você olhando pra mim com a minha rola inteira dentro de você.
Ela respirou fundo. A mão dela afundou no travesseiro.
— Você me ama, Miguel?
— Eu te amo mais que tudo.
Ela se virou de novo, com os olhos mais escuros. Mordeu o canto da boca. A mão foi até o meu peito, depois deslizou pro abdômen. Lenta.
— Tá bom… mas tem que ser com proteção. Com camisinha. — ela disse, firme.
Eu travei.
— Ah, não… cê tá de sacanagem.
— Tô falando sério. Sem camisinha, sem chance.
Fiquei olhando pra ela, indignado. Boca entreaberta, testa franzida. Como se ela tivesse acabado de me chamar de irmão na hora do beijo.
— Manu… depois de tudo isso? Depois de me fazer gozar no teu colo, de me deixar esfregar a cabeça até quase entrar… agora cê vem falar de camisinha?
— Exatamente por isso.
— Puta que pariu. É tipo chupar bala com o papel. — soltei, impaciente. — Você sabe disso. Não é a mesma coisa. É plástico. Atrito. Atrito frio.
Ela cruzou os braços. Me encarou.
— Escolhe: ou plástico… ou nada.
Tive que respirar. Fechar os olhos. Contar atéDez.
O corpo dela ali, entregue, me implorando sem dizer. E eu batendo boca por causa de uma merda de embalagem.
— Tá bom. Mas cê que coloca.
Ela riu.
— Safado.
— Precavido. Se eu colocar, vou gozar só com o toque.
— Onde cê guarda?
A voz dela veio mais baixa. Menos rígida. Como quem já sabia a resposta, só queria ver a rendição completa.
— No… no criado-mudo. Gaveta de cima. Aí do seu lado.
Ela se virou sem pressa, levantou da cama com aquela naturalidade que me deixava idiota — como se andar nua na minha frente fosse tão comum quanto beber água. A pele dela ainda quente do atrito. A bunda marcada pelos meus dedos.
Ouvi a gaveta abrir. Um leve estalo de plástico.
Quando virei o rosto de volta, ela já tava de joelhos entre minhas pernas, segurando o pacotinho com dois dedos. Um sorriso torto no canto da boca. Tipo predadora. Tipo agora quem manda sou eu.
— Nervoso?
— Só um pouco.
Ela aproximou a boca da embalagem, mordeu a ponta com os dentes, rasgou o plástico devagar — sem perder o contato visual.
— Relaxa, Miguel… — murmurou. — É só a borda da pizza.
A porra do coração quase me saiu pela garganta. Ela pegou meu pau com calma, fez carinho com os dedos, como quem agradece um brinquedo novo. Me olhava como se tivesse prestes a me ensinar uma lição.
— Deita. Fica quietinho.
Obedeci na hora.
Ela segurava a camisinha entre os lábios com a precisão de quem já tinha feito aquilo muitas vezes. Sem pressa. Sem hesitar. A boca deslizou pela extensão do meu pau como se estivesse desenrolando um presente — só que o presente era ela, e o controle também.
Fiquei ali, travado, olhando. Tesão e ciúme colidindo no estômago.
Quantos caras já viram essa cena? Quantos ela já deixou assim — duro, vulnerável, quieto?
Engoli seco.
Queria perguntar. Queria não pensar nisso.
Mas a verdade é que, naquele instante, tudo que importava era que ela tava ali. Só minha. De joelhos. Me preparando pra entrar num lugar onde ninguém mais tinha entrado — não do jeito que eu ia entrar.
Ela terminou de desenrolar o látex com um beijo demorado na ponta, como quem sela um pacto.
— Pronto. — disse, com a boca ainda perto demais, calor demais, olhar fundo demais. — Agora é com você.
Então escorregou pro lado e se deitou com o corpo entregue e os olhos em mim.
— Começa por cima. — disse como quem dá permissão, não um pedido.
Eu me movi. Devagar. Me posicionando entre suas pernas como já tinha feito tantas vezes antes — nas madrugadas em que me esfregava nela até gozar em silêncio. Mas agora era diferente. Não tinha pano entre nós. Não tinha mais desculpa, nem fingimento, nem volta.
Só pele, calor e verdade.
Acertei a posição com a cabeça do pau. Mas hesitei. Não era tão simples quanto parecia. Mesmo molhada, mesmo aberta, havia uma resistência sutil — física, simbólica, visceral.
Ela percebeu.
Sem drama, sem riso, apenas firmeza, segurou meu pau com uma das mãos. Olhou nos meus olhos. E antes de me guiar pra dentro, perguntou:
— Você tá preparado pro que vai acontecer agora?
— Tô. — respondi sem pensar. Instinto.
Mas ela não se deu por satisfeita. Aproximou o rosto, colou a testa na minha, e repetiu, mais baixo:
— Não… é sério. Você tá preparado pras consequências? Pro que vier depois que a gente cruzar essa linha?
Travei por um segundo. Um segundo só.
— Tô sim. — falei, agora olhando fundo. — E seja o que for… a gente enfrenta junto. Como irmãos. Como casal.
O silêncio que veio depois foi mais íntimo do que qualquer gemido. Do que qualquer estocada.
Ela sorriu — não com a boca, mas com o olhar — e nos beijamos com as testas ainda coladas, como quem sela um pacto antes da queda.
E então ela me guiou pra dentro.
Ela me guiou com a mão firme, os dedos fechando em torno da base do meu pau com precisão. A ponta roçou sua entrada — quente, macia, latejando contra o látex esticado. Senti o corpo dela pulsar, abrir, ceder.
Quando entrei, foi como se o mundo ficasse mudo.
O calor me engoliu de um jeito que nem a camisinha conseguiu abafar. Era úmido, apertado, impossível de confundir com qualquer coisa que eu já tivesse sentido. Uma pressão doce, como se o corpo dela me testasse centímetro por centímetro antes de me aceitar.
Ela fechou os olhos. As sobrancelhas arquearam no exato instante em que a cabeça do meu pau passou por completo. E eu vi. Vi o jeito que a respiração dela falhou, o queixo tremendo quase imperceptível, o ventre encolhendo num espasmo involuntário.
Feições de prazer, mas com fundo de choque. Como se o corpo dela dissesse: é real agora.
— Caralho, Manu… — sussurrei, com a voz rouca, engolindo o próprio fôlego.
Ela mordeu o lábio inferior, as pernas instintivamente se fechando em torno da minha cintura, me puxando mais fundo.
— Devagar… — ela gemeu, quase sem som.
Mais um avanço, e ela cravou as unhas nos meus ombros. Não de dor, mas de impacto. O olhar dela subiu até o meu, e ali estava: uma mistura crua de rendição e incredulidade.
— Você… — ela murmurou, como se estivesse tentando entender o que estava sentindo. — Você tá me abrindo de um jeito que…
Enterrei mais um pouco. Sentia cada dobra, cada pulsação interna dela me envolver.
Meu quadril encontrou o dela. Fim de linha. Eu estava inteiro dentro.
Ela arfou. O rosto virou pro lado. Depois voltou. Me encarou.
— Você tá me preenchendo inteira… — disse entre dentes.
Comecei a me mover, lento, sentindo tudo — o aperto, o calor, o desespero contido nas contrações involuntárias do corpo dela.
Ela puxou minha nuca e colou a boca no meu ouvido.
— Assim… — sussurrou. — Você tá metendo tão gostoso…
A cada estocada, o rosto dela mudava. Pequenas microexpressões que iam do prazer puro ao susto instintivo. Um olho fechando mais do que o outro. Um suspiro preso entre os dentes. Uma contração no canto da boca que deixava ela ainda mais linda, mais entregue, mais real.
Eu tava dentro. Literalmente. E não só do corpo dela — mas do espaço onde todas as máscaras caem.
— Você é perfeito assim… — ela deixou escapar, a voz falhando no meio da frase.
— Você também… — respondi, arfando. — Você é gostosa demais. Maravilhosa.
Ela soltou um riso curto, quase chorado.
Nossos corpos se chocavam com um ritmo úmido, cadenciado, tenso. A fricção era quase dolorosa de tão boa. E cada vez que eu saía um pouco e voltava, ela arqueava mais, pedia mais. Os olhos dela diziam o que a boca não conseguia mais articular.
E eu pensei: é aqui. É agora. A gente já foi longe demais pra voltar.
O tempo tinha parado. E tudo que existia era o calor dela me sugando, e minha vontade de nunca mais sair dali.
O ritmo veio como se já estivesse escrito nos nossos corpos desde sempre.
No começo, hesitante — o atrito ainda sensível, nossos quadris se buscando com cautela. Mas bastou algumas estocadas firmes e o corpo dela respondeu: o quadril girou contra o meu, o ventre subiu, a boca se abriu num suspiro que não era mais de adaptação. Era fome.
Fome minha.
Ela cravou os calcanhares nas minhas costas, puxando, forçando.
— Isso… assim… — gemeu entre dentes. — Enfia… do jeito que você tá fazendo…
Cada palavra saía espremida, misturada com o som molhado das nossas peles se chocando.
O barulho era indecente. E viciante.
Meu quadril encontrou o ângulo certo e ela arqueou com um tranco. O pescoço se esticou, a garganta exposta, o peito arfando.
— Fica aí… — ela sussurrou, quase sem conseguir falar. — Bem aí… você me… você me deixa louca…
Afundei o rosto no pescoço dela, inalei seu cheiro — o suor começando a escorrer pelas têmporas, o perfume misturado ao calor da pele. Cheirava a tesão. A proibição molhada. A desejo armazenado por anos.
— Você é tão… tão apertada, Manu… — minha voz saiu grave, quase animal. — Parece que seu corpo me conhece por dentro…
Ela riu baixo, debochada, sem ar.
— Meu corpo quer você desde sempre, idiota… — e me beijou. Com a boca faminta, a língua quente, o beijo entrecortado por gemidos que a própria respiração dela não conseguia mais controlar.
A fricção aumentava. Eu escorregava dentro dela com facilidade agora, cada investida mais funda, mais intensa. A cada entrada, ela recebia com o quadril subindo pra mim — oferecida, guiando, gemendo baixinho com a boca entreaberta.
— Você é perfeito… — ela sussurrou, as unhas riscando minhas costas. — Tão gostoso… me come desse jeito, Miguel… do jeito que só você consegue…
— Só você me deixa assim… — murmurei contra sua boca. — Porra, Manu… olha pra mim…
Ela abriu os olhos. Olhos vidrados, quase marejados. Um olhar que misturava luxúria com uma entrega que ela nunca teria admitido em voz alta. Mas eu via. Sentia.
— Eu tô vendo tudo que você sente — eu disse, arfando. — Tá na tua cara… no teu jeito de me apertar…
Ela gemeu mais alto quando enfiei mais forte, mais fundo.
— Você me preenche inteira, Miguel… até a alma…
A gente se encaixou. Corpo e ritmo. Um ritual de peles, calor, gemidos roucos, palavras entrecortadas e olhares que diziam mais do que qualquer frase decorada.
E naquele quarto, naquele instante, era como se só existisse isso: meu pau enterrado nela, o corpo dela implorando por mais, e nossos nomes escapando como juras sujas de prazer.
Ela me arranhava como se quisesse deixar marcas eternas.
As unhas cravadas nas minhas costas não doíam — incitavam. A cada nova estocada, mais profunda, mais rápida, mais crua, ela me puxava com violência, como se quisesse me rasgar, me fundir nela.
— Enfia essa com força… — ela arfou, voz rouca, perdida. — Me fode direito, Miguel… me fode como se fosse a última vez…
E eu obedeci.
Me apoiei com mais firmeza nos braços, os músculos tremendo de tensão, e meti fundo. Fundo até ouvir o som seco da pele batendo, até ela gritar abafado contra meu pescoço.
— Porra, que pau gostoso… — ela gemeu no meu ouvido, arfando. — Preenche tudo… me alarga… porra, Miguel…
Ela rodava o quadril, querendo mais, querendo tudo. O rosto contraído entre prazer e rendição. E eu ali, cavando fundo como se quisesse morar dentro dela.
— Você nasceu pra me dar essa boceta, né? — rosnei, fora de mim. — Sempre foi minha… desde que eu te vi com aquela porra de shortdoll…
Ela mordeu meu ombro com força. Um grunhido escapou da garganta dela, grave, sujo, como se aquele som só existisse pra mim.
— Sempre foi tua… — ela disse, a voz falhando. — Me usa, Miguel… me arromba, me faz tua…
Aquelas palavras me atravessaram como fogo. A cintura dela se encontrando com a minha num ritmo desesperado, como se estivéssemos correndo contra o tempo. Como se soubéssemos que aquilo era proibido, errado, mas mesmo assim… inevitável.
— Que boceta do caralho… — murmurei, enterrando mais fundo. — Você me aperta como se nunca tivesse entrado ninguém…
Ela gemeu alto, a boca entreaberta, os olhos fechados. E então veio a quebra: uma estocada certeira, uma resposta do corpo dela — o espasmo, o tremor, o gozo se aproximando. Eu sentia.
— Isso… não para, Miguel… não para, caralho…
Ela arranhava, puxava, gritava baixinho. E eu metia. Ritmo firme, cadência suja. Os corpos suados, colados, o som molhado da nossa junção preenchendo o quarto.
Era brutal. Era íntimo.
Era como se o mundo tivesse desaparecido, e só sobrasse ela, debaixo de mim, dizendo com o corpo que nunca mais queria outro ali dentro.
E eu, socando com raiva, com prazer, com amor distorcido e fome acumulada, pensando que talvez… talvez também nunca mais quisesse sair.
Ela começou a perder o controle. Primeiro, foram os músculos das pernas que tremeram sob minhas mãos. Depois, a respiração — curta, entrecortada, como se estivesse correndo sem sair do lugar.
— M-Miguel… eu… caralho… — a voz dela falhou. As mãos cravaram com mais força minhas costas. As unhas deslizaram até a base da minha coluna, marcando caminhos tortos. — Porra… porra… eu vou gozar…
E então veio.
Um gemido surdo escapou da garganta dela. As pernas se fecharam ao meu redor, me prendendo dentro. O corpo inteiro se arqueou sob mim — o abdômen tenso, os seios ofegantes, o rosto contorcido entre dor e êxtase.
Ela gozou me abraçando com o corpo inteiro.
Se contorcia como se uma onda de eletricidade pulsasse dentro dela. A boceta latejava ao redor do meu pau, apertando, sugando, tremendo. E eu não me mexi. Só fiquei ali, dentro dela, olhando.
Admirando.
Não era só prazer. Era algo que ela vinha guardando há muito tempo. Era raiva, alívio, desejo, entrega. Era tudo o que ela não podia dizer, gritado em silêncio pelo corpo.
Manuela tremia. A boca entreaberta. Os olhos fechados. As mãos agora relaxadas, escorrendo dos meus ombros.
E eu não conseguia parar de olhar.
Fiquei parado. Duro. Enterrado até o fundo nela. Sentindo os espasmos finais do orgasmo que ela ainda tentava controlar sem sucesso.
Quando os olhos dela se abriram, estavam úmidos, desfocados, mas com um brilho doce, quase infantil, de quem acabou de viver algo que nem sabia que desejava tanto.
— Foi tão bom assim? — perguntei, sem conseguir conter o tom surpreso.
Ela sorriu. Um sorriso tímido, desconcertado, que destoava completamente do furacão de prazer que acabara de ser.
— Muito melhor… — disse ela, com um fio de voz.
— Que bom.
Ela ficou um tempo em silêncio, me olhando. Depois baixou os olhos pro meu corpo, ainda dentro dela, ainda duro, ainda faminto.
— E você? Não gozou?
Balancei a cabeça.
— Não.
Ela mordeu o lábio, um brilho malicioso surgindo atrás da doçura momentânea.
— Então deita aqui — disse, batendo no colchão ao lado — que agora… eu vou cuidar de você.
Ela se levantou devagar, ainda ofegante, com os músculos das coxas tremendo do orgasmo. Me olhou de cima, o cabelo colado no rosto suado, os olhos escuros cravados nos meus como se já tivesse decidido o que viria a seguir.
Sem pressa, deslizou os dedos pelo próprio ventre, desceu até a virilha, passou pela camisinha ainda esticada em mim, e deu um sorriso.
— Agora é minha vez de brincar.
Subiu no colchão como uma gata faminta. Montou sobre meu quadril com naturalidade, como se aquele lugar já fosse dela fazia tempo.
— Fica quietinho, Miguel… — sussurrou com a boca próxima da minha — …porque agora você vai gozar do meu jeito.
E quando encaixou o quadril, roçando só a entrada, quente, úmida, provocante — o mundo pareceu parar.
CONTINUA...
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