Com Você Descobri o Amor-16

Um conto erótico de AYOON
Categoria: Gay
Contém 1447 palavras
Data: 26/08/2025 18:15:00

Elijah engoliu em seco, sentindo o coração bater acelerado. A proximidade inesperada o deixava confuso: medo, calor, e uma sensação nova de conforto se misturavam, e ele não sabia direito como reagir. Tudo que podia fazer era permanecer imóvel, respirando devagar, enquanto o braço de Edgar continuava a envolvê-lo, oferecendo, sem palavras, uma proteção silenciosa que Elijah jamais havia sentido antes.

O tempo parecia se estender naquela manhã, cada segundo carregado de tensão e curiosidade, enquanto Edgar continuava a dormir profundamente, alheio ao efeito que sua presença exercia sobre o garoto ao seu lado.

Depois de alguns minutos, Edgar começou a se mover lentamente, ainda preso entre o sono e a consciência. Seus olhos semicerrados focaram em Elijah, que permanecia imóvel, o rosto corado e os olhos desviados, tentando não encarar o homem que ainda segurava seu corpo.

— Elijah… — murmurou Edgar, com a voz rouca pelo sono, sem perceber que apertava ainda mais o garoto contra si. — Você está bem?

O som da voz fez Elijah estremecer, sentindo o calor entre eles se intensificar.

Ele balançou a cabeça levemente, ainda sem conseguir falar. Cada palavra parecia um desafio, cada gesto, um teste silencioso de coragem.

Edgar, percebendo o estado do garoto, finalmente se afastou apenas o suficiente para olhar seu rosto.

Ele notou a palidez, o leve rubor, e sentiu um aperto no peito. A febre, os dias de isolamento… tudo isso pesava sobre Elijah de uma forma que Edgar não podia ignorar.

— Eu… — começou Edgar, tentando achar as palavras certas, a mão ainda pairando perto do garoto, como se quisesse confortá-lo sem invadir seu espaço. — Eu deveria ter cuidado melhor…

Elijah baixou os olhos, sentindo uma mistura de vergonha e confusão. A proximidade, o toque, o cheiro de Edgar, tudo aquilo despertava sentimentos que ele ainda não entendia. Mas de alguma forma, sentia-se seguro, protegido, mesmo com o coração batendo acelerado.

Edgar suspirou e finalmente se levantou, puxando suavemente o braço de Elijah para ajudá-lo a sentar-se. — Levanta devagar, precisamos cuidar de você… comer algo, tomar remédio se precisar. — Sua voz era firme, mas carregava um cuidado genuíno que Elijah nunca havia sentido.

O garoto fez um esforço para se mover, sentindo cada músculo ainda tenso, cada batida acelerada do coração. Olhou para Edgar e, mesmo sem palavras, houve uma compreensão silenciosa entre eles: apesar do medo e da confusão, havia confiança. E naquela manhã, por mais estranha e intensa que fosse, Elijah percebeu que não estava mais sozinho.

Edgar levantou-se da cama sem notar a própria ereção, o corpo ainda pesado do sono, mas a mente em chamas com a presença de Elijah. Ele não queria mais fingir; não iria mais se afastar. Cada pensamento girava em torno do garoto corado, cada lembrança do toque e da proximidade ainda queimava por dentro.

Vendo Elijah corado e retraído, Edgar pigarreou desconcertado, tentando recompor-se.

— Tome um banho e venha tomar café… — disse, a voz baixa, mas firme, carregando um calor contido que Elijah sentiu imediatamente. — O dia está quente, vou te levar a um lugar.

Elijah fez uma leve inclinação com a cabeça, sem conseguir esconder a mistura de nervosismo e expectativa. Cada palavra de Edgar parecia pesar no ar, fazendo seu coração acelerar de uma forma que ele ainda não sabia nomear.

No café da manhã, a proximidade entre eles tornou-se inevitável. Edgar serviu a mesa, colocando a comida com cuidado, mas sem conseguir tirar os olhos do garoto, que ainda tremia levemente ao se sentar em frente a ele. Cada movimento de Elijah, cada gesto inocente ao cortar o pão ou mexer na xícara, parecia incendiar Edgar por dentro.

Elijah, por sua vez, sentia o calor subir às faces a cada olhar de Edgar, percebendo o cheiro do homem misturado ao aroma do café fresco. Era embaraçoso, desconcertante, mas de algum modo excitante — o toque sutil da mão de Edgar ao passar perto de seu braço, o ranger leve da cadeira quando Edgar se aproximava para servir um pouco de leite em sua xícara.

— Devagar, respira… — murmurou Edgar de forma quase imperceptível, como se notasse o nervosismo do garoto e quisesse acalmá-lo, sem perceber o efeito que tinha. Elijah desviou o olhar, mordendo o lábio inferior, sentindo o corpo formigar debaixo da camisa, o coração acelerado e a mente confusa com os sentimentos que surgiam sem controle.

A cada momento, a tensão aumentava, mas não havia pressa, apenas a delicadeza de um cuidado quase obsessivo, e o calor de dois corpos tão próximos que a respiração se misturava, tornando cada gesto carregado de uma eletricidade silenciosa

Elijah, ainda tímido, pegou a xícara com as duas mãos, sentindo o calor do café aquecer seus dedos. Cada gesto parecia mais lento, mais consciente, como se Edgar estivesse ali apenas para observar cada movimento seu. Edgar, por sua vez, não conseguia disfarçar o fascínio — cada pequeno tremor do garoto, cada suspiro contido, fazia seu coração disparar e sua respiração ficar mais pesada.

— Quer mais pão? — perguntou Edgar, a voz firme, mas baixa, carregada de um toque quase possessivo.

Elijah balançou a cabeça timidamente, desviando o olhar, mas não conseguiu deixar de perceber que Edgar se inclinava levemente para alcançar a cesta, a proximidade tornando o simples gesto perigoso para sua mente confusa.

Enquanto Elijah cortava mais um pedaço de pão, Edgar sentiu o cheiro doce do garoto misturar-se ao aroma do café e da manteiga derretida, um contraste que o deixou inquieto. Por um instante, ele esqueceu do mundo lá fora, das armadilhas, da segurança — tudo o que importava era aquele momento, aquela presença delicada diante dele.

— Está quente… — murmurou Elijah sem querer, ao levar o café à boca, sentindo a língua queimar levemente. Edgar arqueou uma sobrancelha, quase sorrindo por dentro, observando a reação do garoto. Cada detalhe pequeno parecia intenso demais, carregado de uma tensão quase elétrica.

Elijah, tentando recuperar a compostura, colocou a xícara na mesa, mas ao encarar Edgar, encontrou seus olhos fixos, atentos, avaliando cada expressão, cada gesto. A sensação de ser visto assim, tão intensamente, fez o garoto corar de novo, o corpo tenso, a mente girando.

Edgar, sentindo-se cada vez mais queimando por dentro, inclinou-se ligeiramente, como se quisesse proteger o garoto e ao mesmo tempo dominá-lo com o olhar.

— Respira devagar, Elijah… — disse, a voz baixa, quase um sussurro, e o simples ato de ouvir aquilo, tão próximo, fez o coração do garoto bater mais rápido.

O café da manhã se tornou, assim, um jogo silencioso de olhares, respirações e pequenas proximidades. Nenhum toque direto, mas cada gesto carregava uma tensão quase impossível de ignorar, transformando o momento cotidiano em algo delicadamente intenso e íntimo.

Após o café, Edgar parecia inquieto. Andava para lá e para cá, mexendo em papéis e pequenas coisas espalhadas pela sala, como se a ansiedade tornasse impossível permanecer parado. Elijah, sentado no sofá, apenas observava calado, com o coração acelerado ao notar cada gesto do homem à sua frente.

— Pronto! — a voz de Edgar soou alta e potente, fazendo Elijah saltar levemente. — Elijah, pegue uma mochila e alguma muda de roupa para calor e frio.

Elijah, preocupado, respondeu acuado:

— Vamos fugir de novo?

Edgar parou por um instante e olhou para ele, seus olhos sérios, mas carregados de algo mais suave, quase um afeto difícil de esconder.

— Não, não é isso — disse, inclinando-se ligeiramente em direção ao garoto, a voz baixa e firme. — Vamos apenas… passear. Quero te levar a uma cachoeira que conheço. É longe, mas segura. Um lugar para você aproveitar o dia, respirar ar fresco… e se sentir livre, mesmo que só por algumas horas.

Elijah engoliu em seco, sentindo o misto de alívio e ansiedade percorrer seu corpo. Ainda assim, confiava na presença de Edgar, mesmo sem entender completamente as intenções por trás de tanta determinação e cuidado.

— Então… devo levar alguma coisa além da mochila? — perguntou, tentando parecer corajoso, mas a mão tremendo levemente.

Edgar sorriu, um toque raro de leveza em seu rosto habitual de intensidade.

— Apenas o que te fizer sentir confortável. Eu cuido do resto.

Elijah, mesmo nervoso, começou a arrumar a mochila, colocando roupas leves, um casaco para frio, e alguns itens essenciais que Edgar indicava. Cada movimento seu era observado atentamente, e Edgar sentiu novamente aquela sensação de calor que o deixava inquieto, como se tudo ao redor desaparecesse e sobrassem apenas os dois naquele momento silencioso, mas carregado de tensão e expectativa.

— Pronto, então? — perguntou Edgar, finalmente pegando a mochila de Elijah. — Vamos para a cachoeira.

Elijah assentiu, um pouco hesitante, mas sentindo a segurança que só Edgar parecia capaz de oferecer. A aventura, mesmo simples e inocente, carregava um misto de excitação e cuidado que ambos sentiam de maneiras diferentes, mas profundamente conectadas.

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