Lucas e os irmãos IV

Um conto erótico de Lucas o irmãozinho
Categoria: Gay
Contém 1023 palavras
Data: 21/08/2025 11:11:11

Demorei mais apareci com mais uma parte dessa história! Bora pro conto:

Lucas sentia seu coração apertado toda vez que pensava em Rafael. O seu irmão do meio, sempre tão presente, tão cuidadoso, agora era também o centro de um desejo confuso e proibido que ele não conseguia afastar. Era como se uma parte dele estivesse em guerra: de um lado, o amor fraternal que sempre sentiu; do outro, uma atração intensa que vinha acompanhada de culpa, vergonha e medo.

Ele se lembrava das noites em que, quando criança, Rafael o abraçava forte para que ele se sentisse seguro. Agora, aquele abraço parecia carregar um significado diferente, que Lucas não sabia decifrar, e isso o deixava ainda mais perdido. “Por que eu sinto isso?”, ele se perguntava, tentando se convencer de que era apenas uma fase, uma confusão passageira da cabeça.

Mas o desejo não passava. Estava ali, latente, cada vez mais difícil de ignorar. E junto com ele vinha a culpa — uma culpa sufocante, que fazia Lucas se sentir sujo, errado, como se estivesse traindo algo sagrado. Ele sabia que a sociedade, a família, o mundo não aceitariam aquilo. E ele mesmo não sabia se conseguiria aceitar.

Nesse turbilhão de emoções, Lucas encontrou um pouco de conforto numa conversa que ele precisava ter com Marcos, seu irmão mais velho . Marcos, que sempre fora um pouco mais reservado, havia ficado em silêncio desde o jantar em que Lucas, pela primeira vez, revelou que era gay. Lucas sentia falta da voz de Marcos, de uma resposta que mostrasse que eles estavam juntos.

Numa tarde chuvosa, eles se sentaram lado a lado no sofá da sala. O som da chuva preenchia o silêncio entre eles, até que Marcos finalmente quebrou o gelo.

— Lucas... — começou ele, com a voz mais trêmula do que o normal —, eu quero pedir desculpas por ter ficado em silêncio naquele jantar. Eu sei que você esperava uma reação diferente, alguma palavra de apoio, e eu não consegui falar nada.

Lucas olhou para o irmão, sentindo o peso da sinceridade naquela confissão.

— Eu... Eu não soube o que dizer — continuou Marcos, com um suspiro profundo —. Foi tudo muito rápido, e, pra ser honesto, eu me senti meio perdido. Naquele momento, eu só conseguia pensar no que poderia acontecer com você. No que o mundo pode fazer com quem é diferente. E eu fiquei com medo, Lucas. Medo do que você pode sofrer.

A voz de Marcos falhou, e ele desviou o olhar por um instante, como se estivesse lutando para controlar as emoções.

— Mas uma coisa eu sei, e quero que você saiba também — ele olhou firme nos olhos de Lucas —: eu te amo, irmão. Não importa o que aconteça, eu vou estar aqui pra você. Eu vou cuidar de você. E quero que saiba que você também pode cuidar de mim. A gente é irmão, e isso nunca vai mudar.

Lucas sentiu uma lágrima escorrer pelo rosto. A dor, o medo, a culpa, tudo parecia se misturar naquele abraço que Marcos lhe ofereceu em seguida. Eles se envolveram num abraço apertado, que dizia mais do que mil palavras. Era um abraço de aceitação, de proteção, de amor incondicional.

— Obrigado, Marcos — sussurrou Lucas, com a voz embargada —. Eu precisava ouvir isso. Eu precisava saber que não estou sozinho.

Marcos apertou o irmão com mais força, como se quisesse transmitir toda a segurança que sentia.

— Nunca vai estar, Lucas. Nunca.

Mas, mesmo com esse apoio, o dilema com Rafael continuava a rondar a cabeça de Lucas, como uma sombra que não se afastava. Ele sentia que precisava entender o que estava acontecendo dentro dele, precisava encontrar uma forma de lidar com esses sentimentos que o consumiam.

Numa noite calma, quando a casa já estava silenciosa, Lucas e Rafael estavam no quarto assistindo a um filme. A luz suave da televisão iluminava os rostos deles, e o silêncio entre as cenas parecia carregar uma tensão que Lucas não sabia explicar.

Ele percebeu que estava olhando para Rafael de um jeito diferente daquela noite. O sorriso do irmão, o jeito como ele ajeitava o cabelo, o tom da voz quando comentava alguma coisa no filme — tudo parecia magnetizar Lucas de uma forma que ele não conseguia controlar.

Rafael parecia perceber algo diferente no olhar do irmão. Num momento, ele se virou e encostou o braço no de Lucas, num gesto simples, mas que fez o coração dele disparar.

— Tá tudo bem, Lucas? — Rafael perguntou baixinho, com a voz suave —. Você sabe que pode falar comigo, né? Pode confiar em mim.

Lucas sentiu a garganta apertar. Aquele gesto, aquela preocupação, era ao mesmo tempo um bálsamo e um tormento. Ele queria dizer tudo, confessar o que sentia, mas o medo e a culpa o calavam.

— Eu... — Lucas tentou começar, mas as palavras ficaram presas na garganta.

Rafael sorriu, com um olhar cheio de ternura, e segurou a mão do irmão por um instante.

— Eu tô aqui, sempre — disse ele, como se quisesse que Lucas entendesse que não precisava ter medo.

Aquele toque, aquela proximidade, mexeram com Lucas de uma forma que ele não conseguia explicar. Era como se, naquele momento, todo o dilema que ele carregava pudesse ser suavizado, como se o amor entre eles pudesse ser mais forte que a culpa.

Mas Lucas sabia que aquele sentimento ainda era um segredo perigoso, uma linha tênue que ele precisava aprender a atravessar com cuidado.

Nos dias seguintes, ele começou a perceber pequenos gestos de Rafael que antes não notava. Um olhar mais demorado, um sorriso que parecia esconder algo, uma preocupação silenciosa. E, aos poucos, Lucas sentiu que não estava mais sozinho naquele sentimento confuso.

Ele ainda lutava contra a culpa, contra o medo do que poderia acontecer se alguém soubesse. Mas agora, com o apoio de Marcos e a presença silenciosa de Rafael, Lucas sentia que talvez pudesse encontrar um caminho para lidar com tudo isso — sem se perder, sem se odiar.

E, no fundo do peito, ele sabia que o amor, em suas formas mais inesperadas, poderia ser a força que o ajudaria a seguir em frente.

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Comentários

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Muito bom mas muito curto tb… Pode aumentar mais o texto? Continua!!!

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MAIS CULPAS, MAIS DESEJOS. QUANTO MAIOR O DESEJO MAIOR A CULPA, QUANTO MAIOR A CULPA MAIS O DESEJO AUMENTA. ISSO PRECISA SER RESOLVIDO ENTRE ESSES TRÊS.

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Marcus e Rafael irão fuder gostoso o luquinhas?

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Rafael tb está confuso com relação ao desejo sexual pelo lucas?

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