PAQUERA NO CONSULTÓRIO

Um conto erótico de Carlos Contista
Categoria: Heterossexual
Contém 4801 palavras
Data: 21/08/2025 11:09:22
Última revisão: 21/08/2025 11:17:14

Depois de uma certa idade avançada, nos acostumamos a ser chamados de tio, vô e outros estereótipos que os jovens usam para nos classificar. No início, é ruim; depois, como em tudo, vamos nos acostumando com a visão deles, mesmo discordando. Com o passar do tempo, passamos a achar que eles tem razão. Por isso, quando o oposto acontece, nos surpreendemos. Hoje, fui a um psiquiatra, pela primeira vez. A pequena sala de espera da clínica estava cheia e tive que ficar em pé até o médico chamar a primeira paciente. Sentei na cadeira ao lado da recepcionista, Rochele, uma mulher charmosa e madura, talvez uns 45 anos, sorridente. Do outro lado da sala, quatro mulheres: uma morena de corpo cheinho – para não dizer gordinha – uma loira com cara de colona e uma idosa com uma filha ou nora, essa a única mulher que merecia menção de beleza. Sem ter o que fazer com os olhos e com as mãos, sorri para a recepcionista que me devolveu o sorriso, e dirigi meu olhar a um belo painel fotográfico da cidade no outro lado da recepção. Ao cruzar com o rosto da acompanhante da idosa, pareceu-me que ela me encarava. Examinei o painel, de longe, e, ao retornar minha visão pela sala, cruzei novamente com os olhos dela, agora me encarando, seguramente. Segurei o olhar por alguns segundos – belos olhos, os dela – e segui o giro da cabeça até chegar à recepcionista. É incomum uma bela mulher de uns 40 anos fixar seu olhar num idoso estranho; eu não acreditava que estivesse acontecendo, e comigo! Checando num terceiro momento, fui de novo até o painel fotográfico e encontrei o olhar da loira e, dessa vez, fixei meu rosto em posição e nossos olhos ficaram “namorando” fixamente por longos 6 ou 7 segundos ... inclinei levemente minha cabeça e ... meu coração deu um salto! Sorrimos ... e ela foi chamada pelo médico. O sorriso amarelou, em ambos os rostos. Ela entrou no consultório, passou bem na minha frente mostrando seu corpo bem desenhado dentro de uma calça jeans justíssima.

Pensei: quando sair, vou falar com ela, perguntar qualquer coisa, se o médico é legal ... e pedir o telefone dela, perguntar se posso ligar, que horário, enfim, mil planos. Sorria sozinho, por dentro, pela atenção que havia recebido daquela mulher e de seus olhos claros: estou bem vivo, pensei, quando já havia quase desistido da vida!

Ela saiu do consultório e entrou no toalete. Esperava falar com ela na sequência, mas o médico me chamou. Frustração! Perdi minha chance de tirar a prova da sedução e de saber até onde essa cabeça grisalha pode chamar atenção e atrair mulheres bonitas!

O médico me atendeu, pediu exames e quer me ver em 15 dias. Na saída, conversei com a Rochele e pedi que ela agendasse a revisão para 15 dias.

- O Dr. Sérgio está marcando todas as revisões de hoje para 15 dias; depois, ele viaja, informou a recepcionista.

Exames realizados, na data marcada fui para revisão com o Psiquiatra. Na sala de espera, adivinha quem entra pela porta? A bela loura misteriosa, a nora da idosa de dias atrás, aproxima-se da recepção e sorri para mim, com todos os dentes à mostra. Recepção cheia, novamente, cedi meu lugar para ela sentar.

- Por favor, não é necessário, disse ela, fique sentado!

- Faço questão, minha jovem, daqui há pouco vaga outra cadeira e eu sento.

- Obrigado pela “jovem” ... muita gentileza sua ... senhor ...

- Carlos, somente Carlos ...

- Muito prazer, Carlos, sou a Lisete.

Nisso, o médico chama a mulher que estava sentada ao lado da Lisete e eu, que não sou bobo, ocupo essas cadeira. Aí, foi foda. Fui direto ao assunto e combinamos aguardar as duas consultas e ir tomar um café no shopping ali próximo. Ainda bem que fomos rápidos ao marcar esse encontro porque a mulher que entrou só foi buscar uma receita e já estava saindo: o médico me chamou.

Quando saí da consulta, não pude sentar ao lado da Lisete para continuar a conversa; a única cadeira vaga estava no outro lado da sala. Mesmo de má vontade, fui sentar lá. Nossos olhos repetiram o “namoro” do primeiro dia, agora por longos instantes e breves sorrisos. O médico chamou a mulher que estava ao lado da Lisete e troquei de lugar. Conversamos alguns minutos, ambos mostramos para o outro, “casualmente”, nossas alianças de casamento, ao esfregar uma coceira inexistente no pescoço, ou próxima ao rosto, ajeitar uma mecha teimosa de cabelo que saía do lugar, mostrando caminho livre para continuar conversando e para qualquer tipo de investida. O médico a chamou, ela pegou minha mão e perguntou:

- Você vai me esperar?

- É o que mais quero, respondi, sorrindo.

Ela sorriu e entrou no consultório.

Quando ela saiu, levantei e abri a porta para ela que, parece, não estava acostumada com nenhum tipo de cortesia ou ato de cavalheirismo. Chamei o elevador, descemos e fomos tomar nosso café no Cafezal.

Lisete é casada há 12 anos com o Lauro, médico ginecologista e obstetra dedicado às suas pacientes 24 horas por dia, negligenciando completamente sua mulher ... é um crime! Uma linda mulher, exuberante e delicada, deixada de lado pelo marido por “motivos profissionais”. E essa motivação não era traição, o motivo mais comum para a falta de interesse e as separações de casais, era pura dedicação aos preceitos da Medicina e à grande quantidade de pacientes no consultório e nos hospitais – atendia em 3. Essa dedicação toda à Medicina torna sua esposa uma pessoa solitária e carente a ponto de sorrir para um desconhecido apenas por imaginá-lo confiável ... Eu sou, mas poderia não ser!

Nosso café foi agradável e durou cerca de uma hora: falamos de filhos, que ela não tinha, de trabalho, ela era gerente de um banco que logo iria acabar com a maioria das agências, e de viagens, que no início da carreira do Lauro eram frequentes. Agora, só ia de casa para o banco e do banco para casa. Veraneava sozinha em Xangri-lá porque o Lauro só ia aos fins de semana, quando ia. Cabeleireiro, manicure, compras, presentes e ... bebidas, ela achava que era isso que sobrava para sua vida.

Fomos fazer compras juntos no mercado do shopping, passeamos por todos os corredores sem parar de conversar e, ao final, ela pagou a conta: cada um comprou uma garrafa de espumante moscatel que estava em promoção. Nos despedimos e prometemos fazer novas compras juntos no final do mês. Trocamos os números de telefone, combinamos horários e manteremos segredos para nossos pares. Ganhei um beijo no rosto, em troca do abraço apertado que dei. Endureceu ...

Passados dois dias, Lisete me liga convidando para outro café, no centro. Propus no shopping Guaíba, ela topou e lá fomos nós para mais uma rodada de conversa.

De longe, avistei ela, de vestido estampado, longo e decotado, de alças.

- Carlos, que bom que vieste, e voltou a me beijar no rosto!

- Como faltaria, Lisete, a um encontro com uma mulher tão bonita e extraordinária como tu?

- Deixa de ser bajulador ... exagerado! Achas que não tenho espelho em casa? De corpo inteiro, no meu quarto e o que ele me mostra não é isso tudo que falas.

- Ah, querida, estás te menosprezando. Acho que precisas de óculos. És linda e só teu marido, mesmo, para não ver o que o resto do mundo percebe, e o que vejo agora, na minha frente: uma mulher completa, charmosa e atraente em carne e osso e ao vivo! Não acredito que aches que teu corpo não mereça admiração; acabaste de encontrar um admirador: eu!

- Tá bem, querido, me venceste no cansaço, vou acreditar no que estás dizendo, embora ainda ache que estás exagerando.

Eu tinha encontrado um sentido novo para minha velha existência: havia anos não me sentia tão jovem, tão disposto a realizar, a empreender, e decidi empreender uma viagem até o prazer e o objetivo já estava escolhido. Estava bem na minha frente

Procuramos uma mesa no café e fizemos nossos pedidos: chá de rosas e torta de maçã para ela e um expresso puro duplo para mim. E ficamos jogando conversa fora, sem compromisso.

Lisete reclamou que o Lauro não a procurava mais para namorar, como fazia nos tempos de namoro, noivado e nos primeiros anos de casamento. Agora, só a procurava para trepar e ela se sentia mais um “buraco de pia” do que parceira dele.

- É como nos tempos antigos, disse ela, em que a mulher era forçada a se preparar para “abrir as pernas e atender as necessidades do marido!”, como se eu não pudesse escolher o momento e não tivesse direito ao prazer dividido, concomitante, junto com ele, parceiro de tantos anos.

- Entendo sua reclamação. E o que ele diz sobre isso?

- Ele sempre pede desculpas, diz que está sobrecarregado, estressado com as pacientes e que, na próxima vez será diferente, será mais carinhoso ... só que essa próxima vez não chega nunca, reclamou, chorosa!

- Entendi tua queixa. Tu mereces mais atenção do que ele dá, mais carinho, mais aconchego do que tens e o Lauro é o próprio responsável por isso ...

- Isso, Carlos! Entendeste perfeitamente meu ponto, minha diferença com o Lauro: falta de atenção, de participação dele na minha vida. Fica uma lacuna no meu dia que ele não preenche.

- É por isso que estamos tomando esse café, hoje?

- Além de carinhoso e ligado na vida, és inteligente. Se o Lauro me completasse, como nos primeiros anos de nosso casamento, não estaríamos aqui conversando como bons amigos, com o nosso tempo à disposição do outro.

- Querida, não te ilude com soluções fáceis. Ambos somos casados, cada um com seu parceiro diferente, e não dispomos da vida a nosso bel prazer; temos nossos limites, a sociedade nos impõe, falei.

Na verdade, queria que o andamento das conversas fosse diferente. Mas ...

- Somos amigos, Carlos, e podemos nos amparar no outro para reduzir as dores de uma relação que não está se desenvolvendo bem, que poderia ser muito melhor, não podemos?

- Claro, Lis, conta com meu colo para afogar tuas mágoas e mazelas da vida de casada. Sou todo teu para ajudar a diminuir tua dor e tuas frustações no casamento.

Os olhos da loura marejaram e ela espichou os braços em minha direção, as mãos espalmadas sobre a mesa do café ... tomei suas mãos com as minhas e, olhando fixamente para seus olhos, disse:

- És uma pessoa sensível, amorosa e carente de atenção ... é fácil amar uma mulher como tu!

Ela me olha, assustada, ainda com as mãos presas nas minhas, lágrimas rolando e me pergunta:

- Então, porque meu marido não me ama? Porque ele não me valoriza mais?

- Acho que ele te ama, sim ... apenas te valoriza menos do que mereces. Sua carreira de médico subiu-lhe à cabeça, e o embriagou. Tua missão é trazê-lo de volta à realidade.

Ela baixou a cabeça, apertou minhas mãos sobre a mesa e me pediu que a levasse para casa. Na sala de sua casa, abracei a Lisete com força, de cima a baixo, enquanto ela chorava e lamentava a insensibilidade de seu marido, desejando que ele fosse carinhoso como eu estava sendo. Ah! Meu Deus! Mexeu com minhas emoções e, com o corpo colado na diva, na deusa mal amada, desvalorizada pelo marido, carente de carinho, meu pau endureceu, de imediato. Continuava a apertá-la e a acarinhá-la, afagando seus cabelos curtos, sua nuca, usando meus dedos como pente, subindo do pescoço para a nuca. Ela sentiu a dureza no meu púbis pressionando um pouco acima do seu, suspirou ... e separou-se de mim.

- Preferes que eu vá embora, Lisete?

Percebi que ela estava travando uma luta interna entre o certo e o gostoso, entre o correto e o irregular, entre só o marido e ... ambos os homens. Ela hesitou antes de concordar ... mas, concordou.

- É melhor ...

Saí. Respeitei sua decisão. Afinal, não estava ali para criar mais problemas para a mulher. Claro que buscava prazer, mas era prazer para ambos e ela não estava pronta para trair seu marido. Ela buscava uma fórmula para trazer seu marido mais próximo de si, tarefa ingrata. Mas ...

Nova consulta com o Psiquiatra e a secretária me pergunta para quando quero a reconsulta:

- Para o mesmo dia e horário da Lisete, respondi, prontamente. Recebi um sorriso amplo como resposta ...

- Então não me enganei, disse Rochele, a recepcionista, vocês tem uma ligação espiritual que percebi no dia da primeira consulta; vocês foram alinhados, encaminhados para uma união ...

Ela disse isso sem saber que já tínhamos nos encontrado outra vez, além daquela da nossa primeira consulta com o Psiquiatra

- Ambos somos casados, Rochele, não há a menor chance!

- Há, sim. Não necessariamente uma união legal, formal, mas uma união paralela, completa e que revele como as pessoas conseguem driblar as vicissitudes da vida, as pedras do caminho, as decisões erradas ou incompletas do passado. Há sim, e a Lisete sabe disso!

Tonteei com essas palavras. Se estivesse certa, Rochele estaria jogando Lisete nos meus braços para contornar as dores de seu casamento que balançava. Solução paliativa, através de uma relação sem base legal mas com um apelo romântico muito grande, baseado na sua extrema carência de atenção. Sexo seria apenas consequência; mas eu queria, ah, e como queria!

Enquanto esperava a consulta, ouvi Rochele falando ao telefone e tive a impressão dela dizer “ele está aqui, agora”. Era baixa a voz, não pude confirmar e logo o médico me chamou. Ao sair, cumprimentei Rochele e ganhei um sorrisão de resposta. Até mais, disse. Ao sair do prédio, lá estava a BMW azul da Lisete estacionada sobre a calçada. Ao me ver, desceu do carro e veio me abraçar e convidar para mais um café. Agora entendi a ligação da Rochele. Entramos no carro e fomos para o café d’Minas. Um pouco mais longe que o Cafezal e com um ambiente mais reservado, onde poderíamos conversar sem ser incomodados.

- A Rochele está alcovitando, Lisete? Ela te ligou dizendo que eu estava aqui?

- Eu queria falar contigo e não pude ligar para teu telefone, porque o Lauro viu as ligações para ti e ficou puto da cara pela quantidade e duração delas.

- E tu não aproveitou e xingou ele por te dar tão pouca atenção mas ficar ligado no teu telefone?

- Não perdi essa oportunidade e tivemos uma briga gigantesca por esse motivo. Botei todas as minhas mágoas para fora: falta de atenção, descuidos no dia a dia, na cama, ausência total em casa ... enfim, criei coragem e falei tudo o que ele precisava ouvir ... e ele não gostou! Por isso, preciso agora de atenção, do teu abraço, teu carinho, afago ... minha mão esquerda repousou no joelho direito dela, que trepidou e me olhou rapidamente, pois estava dirigindo. Pousou sua mão direita sobre a minha, apertando-a contra sua perna ... e suspirou, longamente.

No café, sentamos em uma mesa de canto, com sofá ao invés de cadeiras, e fizemos nossos pedidos. Lisete estava temerosa em relação ao seu casamento e buscava, nas conversas comigo, segurança e firmeza para sustentar suas decisões. Enquanto consumíamos nossos cafés, eu tentava acalmar aquele coração amargurado que estava na minha frente usando palavras doces e carinhosas, pintando em cores claras aquele céu escuro de tempestade que a loura mostrava.

- Vamos prá Xangri-lá? perguntou ela, repentinamente, impulsivamente. Vamos refletir sobre o que está acontecendo ... com calma, sem interferências, poderemos decidir o que é melhor, o que devo fazer ...

- Tá, mas que desculpa vamos dar aos nossos cônjuges para ir para praia sem eles?

- Tu não disse que faz pequenos consertos, pinturas, coisas do tipo? A casa da praia sempre precisa de melhorias e manutenção ...

- OK, mas, quando iremos?

- Amanhã de manhã. Vou avisar o Lauro que vou à praia fazer orçamento das melhorias que a casa precisa e, de repente, tu já fica lá trabalhando.

Dito e feito. Na manhã seguinte, fomos para a praia, cada um em seu carro, pois poderíamos seguir caminhos diferentes. Chegamos cedo no condomínio e fomos direto à casa 17, do Lauro e da Lisete. O dia estava ensolarada, parecia verão, mas ainda era primavera. Lisete foi trocar de roupa e voltou com um maiô inteiro, branco, que realçava suas curvas e mostrava tudo o que era possível mostrar, em sociedade. Eu não levei sunga, fiquei de bermudas. Fizemos uma avaliação primária sobre o que tinha que ser feito e rabisquei um orçamento preliminar para ela. Fui ao mercado buscar uma pizza para assar e bebemos um espumante bem gelado enquanto o forno fazia o serviço pesado. Lisete quis se molhar na piscina antes de conversarmos, e fez isso. Voltou pingando e se secando com uma toalha; maiô branco, molhado, mostrava mais do que antes ... Em volta de uma mesa com um espumante no gelo e duas taças, um homem de bermudas e uma mulher de maiô branco molhado começaram a discutir o que poderia ser o seguimento de suas vidas, isoladamente, a dois ou a três, não havia limites definidos para a discussão.

- Lis, és uma mulher madura, linda, com corpo majestoso, posso vê-lo agora; tens bagagem cultural e profissional, inteligente, tens tudo para ter uma vida completa, livre desses medos que te assombram hoje. Podes ter o que quiser, quando quiser, como quiser e com quem você escolher. Não precisa te fixar no porto onde ancoraste teu iate; há muitas marinas ao teu lado.

- Entendi, Carlos, mas não é isso que busco. O Lauro é o homem que eu amo e não quero me separar dele.

- Mas ele não te valoriza, não te dá a atenção que buscas, não te dá o carinho que gostarias de receber do teu homem, e quando cobraste isso dele ele ficou furioso!

- Isso é uma questão fechada, disse ela: não vou separar! Tem que haver outras maneiras de aliviar minha tensão e liberar minhas frustrações do casamento ficando ao lado dele. Acho que ele pode mudar, que ele pode melhorar.

O assunto aprofundou-se, as garrafas de espumante foram esvaziando, a pizza queimou no forno, fizemos outra, assamos e jantamos, sempre bebendo espumante. Já foram quatro garrafas, estávamos alegrinhos, continuávamos bebendo e discutindo a vida para a frente. Sete garrafas vazias já decoravam a mesa do bar e a oitava foi para o bar molhado. Lisete entrou na água, novamente e me chamou para lá.

- Não trouxe sunga, disse, e se molhar essa bermuda não posso fazer mais nada.

- Tira a bermuda e vem.

Já estávamos embriagados e completamente alegres. Tirei a bermuda, fiquei só de cueca preta e entrei na água e fomos beber mais uma garrafa de espumante gelado. Lisete me abraçou, chorosa, e pediu ajuda. Estava muito abatida, moral muito pra baixo ...

- Preciso alegrar minha vida, Carlos, me ajuda, me dá uma luz, um caminho a seguir, preciso de um alento para sair desse buraco onde estou, ou ... e mergulhou até o fundo da piscina ... e não voltava, apenas as bolhas de ar vieram à tona.

Mergulhei e a trouxe de volta à tona, desmaiada, afogada. Deitei-a na borda da piscina e fiz massagem cardíaca e respiração direta, boca a boca. Segundos depois, ela tossiu, engasgada, e soprou duas golfadas de água pela boca e nariz, voltando a respirar. Ajudei-a a sentar no chão e a se recuperar, parar de tossir. Reparei que um seio estava de fora, escapou do maiô, e se mostrava inteiro, branquinho com o mamilo grande e rosado atraindo meus olhos. Levantei-a do chão, tomei-a nos braços e a levei para o banheiro para um banho morno de banheira. Sentei-a numa cadeira e fui preparar a banheira com sais aromáticos e água morna. Ao me virar para buscá-la, a vi nua pela primeira vez ... meu queixo caiu e bateu no piso do banheiro ... seu corpo era magnífico, espetacular, com as curvas certas nos lugares certos, opulento, atrativo! Se eu já a desejava, antes, agora se tornava uma exigência, quase uma obrigação ... Deitei-a na banheira com água morna e a deixei relaxar. Saí do banheiro de pau duro! Uns trinta minutos depois ela me chama para ajudar:

- Carlos, podes me dar uma mão para sair da banheira? Ainda estou meio tonta ...

- Claro, Lis, já te ajudo.

E entrei no banheiro, já com o pau duro novamente, só com a expectativa de rever o corpo nu da deusa. E não me decepcionei. Lisete ainda estava deitada na banheira, já quase sem água, e seu corpo desnudo brilhava para meus olhos: dois montes brancos com picos cor de rosa destacavam-se do seu colo, as curvas dos quadris eram harmônicas e bem definidas, longas e lisas como as curvas de um circuito de Fórmula 1 ... os pelinhos encaracolados do púbis eram louros e desenhados, depilados como um mínimo triângulo de cabeça para baixo, apontando a entrada do templo máximo do prazer... coxas roliças e encorpadas concluíam a visão majestosa do corpo da mulher em frente aos meus olhos. Meu sangue fervia, os hormônios de macho alteravam meus sentidos e minha mente fixou um pensamento único: sexo!

Dei a mão para a querida e a levantei da banheira. Em pé, seu corpo ficava mais majestoso, ainda! Catei uma toalha grande no armário da pia e me dispus a secar seu corpo ... ela gostou! Pediu uma toalha de rosto e, enquanto enrolava os cabelos na toalha pequena, comecei a secar suas costas, pescoço, seus seios firmes e macios, suas coxas, nádegas ... era uma delícia passear por seu corpo, mesmo com a toalha separando meus dedos de sua pele ... e a loura adorando a atenção do grisalho, aqui! Sequei o abdômen e desci para o púbis, pelinhos, grandes lábios – ela afastou as pernas – e dediquei uma secagem especial, mais demorada, aos beicinhos da vagina. Fui até o pontinho marrom no meio do rego e também deixei-o bem sequinho. Quando voltei para a frente de suas pernas, a buceta já estava molhada, novamente; por entre os lábios, escorria um leitinho espesso, com aroma de tesão. Não sequei! Olhei para cima e vi seu rosto transtornado, numa careta que parecia mendigar amor, carícias e sexo! Abracei com força aquele corpo desejado, aquela mulher pelada, aquele monumento de arte em carne e pelos, sussurrando palavras macias e doces em sua orelha ... Olhos nos olhos, fixos, encantados uns nos outros ... olhar intercalando olhos nos olhos, olhos nos lábios, olhos, lábios ... e o beijo consentido aconteceu! Desejado! Ansiado! Primeiro, lento e delicado, com meus lábios roçando nos lábios da loura. Passei a língua lentamente entre seus lábios e recebi a visita da língua quente da mulher. A cena era erótica ao extremo! Dois corpos nus ou seminus se desejando, se querendo, as carnes se esfregando, se preenchendo do jeito que dava, as mãos passeando pelos corpos de ambos buscando posições mais quentes e confortáveis. Nossos corpos tremiam sua ansiedade ... meu pau queria rasgar o tecido da cueca ...

A mulher arfava intensamente, respirava e transpirava desejo, desejosa de prazer. Na volúpia do momento tomou a dianteira: livrou-se do meu abraço e se abaixou, tirando minha cueca do lugar, baixando-a até as canelas. Meu pau saltou para a frente, como uma mola, duro como rocha, pulando na direção da diva excitada. Ela beijou a glande roxa e abocanhou o caralho que se apresentava em riste, pronto para o serviço; enterrou-o o quanto pode em sua boca, até engasgar e tirar fora. Cuspiu no corpo do mastro e vestiu-o novamente com a boca até encaixar a chapeleta na garganta. Não precisou fazer muita coisa e atingi o primeiro orgasmo do dia, jorrando minha porra toda no fundo de sua garganta.

Peguei-a no colo e a levei para seu quarto, aquele quarto de casal em que seu marido quase não entrava ... deitei-a em sua cama, aquela cama que seu marido quase não usava e, com o meu corpo, cobri o seu corpo, aquele corpo maravilhoso que seu marido quase não procurava mais para acarinhar, acariciar, beijar e dar prazer. Os olhos da mulher imploravam por amor, por carinho e atenção, prazer, sexo ... O corpo da fêmea queria se entregar a outro macho!

Ela agora sabia: queria trair seu marido, tinha certeza disso, queria ser penetrada pelo caralho de outro homem, queria entregar seu corpo e sua alma ao diabo, se fosse necessário, mas queria foder, queria ter prazer, foder e ser fodida e poder gritar isso, dizer palavrões, impropérios, gozar e ser preenchida pela acabada do parceiro carinhoso e delicado que a estava cortejando!

Confesso que sofri e a fiz sofrer, retardando ao máximo a penetração. Quis a perfeição no sexo com a Lisete, quis elevar sua excitação ao nível máximo, quis levá-la às nuvens, aos céus com aquela trepada e não a deixei atropelar nenhum protocolo de preliminares. Não sei como consegui me segurar, pois estava em ponto de explodir, mas fiz ...

A atmosfera no quarto estava explodindo, as massagens e carinhos, de lado a lado, arrancavam gemidos e suspiros ... Beijei e lambi seu corpo todo, começando pelos seus pequenos pés de anjo, massageando e lambendo, dedo a dedo. A língua subia pelas pernas chegando as coxas, com pequenas mordiscadas e roçadas dos dentes em sua carne. Ela já tinha escancarado as pernas e dobrado os joelhos num pedido mudo para que eu a penetrasse logo ... fiz que não era comigo e continuei subindo, atingindo com a boca o Triângulo de Vênus, o Delta Mágico feminino e experimentando seus sabores que já pingavam dos lábios escancarados. Passei a língua em círculos em torno do clitóris e já ouvia os sussurros insistentes de “entra, fode, me come, vem ...” choramingados pela mulher. Lambi toda a vulva da mulher dando especial atenção aos lábios menores, a própria entrada da caverna do prazer, do labirinto de vida onde os homens perdem a cabeça por horas, dias e, as vezes, por uma vida inteira, e não acham a saída. Quando pus os lábio em volta do grelinho saltado e o chupei ela deu um grito, apertou minha cabeça contra seu púbis, fechou as pernas com força e me jogou uma meleca na cara, atingindo seu primeiro orgasmo comigo.

Quando parou de rebolar e relaxou, deitei a seu lado, decidido a não deixar cair sua excitação. Beijei sua testa, seus olhos, nariz ... beijei sua boca, enquanto manipulava sua xoxota com a mão direita. Deliciosos lábios, polpudos, macios, quentes ... Beijei o pescoço e ombros, passei a língua na concha de sua orelha (ui, ui!) e centrei as carícias nos montes gêmeos um pouco abaixo. A língua rodeava os mamilos róseos eriçados e os lábios chuparam cada aréola, para desespero da mulher que queria ser currada, violentada, fodida e eu brincando, não partia para a penetração.

- Me fode, seu puto, crava esse caralho na minha buceta, me come, tu é gay? Não gosta de buceta? Dizia ela, enfurecida, com as pernas abertas e a buceta vazia, ainda.

Deitei em cima dela e apontei a vara dura na entrada da vagina. Lisete jogou os quadris para cima e enterrou meio pau nela, cruzando os calcanhares nas minhas costas, para que eu não fugisse ... como se eu tivesse qualquer intenção de fugir! Comecei os movimentos de vai-e-vem gostosos na buceta encharcada de sucos lubrificantes e o pau ia entrando cada vez mais até ficar totalmente enterrado na xota dela. Lisete gemia e suspirava, arqueando as ancas no mesmo ritmo que eu enterrava.

- Gostoso, gostoso, delícia, aahhh, põe tudo, gemia a gata sendo completada pelo macho, põe tudo, isso, enterra, aaahhhh ... vou gozar de novo, vou acabar, não para, continua, aaahhhhhh, agora ... e mordeu meus lábios com vontade, tirando sangue, gritando “tô gozando de novo”, e desfilou uma lista interminável de impropérios, esculachando seu marido até a terceira geração!

- Puta, me mordeu! reclamei, sentindo o gosto do meu sangue na boca, mas não parei de socar na buceta; ainda não tinha acabado! Aumentei o ritmo, enfiando forte o caralho na mulher e num ritmo de explosão ... a mulher gemia e uivava como uma loba e cravou as unhas nas minhas costas – tenho as marcas até hoje!

- Não para agora, vou gozar mais uma vez, continua, soca tudo, me fode, me fode, me fode, ai meu Deus, mais forte, agora, vaaaaiiiiiii ... desgraçado, como isso é bom, vem, animal, vem ... eu dei um urro e me derreti em jatos de porra quente na buceta da querida.

Deitei aos seu lado e nos abraçamos, como dois namorados lotados de prazer. Acho que, naquela hora, éramos exatamente isso: dois namorados plenos de prazer!

O importante dessa história, além do prazer intenso que tivemos, foi mostrar para a Lisete que existia solução para suas dores, suas queixas e mazelas. Sua vida deixava de ser dedicada a um homem, apenas, aquele que não a satisfazia mais, aquele que não mais a acompanhava, para ser dividida entre dois homens, ou, se ela assim quisesse, com outros mais. Há vida além da vida seca que a envolvia, e ela ... a-do-rou descobrir isso!

Foi uma noite bem dormida!

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