Entre Pecados e Silêncio - Parte 3: O Desejo

Um conto erótico de S. Occultus R.
Categoria: Gay
Contém 1848 palavras
Data: 18/07/2025 07:26:24

Voltei pro terreiro como quem volta de um crime. As risadas no fundo se misturavam com o barulho das galinhas e do vento nos pés de manga, mas dentro de mim tudo era silêncio. Um silêncio abafado, pesado, quase quente. Eu sentia a boca seca e úmida ao mesmo tempo, o gosto ainda ali, impregnado aquele gosto estranho, entre suor, sal e alguma coisa mais viva, mais funda. O gosto do pau do meu primo. Isso mesmo. Eu tinha chupado ele. E pior: alguém tinha visto.

Tio Marcos.

Ele tava lá, de pé, meio sombra, meio homem, encostado na parede da casa de ferramentas. O cigarro aceso tremia na ponta dos dedos, mas o olhar era firme. Um olhar que queimava. Não era de susto. Nem de julgamento. Era pior: era de quem já tinha me visto por dentro.

De quem já sabia quem eu era antes mesmo de eu saber.

E o que me corroía não era só a vergonha. Era o que veio depois. O desejo maldito. O pensamento sujo.

Não era só lembrança era um peso constante no fundo da mente, como se o pau do tio Marcos tivesse deixado uma marca dentro de mim.

Era grosso. Mas não aquele grosso de pornô barato, exagerado e sem sentido. Era o grosso real, cruel, o que muda o jeito que você respira quando vê. Aquele tipo que parece que não cabe mas que, mesmo assim, o corpo quer tentar. A pele era morena, polida pelo tempo, quase brilhando de tensão. As veias vinham expostas, grossas, pulsando, como se o sangue dele tivesse pressa. E a cabeça… a cabeça era um espetáculo à parte: redonda, cor de jambo claro, lisinha, viva. Inchada, latejando. Cheia.

O pau do Alessandro também tinha presença. Era mais peludo, com um cheiro mais forte de suor, de carne crua. Tinha largura, tinha comprimento. Mas não fazia minha barriga gelar.

O do tio Marcos... fazia. Quando eu via, meu corpo travava. E doía. Doía por dentro, numa fome que eu fingia que não entendia. Meu pau enrijecia antes que eu quisesse, como se tivesse memória própria. E era ali que eu me traía.

Porque comecei a comparar.

Não só o tamanho, mas o peso. O brilho. O cheiro imaginado. O gosto.

Sim, o gosto.

Como seria o gosto do pau do tio Marcos? Essa pergunta veio sem aviso, um dia, e nunca mais saiu. Tentei empurrar pra longe, tentei dizer que era loucura. Mas toda vez que eu lembrava daquela glande cheia de esperma escorrendo, daquela base grossa, do saco pesado entre as coxas fortes, eu sabia que não era só pensamento. Era desejo.

Curiosidade? Talvez.

Mas daquelas que já vem com a boca entreaberta.

Eu não queria só ver. Eu queria sentir. Saber. Ter.

E isso me destruía por dentro. Mas também me fazia sentir vivo.

Estávamos todos no terreiro, no pós-almoço preguiçoso de domingo, espalhados em cadeiras e bancos de madeira, rindo de histórias velhas, falando besteiras, comendo o resto do doce de leite da panela. Eu estava ali, no meu canto habitual, cercado pelas minhas primas Maria, Vitória, Andressa e mais duas vizinhas, todas falantes, escandalosas, risonhas. Eu me sentia bem com elas, como se aquele fosse meu território natural. Com os meninos, era diferente. Sempre fui mais calado, mais desconfiado… não sabia jogar bola, não ria das mesmas piadas, não competia.

Foi então que ele chegou.

Marcos vinha caminhando do lado de fora da casa, camisa meio aberta no peito, garrafinha de água na mão. Parou exatamente atrás da gente, passando os olhos lentos pelo grupo. Vi quando ele encostou a mão no ombro da minha prima Andressa, e sorriu de lado, com aquele jeito que parecia sempre esconder alguma segunda intenção.

— Você nunca mais apareceu lá em casa, hein? disse ele, olhando pra ela.

Andressa soltou uma risadinha rápida, meio sem graça, e respondeu qualquer coisa que não ouvi direito. Mas meu foco já não era nela. Era nele. Era no jeito que a mão dele ficou um segundo a mais do que precisava no ombro dela, como se testasse os limites. Era no olhar dele, que de repente se moveu dos olhos dela direto pros meus.

Ele notou.

Eu tava observando. E ele percebeu.

Tio Marcos deu a volta com calma, contornando o grupo de primas, e parou do meu lado. Ficou em pé por um momento, com o braço ainda apoiado no encosto da cadeira da Andressa, mas agora o olhar era todo pra mim.

— E tu, hein? Vive aqui com as meninas... não brinca mais com os moleques, não? disse, com um sorriso que podia ser tanto brincadeira quanto teste.

— Eu gosto de ficar por aqui mesmo... respondi, meio na defensiva, mas tentando soar casual.

— É… eu percebi ele disse, e deu uma risadinha baixa, como se soubesse mais do que dizia. — Mas é bom andar mais com os meninos. Coisa de homem, sabe?

O jeito que ele falou “coisa de homem” me arranhou por dentro. Não foi grosso, nem direto. Ninguém em volta pareceu notar nada de estranho. Mas eu notei. Ele estava insinuando. Ele estava vendo.

Fiquei quieto, com a cara meio sem graça, desviando o olhar. Mas não por vergonha. Era algo mais embolado. Porque ali, enquanto ele falava, enquanto ele me observava com aquele olhar preguiçoso e perigoso, eu sentia que alguma coisa nele também queria me testar. E que, de alguma forma, ele sabia que eu tava tentando entender o que ele era e talvez, também, o que eu era.

Ele se inclinou um pouco mais, abaixando o tom só o suficiente pra parecer íntimo, mas ainda audível pra mim.

— Tu observa demais, sabia?

E saiu andando, como se não tivesse deixado nada pra trás. só o rastro daquela frase que grudou feito poeira na pele.

Ele se afastou rindo, como se não tivesse dito nada demais, mas aquela frase — “Tu observa demais” — ficou presa na minha pele como suor em dia abafado; e ele tinha razão, eu observava sim, desde a primeira vez que entrou naquela casa com o jeans marcando tudo, o peito largo sob a camiseta colada e aquele cheiro quente de homem que fica, que gruda, que excita; eu vi quando ele botou o braço na minha prima, falei que era só curiosidade, mas era fome, e cada gesto dele, cada ajeitada discreta no pau por dentro da calça, cada palavra dita com voz grossa e riso torto, me deixava duro sem controle, e o pior é que eu não queria parar de olhar eu queria que ele soubesse, que me notasse, que um dia dissesse outra frase ainda mais suja, mais direta, porque por trás do silêncio que eu fingia, meu corpo já tava em guerra, latejando entre o medo de ser pego e o desejo de ser tomadoO sol já começava a se despedir atrás das árvores, tingindo o céu com tons alaranjados. Metade dos primos já tinha voltado pra cidade, e os poucos que restavam começavam a se despedir, inclusive tio Marcos, que logo partiria. A casa ia ficando silenciosa, com aquele ar meio preguiçoso de fim de tarde na roça. Foi nesse momento que eu vi ele indo pro banheiro de fora aquele de madeira, sem telhado, encostado na cerca, onde só uma lona velha tentava cobrir a dignidade de quem entrava.

Vi quando ele entrou e fechou a porta. Meus olhos seguiram cada passo. O corpo dele, suado do dia todo, ainda carregava a arrogância dos que sabem que são olhados. Fiquei paralisado na rede, o coração batendo rápido. Uma parte de mim dizia pra ficar ali, quieto. Mas outra... aquela parte mais sombria, faminta, que já não era mais tão inocente, começou a gritar dentro de mim.

“Vai. Só olha. Só dessa vez.”

Meu coração batia tão alto que achei que ele pudesse ouvir. Era errado. Eu sabia. Mas meu corpo não queria saber. Eu queria ver. Eu precisava ver.

Me aproximei da pequena fresta de madeira da parede. E ali, no escuro entre dois mundos, eu vi.

Tio Marcos estava ali, com as pernas abertas, as coxas grossas suadas e um pano de chão embaixo dele. Nas mãos, uma calcinha rosa, pequena, rendada. Andressa tinha usado uma igual naquela tarde, vi quando ela colocou a roupa dentro do cesto. O cheiro parecia ter atravessado a madeira, invadindo minhas narinas.

Ele levou a peça ao rosto, fechou os olhos e murmurou, rouco:

— Que bucetinha gostosa da porra...

Ali, do outro lado da fresta, eu tremia. Meu pau já tava duro, latejando dentro do short. Coloquei a mão, não resisti. Me toquei olhando pra ele, com os olhos grudados em cada movimento o jeito que ele lambia os lábios, a forma como apertava o saco, como enfiava o rosto na calcinha e respirava fundo, como se cheirasse um segredo.

Então, ele cuspiu no próprio pau. Um jato grosso, direto, que escorreu pelo comprimento do membro já duro e latejando. Com a mão direita começou a se masturbar devagar, com firmeza, sem pressa, como se estivesse saboreando a espera

— Logo, logo vou gozar dentro dessa bucetinha, Andressa… — murmurou, rouco, os olhos fechados, a respiração descompassada. — Tá me deixando maluco com esse rebolado, menina…

Minha garganta secou. Eu quis sair, mas não consegui. Estava colado à parede, o coração descompassado, a mão por dentro do short sem nem perceber. Minhas pernas tremiam.

Ele intensificou os movimentos. A respiração virou um rosnado. O pau brilhava, escorregando no próprio cuspe. A mão subia e descia, subia e descia.

— Só mais um pouquinho… — ele disse, quase gemendo.

Até que, perto do fim, Marcos levantou o rosto. Não me viu claramente, mas sabia que alguém estava ali. Seus olhos se cravaram no vão da fresta.

E então, devagar, ele segurou a base do pau, apontando direto pra onde eu estava. Um gesto mudo. Um convite sem palavras.

O jato veio quente, forte, espesso. Ele olhava pra frente, pro meu lado, como se gozasse pra mim. Eu perdi o controle, gozei também, com o corpo inteiro tremendo. As pernas quase cederam. Mas eu não conseguia parar de olhar pra ele.

Ele limpou o pau com a calcinha e, sem pressa, a guardou no bolso do short. Se levantou, andou até a torneira e começou a se lavar, como se nada tivesse acontecido.

Quando fui me afastando, pisando devagar, acabei pisando num galho seco. Um estalo ecoou pelo quintal.

Foi aí que ele falou sem virar, com a voz grave, divertida, como quem saboreia o jogo:

— Tá ficando corajoso, hein… disse ele, com a voz baixa, enquanto pegava a calcinha novamente.

Fui embora tremendo. O cheiro do esperma ainda parecia grudado nas paredes do meu peito. E a frase dele… ainda martelava na minha cabeça como um sussurro que nunca mais ia embora.

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✍️ Quer mais encontros à meia luz e segredos suados? Te espero nos comentários.

#EntrePecadosESilêncios

#Parte3Finalizada

#TioMarcosEstáDeOlho

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Foto de perfil genéricaS. Occultus R. Contos: 3Seguidores: 3Seguindo: 0Mensagem Escrevo do escuro. Das frestas onde ninguém entra, das vontades que ninguém admite. Meus contos nascem entre o silêncio e o gemido — onde a carne trai o juízo. Sou o sussurro que atiça. O olhar que perscruta. O autor que transita entre o pecado e o poema. ✦ Erotismo masculino com alma e tensão ✦ Desejo rural, psicológico e simbólico ✦ Contos tabus, homoeróticos, reais demais pra ficção

Comentários

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NOSSA, TIO MARCOS É COMEDOR DE TODAS AS SOBRINHAS E SOBRINHOS. RSSSSSSSSSSSSSSSSSS TÁ DEMORANDO DEMAIS PRA ACONTECER ALGO ENTRE ESSES DOIS. CONTINUE...

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Caro leitor, primeiramente obrigado por ler e comentar, mas, se você acha que o Marcos é o único que fez coisa errada nessa família, tá só começando a entender o buraco onde essa história vai te levar.

Sim, ele foi o primeiro.

O início dos meus desejos mais estranhos, confusos e intensos.

A faísca que acendeu algo em mim que eu nem sabia que existia.

Ele fez… e eu vi.

Algumas vezes, só ouvi. Outras, ouvi e imaginei.

Mas teve uma vez que vi tudo — até demais.

E o pior (ou o melhor?) é que não parei ali.

Porque essa história não é só sobre ele…

É sobre mim também.

Sobre o que ele despertou.

Sobre os limites que comecei a ultrapassar depois dele.

Sim, Marcos mexeu com as sobrinhas, com a enteada…

E até com um sobrinho.

Mas eu?

Eu também cometi meus próprios pecados.

Também atravessei linhas dentro da família.

E o começo de tudo foi ele.

Isso aqui não é só uma fantasia escrita.

É memória.

É confissão.

É carne viva misturada com silêncio e tensão.

E se você quer saber se vai rolar algo entre nós…

Vai.

E quando acontecer, vai ser intenso. Proibido.

E impossível de esquecer.

Agora, se prepare…

Porque depois de Marcos, eu deixei de me preocupar com o que era certo ou errado.

E fui mais longe do que devia.

— S. 🖤🌒

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O jogo virou agora porque rato quer pegar o gato?

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Porque o rato cansou de espiar. Agora ele quer subir na cama, sentar no colo e lamber bigode do gato até ele miar

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