O último vagão

Um conto erótico de Senhora Dominic
Categoria: Heterossexual
Contém 527 palavras
Data: 16/07/2025 17:17:30
Última revisão: 17/07/2025 01:46:31

O trem seguia quase vazio, fim de noite ou começo do dia.

Entrei no último vagão só pra fugir de qualquer pessoa. Meu corpo ainda suado da balada, o som pulsando dentro do peito.

Sentei perto da janela, observando o reflexo das luzes borradas. Parecia um filme. Um daqueles que a gente assiste e fica se perguntando se é real.

Foi quando ele entrou.

Alto, pretinho, segurando um copo de plástico quase vazio. Ele me olhou no fundo do olho, com um olhar que parecia saber dos meus segredos, segredos que nem eu sabia...

Sentou do outro lado do vagão, mas não tirava os olhos de mim.

Fingi que não vi. Mas vi.

Ele usava uma camiseta larga e estampada, bigode fininho e corrente de prata no pescoço e pulso, mãos grandes... daquelas que parecem saber o que fazer.

Na próxima estação, ninguém entrou.

Na seguinte, éramos só nós dois.

Ele se levantou devagar e veio na minha direção.

— Posso sentar aqui? — perguntou com uma voz rouca, de cafajeste

Eu disse que sim com a cabeça.

— Você tem uma cara de perigo...

— E você tem cara de quem gosta — respondi, sem olhar direto pra ele.

O silêncio entre nós dois era denso.

Ele chegou mais perto, roçando a coxa na minha e deu um sorriso de canto. Se aproximou, rosto com rosto e eu pude sentir seu perfume doce e amadeirado. Encostou os lábios no meu ouvido e eu me arrepiei inteira. Ele perguntou:

— Se eu te tocar agora, você deixa?

Não respondi. Só abri as pernas. Bem devagar.

Os dedos dele deslizaram pra dentro da minha calcinha enquanto ele falava o que passou em sua mente quando me viu, e tudo que queria fazer comigo.

O trem balançava.

E eu tremia.

Ele tirou os dedos e lambeu sorrindo.

— que delícia — disse. — eu quero mais.

Me encostou na parede do vagão e abaixou. Ali mesmo.

A língua dançando na minha buceta, achou rapidinho o clitóris. As minhas pernas tremiam na velocidade do trem.

Eu quase gritei, mas mordi a boca segurando.

E foi isso que deixou tudo mais insano, eu tava quase gozando quando o puxei.

Sentei no colo dele, ali mesmo, enquanto o trem andava.

Nossos corpos se encaixaram como se fossem parte de um feitiço.

Ele segurou minha cintura e beijou meu pescoço.

Eu me esfregava devagar, sentindo o pau duro dele sob a calça.

— Quero gozar no seu colo — sussurrei.

— Aqui?

— Aqui.

Tirei a calcinha, abri seu cinto, zíper e coloquei aquele pau pra fora. E que pau lindo... Com experiência ele puxou uma camisinha do bolso e encapou em um segundo.

Eu sentei.

Lenta. Forte. Intensa.

O barulho do trem, os trilhos, as luzes… tudo virou batida do meu quadril.

Ele gemia no meu ouvido, me chamando de deusa, maldita.

— Nunca mais vou esquecer essa sentada — ele disse, quase chorando de prazer.

Não consegui mais controlar meus gemidos, só os deixei sair e então

Gozei primeiro e ele veio logo depois.

Quando o trem parou, nos olhamos profundamente e por uma fração de segundos o tempo parou. Nos beijamos e minha estação chegou, me despedi dessa paixão de último vagão, e fui embora.

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