Apesar do valor elevado da proposta que recebi para vender a minha empresa, eu agradeci e respondi negativamente para o Thomas. Fui rápido e direto em dizer que eu não venderia a minha empresa para o conglomerado alemão.
Argumentei que estávamos há vários meses seguidos operando no azul, falei que somente com os contratos que eu já tinha, conseguiria operar obtendo lucro pelos próximos 19 meses, que o dinheiro que tinha em caixa formava um capital de giro que nos manteria por uns 10 meses e também falei da expectativa de finalizar um grande contrato com uma prefeitura, que envolvia um sistema de leitura e identificação de placas de veículos, para a qual o Nunes estava finalizando o software.
Eu recusei de pronto, porém o valor da proposta foi motivo de uma longa reflexão mais tarde, quando contei o ocorrido para a Manú. Se eu colocasse na ponta do lápis todo o tempo e dinheiro que investi criando a empresa, mais tudo que eu reinvesti e somasse a um valor que estipulei, monetizando a tecnologia que desenvolvi e os ganhos que teríamos com os contratos em andamento, não chegaria ao valor oferecido pelo Thomas. Fazendo uma analogia, para vocês compreenderem melhor, seria o mesmo que se eu tivesse um carro que valesse uns 50 mil reais e me oferecessem 70 mil por ele.
A minha empresa realmente estava indo bem, apesar de que, se os alemães viessem mesmo para a região ganharíamos mais um concorrente de peso.
Ainda nessa mesma semana fechei um negócio com o Ricardo Oliveira, o dono da casa de shows, que foi o meu primeiro cliente, para mandar dois funcionários fazerem um serviço em um bordel de luxo que ele estava abrindo na Bahia. Ele já era dono de um resort na cidade de Itacaré e abriria, no período da alta temporada, um bordel próximo ao resort, para seus clientes “se divertirem mais”. E dois dos meus funcionários ficariam lá por duas semanas, fazendo todo o serviço contratado e dando treinamento para os funcionários. Ele já havia me ajudado tanto que nem quis cobrar nada dele. No final, de tanto ele insistir, acabei cobrando um valor simbólico, devido à ameaça que ele me fez de que, se eu não cobrasse nada, ele nunca mais contrataria os meus serviços.
Porém, umas três semanas após o almoço com o Thomas, este me ligou novamente, me convidando para uma nova reunião, dessa vez no escritório do seu gerente regional, o Oskar. Eu me lembrava bem daquele alemão brincalhão, quando nos conhecemos em um simpósio em Salvador. Ele havia tentado me contratar e até ofereceu uma transferência de faculdade para a Fernanda, com quem eu estava casado na época, para ela me acompanhar, caso eu aceitasse sua proposta de emprego.
Por cortesia aceitei o convite e fui para essa reunião. Fui muito bem recebido e os alemães foram diretos. O Oskar jogou na minha frente um contrato, praticamente dobrando o valor oferecido anteriormente pelo Thomas, com a condição de que eu ficasse na empresa, como gerente técnico e de desenvolvimento, por pelo menos um ano, trabalhando nessa nova filial em que se transformaria a minha empresa.
A proposta que eles fizeram estava muito acima de um valor que eu diria ser irrecusável, mas mesmo assim pedi um tempo para pensar e analisar o contrato que eles me apresentaram. Afinal, eu não fecharia negócio nenhum sem antes conversar com a Manú, com meus funcionários (principalmente os quatro que me seguiram desde Maceió) e com os meus clientes.
Eu não dei muita ênfase antes, contudo, apesar de amar o que eu fazia, o excesso de trabalho estava fazendo com que eu estivesse tendo vários sintomas da chamada “Síndrome de Burnout”, que também é chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, na qual a pessoa passa a sofrer esgotamento ou exaustão, a ter sentimentos negativos quanto ao trabalho e ausência de realização profissional. Como já disse, eu estava muito estressado, pressionado e acabava fazendo de tudo para não trazer meus problemas para dentro de casa.
Dessa forma, a primeira coisa que fiz foi conversar com a minha esposa e pedir para ela analisar todo o contrato para mim. Enquanto ela fazia isso, me reuni e conversei com os meus funcionários sobre a proposta e as mudanças (negativas e positivas) que poderíamos ter com a venda da empresa. Pelo que os alemães propuseram, na prática eu continuaria com toda a parte técnica da nova filial, entretanto perderia um pouco da autonomia de decisão e toda a parte administrativa seria assumida pela sede. Fora isso, os funcionários poderiam ser chamados para fazer outros serviços, conforme a demanda da sede ou de outras filiais, atendendo as diretrizes da empresa. Como no passado eu já fui funcionário dessa mesma empresa, passei também para os meus colaboradores a minha visão deles como empresa e como era trabalhar para esse conglomerado. E, a principio, eles não esboçaram muita resistência, desde que eu continuasse como chefe deles. O próximo passo foi sondar os meus clientes quanto à possibilidade da minha empresa ser adquirida por outra maior e informá-los quanto aos impactos que poderiam vir dessa aquisição.
Confesso a vocês que a minha resistência para vender a empresa era enorme. Afinal, eu havia lutado muito para chegar até ali.
O prazo que haviam me dado para pensar sobre a venda terminava no sábado e já tínhamos até uma reunião marcada com o Oskar e o Thomas, para às 10 horas da manhã daquele sábado, lá na sede regional da empresa em São Paulo. Na quinta-feira, a Manú me disse que havia terminado de analisar o contrato e, quando chegamos da academia, fomos conversar.
Conversamos na cozinha de casa. Ela se sentou na banqueta, colocou a papelada sobre o balcão que separava a cozinha do enorme salão que era o restante da parte térrea da casa e me falou calmamente:
— Meu amor, está tudo em ordem com o contrato. A única coisa estranha é a ênfase que eles estão dando para ficarem com a tecnologia que você desenvolveu e para que você continue à frente do desenvolvimento dos projetos. Você já me disse que no passado chegou a criar algo parecido para eles. Qual a diferença entre o seu projeto anterior, que você fez enquanto trabalhava lá, para o novo, que você usa hoje?
— Olha Manú, um projeto é basicamente a evolução do outro. Eu diria que o que desenvolvi para eles seria uma segunda versão e o que uso hoje é a versão cinco. Já tenho até a versão seis, que usa inteligência artificial para automatizar muitas coisas, facilitando o monitoramento e a busca, poupando banda de dados, espaço em disco e até dando zoom, seguindo coisas suspeitas, emitindo alertas em ocorrências como no caso de incêndios, invasão e até fazendo reconhecimento facial. Só que esse sistema não está operacional. Ainda vai precisar de uns meses de desenvolvimento e muitos testes.
— Eles sabem desse novo sistema?
— Acredito que não. Do novo não! Eu conversei muito com o Thomas sobre o sistema atual...
— Eles ainda usam o seu sistema antigo? Ou o sistema que eles usam é muito diferente do seu atual?
Para essas perguntas eu não tinha resposta. Então rapidamente acessei o endereço de internet da empresa e baixei os manuais das opções de sistema de monitoramento que eles tinham. E, analisando as especificações e recursos, cheguei a conclusão que eles ainda usavam o mesmo sistema que eu havia desenvolvido há anos atrás. E as melhorias que apresentavam eram praticamente só uma maquiagem do sistema original.
Após ouvir a minha explicação, ela perguntou das melhorias do sistema que eu estava usando em relação ao que constava no manual do sistema dos alemães. E, após e explicar essas diferenças para ela, a Manú pediu para que eu pesquisasse o que os principais concorrentes deles usavam. Foram algumas horas de pesquisa e a conclusão que cheguei era que, agora praticamente todos os fornecedores usavam algum sistema de câmera modular, com configurações bem similares. Foi aí que chegamos à mesma conclusão, com a Manú falando:
— Beto, é você que eles querem! E também a sua tecnologia. Pensa no diferencial que vai ser com eles lançando uma nova linha de produtos, só relembalando o que você já usa! Eles não vão ter concorrência e, como são uma multinacional, irão vender isso para o mundo todo. Imagina o quanto vão lucrar! E, claro que eles te querem para evitar uma concorrência e para que você continue melhorando o produto. Sem contar que você é um excelente administrador e o Thomas te ama. É gritante o respeito e a confiança que ele deposita em você.
Pensei um pouco, olhei bem nos olhos da Manú e perguntei:
— Então você acha que eu não devo aceitar o negócio?
E ela, bem séria me respondeu calmamente:
— É claro que você deve aceitar o negócio! Eu estava ao seu lado quando você criou essa empresa, com muito suor, dedicação, simpatia, inovando, atraindo seus clientes e os fidelizando com um excelente produto e um ótimo relacionamento. Contudo, você está sofrendo e precisa descansar! Eu te amo, te conheço muito bem e sei que você está sofrendo. Você só guarda seus sentimentos, sofre calado e não reclama. Mas sofre e precisa tirar essa cruz dos ombros, pelo menos por algum tempo.
Vocês não imaginam o meu orgulho em ouvir aquele elogio saindo da boca daquela mulher maravilhosa e que eu amava e idolatrava tanto. Procurei me conter o máximo que pude e fiz mais um pedido para a Manú:
— Entendo. Eu só quero ver o quanto eles me querem. Me ajude a modificar alguns artigos da proposta. Se eles me querem tanto vão ter que me fazer mais feliz, cedendo em algumas coisas e colocando no papel outras coisas que estão somente implícitas.
Fizemos as alterações e eu apresentei a contra proposta na reunião do sábado. A Manú foi junto comigo e ficou ao meu lado (e como é bom ter alguém do nosso lado), atuando como minha deliciosa advogada. Eu não exigi muito, além do que eles já haviam oferecido. Como eles queriam um vinculo meu com a empresa de, no mínimo um ano, eu estendi esse vínculo para todos os meus funcionários, exigindo a estabilidade deles no emprego também pelo mesmo período de tempo. Outra coisa que eu exigi foi um aumento salarial para os meus funcionários. Discuti caso a caso com o Oskar e o Thomas e consegui um aumento para todos, que variou entre 40 e 55%. Esse aumento salarial foi algo muito prazeroso, pois nos próximos dois ou três anos eu não conseguiria chegar a esses valores. Passamos por mais alguns detalhes e finalmente eu queria saber o meu salário, que não constava em lugar nenhum do contrato. Fiquei muito feliz em saber que receberia o salário de gerente de filial, que era pouca coisa menor que salário que a Manú estava recebendo atualmente. A Manú foi maravilhosa, me auxiliando em tudo aquilo, rebatendo por duas vezes os argumentos deles e mostrando o fundamento legal de cada observação que fiz.
Em matéria financeira a Manú sempre foi minha companheira e sempre esteve interessada em somarmos. Ela nunca me pediu ou cobrou nada, muito pelo contrário, ela fazia questão que eu cuidasse das finanças e seguia sempre os meus conselhos e orientações.
Após tudo acordado, o contrato teve que passar pela direção da empresa e, cerca de 10 dias depois assinamos o contrato. E com isso vendi a minha empresa, quando faltavam apenas 18 dias para ela completar um ano.
Pela sua ajuda na venda da empresa a Manú queria que eu a ajudasse em seu projeto. Ela queria comprar um Subaru Impreza e modificar todo o carro, dando a ele um visual de corrida, com um projeto de pintura que ela mesma desenvolveria e com assessórios personalizados, como escapamentos esportivos, novas rodas de 18 polegadas, aerofólios, mascara negra nos faróis, mudança na suspensão, bancos esportivos, nova central multimídia. Ela até planejava algumas mudanças mais ousadas, como a troca do capô para um que tivesse uma entrada de ar melhor, troca dos pára-choques, troca de todo o sistema de escapamento, com novos coletores, abafadores e filtros. Em resumo, seria um projeto grande (demorado e caro). O engraçado disso tudo é que sempre ouvi que as mulheres amam seus sapatos e quem ama carro são os homens. Entretanto, para mim, carro é somente um veículo que vai me levar de um ponto a outro. Pode ou não ser confortável, mas o carro tem que gastar pouco, não quebrar, não dar problemas e ter um bom valor de revenda. E nada disso interessava para ela, ela amava a emoção de dirigir.
Recebi o dinheiro pela venda da empresa e a primeira coisa que fiz foi quitar a minha dívida com a minha esposa. Como nos últimos nove meses ela praticamente bancou sozinha a nossa casa, pois o meu pró-labore (tipo um salário que o dono da empresa retira para ele mesmo) eu usava quase que somente para pagar para ela as minhas parcelas da casa e fazer alguma outra coisinha e o restante eu reinvestia na empresa ou usava para aumentar o meu capital de giro. E, como eu controlava todas as nossas despesas, além de fazer o pagamento integral da minha parte da casa, somei a isso todos os gastos que tivemos com a reforma e ainda incluí, no depósito que fiz para ela, a minha parte nas despesas do dia a dia e um extra pelos móveis e eletrodomésticos que eram dela e vieram na mudança.
A Manú, quando viu o valor na sua conta, ficou louca, falou que não precisava e que eu havia depositado dinheiro demais. Tive que gastar muita saliva para convencê-la a ficar com aquela quantia.
Só lembrando que, nós dois tínhamos uma conta conjunta e ela tinha uma conta só dela, que era a dos investimentos que a mãe fazia e também era por essa conta que ela recebia a mesada anual do seu avô bilionário. E, no momento da venda da empresa, eu também criei uma conta só minha, para receber os valores devidos pela venda da própria empresa, e para a qual transferi todo o dinheiro que eu tinha de caixa na conta de pessoa jurídica da empresa, antes de encerrar aquela conta. Fiz isso para não misturar com o valor que já tínhamos e evitar uma possível dor de cabeça futura com a Receita Federal.
Depois eu dei um belo bônus para todos os meus funcionários, que dependendo do tempo que estavam comigo e da importância e dedicação que eles tinham, chegou até a passar de três vezes o salário que eles recebiam mensalmente.
A outra coisa que fiz com esse dinheiro foi comprar um carro para mim. Eu costumava usar um dos dois furgões da empresa, só que agora não poderia mais usá-los e sabia que teria a responsabilidade de dar apoio a diretores e funcionários de outras filiais quando estivessem na região. Então optei por adquirir um sedã médio da Honda. Esse veículo acabou não ficando no meu nome, pois eu fui à loja com a Manú, que gosta e entende de carro, escolhemos o carro e fiz o “test drive”. Entretanto, no dia que marquei para fechar o negócio, acabei tendo que viajar para Criciúma, pois a previsão da Manú estava certa e os alemães já queriam remodelar o meu sistema para relançar, como sendo um novo modelo top de linha. Dessa forma a Manú que foi na concessionária para fechar o negócio e ela renegociou, chorou e conseguiu um belo desconto no veículo, que saiu com toda a papelada no nome dela.
Como já falei para vocês, lá em casa é a minha esposa que era apaixonada por carros. Ela sabia ano, modelo, potência, tipo de motor, transmissão e tudo mais. Ela lia muito sobre o assunto e realmente se interessava pela matéria. Da mesma forma ela amava dirigir e acompanhava até as corridas de carro. Quando saímos juntos de carro, normalmente é ela que dirigia. Ela pegava as chaves do carro e não me entrega de forma alguma.
O carro dela é parte de seu guarda-roupas. Você abre o porta malas e encontra normalmente umas 10 trocas de roupas (tem roupa de academia, vestido, terninho, shorts, jeans e tudo mais o que você puder pensar) e vários sapatos, além de estojo de maquiagens e vários outros acessórios.
Depois disso tudo, acabou sobrando na minha conta um pouco mais de cem mil reais, dinheiro esse que acabei colocando em uma aplicação de médio prazo.
Confesso a vocês que eu nem me lembrava mais como era trabalhar apenas 40 horas semanais e ter o sábado e o domingo livres (claro que haviam as exceções).
Quanto à empresa (agora escritório regional do conglomerado alemão), pouca coisa mudou com relação ao nosso trabalho final. Mudamos o logotipo nas portas do escritório e nos veículos. As paredes foram repintadas e, o mais importante, recebemos da filial de São Paulo dois funcionários para fazerem as funções de elo administrativo e cuidar de toda a parte de compras, pagamentos, emissão de nota fiscal, contabilidade, administração, contratos e vale transporte/alimentação. O convênio de saúde passou a ser gerido pela sede. Também recebemos mais dois técnicos e tivemos que alugar mais duas salas, no mesmo andar que já estávamos instalados, para abrigar esse pessoal no escritório.
Dias depois, acabamos recebendo, via transportadora, umas 10 caixas que vieram de Belém, que continham roupas, livros e outros pertences da minha amada, também vários presentes de casamento e outras coisinhas a mais, como castanha do Pará, farinha de mandioca, bombons de cupuaçu e outros quitutes. Eram seis metros cúbicos de caixas, o que não eram nada, se comparado com os 31m³ da mudança dela que veio de Porto Velho.
Ajudei a Manú com a arrumação e, enquanto ela guardava umas roupas e separava outras para lavar, peguei umas caixas com livros e os levei para o escritório, pois ainda tínhamos espaço na estante (a Manú agora estava pintando as bordas dos livros e eu já estava matutando em como mostrar o lindo resultado para nossas visitas). Quando voltei para o quarto, vi encima da cama uma caixa cheia de brinquedos eróticos e a Manú foi logo me dizendo, com uma voz suave e maliciosa:
— Isso foi o que ganhei na outra despedida de solteira. Pode olhar que está tudo lacrado e dentro da caixa.
E respondi, tentando segurar o meu olhar malicioso:
— Dá para abrir um sexy shop com tudo isso.
Na caixa haviam dois pênis realísticos de silicone, ainda na embalagem. Um era preto, com saco incluso e ventosa, que dizia ter 28cm x 6cm. O outro, bem menor e branco, dizia ter 15cm x 3,5cm, e esse também vibrava. Tinham duas tanguinhas comestíveis, haviam alguns cremes e perfumes (com nomes deliciosos como: prolonga; aperta xana; gel anal anestésico; e vibrador líquido), também tinha um vibrador de inox e um outro com um massageador de ponto “G” e clitóris. Havia um plug anal com uma jóia em formato de coração na ponta, uma coleira com corrente, algemas, uma lingerie sexy tipo boby, com abertura onde ficaria a xoxota; uma fantasia sexy de salva vidas e camisinhas diversificadas.
A Manú então me lançou a sua expressão mais maliciosa e eu entendi a mensagem e falei:
— Que desperdício: tudo isso lacrado na caixa. Vamos ter que testar esses brinquedos. Só esse pinto preto que eu vou jogar fora. Olha o tamanho disso! Vai estragar os MEUS brinquedos.
Nossa tensão sexual vivia no máximo, e com sua carinha travessa e sensual, ela foi logo respondendo:
— Amor, você é um cafajeste! Qualquer dia desses eu te denuncio!
— Pode denunciar. Eu chamo a Solange como minha testemunha. Só não sei o que ela vai querer em troca por me ajudar!
Me recordei que há uns dois dias atrás a Manú havia aprontado com a Solange. Ela e o marido apareceram no portão da nossa casa. Eu e a Manú estávamos colhendo acerola (entre a nossa casa e a da Tais têm um pé de acerola e outro de jabuticaba) e a Solange chegou falando:
— Vem cá Fernando! Olha amor, casalzinho novo não se desgruda! Diz para mim Manú, o que você mais está gostando da vida de casada?
Quando a Solange falou aquilo, eu nem precisei me virar para saber que era ela que estava falando, pois já a reconheci pelo tom de voz e pelo sotaque (ela é do Tocantins e têm um sotaque meio goiano e meio paranaense). A Manú então se virou para ela e respondeu cinicamente:
— Deixa eu ver... o que eu mais gosto do casamento... humm, já sei: é do sexo selvagem!
Depois dessa resposta foi silêncio total e rapidinho eles foram embora.
E agora, a Manú vendo a minha brincadeira, me deu uns tapinhas e falou:
— Claro que ela vai querer sexo com você... não precisa nem ser selvagem. Basta você foder a xereca dela! É tudo o que ela quer!
O interessante foi que, depois de alguns dias do ocorrido, topei com o Fernando e pedi desculpas pelo que a Manú falou. Ele aceitou as minhas desculpas e quis fazer uma brincadeira meio de duplo sentido, dizendo que ele imaginava a dificuldade que eu tinha para pilotar (isso, ele usou exatamente esse termo) um mulherão igual a Manú, que deveria ter fogo para saciar uns três homens ao mesmo tempo.
Na mesma hora que ele falou aquilo eu me lembrei da história que a Manú havia contado, da Solange oferecendo o marido para a Tais. Então eu fechei a cara, deixei bem claro que gostei da brincadeira e disse que eu sozinho já dava conta de sobra daquele avião.
Depois de responder à minha brincadeira, a Manú pegou a caixa com os brinquedinhos sexuais e a levou para o closet e continuamos com a arrumação por mais algumas horas.
Quando eu terminei de arrumar tudo lá embaixo, subi para o andar dos quartos, chamando pela Manú e ela não respondeu. Quando entrei no nosso quarto ela saiu do closet, usando somente o body sexy e transparente e uma sainha, também transparente, tipo de ballet, enrolada na cintura. Meu queixo caiu e quase foi parar no umbigo. Ela estava muito mais gostosa do que já é normalmente. O body estava moldado em seu corpo delicioso e evidenciava muito das suas qualidades, as quais ela sempre tentava esconder de todos, menos de mim, que eram os peitos durinhos, a cintura fina e a barriga chapada. Pela transparência do tecido dava para ver claramente as marquinhas de sol de um biquíni bem pequeno, que ela havia usado para se bronzear. Só não dava para ver o espetáculo que é a bunda da minha mulher, mas eu me lembrava que embaixo daquele body havia uma fenda para mostrar a bocetinha e a parte de trás era só um fiozinho.
Ela só sorriu, com aquela boca carnuda, antes de falar:
— Beto, fecha essa boca, para de babar e vai tomar um banho, pois hoje eu quero um sexo selvagem!
Cheguei perto da minha esposa, lhe dei um beijo, dei um apertão naquela bunda dura que ela tinha e fui o mais rápido possível para o chuveiro.
Quando voltei do banho, enrolado na toalha, ela estava deitada na cama e os brinquedos sexuais estavam todos cuidadosamente colocados na frente dela. Ela abriu um sorriso gostoso e perguntou:
— Vamos brincar de quê?
Vocês não imaginam o desejo que eu sentia por aquela mulher. Comecei a beijá-la dos pés até a boca. No caminho tirei a saia, deixando a xoxotinha dela exposta. Foi uma das preliminares mais deliciosas que já tivemos. Me faltaram mãos, bocas e línguas para acariciar todas as partes daquela mulher, pois eu queria fazer tudo ao mesmo tempo.
Depois, peguei um óleo de massagem e comecei a passar em suas pernas, brinquei só um pouquinho com o grelinho dela e já fui virá-la de bruços. Ela sorriu e resistiu. Eu entrei na brincadeira e a virei, usando a força. Foi então que eu notei outra surpresa: Ela estava usando o plug anal. Subi, dei uma mordida na orelha dela e falei:
— Sua safadinha... eu tenho outra coisinha linda que vai entrar nesse cuzinho hoje...
Ela se virou de barriga para cima, quase gargalhando. Então eu olhei para o lado e peguei o vibrador com massageador de ponto “G” e clitóris, que era um falo rosinha e aveludado de uns 15cm e o vibradorzinho menor, preso no meio dele, tinha uns três centímetros. Coloqueis as duas pilhas, liguei e olhei, para a Manú, que até mordeu os lábios. Encostei a cabeça maior no grelinho dela e o gemido de prazer foi quase imediato. Me ajoelhei ao lado de sua cabeça e a deixei mamar a minha pica dura, enquanto eu brincava com a sua xoxota.
Ela me mamou com uma volúpia que poucas vezes eu vi igual e, depois que ela gozou a primeira vez, só esfregando o vibrador na velocidade dois (esse tinha 10 velocidades) eu comecei a penetrá-la com esse mesmo vibrador. A Manú estava tão lubrificada que quase não tive dificuldades em colocar ele todo dentro dela. Alinhei o vibrador menor, colocando-o sobre o grelinho dela e liguei novamente. A Manú ficou louca, movimentava o quadril, gemia e pedia para que eu a fodesse. E o seu segundo orgasmo foi bem mais forte que o primeiro, pois ela gritou enquanto falava obscenidades no meu ouvido.
Tirei o vibrador de dentro dela e também o plug do seu cuzinho e caí de boca naquela xoxotinha lisinha. Eu queria lamber o máximo do gozo dela. Pressionei o meu rosto contra a sua boceta e suguei tudo que pude. Abri bem as suas pernas e fiquei em uma posição na qual eu lambia a bocetinha e o cuzinho.
Quando já estava saciado, peguei o lubrificante e passei uma quantidade generosa no cuzinho dela e recoloquei o plug. Ela então ficou de quatro na cama e me pediu:
— Vem meu macho. Me fode! Agora eu quero uma pica de verdade.
Não há como desobedecer a uma ordem daquela! Posicionei o caralho na entrada da xoxota e empurrei com tudo. Ela deu um gritinho e eu nem liguei. Segurei as suas ancas e comecei a foder forte aquela bocetinha apertada. A Manú rebolava, empinava a bunda e jogava o corpo para trás, como que pedindo para que eu metesse mais forte e fundo. Ela gemia alto e pedia para meter mais forte. Eu estocava sem dó e com ritmo, metendo a pica bem fundo e com força.
A visão daquele plug atolado no cuzinho dela era um afrodisíaco maravilhoso. A foda estava frenética e quando eu disse que ia gozar ela pediu:
— Goza na minha boca...
Adorei a determinação dela. E ela já foi se virando de frente para mim, abocanhou o meu pau e começou a fazer o vai e vem com a boca, enquanto que, com uma das mão me apunhetava e a outra apertava a minha bunda.
Eu só gemia e com um urro anunciei que estava gozando. E a Manú, como se fosse uma puta faminta, fez o que pôde para não desperdiçar nem uma gota sequer de porra. Saboreou cada jato de sêmen que eu joguei em sua garganta, engoliu tudo e depois deu um banho de língua na minha pica, deixando-a limpinha.
Só então ela se ajoelhou de frente para mim, deu um sorriso vitorioso, abriu a boca mostrando que havia engolido tudo e me deu um belo beijo. Seu rosto era uma felicidade só, pelo prazer que ela havia sentido e me dado.
Quando não estávamos nos comendo, passávamos horas e horas conversando. E a cada dia que eu passava ao lado da Manú aumentava a certeza de que ela era a mulher perfeita para mim. Nosso amor e a nossa cumplicidade só aumentavam e a cada dia eu me apaixonava mais pela minha esposa.
Nessa noite ainda ficamos namorando na cama e logo ela ficou excitada de novo. Ela estava deitada, se apoiando no cotovelo e me deu seu sorriso mais libertino. Aquela roupa dela por si só já era um afrodisíaco. Ela se levantou e fez uma dancinha sensual, um delicioso strip-tease e no final nos beijamos. Nos esfregamos, eu comi mais um pouco a xoxota dela e depois eu peguei o gelzinho anestésico para comer cú e a enrrabei bem gostoso, a fodi por um tempão, segurei ao máximo o gozo, enquanto ela implorava: “— Não para... não para... não para!” — No final, depois de gozar fartamente encima daquele espetáculo, que é a bunda dela, ainda fui recompensando quando ela falou: “— Beto, nosso laço é eterno! Eu te amo!!!”.