Desde muito novo, quando ainda não entendia as mudanças físicas em seu corpo, e no que significava ser um Alfa, Caique Vitorino já nutria um desejo pelo primo mais novo, Isaac, um Ômega puro. Como de costume entre os nobres, o pequeno Isaac já estava comprometido e destinado a um jovem Alfa de uma família igualmente rica a sua, um método antigo que usavam para conseguirem fortalecer laços e também o poder. Afinal de contas, não se podia manter uma imagem sem ter como custeá-la. O casamento era uma troca de interesses, frio e calculado para que pudessem crescer. Amor? Isso era coisa dos pobres, que escolhiam seus pretendentes de acordo com o coração e o acaso do destino, que sempre arranjava um jeito de unir um Alfa com seu Ômega ou Beta, esse último sendo considerado de classe inferior, pois não eram capazes de acessar o seu lado lobo em qualquer circunstância e nem engravidar, no caso dos homens, diferente dos Ômegas machos que possuíam tal dádiva.
Em um canto distante Caique observava, enfurecido pelo sistema e o maldito plano sórdito e cruel do destino, que parecia zombar de sua cara, quando há alguns metros de sua mesa no salão principal da mansão do seu tio Roberto, pai de Isaac, assistia o desenrolar daquele encontro arranjado do seu primo mais novo e o seu predentende Alfa. Uma aura ameaçadora se apossava de Caique toda vez que o maldito Alfa tocava Isaac, que inocente e condicionado a ser um submisso, retribuia os jestos com um sorriso forçado, agindo segundo o que seus pais esperavam dele. Todos perceberam o péssimo humor de Caíque, que se mantinha afastado e alheio a todo resto ao seu redor, sua visão estava voltada ao casal, mais especificamente em seu primo Isaac, que após muitos drinks, se levantou da mesa e saiu do enorme salão desacompanhado. A deixa perfeita para que o Alfa pudesse finalmente dar o bote e reivindicar o seu Ômega.
— Isaac, espera! — ele correu, segurando o pulso do Ômega, que após o susto inesperado, sorriu ao perceber quem era. Não foi preciso um convite para que se jogasse nos braços do primo, que atormentado pelo ciúme, laçou o corpo magro e pequeno de Isaac com seus braços fortes. Era um exímio Alfa, um dos mais cobiçados, forte, alto e viril. Caique renderia filhotes fortes. — Aonde estava indo, primo? — ele perguntou, fungando o cheiro doce que vinha dos cabelos negros do Ômega, pois era mais baixo que ele, batendo na altura do seu peito.
— Só queria me afastar, respirar um pouco… — o pequeno suspirou, deitado com o seu rosto no meio do peitoral maciço e aconchegante de Caíque. Ele adorava sentir os músculos do primo, e no quanto era delicioso estar aninhado em seu corpo musculoso e… sexy. — Estou com 18 anos, Caique. O papai quer que eu me entregue ao Lorenzo, essa noite. Eu não quero fazer isso. O que eu posso fazer? — o olhar suplicante quase derreteu o coração do Alfa.
“O papai quer que eu me entregue…” o Alfa pensou, com aquela frase reverberando em sua mente ciumenta, que já criava imagens do primo deixando outro homem possuir o seu corpo virgem, ele tomou coragem de fazer o impensável. Ele não deixaria aquele merda encostar um dedo no seu Ômega.
— Só tem um jeito, Isaac, e eu posso te ajudar — o Alfa comentou, se afastando do primo e o segurando pelos ombros, analisando seu lindo rosto e os lábios perfeitos, incrivelmente tentadores. Seu pau pulsou na cueca só de imaginar Isaac o chupando. — Confia em mim? — perguntou, não havia nenhum pingo de brincadeira em seu tom, estava sério como Isaac nunca havia visto, muito diferente do amoroso e brincalhão que era. Aquele Caique estava embebido de uma aura diferente, exalando um odor que deixou o Ômega esquisito. Excitado.
— Confio!
— Vai ser doloroso, pois é a sua primeira vez. E bom, eu não sou muito pequeno — ele deixou o mais novo a par, ciente dos seus atributos. Do dote invejável que possuía no meio das pernas.
— Como assim? Não estou entendendo, Caique? — um pavor genuíno pôde ser visto nos olhos do pequeno.
— Eu vou te comer. A gente vai trepar — foi direto. — É o único jeito, Isaac. Preciso te marcar, só assim a gente consegue quebrar o contrato e você fica livre. Vamos? — estendeu a mão para que o primo pegasse, um pouco ansioso, pois Isaac pareceu um pouco receoso, mas acabou pegando em sua mão e entrelaçando seus dedos firmemente como um casal.
— Vamos para o meu quarto, lá ninguém vai nos atrapalhar — Isaac falou, correndo ao lado do primo, que apenas assentiu e continuou seguindo pelos enormes cômodos e corredores gigantescos da mansão.
Ao longe, fumando seu charuto, Antônio Vitorino, pai do Caique, viu o momento que o seu filho mais velho e o seu sobrinho Isaac subiram a escadaria e sumiram pelo corredor que levava para o quarto do Ômega. Ele deveria intervir, pois sabia o que Caíque tinha em mente, e no escândalo que aquilo iria se tornar, mas o seu lado Alfa e paternal, lhe dizia que aquilo era a decisão que aqueles jovens deveriam arcar sozinhos no futuro. Em uma última tragada, sorriu, cúmplice do que o filho estava prestes a fazer.
— Viu aonde o Caíque foi, meu amor? — sua esposa o olhou preocupada, sabendo do quanto o filho estava furioso com o primo prestes a oficializar o acordo com a família de Lorenzo.
— Deve estar se divertindo com algum Ômega, sabe como esses jovens são nessa idade. Vai saber? — deu de ombros, acobertando o seu filho. Imaginando que nesse momento Caique já devia estar dentro do pequeno Isaac, o fodendo.
— Coitadinho, deve ser tão difícil para ele — sua mulher pôs a mão no peito, compadecida pelo filho — espero de coração que ele encontre alguém. Ele é um rapaz tão doce e carinhoso, mesmo que esconda tudo isso debaixo dos músculos e da cara de poucos amigos.
— É, ele vai conseguir superar…
O homem abraçou a esposa pelos ombros, escondendo um sorriso maldoso ao enfiar seu rosto na curva do pescoço dela.
Enquanto a festa se desenrolava animada no salão, os dois primos lobos estavam se atacando em um beijo feroz e que determinava a paixão que nutriam a muito tempo, com Caíque pressionando Isaac contra a cama kingsize, se jogando contra ele com todo o peso do seu corpo másculo, um Alfa com mais de um e noventa de altura, adornado em músculos que ganhou dos anos de lutas e treinos. A condição de Alfa auxiliou e muito para que se brindasse por inteiro, uma máquina mortal assassina, mas que naquele momento só desejava o delicado Ômega embaixo do seu corpo. Pequeno e inocente, era um pecado o que estava prestes a fazer com ele.
Inundado no prazer de ter o seu ômega submisso embaixo dele, Caíque se encaixou no meio da bunda lisa e convidativa do menor, abrindo caminho, se alojando fundo no buraco apertado de Isaac, forçando a elasticidade de suas pregas que cederam ao mastro que o dividia ao meio. Um Alfa era muito mais forte, veloz e grande —- em todos os sentidos, corpo e pau —-, eram exímios reprodutores, carregando picas imensas feitas para fecundar os Ômegas. Caíque não fugia à regra, sendo extremamente dotado, arrombando cada prega que teimava em não deixar sua rola entrar. A visão do anelzinho do Ômega se abrindo até o seu limite para o receber, enlouqueceu Caíque, que em uma estocada bruta se enterrou de uma só vez, fazendo com que o primo gemesse alto como uma gazela ferida ao ter seu corpo invadido. O coito durou quase 40 minutos, com Caíque esfolando o rabo do primo em um vai e vem delirante, prazeroso para ele que possuía o corpo do outro a seu bel prazer, alcançando o céu toda vez que o cuzinho de Isaac apertava sua rola como se o abraçasse, massageando o seu membro que pulsava como um coração dentro do Ômega. Estava alheio ao sofrimento de Isaac, que aguentou as estocadas como um guerreiro, se agarrando ao tronco molhado de suor de Caíque, arranhando suas costas largas e fortes, lhe causando uma ardência incomoda com as unhas, mas que ao mesmo tempo o excitou ainda mais. O Alfa não suportou as diversas sensações que seu corpo experienciou, um misto de posse e desejo puro, animalesco, como se fossem feitos um para o outro, a peça que faltava no quebra cabeça de sua vida. Foi uma das poucas batalhas da sua vida que Caique não ficou triste em perder, pois no apice do prazer, quando começou a despejar sua porra dentro do rabo do primo, ele teve um vislumbre do paraiso, de como aqueles segundos de pura dopamina e tesão o deixaram drogado. Sua droga? Isaac, seu primo Ômega que o esperou todos esses anos, e que só no momento que quase o perdeu, conseguiu tomar coragem para se virar contra todas as regras da sua família e reivindicar Isaac.
— Ai, Caíque, está doendo primo! — o pequeno Ômega se remexeu na tentativa de escapar da jeba imensa que estava atolada em seu cu. As pernas abertas na posição de frango assado estavam lhe deixando muito exposto, aberto e vulnerável. — Tira! — choramingou.
— Xiiiiii… Calma, a gente se conectou, relaxa. Não tente tirar meu pau de dentro de você, se forçar vai ser pior, isso é natural — o Alfa acariciou o rosto belo do seu amado primo que estava ainda mais bonito todo suado e com a respiração descontrolada. Ele sabia que era doloroso para um Ômega receber um Alfa em seu cu, mesmo que tivessem nascido para essa função. Era até estranho imaginar que a natureza reservou todos os tipos de habilidades físicas aos Alfas, mas delegando aos Ômegas a função cruel de serem parceiros de seres tão truculentos e insaciáveis, movidos ao desejo e instinto de sua natureza Alfa.
Apesar de mais fracos, os Ômegas geralmente eram dotados de muita inteligência e beleza, sempre assumindo cargos de prestígios na sociedade, mesmo sendo vistos como inferiores e motivos de piadas machistas. Todo emprego que exigia do cérebro, eram destinados aos Ômegas. Os Alfas por sua vez eram criados a ferro e fogo, sem muitos privilégios, aprendendo desde cedo a serem homens fortes e capazes de proteger os mais fracos. Um Alfa devia suportar a pressão do mundo sem reclamar ou chorar. Por causa dessas e outras que os Alfas sofriam muito com ataques de raiva, sendo violentos e explosivos. Um dano irreversível que advinha das suas criações, que os ensinaram a nunca temer nada.
Em um rápido movimento, Caique mordeu a lateral do pescoço de Isaac, completando a reivindicação.
Após o brilho avermelhado dos olhos voltarem ao castanho escuro natural, Caique observou o estado do primo, se compadecendo ao constatar que havia perdido a racionalidade, o que deixou Isaac todo trêmulo, as pernas bambas que estavam chacoalhando devido aos espasmos, o que se evidenciava com o seu cuzinho que não parava de apertar o membro vigoroso do Alfa, que era tão quente e apertado. O acolhimento que o buraco do Isaac tinha com o seu pau, quase fez o Alfa perder a razão novamente, mas se controlou, sabendo que mais uma rodada de sexo e Isaac desmaiaria nos seus braços assim que tivesse o rabo sendo bombado pela sua rola novamente. Aos poucos, Caique saiu de dentro de Isaac, percebendo que a conexão havia enfim sido encerrada. Um gemido doce escapou pelos lábios do Ômega assim que a cabeça em formato de cogumelo do pauzão do primo saiu de dentro, acompanhada do leite cremoso de macho. Um filete de sangue machava o cacete de Caique, assim como a entradinha arrombada de Isaac, que ao se contrair, expurgava a sua porra que tinha um pouco do liquido rubro. Era oficial, Isaac não era mais virgem, e tinha um companheiro destinado ao seu lado, Caique.
— Precisa se lavar, Isaac! Ômegas não podem ficar com o cuzinho esporrado por muito tempo. Vem comigo, meu amor — se apressou, vendo uma bolha gosmenta de esperma escorrer pela entrada do primo e descer pela parte interna das suas coxas, um sinal de que ele havia enchido o primo com muito leite, o que era perigoso, pois corria o risco de Isaac engravidar.
Com seus braços potentes, Caíque carregou o primo como se fosse uma donzela ferida, o levando para o banheiro sem dificuldades.
— Ai, Caíque… está frio — o Ômega disse manhoso em seus braços assim que ele ligou o chuveiro e a água gelada caiu sobre os seus corpos.
— Eu sei, desculpa, vou mudar — ele riu com o jeito fofo que o primo se agarrava ao seu corpo, como se quisesse se esquentar na sua pele, compartilhar calor — Assim está melhor, seu dengoso? — perguntou, recebendo uma mexida de cabeça como confirmação. — Preciso te lavar por dentro, só fica quietinho e me abraça. — Caique desceu sua mão pelas curvas do primo e adentrou o rego liso e durinho da bunda de Isaac, forçando o seu dedo indicador na entrada lanhada dele.
— Hum, dói! Estou muito sensível — o menor gemeu fino com o dedo de Caíque o abrindo, puxando o montante do leite que ainda estava no seu cu.
— É preciso, esqueci da camisinha assim que entramos no quarto, o seu cheiro me enlouqueceu — o Alfa comentou, terminando de ensaboar o meio das nádegas de Isaac, se livrando de qualquer resquício de semen.
— Você é muito grande… — o mais novo se assustou ao olhar para o seu pé e ver a rola pesada e dura de Caíque, um antebraço sem mão. Era grosso e repleto de veias que o deixavam assustador.
— Não faça isso….
O primo mais velho tentou impedir, mas era tarde demais, Isaac segurou seu cacete com suas duas mãos, o punhetando lentamente, sentindo-o pulsar em suas palmas. Era duro e ao mesmo tempo macio —- quente, com o sangue sendo bombeado pelas veias saltadas na sua pele morena —, por voltar recentemente de uma viagem em uma cidade com praias e muito sol, a marca da sunga boxer demarcava as dimensões do tecido em sua pele, com a região do penis mais clara que o resto da sua pele.
— Porra, Isaac, assim eu não consigo me controlar — o Alfa arfou, espalmando as mãos na parede, prendendo o primo no meio dos seus braços.
— Você enfiou tudo isso dentro de mim? — ele perguntou inocente, medindo o pau com as mãos. Isaac não acreditava que tudo aquilo estava dentro dele. Como? Era impossível. É por isso que o seu corpo parecia ter sido rasgado ao meio e o seu cuzinho estar tão dolorido.
— Quase tudo… — o Alfa encostou sua testa no ombro do primo, procurando manter a sua besta trancafiada. — Te poupei de alguns centímetros… fui bonzinho, sabia?
— Esse foi o seu jeito bom? — Isaac o olhou, soltando o pauzão pulsante, e subindo suas mãos pelo abdômen trincado do outro, parando ao encontrar o peitoral do mais velho que eram tão vistosos. Ele sempre admirou o físico de Caíque, mesmo quando ainda eram novos. — Tenho medo de quando estiver no modo lobo mau. Vou ficar cadeirante com essa coisa em mim — o menor provocou.
— Suas pernas não soltaram meu corpo em nenhum segundo — o Alfa retrucou, olhando para o primo, que sorriu com a sua constatação.
Com a respiração tão próxima um do outro, Isaac não se segurou e juntou seus lábios ao do primo, que retribuiu na mesma intensidade e desejo. Ele sonhou com esse momento a muito tempo, guardando essa vontade de todos, achando que Caíque só o via como o primo mais novo e imaturo. O Ômega sofreu ao saber que o outro já tinha transado, sendo experiente no sexo. Era normal para os Alfas começarem a vida sexual muito cedo, pois era visto com bons olhos pelos outros de seu tipo que eles deveriam aprender a possuir e dominar aqueles que consideravam suas presas. Caíque não era um santo, não podia dizer que se arrependeu de todas as vezes que comeu um Ômega e o deixou todo arregaçado e fraco embaixo do seu corpanzil. Não era de ferro, o desejo de um Alfa não é algo que se pode controlar muito bem na adolescência. É por causa desses motivos que as escolas eram divididas, com os Ômegas estudando juntos e os homens e Alfas em outro lugar. Caíque se lembrava muito bem das vezes que escapou de casa e se aventurou pela cidade, fodendo Ômegas e mulheres que não conseguiam negar sexo para aquele monumento em forma de homem. Tudo era robótico e extremamente carnal e cru, Caíque não se importava com o rosto de quem ele comia, sempre os mantendo de quatro para si, focado inteiramente no prazer de esfolar um buraco ou uma boceta apertada. Esse seu período de farra só acabou quando se alistou no exército, lugar onde teve os momentos mais rígidos e cruéis da sua vida. Foram os anos que ficou afastado da família e de Isaac. Os Alfas eram proibidos de se encontrar com qualquer Ômega ou garota, era uma prova árdua para aprenderem a controlar seus impulsos. Mas, quando a testosterona estava muito alta, Caique recorria a velha masturbação ou fodia algum Alfa que se deixava ser fodido —- o que era um tabu na sua sociedade, Alfas eram homens, não podiam ser submissos —-, mas, que no momento de tesão, eles pouco se importavam, se revezando no rabo do colega Lucas, que se excitava com aqueles rapazes altos e fortes entre os 18 e 22 anos de idade o cercando, todos loucos para foder algum buraco apertado que pudesse acalentar a solidão de suas picas colossais.
— PORRA, CAIQUE, SEU PAU É GIGANTE… Calma, calma! — o Alfa submisso pedia, sentindo o colega de farda arrebentando seu rabo.
Caíque se lembrava dessa época, ele tinha 21 anos, era o seu último ano servindo e poderia sair ou continuar, ficava a critério dele. Ele quase continuou, mas ao saber que haviam escolhido um pretendente para o seu primo mais novo de 17 anos, Isaac, o Alfa se revoltou e não teve dúvidas em desistir. Iria tomar o pequeno Isaac para ele, só não sabia como faria para convencer seus tios a encerrar o acordo. Os colegas de farda o incentivaram a tomar o primo para si, principalmente o Lucas, o Thiago e o Kleber, que se tornaram seus melhores amigos anos mais tarde. Eles dividiam o mesmo quarto com mais quatro Alfas: Marcelo, Henrique, Juan e Thierry. O cheiro de meia e botina suada no quarto fazia qualquer um desmaiar, fora o indescritível cheiro de esperma que toda madrugada era sentindo assim que batiam punheta. A situação era tão triste, que Caíque se masturbava toda noite, sujando seu lençol de cama fino e velho. Os dos colegas não eram diferentes, cheios de mancha de porra. Essa situação precária só amenizou quando tomado de coragem e confiança nos colegas, Lucas os revelou que sentia tesão em ter seu rabo preenchido por consolos, e que muitas vezes fodeu Ômegas com um vibrador enfiado no anus. Essa foi a deixa para que os outros fizessem seu cu de depósito, o enrabando uma vez por semana, pois ele não era de ferro e mesmo sendo Alfa, era impossível aguentar tanta rola de uma só vez.
— Pega leve, Caíque, vai estourar o Luquinhas assim — resmungou o Juan, um ruivo alto e cheio de sardas no rosto. Ele era o que mais endeusava o corpo do Lucas, o que não passou despercebido pelos companheiros. Um Alfa apaixonado por outro Alfa não era incomum, mas também não era visto com bons olhos, principalmente pelos mais velhos que seguiam à risca a tradição.
— Ele tem razão, teu pau é muito grande cara — o Henrique veio em defesa do amigo, concordando com Juan.
— Caique, meu cu cara! — o Alfa puto choramingou, levando a mão até seu próprio pau e se masturbando, tentando extrair algum tipo de tesão daquilo.
— Já chega, porra! — o Juan empurrou o Alfa que caiu de lado no chão, o pauzão jorrando leite por todo o chão e na perna do trêmulo Lucas, que desabou sentindo o vazio no seu rabo. — Que merda foi essa cara? Tu estuprou o Luquinhas, cacete. — Bramiu raivoso e enciumado.
— Eu…
— “Eu” o que, caralho? — mesmo mais fraco que Caíque, Juan o peitou de igual, afinal era um Alfa também.
— Foi mal, eu estava com a cabeça longe e sem querer descontei no Lucas — ele olhou para o amigo que se sentou com dificuldade no chão, o cuzinho avermelhado e inchado depois de levar uma surra de piroca do bravo Caique —, eu estou com um problema na família. Eu não sei o que eu faço… Ah, caralho! Me perdoa, Lucas, eu me descontrolei e acabei descontando em você — o clima esfriou, pois eles nunca viram o Caíque daquele jeito, o olhar perdido.
— O que foi, mano? Pode contar pra gente —- o outro colega, Thierry, segurou seu ombro para lhe deixar à vontade para se abrir.
— Meu primo vai assinar um acordo com o Alfa de uma outra família, é uma união de negócios — ele finalmente se abriu. — Eu o amo! Não sei o que fazer. O perdi para sempre…
Os outros se olharam, realmente entendendo a merda da situação, pois era comum os nobres submeterem seus filhos a essa crueldade antiga.
— Você pode reivindicá-lo, Caique — o Lucas deu a ideia. — Nenhum Alfa irá querer ter um Ômega com o cheiro de um outro Alfa.
— Mas ele pode ser expulso da família, é uma das regras — Kleber comentou, sabendo o que acontecia com os Alfas que roubavam o pretendente do outro. — Isso nos melhores das situações.
— É um preço a se pagar pelo seu Ômega, se o ama de verdade… — Lucas o olhou, o encorajando.
— Eu amo…. amo pra caralho, Luquinhas — ele voltou a se animar, traçando um plano maquiavélico. — Tudo dependerá se o Isaac aceitar.
— Ele vai, pode botar fé — os amigos o incentivaram, esquecendo do clima pesado que ficou a minutos atrás.
Foi dessa maneira que após os meses que se seguiram, Caique saiu do exército e foi buscar seu amado Ômega, que movido a saudade do primo mais velho, foi ao seu encontro assim que ele desceu do carro na frente da mansão. Roberto, o pai de Isaac, temeu a volta do sobrinho, mas fingiu cordialidade com Caíque. O plano do Alfa apaixonado parecia tão simples quando estava no exército, mas se mostrou muito complicada de ser colocada em prática, pois Isaac era guardado a sete chaves, mal conseguia ficar alguns minutos a sós com o primo. Foram dois anos complicados, o amor entre eles só crescia a cada dia, mas não podiam fazer nada. A oportunidade perfeita seria na festa de oficialização do noivado de Lorenzo e Isaac, o que foi bastante produtivo, pois tudo se encaminhou da maneira que o Alfa imaginou. Ele havia reivindicado o pequeno Isaac, era o seu único Alfa, seu parceiro da vida.
Um clima de tensão era sentido na sala de estar, logo pela manhã. Os pais de Lorenzo, os do próprio Caíque e de Isaac, estavam sentados, a raiva era notória no rosto do velho Álvaro, que parecia impaciente à espera do Omega prometido a seu único filho Alfa, Lorenzo.
— Bom dia, família! — Caique desceu as escadas, cumprimentando a todos no recinto, sendo debochado.
— Onde está o meu filho? — Roberto foi direto, se segurando para não avançar no sobrinho Alfa. Caique sorriu malicioso, olhando para ele.
— Estou aqui pai — Isaac desceu os degraus, estava andando com dificuldade, o cuzinho reclamava da invasão bruta da noite anterior.
— Oh, céus!
— Filho? — Roberto deu dois passos para trás, abalado ao perceber a enorme marca da mordida no pescoço do filho. — Você o marcou, desgraçado, sabe o que nos causou? Tem ideia, maldito?
A discussão tomou precedentes que Caíque já imaginava enfrentar, mas se manteve firme, a todo momento segurando seu Omega pela cintura, tentando passar coragem e confiança para o pequeno.
— Quero providências, agora Roberto! — Exclamou o velho Álvaro, direcionando seus olhos furiosos na direção do casal. — Isso é um insulto à minha família e ao meu filho que esperou todos esses anos para se casar com Isaac. Quero meu dinheiro e que esse moleque pague pelo seu ato. — Sentenciou.
Roberto era um homem de negócios, sentindo o peso de ter que reembolsar todos os anos de investimento em seu filho.
Vendo o clima pesar, António Vitorino se levantou do sofá, calmo e sem expressar nenhuma emoção em seu rosto. Caíque se animou assim que ele pousou uma mão em seu ombro e olhou para os familiares sentados — o Álvaro tem razão, meu filho agiu de uma maneira incorreta e deve pagar pelos seus atos….
Todos se espantaram, até mesmo Caíque, que não esperava ser apunhalado pelo próprio pai.
— Ambos devem pagar pela vergonha que fizeram o menino Lorenzo passar — continuou. — Vocês dois estão expulsos da nossa família. Escolheram se tornar um só para o resto da vida, então iram ser punidos juntos.
— Meu amor, é o nosso filho — Deborah, sua esposa, se agitou no sofá, os olhos banhados de lágrimas.
— Que merda é essa, irmão? — Roberto também não gostou da alternativa do seu irmão mais velho.
— Concordo com a decisão do senhor Antônio — o velho Álvaro arrumou a gravata —, é um homem de caráter e honra, Vitorino, uma pena que seu único filho Alfa não tenha seguido seus ensinamentos. — Antonio agradeceu o elogio, vendo a discussão ser dada como encerrada. — Não irei tomar nenhuma medida drástica a respeito dessa traição suja e ardilosa, mas irei querer meu investimento e a expulsão desses dois jovens. Esse é o meu acordo, senão irei afundar o nome dessa família na lama.
Dado por vencido, Roberto apertou a mão de Álvaro, recolhendo o seu orgulho e sinalizando paz.
A despedida de Caíque e Isaac foi acompanhada de muitas lágrimas, suas mães não aceitavam a decisão fria que os homens tomaram, mas se calaram, submissas a decisão de seus maridos.
— Pai, eu…
Antonio ergueu sua mão, sinalizando para o filho parasse de falar. Estavam sozinhos em seu quarto, Isaac estava sentado na sala, esperando-o para partirem e recomeçarem uma vida longe dali.
— Não concordo com sua atitude, mas sei que também não me perdoaria se o visse infeliz a vida toda — ele suspirou, demonstrando pela primeira vez cansaço e tristeza. — Uma pequena quantia foi deixada em sua conta, meu filho. Eu os vi no dia da festa, sabia como iria se encerrar essa história e tomei a frente para que tivessem um começo. Essa foi a melhor maneira para não manchar a reputação da família, mas também a de vocês. Terão a chance de recomeçar do zero, juntos e felizes como sempre quiseram.
Foi só naquele momento que Caíque percebeu o quão inteligente seu pai havia sido no dia que foram pegos. Ele havia realmente conseguido safar a todos sem que o caso viesse a público.
— Obrigado, pai!
— Tenha juizo, garoto! Você tem um Omega ainda imaturo para cuidar. Ele é sua responsabilidade.
— Eu o amo — o jovem Alfa sorriu.
— Sei que ama, por isso os acobertei e fui mais rápido para que Álvaro não desconfiasse de nenhum dinheiro caindo na sua conta — falou.
Os anos que se seguiram foram desafiadores tanto para Caíque, quanto para o jovem Ômega. A vida adulta se mostrou cansativa, mas conseguiram se acertar e seguir da maneira que sabiam. Caique aprendeu aos poucos a reconhecer seu Ômega, sabendo dosar sua pegada no sexo, acariciando e metendo de uma maneira mais amorosa, venerando o corpo do seu amado. Essa conexão de corpo e alma rendeu dois lindos bebês, Joel e Caleb, ambos Alfas, puxando Caique.
Caique devia ter imaginado que seu pai havia sido modesto quando lhe disse que havia deixado uma quantia em sua conta, pois era dinheiro suficiente para anos, aplicando esse dinheiro em uma rede de autopeças, e também, era um ótimo mecânico e sempre foi apaixonado por carros. Em dois anos ele devolveu toda a quantia ao pai, que sorriu orgulhoso do filho ao perceber o grande homem que ele havia se tornado.
Fim.