A Segunda Esposa .Capítulo 21

Um conto erótico de Emilly sissy
Categoria: Crossdresser
Contém 1645 palavras
Data: 11/07/2025 21:13:13

Parte 1

O carro preto estacionou diante da filial de Curitiba. O prédio, imponente e envidraçado, refletia a luz fria da manhã. Embora menor que a matriz no Rio de Janeiro, a unidade exalava sofisticação — o tipo de lugar onde ninguém cochicha, ninguém ri alto, e cada passo ecoa com propósito.

No banco de trás, Luiz ajeitava a gravata, mas o que o apertava de verdade era a calcinha branca de renda escondida sob a calça social. E mais ainda, o cinto de castidade que comprimia sua feminilidade latente. Era como viver dois mundos dentro do mesmo corpo.

Júlio dirigia com seriedade, os olhos firmes na rua.

Aline, ao lado, usava um conjunto cinza perolado, coque bem preso, perfume discreto. Era o retrato da elegância executiva — e estava fria.

Luiz tentava disfarçar a ansiedade, mas sentia: Aline não era a mesma dali pra dentro.

🏢 Filial – 08h01

A recepção os recebeu com formalidade. Subiram ao nono andar, onde tudo era vidro, madeira clara e silêncio. Aline mostrou a mesa de Luiz, próxima à de Júlio. Os dois teriam divisórias baixas, acesso direto à diretora — mas nem por isso, intimidade.

— Luiz vai cuidar da análise das carteiras da regional Sul. Também vai responder pelas previsões semanais e relatórios de desempenho. — A voz dela era técnica, objetiva, impessoal.

— Qualquer dúvida, repasse por e-mail. — completou, sem sequer olhar nos olhos dele.

Durante a manhã, Luiz foi apresentado a outros analistas, sempre da mesma forma:

— Esse é o Luiz. Transferido da matriz. Muito competente. Direto comigo.

E nada além disso.

Nenhum toque. Nenhum sorriso. Nenhum “bom tê-lo aqui”.

Aline era outra ali dentro.

🚗 18h18 – No carro, voltando para casa

O carro descia uma avenida iluminada pelo crepúsculo de Curitiba. Lá fora, a cidade corria. Lá dentro, o silêncio era espesso.

— Você tá estranho hoje, — disse Júlio, dirigindo.

— É o primeiro dia, mas... achei a Aline muito... distante. — respondeu Luiz, sem saber se podia dizer aquilo.

Aline virou-se lentamente no banco da frente, olhou-o nos olhos e falou baixo, quente, como se só ele pudesse ouvir:

— Aqui dentro da empresa... eu sou sua diretora, Luiz. Eu tenho que ser fria. Controlada. Precisa entender isso... porque se eu quebrar a hierarquia por você, vão quebrar tudo em volta de nós.

Ela se inclinou um pouco mais, abaixou ainda mais o tom:

— Mas lá em casa... ou quando estivermos sozinhas... você sabe que eu sou sua amiga. Que eu te vejo. Que eu te quero bem... do jeitinho que você é.

Luiz sentiu um calor no peito. Queria responder, mas ficou apenas com um nó na garganta.

Aline virou-se de volta, cruzou as pernas e falou, agora de forma seca:

— Júlio, amanhã vamos revisar os relatórios da área Norte com ele.

E o resto do caminho seguiu em silêncio. Mas um silêncio muito diferente do que havia no escritório.

⏩ Avanço da semana – Quarta até Sexta-feira

Na quarta-feira pela manhã, às 6h em ponto, Luiza já estava na academia. O treino com Vanessa foi intenso, focado em glúteos e flexibilidade. Mas o que mais a marcou foi o momento em que, de quatro no colchonete, sentiu a mão de Vanessa empurrar sua lombar suavemente pra baixo.

— Desce mais, Lu... assim, isso... Bem molinha... como uma boa menininha treinando pra servir.

Sussurrou no ouvido dela, roçando os lábios no lóbulo.

Luiza mordeu o lábio inferior.

Sabia que era errado se arrepiar.

Durante o resto da semana, a rotina na empresa seguiu firme: Luiz era eficiente, respeitado, metódico.

As reuniões fluíam. Os relatórios eram entregues antes do prazo. E mesmo com o distanciamento de Aline, havia algo gostoso em manter o segredo só delas.

Júlio, do outro lado da divisória, às vezes soltava um comentário neutro, mas seus olhos sempre pareciam estudar Luiz com mais atenção do que deviam.

Na sexta-feira, antes mesmo do alarme tocar, Luiz já estava de pé. 06h00.

Vestiu o short preto, a camiseta solta.

Por baixo, a calcinha rendada. O cinto.

Prendeu o cabelo — que agora estava um pouco maior — e desceu pelas escadas do prédio, enquanto Curitiba ainda bocejava.

Era dia de ver Vanessa novamente.

Parte 2

Sexta-feira, 06h01 da manhã – Curitiba

O portão lateral da academia já estava entreaberto quando Luiza entrou, envolta pela luz fria da rua ainda meio adormecida. Vestia a camiseta preta e o mesmo short masculino de sempre — mas por dentro, o ritual não mudava: calcinha de renda branca e o cinto de castidade firme entre as pernas.

Na mochila, as roupas sociais para o trabalho. No peito, o desconforto habitual misturado com uma expectativa estranha.

Quando virou o corredor da recepção, Vanessa surgia do outro lado, empurrando a porta de vidro. Rabo de cavalo balançando, top vinho, legging bege quase transparente. Sua silhueta era tão feminina, tão moldada, que até quem não sabia... saberia.

— Até que enfim... já achei que a minha princesinha tinha me dado cano. — disse com um sorriso torto. Os olhos desceram discretamente pela frente do short de Luiza.

— A mochila tá pesadinha hoje... trouxe a farda de analista, né?

Luiza assentiu com a cabeça.

— E por baixo do uniforme... continua a rendinha, não é?

Ela congelou.

— Fica tranquila. Eu sei que tem coisa aí que ninguém pode ver... — murmurou, e piscou, virando de costas.

🏋️‍♀️ 06h12 – Área de treino funcional

A academia estava quase vazia. Duas mulheres treinavam ao longe com outra personal. Distraídas.

Vanessa começou direto no solo.

— Deita no colchonete. Joelhos dobrados. Abre bem as pernas. Isso... assim mesmo. Relaxa os quadris. Solta os joelhos pros lados. Tá vendo esse espelho aqui do lado? Olha nele enquanto fica assim.

Luiza tentou manter a postura, mas sentia as pernas expostas de forma humilhante.

— Esses exercícios são ótimos pra quem vai ficar de quatro com frequência... acredite.

Ela tossiu, fingiu não ouvir.

Vanessa se ajoelhou atrás dela e com as duas mãos empurrou suavemente os joelhos de Luiza mais pra baixo.

— Seus quadris já tão soltando... e sua bundinha já começa a entender o que eu quero dela.

A mão dela escorregou até a lateral do quadril de Luiza, pressionando de leve. O toque não era apenas técnico. Era íntimo.

Mais tarde, no agachamento profundo, Luiza perdeu o equilíbrio novamente e caiu sentada. Vanessa riu, aproximou-se e segurou pelas axilas para levantá-la.

— Essa bundinha fraca ainda vai aprender a aguentar carga. Sabe por quê? Porque eu quero ela firme. Redondinha. E toda minha.

Luiza respirava rápido.

O corpo tremia. A cueca molhada. Não, a calcinha.

🤸‍♀️ 06h55 – Alongamento final

Vanessa pediu para Luiza ajoelhar de costas e inclinar o tronco à frente, como se fosse fazer uma saudação. O short subiu, marcando tudo.

Ela se agachou atrás, colocou as duas mãos na cintura de Luiza e murmurou com a voz baixa, mas incisiva:

— Você sabe o que eu tô escondendo aqui dentro da minha legging, né?

Fez uma pausa.

— Eu não sou dessas que sonha com beijo ou romance... Eu sonho com você deitada. De bruços. E eu entrando em você até o final.

Luiza tremeu. A respiração falhou.

— Sabe o que é pior? Toda vez que eu olho pra essa sua cintura fina e essa postura... eu me pergunto quando você vai me deixar te usar do jeitinho que eu quero. Porque eu vou, Lu. Eu vou usar sua bunda... e vou transformar esse seu corpo em tudo que você finge não querer ser.

Ela se afastou e levantou, pegando a garrafinha d’água.

— Mas antes disso... um dia você devia passar lá no meu apê.

Virou-se e olhou por cima do ombro:

— Tem um espelho lá que ia adorar te ver de quatro.

🚿 07h08 – Vestiário masculino

Luiza entrou sozinha. Os olhos fixos no chão.

A calcinha estava colada no corpo, a virilha umedecida pelo calor, o plástico do cinto frio contra a pele.

Ela entrou no box e ligou o chuveiro, tentando afastar o que sentia. Mas não conseguia.

Só conseguia ouvir a voz de Vanessa ecoando:

Parte 3

Sexta-feira, 15h28 – Filial Curitiba

A luz suave da tarde entrava pelos vidros fumês, banhando o nono andar com um dourado sutil. As estações de trabalho operavam num silêncio produtivo, intercalado apenas pelos sons dos teclados e dos passos firmes de quem sabia onde pisava.

Luiz estava concentrado.

A semana tinha sido intensa, mas ele entregara tudo com excelência. Análises finalizadas, relatórios enviados, projeções alinhadas. Júlio, ao lado, chegara a elogiar sua agilidade num tom discreto — o suficiente para que os ouvidos mais atentos da sala notassem.

Mas havia algo a mais no ar.

Enquanto revisava uma planilha no monitor, um pequeno bilhete dobrado surgiu sobre sua mesa, depositado com leveza. Aline passava por trás sem olhar para ele. Continuou andando como se nada fosse.

Luiz abriu.

“Hoje você foi perfeita.

Que tal relaxar um pouco com a gente? 18h no térreo.

Cerveja ou caipirinha?”

No canto inferior, apenas um desenho minúsculo: uma piscadinha feita à caneta.

O coração dele acelerou.

🕕 18h02 – Saguão da empresa

O relógio marcava o fim do expediente. O hall da empresa estava movimentado com funcionários saindo, se despedindo, rindo entre si.

Aline apareceu primeiro. Usava agora um blazer sobre o look do dia, os cabelos soltos, levemente ondulados nas pontas. Elegante e com um sorriso suave no rosto.

Júlio logo atrás, paletó pendurado no braço, camisa semiaberta no colarinho. Os dois pareciam mais casuais do que nunca.

— Pronta, Luiz? — perguntou Aline, olhando-o de cima a baixo com um brilho nos olhos.

— Ou ainda tá se recuperando da drenagem... emocional da semana?

Júlio riu leve. Luiz apenas assentiu.

— Hoje você não é analista. Hoje você é só... Lu. E a gente vai beber até esquecer o Excel.

Aline tocou de leve o braço de Luiz.

— Vambora. O lugar é bonito. Cheio. E você vai adorar.

Os três atravessaram a entrada de vidro juntos, com os primeiros ventos da noite soprando sobre Curitiba.

[ CONTINUA.. ]

Adoro ler os comentários. Quem puder comente se gostou da história.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive Emilly sissy a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de Samas

Tá ótima a série! Quero ver o dia que a Luiza de encontrar com a Vanessa no AP dela.

0 0