Às vezes, o desejo fala tão alto que esquecemos que nem tudo está destinado a acontecer. Meu nome é Davi, tenho 41 anos, e a história que vou te contar aconteceu de uma forma tão deliciosa quanto inesperada — e, por isso mesmo, você vai se encantar.
Vivo com meus filhos, sou viúvo. Sempre procurei respeitar tudo e todos. Porém, sou homem... Que machismo, não é? Vamos reformular: sou um ser humano — e, como tal, tenho meus impulsos.
Tenho uma casa confortável. Sou professor universitário. Não ganho muito, mas também não nos falta nada, e isso já proporciona uma boa qualidade de vida para minha família — e eles valorizam isso. Trabalho em dois turnos, lecionando disciplinas ligadas às ciências humanas.
No segundo semestre de 2018, fui convidado para participar de um ciclo de debates culturais em uma instituição de formação livre. Eram turmas adultas, com estudantes vindos de várias áreas, todos acima dos 18 anos, buscando ampliar horizontes. Eram cerca de vinte e cinco pessoas por turma, cada uma trazendo seus sonhos, inquietações e aquela energia de quem quer ir além. Logo nos primeiros encontros, percebi que haveria ali uma troca intensa de experiências e aprendizados — não apenas de conteúdos, mas também de vivências humanas.
Entre os participantes, havia uma mulher que me chamou a atenção desde o primeiro dia. Yasmin, 18 anos completos, chamava a atenção pela postura tranquila, pela educação no trato com todos, e por uma doçura no olhar que não passava despercebida. Desde o início, percebi uma certa afinidade entre nós — um olhar mais demorado, um sorriso que surgia sem motivo aparente, uma sintonia silenciosa que não precisava de palavras.
Yasmin era uma mulher bonita. Morena, de estatura mediana — algo em torno de um metro e sessenta e dois —, corpo definido, bem cuidado, resultado, talvez, de uma rotina de treinos ou de uma genética generosa. Sua presença não passava despercebida. Era o tipo de beleza que impunha respeito mais do que desejo. Mas, apesar de tudo isso, eu era apenas mais um dos convidados da programação. E, por mais que existisse ali um certo magnetismo, um jogo silencioso de olhares e gestos, sabia que precisava manter minha postura. Entre o que se sente e o que se deve fazer, sempre há uma escolha — e, naquele momento, minha escolha era o equilíbrio.
O tempo foi passando, e os debates se tornaram cada vez mais intensos. A turma começou a se soltar, a participar com mais entusiasmo, e entre todas as vozes, a de Yasmin era sempre uma das mais presentes. Ela fazia perguntas, mostrava interesse pelos temas e, com frequência, me chamava após as rodas para conversar mais. Mas havia algo nos olhos dela — uma maneira sutil de olhar, um brilho particular — que ia além da simples curiosidade intelectual.
Era um olhar... diferente. Intenso. Como se dissesse mais do que as palavras permitiam.
Sempre fui discreto em relação à minha aparência. Não sou exatamente bonito — ao menos não dentro dos padrões convencionais —, mas carrego comigo uma presença marcante. Tenho 1 metro e 85 de altura, 110 quilos bem distribuídos e, digamos, um volume que costuma chamar a atenção. Talvez isso conte pontos para um “negão” como eu — risos à parte, sei que minha figura não passa despercebida.
Foi em uma tarde após o encerramento de um dos encontros que tudo começou a mudar.
O pessoal já se dispersava. Yasmin permaneceu sentada. Esperou que todos saíssem e, com aquele mesmo olhar curioso de sempre, se aproximou de mim.
— Davi… posso falar com você um minutinho?
— Claro — respondi, com um sorriso que tentei manter o mais neutro possível.
Nos sentamos em um canto da sala, agora silenciosa. Nossos olhares se encontraram de forma mais intensa do que antes. Ficamos assim por alguns segundos, sem dizer nada. Mas dentro de mim, algo vibrou. Um arrepio quase imperceptível percorreu minha espinha. Havia algo naquele momento que parecia suspenso no ar.
Então ela quebrou o silêncio:
— Eu queria entender melhor uma coisa que você disse sobre a história do Brasil… Por que foi daquele jeito que você explicou hoje?
A pergunta veio com naturalidade, mas a proximidade, o tom da voz, e o modo como ela me observava enquanto falava… tudo aquilo me fazia questionar se estávamos mesmo apenas falando de política.
Mantendo a seriedade, respondi com calma:
— A história do Brasil sempre foi contada por um olhar egocêntrico, eurocêntrico, onde o dominador escreve o enredo e o dominado é silenciado.
Ela sorriu com leveza e se levantou. Não pude deixar de notar sua beleza. Estava particularmente radiante: o cabelo solto, o perfume discreto, a postura confiante. Continuamos conversando por mais de trinta minutos. Falamos sobre o conteúdo, sobre seus planos, sobre o futuro. Ela sorria com os olhos e o tempo parecia correr diferente ao lado dela.
Foi então que, com naturalidade, ela perguntou:
— Você pode me dar uma carona hoje?
Senti um arrepio me percorrer inteiro. Fiquei em silêncio por um instante, tentando organizar meus pensamentos. A razão gritava. "Ela é jovem", eu dizia a mim mesmo. "Maior de idade, mas ainda assim, há uma diferença." A linha era tênue — perigosamente tênue.
Antes que eu conseguisse dar uma resposta clara, ela quebrou o clima com uma fala que me desmontou:
— Eu sei que isso pode parecer ousado… mas se for o caso, eu te espero na esquina de baixo. Prometo que não conto para ninguém.
Uma mistura avassaladora tomou conta de mim: medo, culpa, excitação, desejo. Era como estar à beira de um precipício. Tudo em mim dizia que eu deveria recuar. Mas havia algo naquela situação que mexia com partes minhas que eu tentava manter adormecidas.
A emoção falou mais alto. Contra todos os conselhos internos, respondi com um simples "sim". Ela sorriu — um daqueles sorrisos que carregam algo de travessura e encantamento — e saiu da sala com leveza, como se soubesse exatamente o que estava fazendo.
Arrumei meus materiais com as mãos trêmulas, disfarcei, esperei todos saírem e fui até o estacionamento. Entrei no carro, ainda com o coração acelerado. Mas lá estava ela, parada na esquina combinada, como havia prometido.
Parei o carro devagar. Yasmin entrou com naturalidade e, antes que eu dissesse qualquer coisa, inclinou-se e me deu um beijo no rosto. Não foi um beijo qualquer — foi molhado, demorado. Fiquei sem ação. Ela olhou discretamente para baixo, notou o volume que se formava em minha calça e me encarou com um sorriso quase provocativo. Sua mão deslizou sobre minha perna com uma naturalidade assustadora. Havia uma maturidade nos gestos dela que contrastava com a juventude. Era como se ela carregasse o domínio de uma mulher feita.
Respirei fundo. Estava entre o impulso e a razão.
— Menina… isso é perigoso — murmurei.
Ela sorriu:
— Não há perigo quando a química acontece.
E foi assim que tudo começou...
Não pensei duas vezes. Guiado por uma mistura incontrolável de emoção, desejo e imprudência, levei minha mão até a cintura dela e a puxei com delicadeza. Nos beijamos ali mesmo, dentro do carro. Foi um beijo longo, cheio de entrega — daqueles que silenciam a razão e fazem o tempo desaparecer por alguns instantes.
Ela correspondeu com intensidade, como se também guardasse aquela vontade há muito tempo. Enquanto nossos lábios se encontravam, meus pensamentos se atropelavam: Que beijo… que mulher surpreendente… que loucura estou fazendo? Era como se eu estivesse fora do meu próprio corpo, assistindo a tudo de longe, dividido entre a paixão e a consciência.
Quando o beijo cessou, ela me olhou com calma e disse:
— Davi… será que a gente pode sair daqui, ir para outro lugar?
Engoli em seco. A tensão no ar era quase palpável.
— Pra onde você quer ir comigo? — perguntei, tentando entender o que viria a seguir.
Sem hesitar, ela respondeu:
— Quero ir ao motel. Nunca fui. Fiz dezoito anos há três meses... e quero muito conhecer. Quero ir com você.
Houve um silêncio breve. Meu coração batia como um tambor. Olhei para ela com uma expressão que misturava surpresa, temor e desejo.
— Você tem certeza disso?
Ela sorriu, tranquila e confiante.
— Desde o primeiro dia que te vi, Davi.
Olhei nos olhos dela e disse, com sinceridade:
— Isso tudo está me deixando com muito medo.
Ela sorriu com leveza, como se já esperasse aquela reação, e respondeu com a mesma firmeza que vinha demonstrando desde o início:
— Sei o que estou fazendo. Quero viver isso com você.
Acelerei o carro, com o coração ainda disparado, e levei-a ao melhor motel que eu podia oferecer naquele momento. Queria, de alguma forma, mostrar que aquilo não era apenas impulso, mas também cuidado — uma tentativa de transformar o improvável em algo memorável.
Assim que entramos no quarto, o silêncio foi preenchido por algo mais forte do que palavras. Ela se aproximou com delicadeza, me olhou nos olhos e, sem dizer nada, me beijou novamente. Um beijo calmo, envolvente, cheio de intenção. Era como se cada gesto dela dissesse: "confia, deixa acontecer."
Ali estava eu — um homem de 41 anos, experiente, vivido — sendo guiado por uma jovem de 18. Havia nela uma maturidade surpreendente, uma segurança rara, algo que ultrapassava o tempo e a idade. E confesso: aquilo me encantou.
Ela começou a se despir com uma leveza quase cinematográfica. Cada peça que caía revelava um corpo que parecia esculpido com cuidado e intenção. Diante daquela visão, fui tomado por um desejo avassalador, desses que não pedem permissão nem explicação. Meu olhar percorreu cada curva com admiração, e por um momento, tudo ao redor deixou de existir.
Aproximei-me, envolvi aquele corpo com o meu e comecei a beijá-la com intensidade — da boca à nuca, dos ombros à cintura. Cada toque era uma descoberta, cada suspiro, uma resposta silenciosa. Sentia o calor da pele dela, a entrega em cada gesto, e aquilo me envolvia por completo.
Ela fechava os olhos e, em alguns momentos, os virava com tamanha intensidade que era impossível não perceber o prazer que pulsava entre nós. Era como se tudo ali estivesse no lugar certo, no tempo exato — uma experiência que fugia do comum e se transformava em algo visceral, profundo, quase irreal.
No momento mais intenso entre nós, senti o corpo dela estremecer. Um líquido suave e quente chegou à minha boca, e eu, tomado pelo desejo, não consegui resistir. Era gostoso, envolvente, e parecia traduzir tudo o que estávamos sentindo naquele instante.
Engoli tudo, com vontade, com entrega. Minha boca se encheu do sabor dela, do prazer dela, e aquilo só aumentou o fogo entre nós. Era como se cada gota dela despertasse ainda mais o meu desejo, como se tudo fizesse sentido ali, naquele instante só nosso.
Tomada pelo prazer, ela mesma começou a tirar a última peça de roupa que ainda me cobria. Seus olhos brilharam ao ver o que estava diante dela, e um sorriso malicioso se formou no canto da boca — como se tivesse encontrado exatamente o que tanto desejava.
Sem dizer nada, se aproximou com vontade e me envolveu com os lábios, como se fosse algo doce que ela esperava há muito tempo. Seus movimentos eram intensos, ritmados, cheios de desejo. Me olhava de vez em quando, como quem sabia exatamente o efeito que estava causando. E continuava, sem parar, como se estivesse esperando o momento certo… o sabor final de tudo aquilo que construímos juntos até ali.
O desejo já tinha passado de qualquer controle. Antes que eu perdesse totalmente o domínio, puxei-a com carinho — e uma certa firmeza — pela nuca, conduzindo seus movimentos com intensidade. Comecei devagar, com ritmo e cuidado, mas logo o impulso tomou conta. Os corpos se encontraram com força, como se já se pertencessem há muito tempo.
Ela me recebia com entrega, sem medo, sem reservas. Os gemidos dela preenchiam o quarto, pedindo mais, pedindo tudo. Cada palavra que saía da boca dela alimentava ainda mais o fogo dentro de mim.
Quando o clímax se aproximou, ela se ajoelhou na minha frente, me olhou com desejo e disse, sem hesitar:
— Eu quero sentir tudo. Me dá o seu prazer. Quero o seu sabor.
E então aconteceu. Foi como liberar algo guardado por muito tempo. A intensidade do momento tomou conta de nós dois. Ela recebeu tudo com vontade, com entrega, e o que escapou, escorreu pelo rosto dela como parte daquele instante único — um retrato do desejo levado ao limite.
Ficamos ali, naquele quarto, entregues um ao outro por toda a noite. O tempo parecia ter parado. Foi mais do que desejo — foi intensidade, conexão, fuga. Entre beijos, toques e palavras sussurradas, vivemos algo que não se repete com facilidade.
Quando o dia amanheceu, a luz suave invadiu o quarto e trouxe de volta a realidade. Ela se vestiu com calma, me olhou com um sorriso leve e me deu um último beijo, como quem sabe que está se despedindo de um momento único.
Nos encontramos outras vezes depois disso. Foram encontros marcados por aquele mesmo fogo, pela mesma entrega silenciosa. Mas, como tudo que é intenso, uma hora terminou. Ela seguiu sua vida, casou-se, construiu outro caminho.
E eu segui o meu. Estou até hoje dentro da sala de aula, cumprindo meu papel com seriedade. Aquela história ficou guardada num canto discreto da memória — não como arrependimento, mas como lembrança de um tempo em que o desejo falou mais alto, e o coração andou mais rápido do que a razão.