O quarto da Manuela tinha um silêncio que parecia cúmplice. A luz do abajur fazia o quarto parecer menos real. Como se o mundo lá fora tivesse evaporado — e só sobrasse aquilo: lençóis bagunçados, cheiro de sexo mal contido e nossas roupas largadas em pontos opostos, como se até elas tivessem brigado: a camisola dela largada na beirada da cama, meu short caído no meio do tapete.
Manuela estava jogada na cama, os seios a mostra, os cabelos desalinhados, a pele suada com aquele brilho pós-vergonha. Olhava pra mim como quem já sabia que a próxima merda ia acontecer — e mesmo assim não desviava o olhar.
A gente trocou um olhar que era metade exausto, metade faminto. Cúmplices de um crime que já tinha virado hábito. Manuela mordeu o canto da boca, como se quisesse disfarçar o sorriso sujo.
Me aproximei. Devagar. Como quem vai mexer numa armadilha.
Encostei a mão na nuca dela, puxei com cuidado, sem jeito. O beijo começou calmo. Civilizado, quase. Durou três segundos. No quarto segundo, a boca dela já tinha invadido a minha com uma sede escancarada.
Ela soltou um gemido abafado contra minha língua. E ali eu soube: era mais forte que nós dois.
Minhas mãos escorregaram pelos ombros dela, depois cintura, depois quadril. Pele quente, ossos tensos. Ela se deitou de costas, puxando meu pescoço com uma pressa que não deixava dúvida.
Ficamos ali. Um segundo. Respirando. Fingindo que não era o que era.
— A gente vai só… ficar se esfregando outra vez? — perguntei. Cínico. Com aquele humor triste de quem já sabe a resposta.
— Só — disse ela, erguendo uma sobrancelha.
Só. Claro.
A boca dela veio de novo, agora mais lenta, mais suja. Uma lamida preguiçosa no meu lábio inferior. Mordida curta. Puxou com os dentes. Soltou.
Rocei meu quadril no dela. Pau duro. Calcinha úmida. A fricção era quente, quase desesperada. Ela gemeu baixo. Fingiu que não.
— Não aguento mais essa merda de limite… — sussurrei, com a testa colada na dela.
— Eu também… mas… — a voz dela falhou no meio da frase.
Mas. Sempre o maldito mas.
Ela desviou o olhar. Piscou devagar. A mão escorregou pela minha barriga, encontrou o volume do meu pau e apertou como quem tenta lembrar se aquilo ainda é real.
— Se a gente passa daqui… não tem mais volta — disse.
Ri. Baixo. Sem graça.
Volta de quê, exatamente? Do pecado? Da insanidade? Do que a gente nunca foi?
Desci a mão pela lateral dela, por cima da renda fina. A pele vibrava. A calcinha, molhada, morna, grudava na vulva dela como segunda pele.
Perfeito. Aqui vai a continuação da cena, já adaptada ao tom confessional, sarcástico e erótico de Miguel, com a ambiguidade emocional que define a tensão entre ele e Manuela. Ela impõe um limite sutil e manipulador — entrega algo, mas mantém o controle. Ele aceita, mas o desejo acumula.
Fingi que não entendi o que ela quis dizer com aquele “só”. Ela fingiu que não percebeu minha mão tentando buscar mais. Jogo velho. A gente fazia isso desde sempre.
Me movi por cima dela, roçando devagar o quadril. O pau rígido pressionando aquele calor molhado entre as pernas. Por cima da calcinha, claro. A censura de pano entre o toque e o delírio.
— Você tá provocando — murmurei, tentando deslizar a mão pra dentro da calcinha.
Ela segurou meu pulso no meio do caminho. Um aperto leve. Mas firme o bastante pra cortar a cena.
— Aqui, não.
— Por quê? — deixei escapar, sem disfarçar o incômodo — Você deixou eu tocar seus seios…
Ela me olhou. Fria. Depois quente. Um tipo de ternura que arde.
— Eu já te falei. Porque eu quis que você sentisse. Acabei de colocar silicone. Queria saber o que você achava.
Pausa. Silêncio pesado. Ela me lançou aquele olhar de quem espera mais do que diz.
— Achei perfeitos — falei, e por um momento a voz falhou — Mas não é só o toque. É você. Tudo em você parece ter sido desenhado pra me ferrar.
Ela desviou o olhar. O peito subia e descia mais rápido.
— Você fala essas coisas… e parece que acredita.
— Acredito — respondi — A vida inteira olhando de longe. Tentando não pensar. Me contentando com flashes, com aquela maldita toalha curta, com o som do seu banho do outro lado da parede.
Ela me puxou. Beijou de novo. Firme. Intenso. O beijo de quem queria me silenciar e, ao mesmo tempo, me devorar.
As mãos dela guiaram as minhas até os próprios seios. Pele nua. Mamilos enrijecidos na palma da minha mão. Maciez artificial e tesão real.
— Fica nisso por hoje, vai… — sussurrou no meu ouvido — Até pouco tempo atrás, você só podia ver.
A frase bateu fundo. Era verdade. Até ontem, eu era só um espectador da minha própria vontade.
Agora, ela deixava eu tocar. Um pouco. O suficiente pra me viciar.
— Você é cruel — murmurei, apertando os seios dela com mais fome do que deveria.
Ela riu. Curta. Quase sem som.
— Não. Eu sou justa.
Me resignei ali.
Com a boca no pescoço dela. As mãos nos seios. A frustração latejando entre minhas pernas.
E o gosto amargo de querer mais. Muito mais.
Me inclinei sobre ela, senti o peito subir e descer, o cheiro quente de pele recém-suada misturado ao perfume floral que insistia em grudar no meu nariz.
Passei a ponta da língua em volta do mamilo esquerdo. Devagar. Quase preguiçoso. Só pra prolongar aquele momento doido entre expectativa e contato real.
Ela soltou um suspiro que parecia um soluço. A respiração ficou entrecortada, feita de pequenos cortes de ar que me fizeram estremecer.
Eu suguei o mamilo com cuidado, como se ele fosse uma desculpa aceitável pra tudo que a gente não podia fazer. A textura era firme, a pele mais tensa, o calor pulsando na minha língua.
Os dedos dela se fecharam no lençol. Tremiam. E eu fingi que não notei, porque admitir que ela também estava à beira do colapso tornava tudo mais perigoso.
O mamilo endureceu rápido, ficando rijo contra o meu palato. O peito dela se arqueou num reflexo que parecia querer se entregar inteiro, mas só me dava migalhas.
— Eles ficaram diferentes, né? — a voz saiu rouca, quase insegura.
Levantei o rosto devagar, ainda com a boca úmida. A pergunta dela me desmontou de um jeito que nenhuma provocação faria.
— Ficaram perfeitos — murmurei. A língua passou de leve pelo lábio inferior, tentando prolongar o gosto dela na minha boca.
Ela mordeu o canto da boca, desviou o olhar. Aquela expressão… tão fodidamente vulnerável. Como se precisasse de validação.
— Você acha mesmo? — perguntou, sem me encarar.
Eu respirei fundo. Me dei conta de que estava com a mão tremendo no meio do peito dela. Falei a única coisa que prestava na minha cabeça.
— Sim. Você é perfeita.
E por um instante, tudo pareceu calmo. Como se o mundo lá fora tivesse sido suspenso só pra gente ter esse segundo de sinceridade suja.
Eu voltei a beijar o mamilo, dessa vez com menos cerimônia. Sugando mais forte. Me punindo por cada vez que tinha fingido não desejar exatamente isso.
Segue a continuação no mesmo tom confessional cínico, primeira pessoa (Miguel), com erotismo sensorial e tensão ambígua:
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Eu deixei a boca escapar do peito dela, respirei devagar, tentando fingir que eu ainda tinha alguma dignidade.
Mentira. Nenhuma.
A minha mão desceu de volta até a calcinha. O elástico estava tenso contra o quadril dela, uma barreira idiota que me deixava meio obcecado.
Deslizei a palma contra o volume macio. Quente. Quase pulsando.
A pressão era mínima, mas o jeito que ela arfou me fez sentir como se eu tivesse colocado fogo no colchão.
Pressionei devagar com os dedos, testando a resistência do tecido.
A porra da calcinha pareceu vibrar, molhada no ponto exato onde meu polegar insistia em ficar.
Ela fechou os olhos, a testa franzida, e mordeu o lábio até ele ficar branco, como se fosse a única forma de não se soltar inteira.
— Tá quente aqui… — murmurei. A voz saiu mais rouca do que eu queria.
Ela soltou um meio riso nervoso. Quase soava como raiva.
— Só por cima, ein. — A voz dela estava tensa. Quase implorando pra eu obedecer.
Eu encostei a testa no peito dela, num gesto que parecia carinhoso, mas era só desespero mal disfarçado.
— Me deixa… só um pouquinho.
Os olhos dela se abriram de novo. Escuros, intensos, quase assustados.
— Não.
Eu deveria ter parado ali. Claro que não parei.
Tentei puxar a calcinha pro lado. Um movimento lento, meio covarde, como quem quer fazer parecer acidente.
A mão dela agarrou meu punho com força e empurrou de volta. O rosto ficou perto do meu, a respiração saindo quente contra a minha bochecha.
O olhar dela era um negócio que me matou por dentro. Tesão e medo numa proporção que eu nunca tinha visto em ninguém.
— Por favor… só sentir o cheiro, o gosto… — sussurrei, como se aquilo fosse uma negociação razoável.
— Já disse que não. — Ela cortou. A voz era firme, mas tremia no final.
Eu fechei os olhos, respirei fundo. Não sabia mais se queria arrancar a calcinha ou abraçá-la até a vergonha passar.
— Então… me deixa ver um pouquinho.
O silêncio demorou. Eu quase desisti. Quase.
Ela engoliu seco. A voz saiu pequena, rachada.
— Tá… mas… de longe.
Ela sentou na beira da cama, as mãos espalmadas nos joelhos. Parecia que estava tentando segurar o próprio corpo no lugar. O abajur jogava uma luz suave no lado do rosto dela, e por um segundo eu quis rir. Porque aquilo — aquilo mesmo — era a cena mais absurda da minha vida.
A gente se encarou por uns bons segundos. Longos. Quentes. Eu não sei quem piscou primeiro. Talvez ninguém.
Levantei devagar, cada músculo doendo de tanta tensão, e fui até o canto. A poltrona rangeu quando meu peso afundou o assento.
Dei um jeito de ficar com as pernas bem abertas, as mãos nos joelhos. Fiz questão de não desviar os olhos dela.
O meu peito subia e descia como se eu tivesse corrido um quarteirão inteiro.
— Você vai… mostrar? — perguntei. Minha voz saiu embargada, ridícula.
Ela não respondeu logo. O que tornou tudo pior.
— Eu vou… mas se me tocar, eu paro. — quase um sussurro.
Fechei a mão contra o joelho pra não levantar de novo. Eu juro que considerei desistir só pra não ter que assistir aquilo sem poder encostar.
Manuela inspirou fundo. O peito dela se moveu tão rápido que eu pensei que ela fosse desistir.
Mas não.
Ajeitou a calcinha pro lado com um cuidado que me destruiu por dentro. Um gesto pequeno, quase casto, e ao mesmo tempo… nada casto.
A luz do abajur desceu pelo ventre dela, pegando cada detalhe.
Ela abriu devagar as pernas, só o bastante pra eu ver tudo.
E eu vi.
Os lábios eram macios, rosados de um jeito quase artificial. Um brilho úmido se acumulava logo na entrada, como se ela estivesse preparada desde sempre. O clitóris pequeno, encolhido, mas pulsando — eu juro que enxerguei isso. E a pele em volta, tão fina que parecia que se eu soprasse, ela estremeceria.
Tive que engolir em seco.
O peito dela subia e descia rápido. Quase tão rápido quanto o meu.
Passei a mão devagar pelo volume dentro do short. Um gesto que não adiantou nada. Só piorou.
Ela me olhou de novo. O rosto corado, os cílios pesados.
— Quer ver… como eu me toco? — a voz dela vacilou no final.
Eu fechei os olhos por um segundo. Quando abri, falei sem pensar:
— Quero.
Ela levou a mão devagar até a vulva. Um movimento tão hesitante que parecia mentira. Quando os dedos encostaram, ela soltou um gemido curto, quase irritado. Como se estivesse brava com o próprio corpo por precisar daquilo.
Começou a esfregar devagar. O som — aquele som molhado, íntimo — atravessou meu peito como uma facada.
Os quadris dela começaram a fazer círculos lentos, quase preguiçosos, como se fosse inevitável.
A outra mão subiu até o seio e apertou por cima da camisola. Eu vi o mamilo endurecer contra o tecido.
Não consegui mais segurar.
Afundei a mão dentro do short. Tirei meu pau pra fora. Duro, pulsando, meio ridículo exposto daquele jeito.
Segurei na base, comecei a me masturbar devagar. Como se precisasse prolongar a tortura.
Ela percebeu. Os olhos dela se arregalaram antes de meio se fecharem outra vez.
— Porra… isso é a coisa mais linda que eu já vi — murmurei, sem ar.
O quadril dela tremeu.
— Então goza… só de olhar pra mim — ela disse entre dois gemidos. A voz rouca, quebrada.
O calor subiu pelo meu pescoço. Fechei a mão mais forte em volta do pau.
— Você vai gozar também? — perguntei, a voz quase um rosnado.
Ela mordeu o lábio, respirou fundo, a mão entre as pernas acelerando.
— Se você não parar de me olhar assim… sim.
Eu queria dizer que era errado. Que era doentio. Que eu ia parar. Mas a verdade é que eu queria ver até onde ela me deixava chegar.
A mão dela se moveu mais rápido. O som da pele molhada se misturou ao meu, num ritmo sujo que parecia bater direto no meu peito.
O quadril dela subia e descia em espasmos contidos. Como se a qualquer segundo ela fosse perder o controle e se abrir inteira na minha frente.
Eu segurei meu pau na base, sentindo o calor quase insuportável, e apertei. Não queria gozar ainda. Queria ouvir tudo. Ver tudo.
— Você vai mesmo gozar aí… toda bonitinha… me olhando? — soltei, com a voz carregada de veneno e adoração ao mesmo tempo.
Ela arfou. Os joelhos dela se abriram só mais um pouco, traindo o resto da vergonha.
Os dedos mergulharam entre os lábios úmidos.
— Cala a boca… — sussurrou, mas não tinha força nenhuma no tom.
— Não. Quero que você me mostre — continuei, cada palavra um espasmo de tesão no meu ventre. — Quero ver seu dedo entrar… quero ouvir como soa.
Ela apertou os olhos, o rosto vermelho.
— Miguel… para… — disse, a voz rachada, mas a mão dela não parou. — Não fala assim…
— Assim como? — Eu comecei a me punhetar mais rápido, sem nem tentar disfarçar. — Você sabe que quer. Tá tão molhada… dá pra ver daqui.
O peito dela subia e descia. Um gemido escapou, alto, indecente. Os quadris dela começaram a balançar, procurando o atrito como se fosse vital.
— Eu… eu tô quase… — sussurrou, a mão no seio apertando com força.
— Então goza — ordenei, com um tom que eu nunca tinha usado com ninguém. — Quero ver seu rosto quando gozar. Quero saber se vai gemer meu nome.
Ela mordeu o lábio até quase sangrar. Os dedos se moveram frenéticos contra o clitóris. A calcinha puxada de lado mostrava tudo, sem nenhum pudor.
Eu senti o meu gozo subir tão rápido que tive que fechar os olhos pra não explodir ali mesmo.
Quando abri, ela também estava me olhando.
O olhar mais puto, mais vulnerável, mais viciado que já vi.
— Miguel… — gemeu, a voz uma prece e uma maldição. — Se você… se você gozar… eu…
— Eu vou gozar. — Minha voz saiu baixa, irreconhecível. — Por você. Por essa sua cara de quem finge que não quer… mas quer tanto.
Ela soltou um soluço, os quadris tremendo.
Faltava um fio pra gente despencar de vez.
O corpo dela começou a tremer de um jeito que eu nunca tinha visto. Espasmos curtos, convulsivos, como se cada nervo resolvesse entrar em curto-circuito. O peito subia e descia rápido, os mamilos duros, a respiração escapando em soluços úmidos que ela não conseguiu disfarçar.
A palma dela pressionou a vulva inteira, a respiração virou quase um choro.
Eu não consegui manter a pose de cínico. O pescoço retesou, o maxilar travado. A mão subiu e desceu no meu pau com um desespero que beirava o ridículo.
Ela abriu os olhos bem no auge. E me olhou. Não desviou. O olhar dela dizia tudo: medo, tesão, culpa, rendição.
Eu gemi primeiro, um som rouco que saiu da minha garganta sem pedir licença. Ela veio logo depois, um gemido trêmulo que estourou no silêncio do quarto e me rasgou por dentro.
Os dois juntos, num coro abafado que parecia uma confissão.
— Manuela… — sussurrei, a voz falhando, o corpo inteiro se contraindo.
Ela mordeu o lábio, as pernas tremendo, a mão ainda ali, cobrindo tudo como se pudesse esconder a indecência.
— G-goza pra mim… — arfou, os olhos marejados. — Eu tô… ai…
Eu gozei. Forte, quente, uma vergonha que se misturou ao prazer mais sujo que já senti. Tudo explodiu numa descarga tão violenta que perdi a noção de onde estava. O jorro quente cobriu minha mão, respingou na coxa, e por um instante absurdo eu quis rir de nervoso. Me vi ali, sentado numa poltrona qualquer, ejaculando feito um moleque ridículo enquanto minha irmã me olhava com aquele rosto meio devastado.
O peito subindo e descendo. A respiração dela encontrando a minha no ar.
Ela gemeu outra vez, um som pequeno e cru que se perdeu na penumbra. O corpo dela estremeceu em espasmos curtos, quase delicados, mas era evidente que estava sendo engolida pelo mesmo torpor. O quadril dela fez um movimento convulso, como se quisesse fugir da própria mão, e então ela se arqueou num último tremor.
Eu fiquei ali, respirando pesado, meu sêmen pingando no chão entre as minhas pernas. Manuela também não disse nada. Só fechou os olhos, ainda com a mão espalmada entre as coxas, como se precisasse de alguns segundos para lembrar quem era.
Eu nem tinha conseguido respirar direito quando ela se sentou na beira da cama. O peito subia e descia rápido, os mamilos ainda duros.
Ela passou dois dedos entre os lábios da boceta — devagar, como se quisesse me torturar um pouco mais. O som molhado me fez engolir em seco. Ridículo como esse barulho parecia explodir dentro da minha cabeça.
Se aproximou de mim. Eu ainda estava largado na poltrona, pernas abertas, a respiração fodida, com a vergonha e o tesão se misturando num caldo nojento e delicioso.
Quando ela parou na minha frente, hesitou. Quase pude ver a luta acontecendo nos músculos do rosto dela, entre sair correndo ou fazer exatamente aquilo.
Eu nem disfarcei. Abri mais as pernas. O pau ainda estava meio ereto, pesado, lambuzado de gozo, respingado nas minhas coxas e no tapete. Parecia que eu tinha passado um século ali, só olhando ela se desfazer.
Ela levantou a mão devagar. O dedo melado tremia. Não sei se pelo cansaço ou por arrependimento.
— Você... não queria sentir meu gosto? — a voz dela saiu rouca, esgarçada, como se tivesse chorado e rido ao mesmo tempo.
Eu segurei o pulso dela. Senti a pele quente, o pulso batendo rápido. Sorri daquele meu jeito meio torto, que todo mundo dizia ser encantador, mas que pra mim sempre soou mais como deboche de mim mesmo.
Inclinei o rosto. Lambi devagar cada centímetro do dedo dela, até sentir o gosto salgado e doce na língua. Uma coisa tão íntima que me deu vontade de rir do absurdo — eu, o irmãozinho exemplar, ajoelhado mentalmente na frente dela, implorando por mais.
Levantei os olhos. O dela estava molhado, fixo no meu.
— E ainda quero mais — murmurei, a voz falhando, como se confessasse um crime que eu já sabia que voltaria a cometer.
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