Uma traição leva a outra - do Karaokê ao estúdio. 10

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Heterossexual
Contém 3399 palavras
Data: 09/07/2025 08:14:33

Eu cheguei do trabalho e dou de cara com uma cena que jamais imaginei na minha vida: Estavam ali, minha esposa Kaori e alguém que jamais imaginaria estar no mesmo ambiente que ela. Miwa.

As duas estavam vestindo uma lingerie completamente provocativa, ressaltando muito bem as curvas de ambas, principalmente a minha esposa . Kaori se aproxima, de mãos dadas com ela, enquanto permaneci na porta, ainda sem entender o que estava acontecendo. Logo, ela praticamente ficou parada em minha frente enquanto leva uma de suas mãos até meu cinto. Kaori começa a deixar ele frouxo, enquanto olhou para mim com um olhar mais sapeca. Miwa estava do lado, tocando meu corpo, desabotando os botões de minha camisa.

— Mas o que está acontecendo aqui? — Perguntei.

— Aposto que nem mesmo você esperava esse presentão de aniversário, não é? — Disse Kaori, onde logo voltou ao que estava fazendo.

— Kaori, o que significa isso? — Eu perguntei , confuso, cheio de dúvidas mas começando a ficar com tesão. E assim, ela respondeu, enquanto suas mãos seguiam a retirar meu cinto. Miwa se aproxima, e começa a beijar meu pescoço. Eu fiquei imóvel.

— Nada, amor. Só vamos te dar um presente gostoso. — Ela respondeu.

— Relaxa, Mutou-Kun. Vamos conversar com você logo mais. No momento, só queremos te curtir um pouco.

Eu estava sem reação, completamente sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. Porque diabos as duas mulheres que mais deveriam se odiar, estavam ali juntas disputando o meu corpo? Resolvi não pensar naquela hora, apenas curtir.

Meu pau já estava para fora quando vi Kaori se aproximar e assim começar a passar a sua língua em toda a minha tora. Miwa, estava lambendo a minha virilha, enquanto dividia minha pica com a Kaori, as duas estavam ali e chupando, dividindo o meu pau enquanto ora apenas se beijavam na minha frente. Mordi meu próprio lábio, e confesso que estava adorando aquela cena.

— Que delícia... — Soltei, não negando mais que estava gostando.

— Curte ela te chupando, vai, Mutou-kun. — Disse Miwa.

Comecei então a entrar na brincadeira, peguei a cabeça da minha esposa e levei para se aproximar ainda mais do meu pau, coloquei toda a tora na cara dela e comecei a esfregar, para em seguida começar a socar gostoso na boca dela viva fazendo com que ela começasse a sentir meu pau meter forte, eu estava ali metendo com força enquanto Miwa foi por trás dela, abriu bem a sua bunda e começou a chupá-la .

Podia observar Kaori se mexendo com tanto tesão, ela estava delirando enquanto chupava meu pau. Eu estava me controlando para não gozar na boca dela, pois eu nunca vi minha esposa me chupar tão gostoso.

Ela acabou saindo de cima de mim depois de alguns minutos e colocou Miwa para me chupar.

— Chupa essa pica, Miwa. Ta deliciosa. Meu homem tem um pau gostoso pra caralho.

Eu segurei bem seus fios de cabelo e puxei, Miwa começou a me chupar, arranhando minha coxa enquanto a minha esposa estava ali, usando sua língua na buceta dela.

— Hum, que bucetinha melada! — Kaori disse, voltando a chupar ali.

Eu me surpreendi, pois nunca vi Kaori ficar com uma mulher, e sinceridade, ela nunca tinha ficado mesmo. Mas estava cheia de tesão naquele dia, curtindo uma bucetinha enquanto outra chupava seu marido.

Depois de ficar todo babado, as duas me puxam até a cama. Eu já sabia o que iria acontecer.

— Vem, amor. Vem comer as duas, nossas bucetinhas querem pau. — Disse Kaori. Ela estava irreconhecivel naquele momento. Mas eu adorei! Não podia negar.

Ali eu vi ambas ficarem de quatro para mim, elas ficaram ali rebolando a bunda enquanto pediam desesperadas para serem fodidas.

Comecei pela minha esposa, onde Eu me coloquei por trás dela e logo comecei fazê-la levar pica, enquanto minhas mãos se guiavam até a bucetinha molhada de Miwa, ontem comecei a esfregar meus dedos ali, passei a usar meus dedos para esfregar bem gostoso naquela bucetinha molhada enquanto o quarto era preenchido pelos gemidos de ambas.

Troquei de lugar depois e passei a comer Miwa. Ela tinha uma bucetinha muito mais apertada do que da minha esposa, meu pau entrou com dificuldade e então comecei a meter gostoso. Olhava para Kaori enquanto estava comendo ela vejo nos olhos de Kaori um tesão que nem mesmo eu conseguia reconhecer. Ela realmente parecia desejar que eu comesse ela. Eu então passei a meter forte, eu estava ali socando gostoso enquanto dava tapas no meio da bunda dela metendo ali de quatro.

Mudamos de posição, e também invertia ambas, curtimos bastante naquela noite. Na hora de gozar, eu acabei colocando o rosto de ambas próximas e elas começaram a se beijar enquanto eu leitava na cara de cada uma delas.

Depois de um sexo gostoso, Miwa acabou indo se banhar. Enquanto ela estava no banheiro, eu estava ali no quarto com a minha esposa, estava estirado na cama enquanto Kaori estava me chupando. Eu olhei para ela e não podia deixar de perguntar muitas coisas, estava muito curioso sobre o que havia acontecido.

— O que aconteceu aqui? — Perguntei, cheio de dúvidas.

Kaori então largou o meu pau. Começou então a bater uma punheta gostosa enquanto levou a sua boca até a minha, deu um selinho e assim me respondia:

— É nosso aniversário. Você merecia uma surpresa.

— Eu sei disso. Mas, porque ela? Desde quando vocês se conhecem?

— Porque ela salvou nosso casamento. — Ela respondeu. — Além do mais, vai me dizer que não gostou de comer duas mulheres?

— Gostei. — Respondi, e dei um beijo nela, que me dava uma chupada na boca, trocando ali beijos, enquanto continuava me punhetando.

— Safado... — Ela respondeu, e voltou a me chupar.

Logo, Miwa saiu do banho, já trocada. Kaori então se despediu de mim naquele momento.

— Amor, irei tomar banho, estou com porra ainda na cara, culpa sua. Miwa te conta o que precisar saber... — Ela piscou para Miwa, e asism foi ao banheiro. Miwa voltou em seguida. Logo, Kaori voltou a ligar o chuveiro, e a água começou a cair segundos depois, abafando por um instante o silêncio que se instalou ali entre eu e Miwa, que evitou de certa forma olhar para mim inicialmente.

Miwa, vestida com uma camisola leve de minha esposa, e cabelos ainda um pouco bagunçados, se sentou na beira da cama, mexendo nos dedos como quem tentava organizar os próprios pensamentos. Eu a olhei, o peito ainda acelerado por tudo que tinha acontecido naquela noite — mas agora, a cabeça fervia de perguntas.

— Me responde uma coisa — falei, quebrando o silêncio. — O que a Kaori quis dizer com você "salvar o nosso casamento"?

Miwa soltou um suspiro, profundo, quase cansado. Ela não me olhou de imediato. Apenas encarava o chão, pensativa.

— Eu não sei porque ela falou isso, afinal, foi comigo que você se "deitou" aquele dia, Mutou-Kun. O dia do Karaokê.

— Exatamente. — Disse a ela, mas ainda querendo ouvir mais coisas. — Isso por um acaso foi obra da minha esposa? Foi ela quem te chamou?

— Não foi ela quem me chamou — ela respondeu, enfim. — Fui eu quem procurou ela.

— Você?

— Sim. Eu vim até aqui na casa de vocês, eu a segui pra saber onde era. Um dia desses, logo depois daquele segundo ensaio dela. Eu bati na porta… e ela quase me mandou embora. Mas eu insisti. Disse que precisava contar a verdade. E contei tudo.

Me endireitei na cama, o coração começando a pesar. Já imaginava que algo tinha mudado entre elas, mas não fazia ideia de que tinha sido tão... direto assim.

— De que verdade você está falando? — perguntei.

Ela assentiu.

— Toda a verdade. Sobre o que Fujiwara fez comigo. Sobre o Daisuke. Sobre o filho que ele tirou de mim. Sobre como ele enganou você, como ele armou tudo naquela noite do karaokê. Mostrei o vídeo que gravei. Provei que você não tinha feito nada.

Fiquei em silêncio por um tempo. O barulho da água do chuveiro parecia distante.

— M-mas pera ai! Como assim eu não fiz nada?

Miwa então se colocou a olhar o chão, e lágrimas começaram a cair. Eu fui até ela, coloquei uma de minhas mãos em seu ombro. Olhei diretamente para ela, e a consolei.

— Me conta, por favor. O que aconteceu? Por que está chorando?

Tudo que aconteceu em seguida, foi Miwa contando sua história. Sobre Daisuke, o quanto eu e ele eramos parecidos, como seu final trágico, sobre a ameaça de Fujiwara. Sobre o que ele fez com ela.

— Meu Deus, mas Fujiwara é um maldito! — Eu disse, cheio de raiva. Logo, encarei novamente Miwa, e perguntei:

— E Kaori? O que aconteceu, o que ela disse?

— Ela chorou — Miwa respondeu, com a voz levemente embargada. — Chorou muito. E disse que se sentia horrível por ter duvidado de você, por ter... revidado daquela forma. Disse que eu devia te contar, mas depois... acho que ela preferiu fazer isso do jeito dela.

— E o jeito dela… — olhei para a porta do banheiro, depois de volta para Miwa — ...foi me dar isso?

Ela riu de leve, um riso sem alegria.

— Acho que foi o jeito dela de pedir perdão. E talvez também... de se libertar disso. Ela me perdoou, Bruno. Depois de tudo. Disse que não queria mais carregar ódio. Que o que Fujiwara causou... precisava parar nela. Que a corrente de vingança não ia mais se arrastar.

Fechei os olhos por um instante. Uma mistura de alívio, confusão e culpa me atravessou.

— E você? Por que aceitou?

Miwa me olhou então. Pela primeira vez desde que sentou ali.

— Porque eu precisava disso também. Eu precisava me sentir humana de novo. Queria te olhar nos olhos... e não ver só arrependimento. Queria que alguém me tocasse sem me fazer sentir suja. E… — ela hesitou — eu queria que você visse que eu não sou só aquilo que fizeram de mim. Nem aquilo que eu deixei você acreditar que eu era.

Demorei alguns segundos para responder. Então, estendi a mão e segurei a dela.

— Você não é. Nem você, nem a Kaori mereciam passar pelo que passaram.

Ela apertou minha mão de volta, com força.

O chuveiro cessou. O silêncio voltou.

Logo, Kaori voltaria. E eu sabia que viria uma conversa séria — e necessária. Mas, pela primeira vez em muito tempo, senti que havia alguma luz voltando a entrar nessa casa. Mesmo que tênue. Mesmo que ferida.

A porta do banheiro rangeu suavemente quando se abriu, e Kaori surgiu envolta por um roupão branco, o cabelo ainda úmido, solto sobre os ombros. Ela trazia um olhar sereno... mas pesado. Não era mais o olhar de quem estava apenas tentando evitar a verdade — era de quem tinha escolhido encará-la.

Miwa se levantou, lançando um último olhar para mim, e murmurou:

— Eu acho que preciso ir, amiga. Irei trocar de roupa, no quarto do lado, ta? Posso pegar uma emprestada sua?

— Vai não, por favor! Fica. — Eu e Kaori dissemos a ela. — Não precisa ir embora agora. Tá tarde. Pode ficar á vontade no quarto de hospedes.

— De qualquer forma, eu irei deixa-los á sos. Acho que vocês tem algo a conversar. Boa sorte...

E saiu discretamente do quarto, deixando a porta entreaberta. Kaori fechou atrás de si, com calma, e veio até mim.

Sentou-se ao meu lado na cama. A pouca distância entre nós era quase simbólica — o abismo que o silêncio construíra nos últimos dias parecia prestes a ser desfeito.

Ela me olhou por longos segundos, como se estivesse escolhendo as palavras com extrema cautela.

— Bruno... — começou, com a voz mais suave que eu já tinha ouvido — ...a gente precisa conversar.

Assenti, sem desviar o olhar. Não havia mais espaço para meias-verdades. Nem para desculpas vazias.

— Eu sei — respondi.

Ela respirou fundo, e continuou:

— Eu vi tudo. Eu sei o que aconteceu na festa. Eu vi... o vídeo. Miwa me mostrou. Você estava inconsciente. Ela foi usada... por ele. Como uma arma. E eu... eu caí na armadilha. Eu deixei o ciúme, o orgulho e a dor me levarem para um lugar escuro. E... eu te machuquei.

Ela abaixou a cabeça, os olhos marejando.

— Eu achei que me vingar te faria sentir o que eu senti. Mas não fez. Só me destruiu mais. Me destruiu porque, no fundo, eu sabia... que você não era esse homem. Mas mesmo assim, deixei que a dúvida falasse mais alto.

Coloquei a mão sobre a dela. Ela olhou de volta para mim, e eu vi ali não apenas arrependimento — mas também amor. Um amor ferido, machucado, mas ainda ali.

— Kaori... eu sou mais culpado do que você. — Comentei. — Eu tive a oportunidade de acabar com isso várias vezes. Mas a culpa tomava conta de mim, todas as vezes em que eu estava observando que uma linha estava prestes a ser cruzada, eu me punia e permitia que você cruzasse essa linha.

— Você não tem culpa, Bruno. — Ela disse. Eu continuei.

— Eu tive a oportunidade de contar para você o que aconteceu no karaokê mais de uma vez. Em todas as vezes, eu me calei, eu traí você sim. Eu traí o nosso amor e traí sua confiança. Mesmo que eu estivesse inconsciente, que o meu corpo estivesse sendo manipulado, eu deveria ter contado para você, não devia ter escondido nada. Mas eu escondi tudo. Eu deveria ter ido embora de lá, mas eu quis agradar o patrão. Eu fui ambicioso.

Ela soltou um riso triste.

— No final, a gente errou, não foi?

— Muito — confirmei.

Por um momento, ficamos em silêncio. Não mais um silêncio incômodo — mas necessário. Como o respiro antes do perdão.

— Mas eu no fim consumi uma traição, descontando em você. O que vai acontecer agora? — ela perguntou.

— Agora a gente recomeça. Mas dessa vez... juntos. Sem segredos. Sem máscaras.

Ela sorriu, com os olhos marejados.

— Você me perdoa?

A pergunta veio como um sussurro, mas carregada de peso.

— Já perdoei — respondi.

Nos abraçamos. Forte. Um abraço longo, intenso, doído. Como quem se reencontra depois de muito tempo perdido.

Naquele instante, nada mais importava além de estarmos ali. Vivos. Juntos. E prontos para enfrentar o que viesse.

Porque a guerra contra Fujiwara estava sim, chegando perto do seu final.

Mas o nosso amor — esse, ao menos, estava começando de novo.

Acabei trocando um beijo com Kaori, quando Miwa entrou no quarto de novo, para perguntar alguma coisa. Ela viu a cena, e fechou a porta, parecendo feliz com nossa reconciliação. Jantamos os três juntos, e depois nos despedimos para ir dormir.

Tive uma noite de sono maravilhosa, dessa vez, com uma paz que não tinha a muito tempo. Todo aquele peso da culpa tinha ido embora, a verdade era completamente libertadora. Estava realmente vivendo uma nova fase com Kaori, mas ainda precisava de uma coisa a ser resolvida.

Na manhã seguinte, Miwa saiu cedo. Agradeceu pela hospitalidade com um sorriso sincero, ainda com os olhos marcados pela intensidade da noite anterior — não só pelo que vivemos juntos, mas pelo que finalmente foi resolvido entre nós três.

Kaori e eu tomamos um café da manhã tranquilo. O silêncio entre nós já não era mais pesado. Era sereno, cúmplice. Havia paz em seu olhar — e até um leve sorriso quando me serviu mais café.

Mas eu sabia que aquela paz teria que ser deixada de lado por um momento.

— Kaori... — Comecei enquanto ainda estavamos na mesa. Ela tinha acabado de se levantar para lavar a louça. — Fujiwara me convidou para uma festa hoje à noite.

Ela parou, enquanto lavou os pratos. A espuma escorria de seus dedos. Virou-se lentamente para mim, o semblante já tenso.

— Festa? Que festa?

— Ele disse que é uma festa de despedida. Você sabe, eu não vou mais trabalhar com ele. Então ele quer dar uma festa para os clientes dele, e quer que eu vá junto, como despedida.

— Bruno, você não vai. — Sua voz veio firme. — Você sabe o que ele fez. Sabe do que ele é capaz. Você não vai se colocar em risco.

Me aproximei, tocando suavemente seu braço.

— Eu sei. E é exatamente por isso que eu vou. Eu tenho um aliado, alguém que está trabalhando pra desmascará-lo há meses. Hoje pode ser o dia. A chance. Na festa ele vai tentar algo, eu sinto. E se ele tentar, podemos pegá-lo em flagrante.

Ela abaixou os olhos, mordendo levemente o lábio.

— Mas Bruno, esse sujeito já tentou algo com você lá, eu não te quero sozinho. — Ela disse.

— Dessa vez eu sei que ele não é de confiança. Eu não permitirei que ele cresça sobre mim. Vamos dar o bote nele ainda hoje. — Respondo a Kaori, enquantto toquei em seu rosto, acariciando-o.

— Eu quero ajudar. — disse enfim, com uma força doce na voz. — Eu também quero ver ele cair. Por tudo que ele fez comigo. Com você. Com a Miwa. Com tanta gente...

— Kaori... não. — interrompi. — Você já passou por demais. Já se feriu por minha causa, e por causa dele. Agora é minha vez de resolver isso. Eu vou acabar com o Fujiwara. E vou fazer isso limpo, do meu jeito.

Antes que ela pudesse retrucar, a campainha tocou.

— Essa hora? Será a Miwa?

Troquei um olhar rápido com Kaori e fui até a porta. Olhei pelo olho mágico — era ele.

Abri a porta.

— Bom dia senhor Mutou. — disse Watanabe, em seu tom calmo e seguro, vestindo roupas simples, mas com a postura de quem carrega o peso da justiça nos ombros. — Desculpe a hora, mas o assunto é meio urgente. Precisamos conversar.

Kaori apareceu logo atrás de mim, naturalmente cautelosa.

— Quem é ele? — perguntou, mantendo certa distância.

Watanabe fez uma leve reverência, educada, mas séria.

— Sou Watanabe. Trabalho com para o governo, sou um agente federal. Estou aqui pois estou trabalhando com seu marido em um assunto do interesse de vocês dois.

Ela me olhou, buscando nos meus olhos alguma confirmação. Assenti levemente, tentando tranquilizá-la.

— Ele é o cara de quem te falei, Kaori. O agente que está investigando o Fujiwara.

Kaori ainda parecia insegura, mas se aproximou um pouco.

— Ah sim, bom dia! Eu... Acho que deixarei os dois a sós então, voltarei a cozinha.

Watanabe a encarou com honestidade.

— Não se incomode, senhora. Eu serei breve, estou aqui para um assunto rápido. Hoje chegou o dia, Mutou-san. Consegui informações de que Fujiwara vai organizar uma festa hoje no mesmo Karaokê, de um amigo dele, que inclusive será preso hoje junto com ele. Tenho certeza de que ambos irão cometer um erro grave na festa. E nós estaremos lá para prendê-lo.

Cruzei os braços, e respirei fundo. Kaori permanecia ao meu lado, ouvindo.

— E o que exatamente você espera que aconteça?

— Fujiwara pretende chantagear empresários. Ele não gostou nem um pouco da debandada deles para o seu novo negócio. Inclusive, ja saiu toda a papelada, eu consegui agilizar com alguns amigos. Você agora é dono da mais nova operadora Saito Tech.

— Obrigado. — respondi. — Mas, me conte mais, o que você acha que acontecerá?

— Fujiwara com certeza vai força-los a se envolver com mulheres, eles são todos casados, de alto valor e renome, e forçar as gravações para chantagea-los. Nós só precisamos que você esteja lá, para testemunhar após a prisão dele. Usará uma escuta, me ajude a captar todos os sinais e falas dele, esteja sempre perto. Olhe...

Watanabe então tirou um pequeno estojo do bolso interno da jaqueta e o entregou a mim.

— Um microgravador. Você estará com isso a noite inteira. Vai nos ajudar a conseguir o que falta. Só precisamos que você se mantenha firme. E que esteja no lugar certo, na hora certa.

Kaori me olhou mais uma vez. O medo estava ali, sim. Mas também havia algo mais: orgulho. Ela sabia que eu não era mais só um funcionário tentando agradar um patrão. Eu era um homem tentando proteger aquilo que amava — ela.

— Promete que vai voltar? — ela sussurrou.

Segurei sua mão e beijei sua testa.

— Prometo.

Watanabe deu um passo para trás.

— Nos encontramos lá. Eu estarei disfarçado de garçom, para dar a voz de prisão, no momento certo. A festa acontecerá às 20h. O resto... vai ser história.

E com isso, ele se foi, deixando para trás o peso de uma missão que estava prestes a ser cumprida.

Kaori ainda ficou me olhando em silêncio. E quando finalmente falou, foi com a voz baixa, mas cheia de fé.

— Acaba com ele, Bruno.

Eu assenti.

— Fujiwara acabou com tudo que eu mais amava. Mas hoje, é o mundo dele quem vai desmoronar.

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Comentários

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Grande autor, saudades! Que bom que conseguiu voltar para completar a obra. Ah, nesse caso, vale ele ficar com as duas. 3 estrelas!

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Era pra ter postado antes. Mas tive que refazer, meu pc deu um problema e levei uns dias pra consertar...

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Meu Deus do céu que jogo é esse. ?

Um dramático e empolgante jogo que no jogo normal ficou empatado , o jogo foi pra prorrogação , e na volta dos times uma substituição que iria mudar o rumo das coisas , entra um jovem jogador até agora desconhecido pela maioria dos torcedores do time do CDC , o jogador que faria a diferença neste grande jogo .

No aquecimento o jogador com rosto meio envergonhado com tamanha pressão que o jogo era decidido .

O árbitro apita o recomeço do jogo , e o jogador que entra naquele turbilhão se chama Kayrosk , nome diferente entres os Ronaldos e Fabianos que costumam ter no futebol.

O jogo estava empatado e tinha uma pressão enorme entre os jogadores.

E em um lance de escanteio , o jogador Kayrosk mesma com estatura baixa se levanta e arremata uma cabeçada digna do atacante Jardel do gremio e quando cabeceia de olhos fechados escuta o grita da torcida do CDC , a torcida vai a loucura .

Kayrosk não acredita oque está acontecendo , até outro dia ele era o reserva do reserva , a torcida do CDC começa a gritar o nome do jovem rapaz .

Kayrosk não acredita no que vê.

Apita o árbitro e fim do primeiro tempo da prorrogação.

A torcida fica apreensiva para o retorno do time para o segundo tempo .

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Muito bom agora só falta a festa

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Brunão se dando bem, duas deusas japas só para ele, amor e tesão juntos e misturados.

After that, revenge. Sweet revenge.

Tudo caminhando conforme tinha que ser, espero que dê tudo certo, parabéns, ótimo conto, ansioso pelo final.

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Excelente, estou esperando pelo desfecho, espero que não demore.

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Demorei, mas publiquei, agora só falta o final galera

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