O espelho estava tão embaçado que eu mal consegui ver meu rosto. Ainda bem. Eu já sabia o que ia encontrar: olheiras de quem passa a madrugada punhetando até o braço formigar e depois finge que um banho quente resolve alguma coisa.
Eu passei a mão na superfície molhada. Surgiu meu reflexo — cabelo todo bagunçado, olhos com aquela expressão de cachorro chutado. Ótimo. O retrato oficial do homem que perdeu a dignidade junto com o último lenço de papel.
A cueca samba-canção verde-água, cheia de flamingos rosas, parecia mais patética do que nunca. Eu tinha gozado de novo. Ali, encostado na parede fria, com o chuveiro despejando vapor e vergonha na mesma medida. Se alguém me perguntasse por que fiz isso, eu responderia que era por higiene. Limpeza espiritual, talvez. Eu só queria tirar o cheiro de punheta grudado na pele. Mas a verdade? Eu não sabia parar.
Senti o pau pulsar outra vez, como se quisesse rir da minha cara. Eu encostei o antebraço na boca. Respirei fundo. Tentei ignorar a pontada de tesão misturada com a náusea. Era esse meu destino, não era? Viver nesse ciclo miserável. Tesão. Culpa. Tesão de novo. Uma comédia burra em looping infinito.
Eu pensei na Manuela. Nos sussurros. Nos olhares. Nas ameaças meio de brincadeira. Meio de verdade. Eu não fazia ideia se aquilo compensava. Ou se só estava me deixando completamente louco. Porque, honestamente, eu nunca me masturbei tanto na vida.
A porta praticamente explodiu contra a parede. Eu cheguei a soltar um grunhido — parecia um animal acuado. Ela entrou devagar, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Pijama fino, colado no peito. Mamilos duros, apontando direto pra minha autodecadência. Manuela trancou a porta. A chave girou num estalo que soou como sentença. O olhar dela me atravessou. Primeiro meus olhos, depois minha boca, o peito, até parar no volume da minha cueca. As narinas dela dilataram. Eu respirei tão rápido que senti o coração bater na garganta.
— Você tá fedendo a punheta, Miguel. Quantas hoje? Três? Quatro? — A voz dela saiu rouca, arrastada de sono. Como se isso fosse só uma constatação.
Eu enxuguei o queixo com o antebraço. — Uai, você não disse pra eu me virar?
Ela ergueu o canto da boca. Um sorriso que não era exatamente divertido. — Você é nojento.
Eu ri, sem humor.
— E você é uma filha da puta por ter me deixado daquele jeito. — Apontei pra minha ereção, pulsando ridícula por baixo da cueca cheia de flamingos. — Por me deixar assim?
Os olhos dela brilharam. Quase imperceptível. Mas eu vi.
— Tadinho… você queria ter gozado? — Ela aspirou o ar com exagero, como se precisasse confirmar o cheiro. — Pelo cheiro que tá nesse banheiro, você gozou bastante.
Meu pescoço queimou. Eu engoli seco. — Não sozinho. Queria ter gozado com você.
Ela deu dois passos. Depois outro. Ficou perto o bastante pra eu sentir o calor do corpo dela atravessando o vapor.
— Ah… você queria gozar comigo?
A ponta do meu pau latejou, preso dentro do tecido úmido. Eu balancei a cabeça. A voz saiu toda quebrada. — S-sim.
Ela não me deu tempo de pensar no que tinha acabado de admitir. O pulso foi tomado de repente, com força. Tanta força que senti o osso estalar um pouquinho. Antes que eu respirasse, ela me empurrou contra o azulejo. A cabeça bateu. O som seco dos dentes batendo ecoou no banheiro. Por um segundo, achei que ia desmaiar. Mas aí o peito dela grudou no meu. O pano úmido do pijama, frio e mole, roçando nos meus mamilos. Eu tremi inteiro. O quadril dela encostou de leve no volume da minha cueca, só um instante, só pra garantir que eu não esquecesse quem mandava. Ela lambeu os lábios. Devagar. Como se estivesse provando alguma coisa só de olhar pra mim.
— Se contar isso pra qualquer pessoa — a voz dela saiu baixa, quente, íntima demais — eu juro que vou dizer que você se aproveitou de mim.
Eu abri a boca, mas não saiu nada. Só um som engasgado. Eu nem vi a boca dela chegando. Só senti. A língua entrou de um jeito que não parecia um beijo. Parecia roubo. Roubou meu ar, minha vergonha, meu resto de bom senso. Os dentes dela rasparam meu lábio. E eu achei que ela ia parar aí. Que nada. Mordeu de verdade. O estalo seco da pele rachando. Uma fisgada quente, cortante. E uma gota de sangue.
Ela lambeu o canto da boca como se fosse provar.
— Sua sorte — ela encostou a testa na minha, respiração misturada, aquele cheiro de sono e crueldade — é que você beija bem.
Eu quis retrucar. Dizer que, se eu soubesse que ela ia me torturar assim, tinha treinado mais. Mas tudo que consegui foi engolir o gosto metálico do meu próprio sangue. E ficar duro de um jeito que parecia doença.
Eu senti a mão dela descendo. Um percurso liso, por cima da minha barriga, depois deslizando sobre o tecido da cueca. Quando o polegar pressionou bem na ponta, através do algodão, meu corpo subiu sozinho. Quadris arqueados, vergonha esquecida por meio segundo.
Eu devia ter parado. Qualquer pessoa sã teria parado. Mas eu só fechei os olhos, rezando pra ela continuar.
Um puxão seco no meu cabelo. A nuca contra o azulejo gelado.
— Olha pra mim quando eu tocar você. Quer gozar? Então implora.
A voz dela era baixa, macia. Tão pior assim.
Eu abri os olhos. Tudo embaçado. O peito subindo e descendo rápido.
— Por… por favor, Manu…
Ela encostou o rosto no meu. A respiração dela entrou pela minha boca.
— Por favor o quê? Fala direito.
O polegar dela pressionou de novo por cima da cueca, e eu senti que não ia aguentar.
— Por favor, me deixa… me deixa gozar…
O sorriso dela foi pequeno. Cruel. Ela não disse nada depois. Só soltou um suspiro que parecia uma risada abafada. E continuou com a mão lá. Os dedos apertaram meu pau coberto pelo tecido, medindo o volume como se fosse um segredo que ela quisesse guardar só pra ela. O polegar girava devagar, sempre por cima da cueca, até meu quadril subir de novo.
Eu tentei protestar. Saiu um som ridículo, meio gemido, meio soluço. Ela não parou. A respiração dela encostou no meu queixo enquanto o punho começou a se mover em círculos sobre o algodão. A fricção era tão crua que senti a ponta pulsar, latejar, ameaçar explodir antes da hora.
Meu corpo traía qualquer orgulho que eu fingisse ter. As coxas tremiam, o peito subia rápido demais. Eu só queria fechar os olhos. Esquecer que estava ali. Mas ela não deixou. Os dedos agarraram meu queixo, forçando meu rosto pra frente.
— Eu falei pra você me olhar.
Abri os olhos. O mundo ficou turvo — uma mistura de vapor do chuveiro e lágrima mal contida. E ela sorriu. Um sorriso tão sujo, tão satisfeito, que meu pau latejou com força debaixo da cueca. Eu queria morrer ali mesmo. Ou gozar. Talvez as duas coisas.
Ela aproximou a boca do meu ouvido, outra vez. O sussurro veio tão baixo que eu quase não ouvi:
— Você vai gozar pra mim?
Tentei negar. O quadril subiu, contradizendo tudo. A pressão aumentou. Os dedos fecharam mais, pressionando firme o tecido úmido. A velocidade cresceu até virar uma urgência animalesca. Manuela parecia disposta a me torturar até a última gota da minha dignidade.
O punho apertou a base, por cima da cueca, e eu arquei outra vez, num reflexo idiota, querendo escapar e ao mesmo tempo implorando por mais. Ela começou a esfregar a cabeça do meu pau através do pano, em círculos lentos que me deixaram tonto. Cada volta era um choque elétrico.
Eu senti a garganta se fechar. A vergonha me subiu pela cara, queimando tudo.
— Para… — murmurei, só pra tentar parecer que tinha algum controle.
Ela ignorou. O polegar pressionou bem no centro, o algodão ficando úmido de tanto contato, onde a sensibilidade parecia multiplicada por mil. Eu tive certeza de que ia desmaiar.
O quadril se mexeu sozinho, buscando o atrito. A respiração dela batia no meu rosto, tão calma, tão cruel. O ritmo acelerou. A palma dela deslizava sobre a cueca, subia e descia, como se quisesse provar que meu corpo era só dela.
Os gemidos que saíam de mim não pareciam minha voz. Um som quebrado, suplicante.
— Gosta assim? — Ela perguntou, quase num riso. — Gosta que eu aperte mesmo sem tirar sua cueca?
Respondi com um soluço. Um gemido. Alguma coisa patética.
Os movimentos ficaram mais intensos.
Os dedos dela apertaram de novo, o ritmo virou uma punheta firme, suja, sem piedade — tudo por cima da cueca. A palma subia, descia, subia, descia sobre o tecido esticado, numa cadência que me fez perceber que era questão de segundos. Eu ia gozar. Ia gozar do jeito mais humilhante imaginável: implorando por isso enquanto ela me prendia com uma mão só, sem nem precisar tocar direto na pele.
— Vai gozar? — Ela murmurou, a boca encostando na minha bochecha quente. O pau latejava, duro, vibrando contra o pano. Eu só consegui soltar um gemido rouco, um sim que não saiu como palavra. Ela riu baixinho. O polegar apertou de novo a cabeça do pau por cima da cueca, pressionando o ponto sensível até meu quadril estremecer. O punho acelerou num ritmo implacável, sempre pelo tecido, me levando ao limite sem recuar.
— Então goza, vai — ela sussurrou. — Goza pra mim.
O mundo sumiu. O quadril arqueou num impulso desesperado. Senti a gozada subir como um espasmo monstruoso, rasgando minha garganta num grito abafado. O pau pulsou sob a pressão do pano e da mão dela. Meu corpo inteiro tremeu, cedeu. Ela não largou. Continuou segurando, sentindo cada contração, cada gota se espalhar na cueca. O rosto dela encostado no meu, o sorriso estampado, como se fosse a cena mais natural do mundo.
Eu tremia tanto que mal consegui manter os olhos abertos. A respiração dela ainda batendo no meu pescoço. O polegar roçando devagar por cima do tecido molhado, prolongando a agonia.
Ela passou a ponta dos dedos pela mancha quente no tecido da cueca, espalhando levemente o gozo com um toque quase clínico. Observou a marca como quem avalia uma falha — ou um troféu — e então olhou para mim com um desprezo curioso, como se ainda estivesse decidindo o que eu era pra ela naquele momento.
— Agora estamos quites. — Manuela disse, com a voz baixa e firme, sem pressa, como uma sentença.
Se afastou devagar, ajeitando o short com gestos precisos, sensuais na lentidão. Sabia que eu estava olhando. Sabia o que aquilo causava. E usava isso com uma crueldade calculada.
Foi até a porta e a abriu com um estalo seco. Deixou-a escancarada, como se quisesse que o mundo visse, ou como se quisesse que eu tomasse alguma decisão que nunca viria.
Então, hesitou.
Deu meio passo em minha direção.
O bastante para me fazer prender o ar, como um reflexo. Como um cão treinado.
O rosto dela chegou perto, a boca quase encostando na minha outra vez — mas não encostou.
Em vez disso, ela murmurou, com aquele tom abafado que quase se confunde com um pensamento:
— Nojento...
O olhar final veio como um golpe de misericórdia: meio desafio, meio convite. Um aviso disfarçado de promessa.
Fiquei parado.
As mãos tremiam.
A respiração, entrecortada.
Ela saiu.
E eu soube, ali, que nada seria suficiente depois disso.
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