Ela não vai mais chorar

Um conto erótico de Marquesa de Sade
Categoria: Heterossexual
Contém 482 palavras
Data: 06/07/2025 20:15:10

Helena sempre foi uma mulher de desejos intensos. Casada com Eduardo há 7 anos, conhecia muito bem o que era ser saciada todas as noites. O marido tinha um pau grande, daqueles imensos mesmo. Corpo atlético, pegada firme e uma jeba que sabia usar, e usar mesmo, até as tripas. Mas o que ele tinha em vigor, faltava-lhe em ambição: trabalhos medianos, dívidas crescentes, promessas vazias.

Aos 35, Helena estava cansada de apertar o orçamento, de dividir o vinho barato em duas taças rachadas; de transar com tesão, mas dormir com medo do aluguel atrasado. Mas aquelas estocadas na buceta, que de tão inchada, foi repetir no cu, toda aquela loucura de era empalada; chorar mordendo o travesseiro.

Foi numa festa de negócios que conheceu Henrique. Empresário discreto, quarentão charmoso, sorriso seguro. Conversaram por horas, e ele a ouviu com atenção rara. Dias depois, vieram os jantares, os presentes caros, os hotéis cinco estrelas. Quando se beijaram pela primeira vez, ela sentiu o toque de um homem que sabia controlar tudo ao redor — menos o próprio desejo por ela. Porém, deu uma esbarradinha, e não sentiu nada, nenhum voluminho sequer. O que teria acontecido? Será que Helena não despertou o que devia despertar naquele “príncipe encantado”?

Na primeira noite juntos, no quarto amplo de um flat no Itaim, Helena o despiu lentamente, movida pelo misto de curiosidade e luxúria. Quando viu o que havia entre suas pernas, hesitou. O pau dele era pequeno demais — proporcional, limpo, mas modesto. Não era o que ela estava acostumada. Não mesmo! Por dentro, um riso quase surgiu. Mas então, ele a olhou com tanta fome, com tanta entrega, que ela se calou.

Henrique compensou o tamanho, com atenção meticulosa. Sua língua percorreu cada canto do corpo dela, como se fosse um mapa do tesouro. Os dedos sabiam o ritmo, a boca era quente, e o olhar nunca desviava. Ela gozou duas vezes, antes mesmo de ele penetrá-la. Mas chorar mesmo, que era bom, nada!

Dias depois, ele lhe ofereceu algo que Eduardo nunca pôde: segurança. Um apartamento em nome dela, um cartão sem limite, liberdade. Helena hesitou, apenas por uma semana. Uma semana de lembranças quentes com Eduardo e jantares luxuosos com Henrique.

No fim, não foi uma troca por dinheiro. Foi uma troca por poder. Com Henrique, ela sentia que podia comandar o próprio destino → Foi procurar Eduardo, mas este passou a gigolô, e já tava comendo o rabo de uma empresária grã-fina. “Mas que diabos é isso? É a vida, ou sei lá o quê!”, pensou Helena.

Agora, deitada nos lençóis egípcios de mil fios, vinho francês na mesa de cabeceira, e Henrique entre suas pernas, ela sorria. Não sentia falta do pau grande. Sentia-se dona de si. E isso, para Helena, era o mais erótico de tudo. → Conhecendo o Lado B dessa vida. Até quando vai durar? Só Deus, e nem Helena sabe.

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Foto de perfil de Marqueza de SadeMarqueza de SadeContos: 84Seguidores: 31Seguindo: 0Mensagem Sou de Astorga, e qualquer título com nome de música de Chitãozinho e Xororó não é uma mera coincidência.

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