A semana depois do castigo foi como tentar respirar debaixo d’água. Minha cabeça não parava, e meu corpo... meu corpo parecia viver por conta própria. Cada vez que eu fechava os olhos, sentia um eco do que aconteceu no meu quarto, mas não era só isso. Era como se algo tivesse se soltado em mim, uma fome que eu não sabia nomear. Sentei na beira da cama, o ventilador zumbindo baixo, a luz do abajur jogando sombras no teto. Minha calcinha de algodão tava úmida, e eu nem sabia se era o calor ou outra coisa. O uniforme do Colégio Santa Luzia tava dobrado na cadeira, a saia plissada me encarando como se soubesse dos meus segredos. Eu tava perdida, e o pior: uma parte de mim tava gostando.
A Lívia era um nó na minha garganta. Na escola, ela continuava com aquele jeito de rainha, rindo alto na cantina, a saia mais curta, o cabelo cacheado balançando como se o mundo fosse dela. Mas agora eu via algo diferente. Não era só inveja ou raiva. Era uma desconfiança que crescia como erva daninha. E se ela tivesse me usado? Não pra me ajudar, mas pra me ver cair? Pensei numa coisa que ela disse na semana passada, antes de tudo desabar: “Clara, tu precisa se soltar, ser mais como eu.” Na hora, achei que era conselho de amiga, mas e se fosse uma armadilha? E se ela soubesse que o professor Eduardo nunca cairia na minha? Imaginei ela na cantina, sussurrando com outras meninas, rindo do meu fracasso, do jeito que eu saí da diretoria com o rosto vermelho. Talvez ela quisesse ser a única a brilhar, a única que conseguia notas com um sorrisinho. Minha barriga embrulhou, mas eu não tinha provas. Só um vazio que me fazia querer encará-la na escola e arrancar a verdade.
E o professor Eduardo... Meu Deus, ele não saía da minha cabeça. Ele me humilhou, me levou pra diretoria, me fez sentir a pior pessoa do mundo. Mas, caralho, por que eu ainda olhava pra ele como se ele fosse um imã? Na aula de ontem, ele tava explicando derivadas, o terno azul-escuro marcando os ombros, a gravata meio frouxa, como sempre. Mas dessa vez, ele parou do meu lado, apontando um erro no meu caderno. O cheiro da colônia dele, aquele tom quente e amadeirado, me pegou desprevenida. “Clara, presta atenção,” ele disse, a voz firme, e eu juro que senti um arrepio subir pela espinha. Queria que ele me odiasse, mas também queria que ele me visse. Não como a aluna burra, mas como... outra coisa. Imaginei ele me chamando depois da aula, não pra me passar bronca, mas pra me encostar na mesa, os óculos escorregando no nariz, os dedos longos segurando meu queixo. Era errado, mas a vontade era mais forte que a lógica.
E meu irmão. As palmadas que ele me deu abriram algo em mim que eu não sei explicar. Não era só a dor, era o jeito que ele me fez sentir pequena, controlada, mas estranhamente viva. Eu queria odiar, mas, porra, eu queria mais. Queria ele entrando no meu quarto de novo, a voz grave me mandando obedecer, os olhos me prendendo como se eu fosse dele. Na janta ontem, ele tava na cabeceira da mesa, a camisa social dobrada até os cotovelos, os braços fortes à mostra. Ele me olhou por um segundo, e juro que meu corpo esquentou. Será que ele sabia? Será que ele via o que tava fazendo comigo? Eu imaginava ele me chamando pro canto, dizendo que eu precisava de “outra lição”. Meu coração disparava só de pensar, e um calor subia entre minhas pernas, me deixando tonta.
Em uma noite, a casa tava quieta. Meus pais dormiam, e ele... ele tava na sala, o som da TV abafado pelo corredor. Tranquei a porta do quarto, o clique da fechadura mandando um arrepio pelo meu corpo. Tirei a blusa e a calça de moletom, ficando só com a calcinha preta de renda, uma que eu comprei escondido porque achava que me fazia parecer mais... mulher. Deitei na cama, o lençol frio roçando minhas coxas, o ventilador jogando ar nos meus mamilos, que endureceram na hora. Minha respiração tava pesada, o peito subindo e descendo, e eu sabia o que ia fazer. Era errado, mas o desejo era como uma corda me amarrando, e eu não queria me soltar.
Fechei os olhos, e a fantasia veio como um filme. Ele tava no meu quarto, a camisa social meio aberta, a barba rala brilhando sob a luz do abajur. “Tu tá precisando de outra lição, Clara,” ele dizia, a voz grave, um trovão que fazia meu corpo tremer. Minha mão desceu devagar, os dedos roçando a barriga, a curva do quadril, até a renda da calcinha. O tecido tava quente, úmido, e eu mordi o lábio, um gemido baixo escapando. Imaginei ele me puxando, não pro colo dessa vez, mas pro canto da cama, a saia imaginária do uniforme subindo, a calcinha preta à mostra. “Tu sabe o que acontece com meninas que não obedecem,” ele dizia, e a mão dele descia, não com força, mas com um toque firme, uma palmada que queimava e acendia ao mesmo tempo.
Meus dedos deslizaram por baixo da renda, encontrando o grelo, inchado, escorregadio de tanto tesão. “Caralho,” murmurei, a voz tremida, o corpo se arqueando contra o lençol. O calor da palmada imaginária se espalhava, subindo pelas coxas, fazendo minha buceta pulsar. Eu via os olhos dele, escuros, dominantes, me mandando ficar quieta. Meus dedos se moviam em círculos, o melzinho escorrendo, molhando a calcinha, o lençol, tudo. O cheiro do meu próprio desejo enchia o quarto, doce, quente, misturado com o suor que escorria entre meus peitos. Minha outra mão subiu, apertando o mamilo, a dorzinha gostosa mandando choques direto pra minha xoxota.
A fantasia mudou, e o professor Eduardo apareceu. Ele tava na sala de aula, a porta trancada, o terno aberto, a gravata jogada no chão. “Clara, tu precisa aprender a se comportar,” ele dizia, o tom firme, mas com um brilho nos olhos que me fazia derreter. Ele me puxava contra a mesa, a madeira fria contra minhas coxas, a calcinha descendo devagar, os dedos dele roçando onde eu mais queria. Meus dedos aceleraram, agora enfiados apenas um pouco na buceta, entrando e saindo, o som molhado ecoando no quarto. Eu gemia baixo, o nome dele quase escapando, mas engoli o som, mordendo o travesseiro. Era tão errado, mas tão foda. Imaginei ele me inclinando, a mão grande segurando meu pescoço, não com força, mas com controle, enquanto me mandava gozar.
E a Lívia. Ela invadiu a fantasia, o sorrisinho malicioso, como se estivesse me desafiando. “Tu nunca vai ser como eu,” ela dizia, e eu imaginava ela vendo, sabendo que eu tava me entregando pro tesão, pro castigo. A raiva veio, mas com ela, mais prazer. Se ela me traiu, que se fodesse. Eu não precisava dela. Eu tinha ele, o professor, essa vontade que me consumia. Meus dedos voavam, o grelo latejando, a buceta apertando, o melzinho escorrendo quente pelas coxas. Meu corpo tremia, o ventilador secando o suor na minha pele, mas o calor dentro de mim só crescia.
O clímax bateu como uma onda, meu corpo se arqueando, as coxas apertando a mão. “Porra,” gemi, alto demais, o som abafado pelo travesseiro. Minha buceta pulsava, o melzinho escorrendo em jatos, molhando a calcinha, o lençol, deixando um cheiro doce que me fazia tremer. Fiquei lá, ofegante, a cabeça leve, o quarto girando. Levantei a mão, os dedos brilhando, o gosto salgado na ponta da língua quando os chupei, sem pensar. Eu tinha gozado pensando no castigo, no professor, na raiva da Lívia. E não sentia culpa. Não agora.
Deitei de lado, a calcinha grudada na pele, o coração ainda disparado. Minha cabeça voltou pro meu irmão, pro jeito que ele podia me dobrar com um olhar. Eu queria mais. Queria ser castigada de novo, sentir aquele controle, aquela dor que virava prazer. O professor Eduardo, com seu terno e sua voz firme, ele também tava lá, me puxando pra um lugar que eu não conhecia. E a Lívia... eu ia descobrir se ela me traiu. Mas agora, eu só queria fechar os olhos e deixar o tesão me levar. Algo tava nascendo em mim, e eu não queria parar.