O Barman e o Confeiteiro 1

Um conto erótico de R Valentim
Categoria: Gay
Contém 3131 palavras
Data: 05/07/2025 18:13:02
Assuntos: Gay

CAPÍTULO I

Adriano

Não devia mesmo ter bebido, tenho um bolo para entregar às seis e quase esqueci, ainda bem que tenho todos os ingredientes em casa, se tivesse que ir no mercado seria muito azar. Meu plano era comer os sonhos e o bolo que comprei na padaria do seu Manoel, mas já que tem lasanha, vamos de lasanha. Nossa ele cozinha bem, se tiver sido ele mesmo quem fez, está tão boa quanto a que eu faço.

— Gente você está chorando miséria e contratou uma diarista? — Caio diz que chegando na cozinha, ele e o Luan têm cópias da chave daqui de casa para o caso de precisarem vir aqui, só que toda vez me assusto com Caio pois ele parece flutuar no chão — parece um gato andando sem fazer barulho.

— Que susto!

— Toda vez Madrinha, pelo amor, supera!

— Vou dar um sino de vaca em você Caio e olha agora não moro mais só então você vai ter que apertar a campainha quando tiver vir aqui.

— Se nem aquela chata que morava com você antes conseguiu me fazer bater antes, você acha que esse bofé vai? — Caio tem muita atitude e autoconfiança para uma pessoa só — então o boy fica?

— Fica, ele arrumou a casa e ainda me deixou uma lasanha para almoçar.

— Você é muito barata Madrinha.

— Nem comece viu, eu sei bem que você só veio aqui para ver se pegava ele de calção curto andando pela casa — ele finge se ofender, mas sabemos que é verdade.

— A culpa é sua que fez propaganda da neca do boy.

— É, mas você deu viagem, ele não está.

— Já viu no quarto dele? — Caio ergue uma sobrancelha muito safada e cheia de insinuação.

— Não e nem vou olhar — claro que fiquei curioso, mas não vou dar esse gostinho ao Caio de provar que mais uma vez ele está certo.

— Ai que sem graças, você quer o bofé só para você né sua gulosa?

— Até parece Caio, olha eu cansei de macho, agora vou ser selibatario — não é a primeira vez que digo isso, só que dessa vez é para valer.

— Silabário Madrinha? Só se eu não conhecesse a senhora.

— Serio bicha, eu desistir do amor, tal qual a musica “Voltas” da Lalalaura.

— Lá vem você com ref’s que ninguém entende.

— Você que só conhece pop e kpop.

— kpop é pop queridinha, mas estou sem tempo para te ensinar um pouco de cultura.

— Você vai se montar hoje?

— Vou, mas só mais tarde, vai ter um fervo mais tarde e vou está divando por lá, mas agora preciso sentar em um alibã sigiloso.

— Você ainda tá dando tréla pra esse policial bicha? — Caio parece ter imã para homem casado, Deus me livre.

— Mulher o que eu posso fazer se o bofé não me dá paz, ele agora já nem espera mais eu me montar, só quer saber se tá me fodendo gostoso.

— Toma cuidado mulher, esse cara parece meio doido — não gosto de policial, na verdade odeio qualquer pessoa armada perto de mim.

— Relaxa, que se ele quiser confusão ele vai achar, até porque drag queen não é bagunça.

— Você é maluca.

— Beijo Madrinha, vou indo porque quando atraso o alibã fica surtado.

— Ai ai, se cuida e me liga assim que voltar para casa tá ouvindo? — O Caio é muito louco sinceramente.

— Ligo sim — ele me abraça e se vai para sua aventura.

Estou sozinho e doido para ir no quarto do Ykaro, maltida seja essa bicha ordinaria que fica colocando ideias erradas na minha cabeça. “Você tem um bolo para entregar, Adriano!” é minha consciência está certa, ao invés de ir xeretar no quarto dos outros começo a preparar o bolo de chocolate confeitado da minha cliente. Eu trabalho muito melhor ouvindo música, mas como não sei se o Ykaro está em casa ou não, coloco o fone só por via das dúvidas — odeio incomodar os outro — procuro na minha playlist o álbum “KM2” da Ebony, não consegui ouvir todo ainda e como o bolo vai demorar um pouco para ficar pronto é uma ótima oportunidade para isso.

Volto para a cozinha, o cheiro de chocolate já invadindo o ambiente. Coloco a batedeira para funcionar, despejando o cacau em pó escuro na tigela junto com o açúcar e a farinha. Aos poucos, vou adicionando os ovos e o leite, observando a massa ganhar corpo e uma cor vibrante. O som da batedeira é um ritmo familiar, quase uma melodia que me acalma. Enquanto ela trabalha, derreto o chocolate meio amargo em banho-maria, sentindo o aroma intenso que me faz salivar — eu amo chocolate.

Quando a massa está homogênea e brilhante, desligo a batedeira. O próximo passo é incorporar o chocolate derretido, misturando delicadamente com uma espátula para manter a leveza. Por fim, adiciono o fermento, mexendo apenas o suficiente para ativá-lo. Despejo a massa em uma forma untada e enfarinhada, já imaginando a textura fofa e o sabor rico que o bolo terá.

Levo ao forno pré-aquecido e ajusto o timer. Enquanto o bolo assa, começo a preparar a cobertura de ganache. Quebro mais barras de chocolate, coloco em uma tigela e aqueço o creme de leite fresco em uma panela. Assim que começa a borbulhar, despejo sobre o chocolate e espero um minuto antes de começar a misturar. O chocolate derrete no creme quente, transformando-se em uma calda lisa e brilhante, perfeita para cobrir o bolo.

O som da Ebony é muito foda, meu corpo vai sontando a cada música, aproveito que estou sozinho e vou dançando durante todo o processo. O cheiro de chocolate assando toma conta da casa, e logo o timer do forno avisa que o bolo está pronto. Com cuidado, tiro a forma, o bolo dourado e alto. Deixo-o esfriar um pouco antes de desenformar e virar sobre a grade para que esfrie completamente. Mal posso esperar para cobri-lo com a ganache e entregar para a cliente.

O cheiro de bolo pronto até me ajuda com a ressaca. Termino de cobrir a cobertura e me certifico que está tudo perfeito e bem acabado. Aviso minha cliente, nesse caso ela quer que envie por serviço de aplicativo mesmo — ainda bem, porque estou tão cansado se tivesse que fazer a entrega eu mesmo com certeza daria problema. Bolo enviado a cliente me manda o restante do pagamento e já uso para pagar a conta de luz que estava atrasada. Agora posso dar meu dia como encerrado.

Depois de um banho frio e demorado tudo que consigo fazer é deitar na minha cama, no relógio vejo que ainda são seis da noite, vou tirar só um cochilo e quando acordar espero estar um pouco mais disposto para sair com Caio. O celular está tocando lá longe, começa com um barulho pequeno e quase imperceptível e vai aumentando a media em que meu corpo começa a despertar. O quarto está escuro e embora me sinta melhor da resaca o sono ainda está pesando meu corpo, sem conseguir abrir os olhos fico tateando a cama até encontrar o meu celular.

— Alô? — Atendo com a voz ainda atordoada pelo sono.

— Onde você está, criatura? — Escuto a voz do caio, mas quase não consigo entender o que ele disse devido ao som alto no fundo.

— Que horas são?

— Meia noite Adriano — nossa perdi a hora, tinha que ter imaginado que isso poderia acontecer.

— Sinto muito, amigo, mas estou tão cansado — me justifico.

— Madrinha a senhora anda muito fraca, mas você precisa vir, não vou ficar vigiando o Luan a noite toda sozinho.

— Ele está ai?

— Claro né mona, esse palhaço não perde uma chance de me ver e ele está puto porque só veio por sua causa — eu tinha combinado de encontrar o Luan lá, nem lembrava mais disso.

— Deixa eu falar com ele — peço.

— Liga para ele, não quero meu celular pegando os germes de hetero dele — Caio e Luan são como água e vinho, não tem jeito.

— Tá bom, mas sério Caio não vou conseguir, estou pregado na minha cama.

— Só vou perdoar porque você trabalhou e ainda fez um bolo hoje, mas na próxima se programe melhor! — Caio é uma das pessoas mais doces que conheço, mesmo que ele tente transparecer uma marra de durão, ele não é meu melhor amigo gay atoa.

— Pode deixar amigo, te amo.

— Também te amo Madrinha.

Depois de encerrar a chamada ligo para o Luan, afinal Caio não vai mesmo passar o telefone nem seu pedir muito — esses dois são difíceis — meu melhor amigo hetero me atende no primeiro toque como se já esperasse pela minha ligação — talvez ele tenha ouvido o Caio me pedindo para ligar para ele.

— Não acredito que você me fez vir para essa festa cheia de bichas e não apareceu Adriano! — Luan parece irritado.

— Desculpa amigo, eu capotei, estou tão cansado — uso minha voz mais manhosa possivel para tentar diminuir sua brabeza.

— Você é inacreditável Adriano, tu vai me compensar por isso.

— Pode deixar — digo feliz por ele parecer mais calmo agora.

— Tá, tchau! — Ele não está tão chateado como está demonstrando, assim como Caio ele também é muito legal e compreensível, só não gosta de demonstrar para não parecer menos homem, loucura eu sei, mas a criação dele foi muito escrota.

Estou tão cansado ainda que é só encerrar a chamada para o meu corpo começar a relaxar e voltar a adormecer de novo, foda de dormir cedo é que eu sei que vou acordar no meio da madrugada sem sono, porém se meu corpo ainda quer adormecer tenho que aproveitar essa opotunidade e dormir — que é algo que não tenho feito com muita frequência nos últimos dias.

Acordo novamente, mas com o som da voz dos meus amigos, acho que estou sonhando, mas então sinto o peso dos dois na cama — eles saíram da festa e vieram me acordar.

— Sabia que vocês estavam muito compreensíveis — cubro meu rosto com o lençol.

— Ai Madrinha que gosto tem uma festa sem a senhora lá e outra esse troglodita quase arrumou briga lá.

— Não tive culpa, eu estava ficando com uma mina e daí outra chegou reclamando.

— Esse anormal resolveu pegar logo uma lesbica você me acredita mona?

— Como que eu ia saber? — A ingenuidade do Luan é seu maior charme e também seu defeito para o mundo.

— Eu posso com esse bofé Madrinha? Olha devia ter deixado você lá apanhando.

— Tá na geladeira, dentro do pote maior, tem o suficiente para os dois.

— Você é tudo na minha vida Madrinha.

— Espera viado, tenho que ver se você vai dividir certinho dessa vez.

Esses dois. Sempre que pego uma encomenda eles vem comer o que sobra, hoje em dia até já faço um pouco a mais para eles. Meus amigos são meus maiores fãs, por eles eu já viveria disso, mas infelizmente o que eu ganho como doceiro não paga todas as minhas contas ainda. Eles foram comer o bolo que separei na geladeira e assim consigo ter um pouco de paz no meu quarto de novo. O sol entrou pela janela, porém fui acordado mesmo foi pelo ronco do Caio. Meu amigo está desmontado deitado na cama ao meu lado — colado em mim, porque ele só sabe dormir se for agarrado nos outros e o Luan dorme tranquilamente em uma rede que tenho no quarto — ele me fez prometer que essa rede é apenas para ele, tipo nem eu tenho permissão para deitar nela.

Levanto com cuidado para não acordá-los e vou até a cozinha preparar um café para mim e pros folgados. Eu precisava mesmo desse sono, estou renovado e com uma promessa de nunca mais beber daquele jeito de novo. Enquanto a máquina de café faz sua mágica estou no celular vendo os storys dos meus amigos, até que vejo no fundo de uma foto da mesma festa que eles estavam o doutor bonitão com uma twink magricela e excessivamente pálida.

— Filha da puta, ele nunca quis ir nas festas comigo! — Falei em voz alta.

— Quem é filha da puta? — Luan entra na cozinha ainda coçando os olhos com sono.

— O doutor estava na mesma festa que vocês ontem, ainda bem que não fui.

— Não liga para esse babaca Adriano, você é muito melhor que ele, tem café?

— Aqui amigo, você não devia estar em casa agora? — Quando ele dorme aqui costuma sair bem cedo para sua mãe não o ver entrando escondido pela janela do quarto dele.

— Devia, mas choveu agora cedo e fiquei com preguiça — Luan se esparrama na cadeira.

— Qual desculpa vai usar dessa vez, acho que dizer que dormiu com dois viados pode pegar mau na sua igreja — adoro zoar ele e adoro ser o único com permissão de zoá-lo.

— No dia em que eu dormir com dois viados eu mesmo chuto de casa — ele me mostra o dedo do meio enquanto toma seu café — minha roupa está limpa?

— Eu deveria cobrar aluguel de vocês — meu guarda roupas tem uma parte só com coisas dos meus amigos, se eles morassem aqui talvez não ficassem tanto tempo aqui em casa.

— Já pago seu almoço, se você quer cobrar de alguém cobre do outro lá.

— Melhor você cuidar, não vai dar tempo de ir para casa, vai ter que ir direto pro trabalho e sim sua roupa está dobrada e limpa no guarda roupa.

Luan me agradece algumas vezes antes de tomar seu banho, se trocar e partir para o trabalho, aproveito que ele está saindo para acordar o Caio também e saímos os três juntos. Ykaro trabalha de garçom no bar então a essa hora deve está dormindo, nem ouvi a hora em que ele chegou, só torço para que meus amigos espaçosos não o incomodem. Ficamos na parada de onibus esperando com o Luan até que ele pegue sua condução para o trabalho, depois vou acompanhando o Caio até em casa, sua mãe me adora e quero levar um pedaço de bolo para ela também — se eu mandar por essa bicha truqueira ela vai fazer a elza certeza.

Acabou que a tia dividiu o bolo para gente e ainda tomei café de novo na casa dela, fico até dá minha hora de ir para o trabalho. No ônibus indo para o trabalho recebo uma mensagem do Ykaro no celular:

“Obrigado pelo bolo, estava muito gostoso!”

“Não foi nada, só queria retribuir pela lasanha” — respondo.

“Stella me falou que você é doceiro”

“Só mais por hobby, quem paga minhas contas mesmo é meu trabalho”

“Entendi, bem se todas as suas receitas forem boas como a daquele bolo acho que você tem grandes chances de ganhar muito dinheiro fazendo doces” — meus amigos vivem dizendo a mesma coisa, mas acho que tenho medo de jogar tudo pro ar e me dedicar a isso e no final não dá certo.

“Estou chegando no trabalho agora, depois nos falamos, mas olha antes que eu me esqueça, meus amigos fizeram muito barulho ontem, me desculpa.

“Ah fica tranquilo, quando eu cheguei vocês já estavam dormindo, depois do trabalho eu fui para um rolê com a Stella e acabei voltando já quase agora de manhã.”

“Que bom então, eu vou falar com eles, para não ficarem indo tão tarde assim lá para casa”

“Relaxa, sério não me incomodo, seus amigos são legais” — Que bom que o Ykaro não grilou com meus amigos, porque minha antiga Roommate detestava meus amigos, mas pelo menos ela era civilizada, embora parte do motivo de sua mudança tenha sido culpa deles, só que não quis falar nada para que não se sintam mal.

Me despeço de novo do Ykaro e bato meu ponto para começar mais um dia nesse inferno.

— Bom dia Adriano, venha aqui antes de logar por favor — quando o supervisor me chama meus olhos se reviram automaticamente.

Do seu lado tem um cara branquinho e loiro dos olhos claros, o boy parece jovem, ele tem quase minha altura — devo ser um ou dois centímetros mais alto do que ele — e olhando de perto percebo que mesmo tendo o corpo magro ele parece ser malhado, enfim é um boyzinho interessante.

— Bom dia chefe, o que precisa?

— Esse aqui é o Nathan, ele é novo na nossa bateria e quero que você treine ele — se tivesse um quadro de operador do mês minha foto estaria nele, embora faço meu trabalho com muito desgosto, sou bom mesmo assim, por conta disso e também por conta do meu supervisor ter essa relação de morde e assopra comigo ele sempre quer que eu treine os novatos — ele vai ficar com você até sexta.

— Sim senhor, me chamo Adriano, Nathan prazer!

— O prazer é meu Adriano — sua voz é delicada e pelos seus trejeitos percebo que assim como eu ele também é do vale dos homexessuais.

Hoje é quarta, ou seja ele vai treinar comigo, hoje, amanhã e sexta, a melhor parte é que até amanhã ele vai está pronto para atender às minhas chamadas, ou seja vou ter uns dois dias de folga para os meus ouvidos. A primeira parte do treinamento é mostrar o sistema para ele e os scripts — pois quando você fala com um atendente ele na maioria das vezes segue um script então é quase como se fossemos robôs, mas com um atendimento “humanizado.”

— Olha se você tiver qualquer dúvida, basta me perguntar sobre beleza?

— Obrigado, pode deixar.

Nathan é tímido, mas parece ser um cara gente boa, ele mora com a mãe e esse é seu primeiro emprego, ele quer juntar dinheiro para fazer enfermagem. Ele também é muito inteligente, pega tudo com facilidade, quase não precisa repetir nada, com certeza vai se dar bem nesse emprego, quando mais rápido desenrolar com o sistema mais fácil o trabalho fica. Ele trouxe seu almoço então no meu intervalo o levo até a copa para que ele possa comer, depois vou encontrar com Luan na padaria onde ele já está me esperando com meu almoço.

— Desculpa o atraso, é que eu estou treinando um cara novo.

— Relaxa, eu cheguei em cima da hora hoje, meu chefe está com um humor estranho, acho que deve ser porque ele está pegando a estagiária — Luan passou a ser um ser humano fofoqueiro por pura influência minha e do Caio, porém por ser hetero ele tem dificuldade de catar as coisas no ar, ou seja nem sempre suas fofocas vem completas.

— Aquela loira peituda que fica na frente distribuindo senhas?

— Acho que sim.

— Como assim acha Luan, meu Deus amigo, tem quantas estagiárias na sua agência? — Fico pirado com fofoca incompleta.

— Duas, uma de manhã e outra à tarde, mas acho que é a Helem mesmo, que é essa que você falou.

Luan volta pro trabalho incumbido da missão de coletar o restante da fofoca para gente e eu volto para concluir meu turno e também o primeiro dia de treinamento do novato.

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Comentários

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Rafa, além de nos matar de tesão, ansiedade e alegria, quer tb nos matar de fome com esse conto né?? Hahaah quero muito um bolo de chocolate agora...

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Luan e Caio? Luan e Adriano? Adriano e ykaro?

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