A Sociedade Matriarcal, parte 3

Um conto erótico de Masoch
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2787 palavras
Data: 04/07/2025 22:18:58

Acordei com a garganta seca e os músculos travados. O concreto gelado ainda colava na minha pele como uma segunda camada de punição. Por um instante, não sabia onde estava. Só havia silêncio, frio e a memória do cheiro. O gosto amargo das meias suadas ainda parecia colado ao fundo da minha língua. Me mexi devagar, e a corrente presa ao meu tornozelo tilintou, lembrando que eu ainda era deles. Ainda estava aqui.

Tentei me sentar, mas o corpo protestou. Cada articulação parecia mais pesada, como se a noite tivesse sugado de mim algo além da força. Senti o anel do CCE apertado contra a base do meu sexo. Dormi com ele. Acordei com ele. E ele latejava como um cão faminto, pronto para morder.

A cela estava vazia. Nenhuma voz. Nenhuma presença. Só a luz branca no teto e o zumbido discreto da câmera girando, vigilante, sem pressa. Eu estava sozinho. Mas não livre.

Me arrastei até o canto, onde uma tigela de alumínio repousava. Dentro dela, um líquido amarelado exalava um cheiro inconfundível, ácido, inaceitável. Urina. A única fonte de “água” disponível. Meu corpo implorava por líquido. A garganta queimava, os lábios rachados ardiam. Mas meus olhos encararam aquela tigela como se fosse um abismo. Não. Não ainda. Preferia o tormento da sede à vitória delas sobre mais um pedaço de mim.

Afastei a tigela com o dorso da mão. O som metálico ecoou pela cela. E naquele gesto pequeno, miserável, resisti mais uma vez. Mesmo que por pouco tempo.

O som metálico da fechadura quebrou o silêncio como uma sentença. Virei o rosto a tempo de ver a porta se abrindo. Renata entrou primeiro, com a postura impecável de sempre, mas havia algo diferente naquele momento. O suor brilhava em sua testa, e pequenas manchas escuras marcavam o tecido branco do uniforme sob os braços e entre os seios. Ela não vinha sozinha.

Atrás dela, entraram três mulheres jovens, cada uma com um brilho peculiar nos olhos — e umidade visível no corpo. O calor do corredor parecia ter impregnado suas peles e roupas, como se tivessem acabado de sair de um treino intenso ou, talvez, de uma sessão anterior de dominação.

Kaori, de feições orientais e expressão afiada, vinha à frente com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e o uniforme colado de suor, especialmente na cintura e entre as coxas. Seus olhos eram duros, calculistas. Mirelle, negra retinta, alta e musculosa, caminhava com uma elegância brutal, como se estivesse sempre pronta para um confronto. O brilho na testa e nos braços realçava ainda mais sua presença autoritária. Por fim, Bianca, loira platinada, curvilínea, exibia um sorriso infantil e sádico. Seu uniforme mais justo denunciava manchas escuras sob os seios e nas costas.

Kaori puxou minha cabeça pra trás, me encarando com aquela cara fria de sempre. Depois me empurrou de novo, enfiando a buceta direto na minha cara, sem aviso. A pele tava quente, molhada, escorrendo. O cheiro bateu como um tapa: ranço de suor, gozo velho, pano abafado. Eu fechei os olhos, mas a porra do cheiro tava por todo lado. Ela pressionava com força, esfregando a boceta na minha boca como se eu fosse um pano de chão.

— Vai, abre essa boca, cachorro. Lamba como se fosse seu único propósito de vida.

Minha língua tocou os lábios dela, com nojo, com medo. O gosto era forte, ruim, amargo como porra de semana passada. Mas eu lambi. Porque o cinto tava ali, vibrando no meu pau, esperando uma desculpa pra fritar minha carne de novo.

— Isso — disse Kaori, gemendo baixinho, sem pressa. — Cada lambida sua é um passo mais perto de deixar de ser gente.

Mirelle deu um risinho curto, encostada na parede.

— Aí está. Machinho idiota ontem, lambedor de racha hoje. É rápido quando bate fome e dor.

Bianca veio por trás, passou a mão entre as pernas e encheu os dedos de gozo e suor. Me agarrou pelo queixo e enfiou os dedos na minha boca.

— Chupa, lixo. Aprende o sabor da sua função.

Cuspi. Por instinto. Nem pensei. Mas o bip do cinto apitou, e o choque veio logo em seguida. Curto, seco, direto na base do pau. Gritei. As três riram alto.

— Vai cuspir de novo, arrombado? Vai cuspir na sua nova dieta?

Kaori virou, me empurrando com a bunda. Escancarou as nádegas, enfiando o cu na minha cara. O cheiro era pesado, forte, pior que a buceta. Ela nem pediu. Só esfregou.

— Agora lambe. O cu de uma mulher é sagrado, e você é o verme que limpa.

Minha boca abriu. Tentei não respirar. Mas lambi. A textura, o gosto, tudo era podre. Mas lambi.

— Isso. Boa cadela. Agora você começa a servir de verdade — disse Mirelle, se abaixando com um sorriso de quem tava curtindo cada segundo.

Bianca chegou perto, agachada.

— Fala agora. Fala o que você é.

Demorei. Tremi. Mas falei.

— Eu sou lixo. Um verme. Sirvo pra lamber buceta e cu. É só isso que eu sou.

— Isso. Repete. Mais alto.

— Eu sou lixo. Um verme. Sirvo pra lamber buceta e cu.

As três gargalharam. Kaori esfregou mais uma vez o rabo na minha cara.

— Tá começando a ficar bom. A gente ainda vai te fazer gozar só de ouvir a palavra cu.

Bianca foi a primeira a se levantar do banco. Tirou o uniforme de cima como quem se livra de uma toalha molhada, deixando os seios balançarem livres, suados. Sem dizer nada, empurrou minha cabeça pra trás, sentou sobre meu peito e puxou meu queixo.

— Boca aberta. Fica assim até a gente mandar fechar. Vai trabalhar como deve.

Kaori já estava pelada da cintura pra baixo, sentada de pernas abertas, encostada na parede. Passava os dedos entre os lábios da buceta devagar, deixando escorrer o que acumulou do dia.

— Traz esse verme pra cá. Quero sentir a língua dele fundida na minha carne.

Bianca me empurrou de joelhos até o meio das pernas de Kaori. A pele dela tava quente, grudenta, o cheiro mais forte do que antes. Ela abriu a buceta com os dedos e esperou.

— Vai. Lambe devagar. Dentro. Raspa tudo.

Obedeci. Minha língua entrou no calor dela como se estivesse mergulhando num pântano azedo. O gosto era salgado, amargo, com aquele fundo forte de mulher suada que fica dias sem lavar por escolha. Kaori segurou minha cabeça com as duas mãos, os dedos cravados no meu couro cabeludo.

— Mais fundo, lixo. Chupa meu buraco como se dependesse disso pra respirar.

Fiz o que mandaram. Lambe. Chupei. Lambi de novo. Cada movimento meu era cronometrado por gemidos baixos e comentários sádicos das outras duas.

— Tá tremendo — disse Mirelle, agora também nua, se masturbando devagar ao lado. — Esse cachorro ainda sente vergonha. Dá vontade de rir.

— Ainda — respondeu Bianca. — Mas depois de hoje ele só vai saber usar essa boca pra isso. Comer buceta e cu. Mais nada.

Kaori gemeu alto e enfiou minha cara mais fundo.

— Isso. Assim. A língua enfiada. O queixo grudado. Ele já sabe lamber como um bom escravo.

Ela gozou na minha boca. Não recuei. Não tive como. Senti o líquido quente, denso, descendo pela língua até a garganta. Tentei não engolir, mas a mão dela apertou minha nuca.

— Tudo. Engole tudo. Vagabundo que cospe gozo merece choque.

Engoli.

Bianca sorriu e puxou minha cabeça em direção ao rabo dela.

— Agora é meu cu. E eu quero você gemendo de tanto lamber.

Me aproximei. O calor entre as nádegas era sufocante. O cheiro ainda pior. Mas já não tinha força pra resistir. Abri a boca. E lambi.

Bianca não tinha pressa. Rebolava devagar, com o cu pressionado na minha boca, os olhos fechados e um sorriso no rosto como quem estava em um spa.

— Lambe direito, otário. Usa a língua como se tivesse fome de merda.

O cheiro era insuportável, uma mistura de suor pesado, pele abafada e gozo seco que escorria do buraco de cima. Mas eu obedeci. A língua passava pelo meio das nádegas, subia até o cu, desenhava os contornos, cavava entre os vincos suados. Bianca gemia baixo e apertava minha cabeça contra ela.

— Isso, porra. Vai fundo. Como uma boa boca de macho inútil. Vai aprender a gozar com isso daqui na cara.

Ela começou a tremer devagar. As pernas apertaram minha cabeça como um torno mecânico. O cu se contraía contra minha língua. E quando gozou, riu alto, escancarada, batendo no meu rosto com a mão suada.

— Tá ficando bom nisso, hein? Deve ser o desespero. A alma vai embora e sobra só a boca.

Ela se afastou, me empurrando com o pé. Mirelle tomou o lugar.

Silenciosa, ela apenas se agachou sobre meu rosto. Sem falar nada, posicionou o cu molhado bem na linha da minha boca e sentou com força. O peso dela me travou no chão. A única coisa que eu podia ver eram as coxas brilhando de suor ao meu redor.

— Não precisa de palavra — disse ela, finalmente. — Você já entendeu o que fazer.

Lambi. O gosto era o pior dos três. Mais forte, mais grosso. A pele estava úmida, escorregadia, e cada movimento da minha língua fazia ela respirar mais pesado. Ela não gritava, não ria. Mirelle gozava em silêncio, como quem domina pelo puro controle. Seus dedos seguravam minha cabeça sem dó, afundando meu rosto até eu ficar sem ar. Mas ela só afrouxava quando eu lambia mais fundo.

— Isso. Quando você engasga é porque tá fazendo certo.

Ela gozou sem avisar. Molhou minha cara, minha boca, meu queixo. Depois se levantou devagar, me deixando deitado no chão, babado, fedendo ao cheiro delas.

— Agora fica aí. Repensando o que é existir.

Enquanto Mirelle se afastava, Kaori foi pegar o uniforme no canto da cela e, sem querer, esbarrou na tigela metálica. O líquido amarelado escorreu pelo chão de concreto e o cheiro forte de urina voltou a se espalhar no ar. Ela franziu o nariz e olhou pra Renata.

— Ele não bebeu — disse, com desprezo. — A porra do verme preferiu ficar com sede do que tomar o que demos.

Renata soltou um suspiro curto, quase entediada.

— Então ele vai beber agora. E com gosto.

Ela olhou para as três.

— Preparem a poção. Quero pessoalidade nisso.

Bianca foi até um canto e pegou um copo grande de plástico. Kaori tirou a calcinha suada, ainda grudada entre as pernas, e mergulhou dentro do copo. Mirelle agachou-se ao lado, urinou direto dentro do recipiente sem cerimônia. O som foi alto, sujo. Bianca cuspiu várias vezes dentro, misturando o conteúdo com o dedo.

— Isso aqui é nutrição de verdade, lixo — disse ela, rindo. — Tem gosto de dono, cheiro de dono e porra... vai descer como verdade.

Kaori tirou o copo da mão de Bianca e foi até mim. Mirelle me desamarrou, tirando a cinta dos pulsos, mas ficou com a mão na minha nuca.

— Agora é simples — disse Renata. — Você vai beber. Sozinho. De uma vez. Sem derramar.

O copo foi colocado nas minhas mãos. O líquido morno subia com cheiro de ácido, boca suada e pano velho. A calcinha ainda boiava lá dentro, tingida de amarelo.

— Não vamos repetir. Se não beber, você vai ficar três dias sem água e com a boca cheia de fita. E o cinto? Vai cantar até você mijar sangue.

Segurei o copo. Tremia. O estômago já gritava por socorro. Mas minha boca abriu. E a borda encostou nos lábios.

— Vai — disse Bianca. — Engole nosso cheiro. Engole a verdade do que você virou.

E eu bebi. O líquido desceu quente, grosso, com gosto de metal, vinagre e pano mofado. A saliva deixava tudo pegajoso, a urina queimava a garganta, e a calcinha, encharcada, roçava nos meus lábios como se zombasse de mim. Engoli devagar, cada gole uma tortura, e a vontade de vomitar apertava o peito, mas eu não parava. Não podia. A vergonha vinha junto com o gosto. O fundo do copo parecia nunca chegar. E quando chegou, fiquei ali, com a boca suja e o estômago revirando, sabendo que não havia mais volta.

Elas saíram sem dizer nada. A porta da cela se fechou, trancada por fora. Mas antes de irem, largaram no canto da cela um amontoado de roupas suadas: três pares de sapatos, três meias empapadas de suor e duas calcinhas, todas ainda mornas do uso. O cheiro tomou conta do ambiente em minutos. Um mix denso de chulé ácido, pano úmido, pele abafada, buceta usada e racha suada fermentando. Eu fiquei ali, preso, respirando aquilo por horas. Sem comida. Sem água limpa. Só o cheiro delas. Era o que restava.

Os dias seguintes foram todos iguais. O tempo se confundia. Elas vinham em turnos. Algumas vezes juntas, outras sozinhas. Às vezes riam. Às vezes só me usavam em silêncio. Comecei a identificar os cheiros. Sabia o gosto da sola de cada uma. Reconhecia a calcinha de Kaori pela acidez, a de Bianca pela doçura nojenta. Mirelle deixava sempre uma mancha amarela nos tecidos — e fazia questão de me fazer cheirar cada centímetro.

Eu lambi tudo: bucetas suadas depois de treino, cuspe do chão, cu inchado de calor, tênis encharcado, roupas íntimas deixadas dias na cela. Fui obrigado a beber mijo, engolir saliva acumulada, lamber entre os dedos dos pés. Às vezes elas me acordavam com as meias enfiadas na boca. Outras, sentavam no meu rosto enquanto urinavam. Nada mais era pedido — tudo era ordem. Minha boca não era minha. Meu nariz era uma ferramenta. Meu estômago, um depósito.

No começo eu resistia. Depois, já lambeia por reflexo. Meu pau parava de reagir. Mas o cinto seguia ativo, punindo até o pensamento. Fui me transformando em algo entre objeto e hábito. Um utilitário. Um resíduo. Uma extensão do cheiro delas.

Na manhã seguinte, a rotina mudou. Não vieram com cuspe, nem com meias enfiadas no rosto. Renata entrou sozinha. Estava séria. Nas mãos, levava uma coleira de aço escuro e uma tira de couro grosso. Me olhou por cinco segundos e não disse nada. Só jogou a coleira no chão.

— Coloca. Agora.

Minhas mãos tremiam. Mas obedeci. Prendi a fivela no pescoço e aguardei. O clique metálico ecoou pela cela como um selo de propriedade.

— Vamos ver o que você virou.

Ela me guiou pelos corredores da unidade, sempre em silêncio. Cruzamos outras portas, outras grades. No caminho, ouvi vozes de outras soldadas, risos abafados, e até gemidos de dor vindos de celas vizinhas. Mas não parei. Andava como me ensinaram: de cabeça baixa, de quatro, em silêncio.

Entramos numa sala iluminada artificialmente, com chão de borracha e paredes acolchoadas. Um espelho falso cobria uma das paredes. Do outro lado, provavelmente, alguém observava.

Renata apontou para o centro da sala.

— Vai até ali. Senta de joelhos. Não fala nada. Não pensa em levantar.

Obedeci. Me ajoelhei. O silêncio durou minutos. O espelho refletia meu estado: magro, sujo, o rosto marcado por noites mal dormidas e pelos fluidos das três. Minha boca se abria sozinha. Como se esperasse.

Então ouvi o som de uma porta se abrindo do outro lado. Vozes femininas. Saltos no piso.

Renata falou, agora olhando direto para mim.

— Bem-vindas. Este é Galileu. Nosso experimento mais... resistente. Hoje, vocês vão dizer se ele serve.

As vozes atrás do espelho cessaram. Uma porta lateral se abriu. Entraram duas mulheres uniformizadas, mas de patente inferior. Pela postura, não eram dominadoras — eram funcionárias.

Renata se virou pra elas com uma prancheta na mão.

— Este é Galileu. Passou por sessões completas de recondicionamento oral, podal, olfativo, e anal. Já responde bem a comandos simples, e aceita contato direto sem hesitação. Está pronto para avaliação externa.

Uma das mulheres se aproximou. Jovem, uniforme simples, cabelo raspado dos lados e expressão entediada. Passou a mão pelo meu queixo como se estivesse avaliando um móvel usado.

— Esse aí é o que chamavam de rebelde? Parece mais um esfregão.

A outra se abaixou, enfiou dois dedos na minha boca sem cerimônia e os girou.

— Boca quente, limpa. Respiração cadenciada. Pupila dilatada. Tá condicionado.

Renata assentiu.

— Se passar nas próximas duas semanas de uso público, será integrado ao programa “Escravo Para Todas”.

— Aquele que serve em áreas mistas? — perguntou a mulher do cabelo raspado.

— Exato. Dormitórios, áreas de banho, pátios, academias e centros de correção. Ele será usado por castas menores.

As duas riram.

— Vai lamber buceta de suburbana e depois ser usado por outras rejeitadas como ele? Que ciclo bonito.

Renata se aproximou de mim, abaixou ao meu lado, e falou com frieza.

— Você vai servir de boca e ralo. E cada dia que obedecer será mais fácil. Cada dia que resistir... será só mais uma chance de ser rebaixado ainda mais.

Ela se levantou e entregou a guia da minha coleira às duas funcionárias.

— Levem ele ao setor comunitário. Começa hoje.

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Comentários

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Muito bom, a parte 1 eu não curti mas a sequência melhorou

,parabéns

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Sinceramente esperava algo diferente pois no 1 capitulo o inicio da história até me animou mas ao ler os demais capitulos percebi o tempo predominante,e é justamente um que não curto. Paro por aqui Mas ainda sim, parabéns pela criatividade.

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