A VIDA SECRETA DE UM ADOLESCENTE GAY - Biel reapareceu; Tiago deu uma festa maluca - Parte 7

Um conto erótico de Breno
Categoria: Gay
Contém 1777 palavras
Data: 03/07/2025 23:36:54

Tiago tinha um amigo e ele disse que alguém tinha entrado no Facebook dele.

— Relaxa, foi um amigo da escola que recuperou meu Facebook. Tinha dado problemas! — Disse Tiago ao amigo.

Esse amigo do Tiago tinha vendido as fotos íntimas dele para outros amigos gays (soube depois), mas naquela época, Tiago até entrou na pira dele, quando ele inventou que eu tinha espalhados fotos íntimas (mas como Tiago era burro, não se tocou que esse amigo dele sabia dessas fotos íntimas), e assim ficamos sem nos falarmos por algumas semanas.

Era uma quarta, reta final do ensino médio, quando vi o Tiago passando na rua.

— Ei, vem cá — disse.

— Or! — Disse Tiago, andando apressado.

— O que aconteceu? Quero saber!

Tiago demorou mais dois dias, até que mandou uma mensagem. A mensagem foi bem pesada, mas parecia desconfiado. Nós voltamos a amizade, mas só alguns meses depois é que realmente ele soube da verdade e ficou de boa comigo. Alguém próximo ao Tiago soube dessas fotos e relatou que o “amigo” dele é que tinha oferecido a foto (não posso dar mais detalhes para que a pessoa não saiba que estou falando dela).

E quando voltamos a amizade novamente, Tiago estava diferente. Tomando uma cerveja lá em casa em um final de semana ele disse:

— Nem ligo, pelo menos eu tenho a pica grande — levantou-se, pegou no pacote e bebeu a cerveja.

— É, bem grande mesmo — disse, do nada, mas baixo para ele não me ouvir.

— Ei, por que a galera falou que você era gay? — Tiago perguntou, meio receoso.

— Quem te falou?

— Nessa resenha toda, disseram que você só vivia colado em um carinha aí, e parece que ele era gay ou era você — Tiago ficou desconversando quando percebeu que eu fiquei um tanto “diferente”.

— Olha, quer saber a verdade? Sou sim! Na verdade, acho que sou bissexual, e é isso!

Me levantei encabulado com isso, fiquei chateado mesmo. Olhei pra ele pelos óculos escuros, mas ele pensou que eu estava olhando pra frente, fui andando até a piscina, tirei o short e pulei na piscina; ele veio logo em seguida, com uma cerveja, calado, parecia estar tentando reunir palavras para dizer algo.

— Não tenho que estar explicando sobre isso a todo mundo não, tá ligado? — Disse, tentando me acalmar.

— Relaxa! Perguntei porque os boatos... você sabe... as pessoas...

Na mesma hora meu telefone tocou. Fui atender e recebi a notícia de que meu pai estava voltando com novidades.

Três semanas depois estava viajando para outra cidade, por causa do trabalho do meu pai. Eu resolvi dar 1 ano de descanso da faculdade e me afastei de quase todo mundo que conhecia na cidade anterior. Foi uma época bem solitária, mas muito legal.

Um novo amigo da empresa do meu pai me sugeriu que eu ficasse trabalhando por lá, pois não queria contratar alguém a mais (coisas da empresa do meu pai). Eu nem queria muito, mas como ele era gente boa e eu estava tentando fazer novas amizades topei.

Semanas depois estávamos combinando uma festa em um clube próximo. Comprei várias roupas, me vesti bem como nunca, estava empolgado, respirando novos ares e só queria me divertir, mas para minha surpresa, e coloque surpresa nisso, Biel estava lá! “Puta que pariu!” Pensei, gritando por dentro. Ele estava diferente, com um brinco na orelha esquerda, roupas mais apertadas, mais gordinho, cabelo mais curto, mas ainda muito organizado e bonito, sorrindo e falando alguma coisa interessante com alguma pessoa lá que eu não conhecia até então, e completamente lindo e gostoso! Sabe, aquilo foi impactante. Para minha outra surpresa, quando me viro para o lado, aparece um amigo de infância, um que eu tinha paixão por ele, mas que nunca tive coragem de dizer algo. Foi uma mistura de sentimentos maluca, que só me fizeram pensar em como eu deveria para de pensar nisso e curtir. Dei as costas para o Biel (que não tinha me notado) e fui para o bar com meu novo amigo Samuel.

— Parece que você viu um fantasma — disse Samuel, sentado, esperando a cerveja.

— É uma história longa — disse, olhando para os lados, assoprando de nervoso.

— Se quiser contar, sou todo ouvidos. Confie em mim! — Terminou de falar já com uma breja na mão.

— Tá vendo aquele cara ali de camisa quase preta e calças pretas e uma tatuagem no braço e um brinco na orelha? — Apontei para Biel, do outro lado de tudo.

— Sim, o que tem ele?

— Quase namoramos — disse, esperando uma resposta bem estranha do Samuel.

— (risos) você deve estar brincando!

— Sério! — Falei, virando uma cerveja bem rápido.

— Então você é...

— Sim e não...

— Como assim? — Samuel estava incrédulo.

— Acho que sou e acho que não sou. Já fiquei com os dois sexos, mas me apaixonei por aquele carinha ali... eu acho — ele tentou compreender, ficou calado, gesticulava positivamente, mas incrédulo.

— Olha, essa noite promete!

Fiquei algum tempo conversando sobre tudo com o Samuel, e impressionantemente encontrei um cara que estava me apoiando 100%. Ele era hétero, não fazia meu tipo, e estava completamente envolvido em tudo agora. Esse realmente se mostrou meu primeiro e bom amigo na vida — acreditem, até hoje.

Biel foi ao banheiro e ainda não tinha me visto. Eu também tinha mudado mais, tinha ficado mais magro, tinha mudado meu corte de cabelo, tinha mudado meu estilo de roupas (agora vestia mais roupas sérias e menos casuais): eu estava outra pessoa. A única pessoa que me notou e conheceu realmente foi o amigo de infância, que me cumprimentou e sumiu, graças aos deuses.

Em certo momento da noite, quando minha mente já começava a dar sinais de empolgação alcoólica, eu pensei seriamente em ir lá onde o Biel estava e o chamar para conversar. Até andei alguns passos, mas o Samuel me puxou pelo braço.

— Rapaz, é melhor não — disse, confiante.

No dia seguinte o agradeci pelo celular: “obrigado, ainda bem que você não me deixou fazer besteira!”

Por que estou contando todo esse acontecimento a vocês? Sei que a maioria aqui quer saber das partes quentes, mas, tudo isso aconteceu pelo simples fato de o Biel ter me procurado, e combinado com meu amigo de infância aquele encontro; Samuel fora avisado indiretamente e lá estávamos nós. Uma semana depois o Biel me mandou uma mensagem nas redes sociais pedindo ajuda. Confessou algumas coisas, e sabia que eu estava lá! Aquilo me deixou muito puto! No final, ainda mandou uma foto sem roupa e de cueca para tentar me iludir, mas eu o mandei se fuder! — Mas não era nosso último encontro.

Faltando alguns dias para a mudança definitiva nessa nova cidade e minha nova carreira na empresa do meu pai, precisava ver as questões da casa onde o Biel e seus tios tinham morado e que agora era minha. Vendi a casa e o dinheiro eu acabei guardando para tentar comprar uma casa para mim — e consegui, alguns anos depois.

Tiago me viu enquanto carrega algumas caixas para o carro do Samuel. Foi até lá e me chamou no canto.

— Olha, desculpa por aquele dia, é que eu não sabia o que dizer — tentou justificar o que tinha dito sobre os boatos.

— Relaxa, mano, já estou bem tranquilo em relação a isso.

Olhei para o Tiago e ele estava divino. Aquele corpo, aquele cheiro, aquele rostinho lindo e todo aquele jeito de moleque maromba me deixou realmente encantado.

— Olha, vai ter teu aniversário, é isso? — Tentei falar, quase me auto convidando.

— Poxa, verdade, já tinha esquecido. É pra vir (ele me disse a data).

— Fechado, então!

Na data, algumas semanas depois, lá estava eu, terno preto, todo sério, entrando em uma festa muito maluca. Tiago tinha chamado uma turma tão grande de amigos nesse sítio que eu passei a ser o centro das atenções. Todo mundo estava sem camisa, porque tinha piscina alugada, churrasco ao ar livre, muita gente já começando a ficar bêbado etc.

— Caralho, Tiago, tivesse me dito que era algo mais casual.

— Desculpe, amigão, acabei esquecendo — ficou rindo.

Mas logo eu fui trocar de roupa e me enturmei. Olha, eu entrei em uma turma tão maluca lá de uns amigos dele, virando rum e whisky em shots com cerveja que duas horas depois eu já estava louco, cantando tudo, dançando, falando coisa com coisa para um monte de gente que nunca vi na vida. Tiago também estava trilouco, dançando, tirava a bermuda, outrora vestia, as meninas passavam a mão, outrora vomitavam. Foi uma festa sem limites.

— Ei, vem cá — disse um carinha bombadinho lá.

— Oi — falei, sorrindo, alegre, oferecendo bebida.

— Toma uma comigo — disse, calmamente.

— Claro — falei, já louco de cachaça.

— Olha, acho você gostoso — disse, me fazendo entender pouco.

— Eu? — Dei uma gargalhada e tanto. — Quem eu queria que me chamasse assim não chama — falei, tombando.

— Vem cá — disse, Tiago, em cima de uma mesa.

— Já volto, amigo — andei um pouco e olhei para trás. — Gostei de você! — Mandei um beijo pra ele, bem louco! (risos).

— Bebe — disse Tiago, agora com Vodka.

E aqui foi a última coisa que eu me lembro dessa festa. Sério! Apagão total. Porém, no dia seguinte, ao acordar, acordei dentro de um quarto com três homens nus. Minha cabeça doía tanto que parecia derrame cerebral. Uma cede anormal e uma vontade de vomitar assombrosa: tenho pena do dono do banheiro até hoje. Quando voltei, consegui olhar melhor para os caras que estavam deitados. Um deles era o Tiago, com o pau mole pra esquerda, um outro moreno com o pau para a esquerda, e o bombadinho que tinha me chamado para beber com ele também com o pau mole para outro lado. Nossa! A cena era bonita, mas eu me perguntei o que tinha acontecido lá!

Não tinha mais ninguém apenas nós três, quando bateram na porta! Eram batidas fortes. “Fudeo, agora. Quem será?” Fiquei maluco. Tentei acordar os caras mas nada acontecia. Peguei água gelara e joguei nos três. Logo acordaram.

— Ei, tem gente aí, porra — disse, assustando. — Vistam uma roupa!

Abriram a porta e entraram com tudo. Para nenhuma surpresa eram mais duas pessoas com três caixas de cervejas geladas para curar a ressaca. Era uma garota e um cara que nem lembro se estava na festa.

— Olha só, parece que rolou uma festinha e tanto aqui ontem em. Foram os três de uma vez? — Sorriu olhando para mim.

Tomei um banho, me ajeitei e fui embora, muito cansado, pensativo, sem se quer ter conversado direito com Tiago. Ele estava pior que eu. Cheguei em casa, me deitei e dormi o dia todo. Ao acordar, umas trinta mensagens tinham no meu Facebook. E o que aconteceu depois, vocês vão saber no próximo conto...

CONTINUA...

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