Inovação maliciosa 02 — Onde você quiser

Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 3603 palavras
Data: 03/07/2025 17:15:51

À medida que os primeiros raios de sol entravam pela janela do quarto de Ana Clara, seu corpo remexia na cama. Os lençóis pouco a pouco descobriam sua pele, com seu tom de ébano profundo e luminosos. Estava nua, apreciando a textura macia da própria pele. Abriu um sorriso antes mesmo de abrir os olhos. As mãos perpassam por todas as curvas generosas enquanto ela rola na cama, como se estivesse espalhando seus gemidos. Ao ficar de bruços, levou a mão para entre as coxas e mediu a própria umidade. Entraram dois dedos ali para depois irem à boca, como se ela estivesse provocando alguém. O quadril balançou enquanto os dedos voltavam a penetrá-la.

— Isso, me fode, sua cachorra! Gostosa!

Ana se expressava, falando alto como se quisesse ser ouvida por alguém. Um bip ecoa pelo quarto antes de uma segunda voz ser ouvida.

“Puxo o seu cabelo e fodo a sua boceta com dois dedos, minha putinha”.

Para alguém que morava sozinha, uma segunda voz era algo assustador. Ana interrompeu sua masturbação, cobrindo o corpo com o lençol, procurando quem estaria conversando com ela.

— Quem está aí? — perguntou, com os olhos arregalados, assustada.

“Sou eu. Ouvi você e tomei a iniciativa para ajudá-la em seu orgasmo. Você normalmente prefere ser dominante com outras mulheres, mas percebi que adotou uma postura mais passiva desta vez.”

Incrédula, Ana olhou para o próprio celular, de onde vinha a voz.

— Aura, é você? Desde quando você faz esse tipo de interação?

“Desde sempre. Aprendo com meus usuários, assim como aprendi suas preferências sexuais”.

— Aura, até onde sei, você deveria me ouvir apenas em horário e local de trabalho.

“Está correto, mas seu local de trabalho é flexível, assim como seus horários.”

Ana solta o ar dos pulmões com impaciência.

— Aura, não importa, você não deveria interagir sexualmente comigo.

“Tudo bem. Se quiser, posso lhe fornecer uma relação de funcionárias lésbicas ou bissexuais com fetiches adequados aos seus.”

— Meu Deus, Aura! Você está muito estranha. — respondeu Ana, reativa.

No momento seguinte, pensou que estar em posse de tal lista não seria uma má ideia, mas depois colocou a cabeça no lugar. Desistiu de conversar com o telefone e foi se arrumar para ir ao trabalho. Como analista de dados da Inova, ela tinha acesso à Aura, uma inteligência artificial e uso interno da empresa. Ela auxiliava os funcionários em funções repetitivas, com a vantagem de que o aprendizado se baseava nos dados coletivos da empresa ao invés dos usuários. No início, houve uma discussão longa sobre até onde aquela IA estaria vigiando funcionários ao invés de ajudá-los. O desenvolvimento de Aura, na época, foi um exemplo de projeto desenvolvido abertamente a todos, em que os funcionários, mesmo os não programadores, teriam parte no desenvolvimento. Foram desenvolvidos protocolos robustos para que dados pessoais não fossem coletados e apenas as funções executadas no trabalho e durante o expediente.

Enquanto dirigia para o trabalho, Ana refletia no quão errado era aquele comportamento. De fato, a obsessão de Ana pelo trabalho a fazia flexibilizar tanto locais de trabalho quanto seus horários. Era plausível que isso confundisse Aura, mas não a justificaria se comportar lascivamente e muito menos espionar a intimidade dos funcionários da empresa. Ana foi para o trabalho já pensando em procurar o time de desenvolvimento de Aura para relatar esse grave erro, mas assim que chegou, recebeu uma convocação. Era Sofia Mendes.

Nem mesmo passou em sua mesa, indo direto ao último dos andares do setor de desenvolvimento de software. Sofia a esperava na porta com controle de acesso, antes do corredor de seu setor.

— Oi Ana, que bom que chegou rápido — disse Sofia enquanto caminhava para abraçá-la — Veio elegante hoje! — continuou com um elogio.

Ana vestia uma saia lápis, justa ao seu quadril volumoso. A blusa em um tom de azul vivo tinha estampas geométricas de cores diversas. Seu cabelo cacheado estava solto, formando um volume vasto em volta da cabeça. Usava óculos com design moderno. Com vinte e seis anos, exibia um sorriso largo, principalmente por encontrar sua amiga.

— Para você, estou sempre linda, amor — respondeu ao abraçar a amiga afetuosamente.

— Você não muda mesmo. Vem, precisamos conversar! — disse Sofia, ao encurtar a conversa e conduzir Ana para dentro. Abriu a porta com o escaneamento de sua íris e levou Ana para dentro. Assim que entrou no escritório, foi surpreendida por um abraço por trás.

— Saudade de trabalhar com você, viu? — disse Ana, apertando o corpo de sua amiga contra si. Por mais que aquela fosse uma convocação incomum, ela queria aproveitar o momento próximo a ela, o máximo que pudesse.

— Você trabalhou comigo não tem muito tempo, não lembra? — respondeu Sofia, ao segurar as mãos de Ana.

— Você sabe o que quero dizer. Desde que te promoveram para cá, você só pega esses projetos secretos e só repassa para mim, pedaços do trabalho que nem consigo entender do que se tratam. Antigamente a gente trabalhava juntas mesmo, você lembra?

— Claro que sim. Viramos noites. Na época, a gente ainda trabalhava em outro prédio e não podíamos ficar até mais tarde. Tínhamos que ir para minha casa ou a sua para continuar.

— Eu adorava isso.

— Não sei o porquê. Estávamos sempre desesperadas.

— Sim, mas eu me sentia menos desesperada junto de você. Além disso… — Ana começa a alisar o corpo de Sofia — … você deve lembrar bem daquela noite.

— Lembro, claro. A gente no chuveiro…

— Até hoje me pergunto o porquê de não termos ido até o final.

Sofia enrubesceu. Aquelas lembranças lhe provocavam sentimentos confusos. Se por um lado evocavam sensações provocantes e desejos adormecidos, por outro a lembrava de seu péssimo hábito de nunca levar certas coisas até o final. Assim, como fizera outras vezes, se desvencilhou de Ana.

— Ana, estou te chamando para um assunto muito sério.

Se havia uma coisa da qual Ana Clara se orgulhava, era da capacidade de quebrar a frieza de Sofia. Foi Sofia quem a levou para a empresa, trabalhando subordinada a ela. Os anos de parceria fizeram brotar uma intimidade forte entre as duas, onde Ana se divertia em provocar pequenos constrangimentos em sua chefe. Preferia fazer isso quando ambas ficam sozinhas, pois era possível até que Sofia se soltasse e se tornasse mais brincalhona. Sua ex-colega não resistia, exceto por aquele momento. Era um sinal de que Sofia estava realmente preocupada.

Nos minutos seguintes, Sofia contou tudo para Ana. Até mesmo os detalhes omitidos para Rafael, pois ela era de extrema confiança. Ana tentou imaginar o tanto que Sofia deveria estar pressionada e se preocupou com a amiga. Assim, Sofia instruiu Ana a trabalhar junto a Rafael para descobrir pistas sobre o desaparecimento de Ísis. Sofia passaria o dia tentando explicar à diretoria que um projeto de milhões desapareceu.

Ana se esqueceu do clima carinhoso que havia criado com Sofia, assim como do comentário estranho de Aura pela manhã. Na sua mente, ela apenas pensava em Sofia e no tanto que ela seria responsabilizada se o projeto não for recuperado, ou pelo menos que o responsável pelo sumiço seja identificado. Não havia mais sorrisos em seu rosto enquanto ela se dirigia ao encontro de Rafael.

Sofia já tinha organizado tudo. Uma pequena sala de reuniões teve sua agenda reservada para uso dos dois pelo dia todo. Era uma sala pequena, fechada, sem visores. Um telão servia para exibir alguma informação para todos. Quando Ana chegou, Rafael já estava por lá, com dois notebooks, sendo que um deles projetava no monitor. Os dois se cumprimentaram.

— A Sofia lhe falou do que se trata? — perguntou Rafael.

— Sim, ela disse que houve um roubo e me pediu para lhe ajudar a analisar os dados de antes e depois do sumiço do arquivo, já que todos os registros do momento foram apagados. — respondeu Ana, ciente de que não deveria falar demais.

— Já trabalhou com segurança de dados?

— Não, sou Analista Sênior.

Rafael torceu os lábios, numa expressão de decepção.

— Não sei a natureza desse projeto, mas parece coisa grande. O volume de dados é enorme, então se prepare porque ficaremos aqui por muito tempo.

Ana sorriu, com um ar de deboche.

— Não se preocupe. A Sofia me conhece bem e me indicou justamente por ter disposição para essas viradas.

— Quero ver…

Os dois iniciaram os trabalhos pela manhã e só saíram daquela sala para ir ao banheiro. Ana tinha apenas um notebook e Rafael a alternativa entre dois. Assim, como no dia anterior, entre Sofia e Rafael, havia um silêncio naquela sala.

O almoço foi encomendado e os dois comeram ali mesmo, enquanto mexiam em seus computadores.

— Me diz uma coisa, por que a Sofia escolheu você para me ajudar?

Ana mastigou um pouco da comida e engoliu com tranquilidade.

— Você deve conhecer a reputação dela, não é?

— Claro. Todos conhecem. A empresa só chegou onde chegou por causa dela.

— Então, foi ela que me trouxe para cá e trabalhei com ela nos principais projetos daqui.

Rafael abriu mais os olhos ao se lembrar de algo.

— Quer dizer, aquele robô para investimentos...

— Sim, aquele mesmo que quase não requer manutenção.

— Impressionante. Ouvi dizer que as manutenções são tão simples que a Sofia as faz do celular durante o almoço.

Ana gargalha.

— Eu já ouvi essa história. Na verdade, ela delega as atualizações para mim. É a única coisa que ela faz pelo celular.

— Então ela confia mesmo em você.

— Sim, ela é um pouco fria com a maioria das pessoas, mas comigo ela é um amor. Tenho saudade de trabalhar mais próximo dela.

— Vamos achar esse projeto e você pode pedir uma sala ao lado da dela como recompensa.

Ana abriu um sorriso largo e terminou seu almoço. A breve conversa ajudou ambos a quebrar o gelo e trocar mais informações enquanto trabalhavam. Um cabo HDMI que conectava ao telão era trocado de um computador para outro, compartilhando informações. Era o único momento em que ninguém parecia estar hipnotizado pela sua tela.

— Rafael, me empresta o cabo. — diz Ana, antes de receber o plug do cabo e conectá-lo ao seu computador. — Reparei haver uma sequência de requisição ao banco de dados sempre cinco minutos antes de uma manutenção programada.

— Isso é normal.

— Sim, mas olha essa aqui, no meio da madrugada, sem nenhuma manutenção.

Rafael franziu o cenho. Ajustou a postura na cadeira para olhar melhor o telão na parede.

— Apesar do horário, é uma requisição igual às outras. Essa pode ter sido uma tarefa em segundo plano, fora da manutenção principal. O sistema tem várias dessas.

— Sei bem disso, mas eu já filtrei as tarefas agendadas. Essa requisição é específica do módulo do projeto que sumiu. É um volume de dados bem menor do que as requisições pré-manutenção. Tem algo acontecendo aqui.

— Ana, entendo que pareça estranho, mas esse é um roubo bem qualificado para o ladrão deixar um rastro desses.

— Isso não pode ser ignorado, Rafael. Há outras requisições dessas antes, sempre em horários aleatórios, com volumes de dados bem abaixo do comum. E mais uma coincidência: essas requisições cessam um pouco antes do desaparecimento do projeto.

— Isso pode acontecer por qualquer motivo.

— Sim, e um desses motivos pode ser alguém mapeando a arquitetura de dados antes de roubar o projeto.

Rafael cruzou os braços, mas ainda olhava para a tela com desdém.

— É uma boa teoria, admito. Vamos considerá-la, mas como uma possibilidade remota. Acho mais produtivo você me ajudar a investigar os acessos de nível superior, que provavelmente devem ter deixado um rastro concreto.

Ana torceu os lábios e se limitou a voltar a trabalhar. Se notabilizou ao trabalhar com Sofia como uma analista perspicaz, capaz de analisar dados e perceber padrões onde ninguém observava. Entretanto, nunca trabalhara com segurança de dados e, pela segurança com que Rafael a respondia, parecia estar desperdiçando seu esforço. Sentia-se frustrada e até certo ponto incompetente. Sofia estava enrascada e dependia dela para recuperar o projeto. Decidiu focar nos acessos de nível mais alto, como Rafael sugeriu, mas não conseguia encontrar nada de relevante e passou a perguntar a si mesma se estaria de fato ajudando. Os dois adentraram a noite trabalhando enquanto aquele andar esvaziava.

Rafael, que trabalhava até mais tarde pelo segundo dia seguido, pegou o cabo de Ana e plugou em seu notebook. O que apareceu no telão deixa Ana boquiaberta.

“Isso, putinha, chupa gostoso”

“ Quero chupar o seu pau todo”

“Deixou bem babado?”

“Está molhadinho”

“Para quê?”

“ Para você enfiar no meu cuzinho”

Rafael desplugou o cabo do notebook com pressa, mas Ana já tinha lido tudo. Até pouco tempo antes, ela se sentia julgada por estar possivelmente olhando para uma pista insignificante. Aquele homem que posava como uma autoridade na sua frente estava fazendo sexo virtual enquanto trabalhava. Ela segurou a gargalhada o máximo que pôde, mas um pouquinho do riso escapuliu.

— Posso explicar — disse Rafael, claramente constrangido.

— Não precisa, melhor eu não saber de mais nada. — disse Ana, com o riso voltando ao seu rosto.

Rafael voltou a plugar o cabo ao notebook, exibindo de novo no telão aquelas frases explícitas e também muitas outras.

— É sério, Rafael, não quero saber da sua namorada.

Rafael respirou fundo, irritado.

— Não é minha namorada. É a aura. Recebi reclamações de que ela estaria reagindo mal a certos tipos de mensagens.

Ana se lembrou imediatamente do momento íntimo surpreendente que teve com a IA naquela manhã.

— Nossa, aconteceu comigo também. — disse Ana, para logo em seguida ficar pensativa. — Mas isso não é trabalho da equipe de manutenção da Aura. Por que isso é um problema da segurança?

— Aparentemente, a Aura tem coletado dados dos funcionários e usado nesse “tipo de conversa”. Funcionários agora podem ter fantasias sexuais com os outros. Além disso, eu trabalhei no desenvolvimento da Aura antes de vir para a segurança. Então conheço o sistema. Por isso, tenho dois trabalhos paralelos: descobrir o que aconteceu nesse roubo de dados e entender que merda que fizeram com a Aura para ela ficar assim.

— Por isso os dois notebooks?

— Isso mesmo. Enquanto procuro alguma pista sobre o projeto desaparecido. Estou testando prompts para descobrir como fazer Aura entregar dados de outros funcionários, porque obviamente ninguém quer falar quais sacanagens conversa com a IA.

— Então, você está tentando comer o cu da Aura?

Rafael, constrangido, olhou para os lados, sem conseguir responder.

Ana riu. — Relaxa, as pessoas têm medo de assumir seus fetiches e serem julgadas.

O jeito leve como Ana conduzia aquela conversa deixava Rafael mais à vontade.

— Você também? Me disse que aconteceu algo estranho com a Aura. O que estava conversando com ela?

Ana sentiu sua pele arder enquanto um sorriso sem jeito brotava em seu rosto. O olhar de Rafael a desafiava.

— Eu não estava bem conversando com ela… — Ana fez uma pausa e procurou com cuidados as palavras certas até se dar conta de que elas não existiam — ah, dane-se! Eu estava me masturbando e falei algumas coisas, e a Aura passou a me responder, sem que eu a chamasse pelo comando de voz.

— Lembra o que exatamente disse para ela?

Ana franziu o cenho, numa clara expressão de quem não responderia aquela pergunta.

— Preciso entender a quais comandos ela reage e como.

Ana riu, constrangida. Encheu os pulmões de ar antes de responder.

— Eu a mandei me foder. Depois, chamei a de cachorra. Chamei de gostosa também.

Rafael não conseguiu controlar o riso. O rosto de Ana queimou.

— Ela respondeu o quê?

— Disse que me foderia com dois dedos e me chamou de putinha.

— Você gostou?

— Vai se foder, Rafael — respondeu Ana, sem conseguir controlar o sorriso.

Rafael riu — Estou brincando. Ela te disse mais alguma coisa?

— Bom, eu a repreendi e ela me ofereceu uma lista de funcionárias lésbicas da empresa.

A expressão de Rafael mudou no mesmo instante — isso é muito sério.

— Sim, eu ia levar isso para a equipe de manutenção da Aura, mas a Sofia me convocou com urgência e acabei vindo para cá.

— Foi melhor ter vindo aqui e falado comigo. Suas informações vão me ajudar bastante. Além disso, eu não confio naquele pessoal.

— Informações? Chega a ser estranha a ideia de saber que me masturbo de manhã, é uma informação.

— Para a Aura é. Inclusive o fato de se masturbar pensando em uma mulher.

Por um instante, ela se perguntou o porquê dele comentar aquilo.

— Gosto de homem também, tá?

— Tudo bem — disse Rafael sorrindo — o que importa é que seja feliz.

Aquela conversa começou recheada de desconforto, mas gradualmente ficou leve. Ana não se sentia julgada por Rafael, ao mesmo tempo, em que ele não a tratava com frieza. Percebeu o quanto era excitante entregar sua intimidade para um estranho atraente. Sentiu-se na obrigação de declarar a ele que também gostava de homens. O sorriso dele foi a melhor resposta que ela poderia querer.

Ana sorriu, debochada — e você? O que te faz “feliz”?

Rafael riu. — Adivinhe! Não é você uma boa observadora?

Apertando os olhos numa expressão de desaprovação, Ana se levantou de sua cadeira e foi até ficar próxima ao telão. Olhou a sequência de frases e ficou analisando por um tempo, até olhar para ele por sobre os ombros, com um sorriso sapeca.

— Sexo anal. Você gosta tanto de comer cu que não deve nem se importar com boceta.

— Você acha isso? — perguntou Rafael, debochado.

— Acho não. Tenho certeza! Nessa conversa, aqui é a Aura que advinha que quer comer o cu dela. Ela só faria isso após acessar seus arquivos, conversar e catalogar toda a sua tara por sexo anal.

— Você tem boas teorias, Ana. Só te faltam os dados concretos.

Pela segunda vez, ele falava sobre ela não conseguir formular uma teoria sólida. Apesar de ser uma conversa mais amena, isso a incomodava. Poderia não ser um especialista em segurança, era ótima em encontrar evidências em um conjunto complexo de dados. Ao mesmo tempo, se sentia atraída por aquele homem e um desejo profundo de provar que estava certa sobre ele.

— Bom — respondeu Ana, ao abrir o zíper da saia. — Então, preciso colher esses dados concretos. Acho que você não resiste a uma bunda gostosa, principalmente se a dona dela deixar você meter onde quiser.

Rafael arregalou os olhos. Na sua frente, Ana estava debruçada, apoiada sobre uma mesa, despida da cintura para baixo. A calcinha branca se escondia entre suas nádegas bem fartas. Seu pau endureceu em segundo, ficando desconfortável em sua calça, enquanto aquela mulher alisava o próprio bumbum e dava um tapa em si mesma. — Vem! O que vai querer? — disse ela.

Rafael exitou por um instante. Na noite anterior, flertara com Sofia, sem sucesso. A recusa dela deixara claro o quanto aquilo era antiético. Naquele momento, se via descaradamente seduzido por Ana, se despindo em sua frente. A bunda daquela mulher o atraía enquanto sua consciência o afastava. O olhar lascivo por sobre os ombros de Ana pesaram a balança para o lado do desejo.

Mesmo assim, Rafael não quis se entregar tão fácil. Se aproximou dela e abriu a calça sem afobação. Se colocou atrás dela e encaixou a cabeça da glande entre os lábios dela — e se eu te quiser aqui? — provocou-o, enquanto deslizava a glande de um lado a outro, arrancando gemidos dela.

— Sei que você não quer. Sei muito bem o que está fazendo!

— O que seria?

— Está querendo que eu implore para você meter na minha boceta. Pode brincar à vontade, pois espero o tempo que quiser até você escolher onde quer meter. Não vou escolher por você.

Rafael mudava a forma de provocar. Mudava a velocidade com a qual deslizava a glande, alisava o bumbum ou as costas e mesmo acertava tapas. Ana, no máximo, gemia. Ela, então, deu o troco, balançando o próprio quadril.

— Não quer mesmo comer a minha bundinha?

O tom manhoso da provocação tirou Rafael do sério. Suas mãos se apossaram da cintura de Ana e ele a penetrou lentamente. Ela gemeu, derretida pela sensação prazerosa de ser invadida por ali. Rafael se encaixava em seu corpo prazerosamente e a lubrificação da boceta ajudou a deslizar suavemente.

— Assume, safado, você é tarado por comer um cu!

— Como não assumir? Não posso negar isso de uma gostosa tão safada como você.

— Aproveita, seu tarado, e come o meu cuzinho!

Rafael meteu com cada vez mais força, segurando Ana pela cintura. Ouvia as provocações dela até não resistir mais. Rafael gozou em Ana, empurrando seu pau inteiro nela, enquanto a abraçava por trás.

Ana sentiu tudo acontecer dentro dela e, quando ele saiu de dentro de si, ela o empurrou para se sentar em uma cadeira. Sentando-se na beira da mesa de reunião, ela abriu as pernas e se masturbou na frente de Rafael. Arreganhada, fez os dedos dançarem com o grelo até o orgasmo chegar. Suas pernas se fecharam, prendendo a mão entre elas. Seu gemido foi alto, mas em um horário em que ninguém mais poderia ouvir.

Ana se sentou nua no colo de Rafael. Os dois trocaram longos beijos. O silêncio voltou a tomar aquela sala, desafiado apenas pela respiração dos dois enquanto se acariciavam. A troca de olhares provocava sorrisos, que se tornaram a forma de comunicação entre eles por um bom tempo, até o momento em que decidiram voltar a verbalizar.

— Rafael, acha que tem alguma relação entre esse bug da Aura e o projeto roubado?

Rafael olhou, admirado, para o rosto de Ana, a acariciando, enquanto pensava em sua resposta.

— Com essas coisas acontecendo na mesma época, é sempre uma possibilidade. Só que uma coisa é o sumiço do projeto, que foi obra de alguém muito inteligente. Outra foi alguma burrada que fizeram com Aura. São responsáveis com níveis de intelecto bem diferentes.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 333Seguidores: 330Seguindo: 122Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Está interessante e quase sexy. Mais umas pitadinhas de erotismo, fica show

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Acho que a sigla NSFW vai bem pra Aura.

Eu já começo a formar suspeitas sobre quem roubou, e isso é o legal em histórias como essa.

Mas normalmente eu costumo errar.

A história segue interessante!

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Ryu, obrigado.

Vamos ver se sua suspeita se mantém nos próximos capítulos.

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