A Vaca e a Fera ☆ Capítulo 4

Da série A Vaca e a Fera
Um conto erótico de Tiago Silva
Categoria: Homossexual
Contém 1527 palavras
Data: 31/07/2025 08:47:21
Assuntos: Fantasia, Gay, Homossexual

Deitado ao meu lado, sob a luz do luar que se esgueirava pela fresta da cortina, Pepe era uma paisagem se recuperando de uma tempestade. O suor ainda cintilava sobre a topografia de seus músculos, vales e montanhas esculpidos em pura força, enquanto o peito subia e descia num ritmo que finalmente se rendia à calma.

Eu, em minha massa disforme e ofegante, observava-o com a devoção de um acólito diante de uma divindade pagã, uma criatura de perfeição carnal que desorganizava todos os meus sentidos.

Cada contorno de seu corpo era um convite silencioso, a promessa de uma aniquilação que eu tentava, em vão, racionalizar como mero desejo primitivo. Por mais que minha mente buscasse refúgio na autodepreciação, a verdade era um incêndio nas veias: aquele homem, com seu poder indiferente e sua beleza brutal, deixava-me louco, cativo de uma fome que eu mal ousava nomear.

Seus olhos se abriram, dois fragmentos de noite profunda, e um sorriso preguiçoso e satisfeito cortou seu rosto. A voz dele, rouca e baixa, vibrou no ar estagnado do quarto, um comando disfarçado de pedido.

“Fique pelado para mim, gorducho!”

A palavra, “gorducho”, era, ao mesmo tempo, um carinho e um lembrete cruel da nossa diferença, um aguilhão que só servia para atiçar ainda mais o meu desejo.

Sem hesitar, obedeci. O colchão protestou sob o meu peso quando me levantei, e a ansiedade fez minhas mãos tremerem enquanto eu me despia. Cada peça de roupa caindo ao chão era como uma camada de sanidade abandonada de bom grado.

O ar frio da noite abraçou minha pele exposta, arrepiando-a não de frio, mas de uma antecipação febril, uma rendição absoluta ao que eu sabia que estava por vir, de pé, nu e pateticamente vulnerável diante do meu predador.

Num movimento rápido e fluido, ele se ergueu da cama e, antes que eu pudesse processar, já estava atrás de mim, seu corpo duro e quente colado às minhas costas largas e macias.

“Você fica ainda mais gostoso assim… vulnerável…”, ele sussurrou, a respiração quente provocando um curto-circuito em minha nuca.

Seus lábios encontraram meu pescoço, e uma sucção forte e úmida me roubou o fôlego, marcando minha pele como sua propriedade. Simultaneamente, suas mãos grandes e ásperas deslizaram pela minha barriga e subiram até encontrar meus peitos fartos, apertando-os com uma força que beirava a dor, mas que meu corpo traidor traduziu como o mais puro êxtase.

“Gosta disso, não gosta?”, ele rosnou, a pergunta retórica de um mestre. “De ser minha vaca safada?”

Eu só consegui gemer em resposta, a cabeça pendendo para trás em submissão total.

A combinação de suas mãos em meus mamilos sensíveis e sua boca em meu pescoço foi o colapso do meu autocontrole já esfarrapado. O tesão subiu como uma maré violenta, afogando qualquer pensamento racional numa onda de calor que se concentrou em meu baixo ventre, exigindo alívio com urgência.

Minhas pernas fraquejaram, e as palavras foram arrancadas da minha boca como um cântico desesperado, um mantra de rendição.

“Me fode, Pepe! Fode o meu cuzinho guloso, meu mestre! Me fode bem gostoso!”, implorei, a voz embargada, quebrada pela luxúria.

Preso em seu abraço, senti seu peito vibrar com uma risada baixa e sombria, o som do poder absoluto.

“Como quiser, vadia”, ele disse.

Senti a umidade quente e abundante de sua saliva umedecendo minha entrada, um preparo primitivo e humilhante que me levou à beira da insanidade.

Com um único e poderoso impulso, ele invadiu minha intimidade. A dor foi uma lâmina quente e espessa, rasgando-me por dentro. Um grito nasceu e morreu em minha garganta quando a mão dele tapou minha boca com força, abafando meu protesto com o gosto salgado de sua pele.

Ele não me deu tempo para me acostumar, para respirar; começou a me foder com uma selvageria brutal, estocadas profundas que faziam meu corpo inteiro tremer. Por um instante, o mundo se resumiu àquela dor lancinante e à pressão de sua mão em meu rosto.

Então, numa alquimia perversa, a dor começou a ceder, a se misturar com uma onda de prazer tão intensa que me deixou tonto. Meu corpo, contra a minha vontade, começou a responder, a rebolar em seu pau, buscando mais daquele castigo delicioso.

“Porra… caralho…”, consegui murmurar contra a palma de sua mão.

As estocadas se tornaram um martelar rítmico e enlouquecedor, cada vez mais rápidas, cada vez mais profundas, empurrando-me contra o paredão do êxtase. “Fode o meu cu com força, fode!”, eu gritava em silêncio, minha mente se desfazendo em fragmentos de pura sensação.

Meu corpo já não me pertencia; era somente um instrumento para o prazer dele e, por consequência, o meu. O atrito, o calor, a sensação de ser completamente preenchido e dominado me levaram ao limite. Senti a contração familiar começar em meu ventre, um nó de êxtase se apertando até se tornar insuportável.

“Vou gozar, Pepe! Vou…”, consegui balbuciar.

A resposta dele veio como um comando final, gutural:

“Goza pra mim, Tiaguinho! Goza, piranha!”

E eu gozei, uma explosão branca e quente que sujou minha barriga, meu corpo convulsionando em suas mãos. No ápice do meu espasmo, ele me virou com uma agilidade surpreendente e esmagou seus lábios contra os meus — um beijo violento, de conquista, com gosto de suor e rendição.

Ainda recuperando o fôlego, senti as mãos de Pepe em minhas coxas e sob minhas nádegas. Com uma demonstração de força que me deixou atordoado, ele me ergueu do chão como se eu fosse um troféu disforme, meu corpo pesado e macio sustentado sem esforço por seus braços de aço.

Enrolei as pernas ao redor de sua cintura por puro instinto, e ele recomeçou a me foder ali mesmo, de pé, no meio do quarto. As estocadas eram ainda mais profundas, mais viscerais. Agarrei-me ao seu peitoral maciço, cravando os dedos em seus músculos duros como pedra. A cada investida poderosa, eu batia em seu peito com os punhos fechados, um protesto fútil que, na verdade, soava como incentivo.

“Fode essa puta gorda! Alargue esse cuzinho!”, eu gritava, a voz rouca, perdido em um furacão de prazer e humilhação.

“De quatro no chão. Agora!”, ele ordenou, a voz uma sentença final.

Ele me soltou e eu caí de joelhos no carpete, obedecendo sem pensar. Com as mãos e o rosto pressionados contra as fibras ásperas do chão, sentindo o cheiro de poeira e do meu próprio suor, empinei a bunda o mais alto que pude, oferecendo-me àquele deus implacável como um sacrifício.

Ele se posicionou atrás de mim e a penetração foi diferente desta vez: lenta, torturante, cada centímetro de seu falo sendo empurrado para dentro com uma precisão cruel que me fazia gemer a cada movimento.

Logo, senti um peso em minha cabeça. Pepe pressionou o pé sobre meu rosto, forçando minha bochecha contra o chão.

“Olhe para si mesmo, Tiago”, ele disse, a voz fria, distante. “Você não é nada além de uma vaca safada. Só mais uma vagabunda de merda com um buraco para eu usar!”

As palavras eram golpes, roubando minha dignidade a cada estocada lenta e deliberada.

De repente, o ritmo mudou para uma selvageria terminal. O predador começou a meter e tirar o cacete inteiro de dentro de mim em um ritmo de aríete, frenético, fazendo meu corpo sacudir sem controle. Cada estocada era um trovão, um impacto que ecoava em minha alma.

“Ah… Pepe… ah…”, eu gemia com o rosto ainda no chão, a voz abafada pelo carpete.

“Tô quase lá, vadia! Esse seu rabo foi feito para ser meu depósito de porra!”, ele rosnou, os xingamentos sendo o combustível final para sua explosão.

Senti seus músculos se retesarem, um último impulso, mais profundo que todos os outros, e um rugido gutural escapou de sua garganta. Uma torrente quente e espessa jorrou dentro de mim e escorreu por minhas nádegas, cobrindo minhas costas, uma pintura obscena de sua posse. Seu membro saiu de mim bruscamente e eu desabei no chão, um monte de carne exausta, tremendo, a mente completamente em branco.

Fiquei ali, imóvel, ofegante, quando o ouvi se mover. Pensei que iria para o banheiro ou para a cama, mas ele parou sobre mim. Senti um calor diferente em meu rosto e, antes que pudesse entender, um jato quente e com um cheiro acre começou a chover sobre minha cabeça, escorrendo por meu cabelo e minhas bochechas. Abri os olhos em choque, a urina dele ardendo em minha visão.

“Abre a boca, seu merdinha! Beba o mijo do seu mestre!”, ele comandou.

A humilhação foi tão avassaladora, tão completa, que paralisou cada músculo, cada pensamento. Era o golpe final, a aniquilação da minha vontade.

Ouvi o farfalhar de suas roupas enquanto ele se vestia, o som de seus passos se afastando. A porta do quarto se abriu e fechou. Ele se foi.

E eu fiquei ali, no chão do meu próprio quarto, coberto de suor, sêmen e urina, sentindo-me a criatura mais suja e desprezível do mundo. Não tive forças para levantar, para me limpar, para rastejar até a cama. Apenas fechei os olhos e deixei a escuridão me levar, adormecendo no exato altar da minha desonra.

Continua…

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Comentários

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AH MISERICÓRDIA, UNCA LI UM CONTO TÃO HUMILHANTE. COMO PODE UMA PESSOA SE DEIXAR HUMILHAR TANTO ASSIM? LAMENTÁVEL. SEM CONDIÇÕES. TUDO ISSO POR UMA PICA? VC VALE UMA PICA? SE FUDER/ QUE ESTIMA TÃP BAIXA É ESSA? QUE VALOR TÃO BAIXO É ESSE QUE VOCÊ SE DÁ? VOCÊ SÓ DIZ QUE BICHA NÃO TEM VALOR MESMO. LAMENTÁVEL.

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