Foi há seis meses que voltei a morar no Brasil. Ao pisar no aeroporto do Rio, um mundo de problemas desabou na minha cabeça. Meu pai estava no hospital, com um lado do corpo paralisado; também havia perdido a voz, mas já estava voltando a articular algumas palavras. Sem contar com ninguém além de mim, os investimentos dele estavam sem movimentação, com vários resgates parados. No escritório de advocacia que levava o nome dele, importantes processos precisavam ser despachados.
Nas primeiras semanas, não tive descanso. Durante o dia, conversava com os clientes, trabalhava nos processos e fazia reuniões com nossos sócios. Além dos assuntos do escritório, ainda precisava encontrar tempo para administrar os meus negócios e os do meu pai. À noite, dormia no hospital, para dar atenção a ele.
Seu Antero estava prestes a completar setenta anos. Ele ainda era um homem vigoroso e cheio de vontade de viver. O AVC foi um grande susto, mas os médicos garantiram que, com o tratamento, não ficariam sequelas graves.
Enquanto meu querido pai se recuperava, montei uma força-tarefa para fazer uma rápida reforma no nosso casarão. Depois que minha mãe morreu, tudo ficou meio abandonado; a morada da família Zamora precisava de um upgrade.
No dia em que o meu pai deixou o hospital, a casa parecia outra: paredes pintadas, cômodos restaurados, móveis novos, jardim bem cuidado e piscina com água cristalina. Mesmo com dificuldade para articular as palavras, ele me deu um elogio.
— Muito bem, Luís. Para cuidar da casa, você é igual à sua mãe .
Eu gostava mesmo de cuidar do meu lar, mas não tinha tempo para as prendas domésticas, por isso contratei duas funcionárias. Com o correr dos dias, a rotina da casa entrou nos eixos.
Durante o processo de recuperação, meu pai não se sentia confiante para retomar o trabalho de advogado. Em casa, numa confortável poltrona, ele se dedicava apenas aos seus investimentos. Como era de se esperar, o escritório “Doutor Antero Zamora & Associados” ficou nas minhas mãos.
Zamora era o sobrenome da minha avó. Dona Carmem nasceu na Espanha; na adolescência, veio para o Brasil e aqui se casou. Quando meu avô faleceu, ela regressou a Barcelona. Anos depois, fui morar com ela e ficamos juntos até o seu último dia de vida.
O sobrenome Castillo, recebi do meu marido. Ele era um conceituado arquiteto, com obras espalhadas por várias partes da Espanha. Em todo lugar, éramos reconhecidos como o belíssimo casal Luís e Guillermo Castillo.
Minha vida na Espanha foi muito glamourosa. Eu e Gui éramos convidados para diversos eventos, por isso viajávamos bastante. Em hotéis de todas as capitais da Europa, um chupou a rola do outro — em muitas camas, ele arrombou o meu cu, nas mais inspiradoras posições que se possa imaginar.
A constante mudança de cenário renovava as energias do meu sessentão. Eu era um novinho que levava muita surra de pica do marido — na cara e no cu. Com nossos exames sempre em dia, Gui se permitia despejar sua gala madura dentro do meu corpo. Minha bunda era mais dele do que minha. A cada leitada que ele me dava, eu me sentia mais homem, mais vivo, mais feliz. Nossos anos de casados foram uma lua de mel sem fim.
No Rio, eu estava vivendo só para cuidar do meu pai e para advogar. Com a herança que Guillermo deixou, eu poderia viver sem trabalhar por umas três encarnações, mas adorava atuar no Direito. Eu brigava pelas causas dos clientes como se os problemas deles fossem meus.
Dia após dia, eu ia me adaptando à condição de jovem viúvo solitário no Rio de Janeiro. Às vezes, porém, sentia falta de um namorado. À noite, quando deitava para dormir, vinha aquele desejo ardente de chupar rola e tomar no cu. Meu corpo pedia um macho, mas eu não entrava em desespero. Depois de ter sido casado com o meu amado Gui, eu me tornei um cara muito seletivo, não queria me entregar ao primeiro cara que cruzasse o meu caminho.
Minha viuvez não era casta, porque a carne também foi feita para foder e eu ainda era novo. Esporadicamente, eu ficava com algum macho, para uma trepada legal, sem compromisso. Mas, até então, não tinha encontrado um cara a quem eu pudesse dar, além do meu cu, o meu amor.
Enquanto não aparecesse na minha vida outro homem que fosse bom de pica e maravilhoso no convívio, minha mão ficaria encarregada de me dar prazer. Chega uma fase da vida em que a gente dá mais valor a uma punheta bem batida do que a uma foda meia-boca.
Com muito trabalho e sem um namorado, meus dias iam passando. Até que surgiu o jovem Tarso — filho de Renan Marino, o primeiro homem que, em vão, eu amei.
Foi por um acaso que eu e Tarso nos conhecemos, mas parecia uma ironia do destino. Talvez, uma armadilha. Desde a tarde em que fiz a palestra na faculdade, eu e ele passamos a trocar mensagens. Nas primeiras, tratávamos apenas de questões ligadas ao Direito. Ele me pedia e eu lhe dava muitas orientações sobre o seu estudo. Com o tempo, entraram na conversa assuntos aleatórios — e logo estávamos falando sobre assuntos pessoais. Eu não queria alimentar fantasias nem ilusões, mas percebia que o jovem Marino estava interessado em mim.
Geralmente, nossas trocas de mensagens ocorriam tarde da noite. Cada um falava sobre o que tinha feito durante o dia e sobre o que pretendia fazer quando acordasse. Talvez fosse loucura da minha parte, mas o começo da nossa amizade já era um namoro. Mesmo que fosse um delírio meu, esse envolvimento virtual com o novinho estava gostoso pra caralho.
Lendo suas mensagens, eu o imaginava deitado na cama, usando apenas cueca ou completamente nu. Só de pensar como seria o caralho dele, o meu ficava durão. Quando a conversa terminava, eu me acabava na punheta. Tarso estava trazendo de volta minha adolescência.
Uma noite, em vez de mandar mensagem, ele fez uma chamada de vídeo. Assim que o seu rosto sorridente surgiu na tela, eu me assustei: por um segundo, tive a impressão de estar diante do antigo Renan.
— Assustei o doutor?
Tarso era lindo. Tinha um jeito másculo e, ao mesmo tempo, delicado. Era um jovem culto, sua conversa era ótima. Ia fazer vinte e quatro anos, mas o rosto era de menino. Como se quisesse parecer um pouco mais adulto, usava uma barba curta e mantinha um bigode bem aparado. Os cabelos pretos e cacheados lhe davam uma aparência quase de anjo — quando era novinho, o pai dele também tinha cachos que chegavam aos ombros. Olhando para os seus grandes olhos, eu lhe dei um sorriso e falei de um jeito nada inocente.
— Há algum motivo para eu ter medo de você?
Como se estivesse tentando se lembrar de alguma coisa, ele deu uma mordidinha no lábio e revirou os olhos. Depois abriu um sorriso e correspondeu à minha provocação.
— Quem vê cara, doutor Castillo, não vê tudo… Dizem que eu pareço um anjo, mas anjos também sabem pecar.
— Adorei saber disso, Tarso. Também sou um anjo pecador, desde menino.
E a conversa fluiu cada vez mais livre. Em dado momento, Tarso baixou um pouco o celular e eu pude ver seus peitos de garoto de academia. A vontade de chupar e morder aqueles mamilos pequenos e roxos fez meu pau dar um pulo. Ajeitando-se na cama, ele soltou um bocejo e jogou um braço para trás. A axila dele era lisinha, limpa, uma tentação. Desejei cheirar, lamber, morder.
Antes de encerrarmos a conversa, ele me perguntou se eu poderia ler um trabalho seu e fazer algumas observações.
— Estou meio travado em alguns pontos, se você puder me ajudar com um pouco da sua experiência, agradeço muito.
No período em que dei aula em Pamplona, orientei muitas pesquisas dos estudantes. Eu gostava desse trabalho; seria muito bom dar uma ajuda ao anjo pecador Tarso.
— Mande o arquivo. Vou ler e fazer algumas observações.
— Valeu, doutor Castillo. Muito obrigado por encontrar um tempo para dar uma força a esse seu novo amigo.
— Tarso, por favor, vamos abolir essa coisa de Doutor Castillo. Nas nossas conversas, podemos ser apenas Luís e Tarso. Ou Marino e Castillo, como você preferir.
— Tudo bem, Luís, nada de doutor entre a gente. É bom demais trocar ideias com você; se pudesse, eu ficaria até o amanhecer conversando, mas precisamos dormir, não é? Já passa da meia-noite.
— Também estou adorando essas nossas conversas, Tarso. Você é um cara muito interessante. Com você, eu viraria a noite, mas agora precisamos mesmo dormir. Temos um longo dia pela frente.
Eu não queria parecer muito atirado, mas era impossível não tentar conquistar o jovem Marino, porque ele também estava tentando me conquistar. Eu tinha um pouco de receio de me apegar, mas o novinho sabia como envolver o maduro. Nisso, ele parecia comigo.
Levei dois dias para ler o trabalho de Tarso. Criteriosamente, sugeri alterações e fiz correções. Uma tarde, num momento de folga no escritório, mandei o arquivo de volta para ele. Três dias depois, ele me mandou um print do relatório de notas e ligou para mim.
— Meu trabalho recebeu o conceito A, foi show! Suas orientações foram decisivas. Você é fera, Luís.
— Parabéns, Tarso! Seu trabalho estava muito bom; só dei mesmo algumas sugestões. O mérito é todo seu.
Depois de um curto silêncio, ele me falou algo que abalou meu coração e minha pica.
— Queria lhe perguntar uma coisa… você aceitaria sair comigo no sábado? Conheço um barzinho muito legal: boa música, público diversificado, bebidas para todos os gostos. Vamos nessa? Ou será que estou sendo muito pretensioso em querer tomar para mim uma noite sua?
Ele estava sendo muito gostoso. Desde que voltei de Barcelona, ainda não tinha aproveitado nada das noites do Rio. Nunca vi problema em sair de casa sozinho, mas seria ótimo fazer isso com Tarso. Controlando a minha empolgação, dei a resposta que ele queria.
— Se você demorasse mais um pouco para me fazer esse convite, eu convidaria você para sair. Você iria me achar muito pretensioso, Tarso?
A gargalhada dele penetrou fundo no meu ouvido. E a resposta me deixou ardendo de tesão.
— Você é demais, Luís! Prometo que nossa noite será incrível.
E assim encerramos a conversa. Já era quase uma da manhã, mas só consegui dormir depois de tirar o leite do meu pau. Na intenção de Tarso, a punheta ardeu muito e a gozada foi de morrer.
No sábado, acertei com o enfermeiro para ele passar a noite com o meu pai. Seu Antero achava isso desnecessário, porque já estava melhor e ficaria dormindo quando eu saísse. Mas eu não me sentiria tranquilo sabendo que ele ficou sozinho.
Depois de acertar tudo, fui me arrumar. Ouvindo música, tirei os poucos fios de barba que me nasceram na adolescência e nunca evoluíram. O banho foi caprichado; dei um trato daqueles na pica e na bunda. Por cima da cueca, vesti uma calça cor marfim; o peito, enfiei numa camiseta preta de manga longa. Depois de arrumar os cabelos para um lado, passei um creme no rosto e borrifei perfume atrás das orelhas. No espelho do banheiro, analisei o meu sorriso: meus dentes estavam muito limpos e iluminados.
Olhando-me por inteiro, eu me senti bonito e gostoso. Corpo em forma, peito duro, bunda legal. Meu rosto comprido tinha um ar atrevido. Meu nariz fino me dava um aspecto de bom menino. Os lábios grossos e rosados pareciam me entregar: eu era um macho que adorava chupar machos.
Quando cheguei à sala, meu pai estava sentado ao lado do enfermeiro. Para me despedir, desejei boa noite ao rapaz e dei um beijo na testa do meu coroa. Olhando nos meus olhos, ele perguntou se eu iria demorar. Fazendo um carinho nos seus cabelos, informei que estava indo curtir a vida.
— Não sei, pai. Estou indo encontrar um cara que conheci há alguns dias. Se depender de mim, a noite não vai ter hora para acabar.
Acostumado com meu jeito de falar, o meu pai esboçou um sorriso e desejou que eu me divertisse. O enfermeiro, um senhor chamado Mauro, fez cara de inocente, mas eu percebi que ficou meio atiçado. Na entrevista que fiz quando o contratei, disse ter esposa e dois filhos, mas eu tinha certeza de que ele era o tipo de homem que também curtia brincar com macho. Com o cabelo cortado à máquina e uma barriguinha de cerveja, ele era um cara muito interessante, mas não despertou a minha libido.
Quando cheguei ao bar, Tarso se levantou para que eu o visse. Assim que me aproximei, deu-me um abraço e roçou o rosto no meu — ele estava muito cheiroso. Usando jeans e uma camisa manga longa com o capuz caído nas costas, ele parecia ainda mais novo. Antes de nos sentarmos, ele abriu um sorriso e me deu um elogio.
— Quase não reconheci você, Luís. Com essa roupa, ficou muito diferente, nem parece ser o doutor Castillo da palestra. Sem terno e gravata, você é muito jovem e ainda mais bonito. Nem acredito que um homem como você se arrumou tanto assim para se encontrar comigo. Será que estou à sua altura?
Estávamos à distância de um beijo. Eu não saí de casa à toa; estava disposto a aproveitar bem a nossa primeira noite. Sem pedir licença, fiz um carinho nos cachos dele e dei o tom do nosso encontro.
— Você está ótimo, Tarso. Adorei o seu perfume. Preciso dizer o quanto você é bonito? É melhor sentarmos logo, todo mundo está olhando para a gente; devem estar achando que somos namorados.
Muito atrevido, ele apertou os meus dedos e me surpreendeu com um beijinho nos lábios. Tarso estava se revelando um homem cheio de atitude, do jeito que eu gostava. Ele também não saiu de casa à toa. Éramos adultos, livres, merecíamos viver tudo o que era gostoso. Rindo um para o outro, sentamos lado a lado. Com voz de homem mandão, ele deu uma ordem que servia para nós dois.
— Está proibido falar sobre faculdade, advocacia e negócios.
Para mostrar que adorei sua determinação, passei a mão em seu rosto e devolvi o beijinho que ele havia me dado. Passando o braço pelo meu pescoço, ele colocou a língua na minha boca e me devorou. Talvez eu estivesse sendo fácil demais; estava dando mole no primeiro encontro. Mas eu não era mais um adolescente; eu era um homem que não perdia tempo quando encontrava um macho gostoso interessado em foder comigo.
Por mais de uma hora, conversamos sobre nós dois, tomamos uns drinks e namoramos muito. Nossos beijos eram de tirar o fôlego e chamavam a atenção de algumas pessoas. Em certo momento, enquanto eu girava o copo de uísque na mão, Tarso fixou o olhar nos meus dedos e ficou muito sério.
— Você é casado, Castillo?
Embora Guillermo estivesse morto há muito tempo, eu nunca deixei de usar nossa aliança de prata. Olhando para ela, respondi com tranquilidade ao meu novo pretendente.
— Sou viúvo. O meu marido morreu faz oito anos.
Com maturidade, ele colocou a mão sobre a minha e ficou fazendo carinho nos meus dedos.
— Sinto muito.
— Está tudo bem, é a vida. Onde estiver agora, Guillermo deve estar feliz por me ver ao seu lado. Antes de partir, ele me pediu para não deixar de aproveitar tudo de bom que a vida tem para oferecer.
Entrelaçando os dedos com os meus, Tarso me deu um beijo regado a uísque e cheio de paixão.
— Vamos dançar, Luís?
Em vez de falar, eu me levantei e o levei pela mão para a pista. Uma banda formada por rapazes vestidos de preto tocava umas baladas com arranjos ótimos para a gente sacudir o esqueleto. O público do bar era muito eclético: maduros, jovens, héteros, gays, lésbicas, trans — tudo junto, misturado e em harmonia, como bem poderia ser em todos os lugares.
Dançar era mais um dos talentos de Tarso. Com os braços para cima, ele girava o corpo, jogava a bunda de um lado para o outro e se jogava em cima de mim. Eu também não ficava para trás: girava a cabeça, sacudia os braços, saía requebrando, agarrava o meu parceiro e lhe dava cada beijo de fazer a pista pegar fogo.
Com as duas mãos cravadas na minha bunda, Marino ameaçava me comer ali mesmo. Passando as mãos na bunda dele, eu fazia nossas picas se baterem e me oferecia para o que ele bem quisesse fazer. Cercados por todos os tipos de homens e mulheres, nós éramos o casal mais imoral da noite.
Agarrando-me por trás, Tarso me levou de uma ponta a outra da pista. A poucos passos do palco, começamos a requebrar, um provocando o outro. A bundinha redonda dele espremida dentro do jeans era uma tentação. Se comer cu de macho fosse a minha especialidade, eu deixaria o meu novinho uma semana sem poder sentar. Filho da puta gostoso! E, na frente da calça, o volume dele deixava qualquer um com água na boca. Jogada para o lado, a tora estava violenta; quando ele me agarrava, eu até sentia as pulsações. Putaria do caralho a gente estava fazendo no meio do público.
Quando cansamos de atentar contra todos os pudores, fomos sentar, tomamos uma água e ficamos namorando com calma. Quase às duas da manhã, decidimos ir embora. Na frente do bar, tirei o celular do bolso. Ao perceber o que eu iria fazer, Tarso segurou meu pulso.
— Você está sem carro?
— Quando saio à noite, não gosto de dirigir. Não sou de beber muito, mas prefiro não arriscar.
Levando-me pela mão, ele saiu andando em direção ao fim da rua.
— Que espécie de homem você pensa que eu sou, Castillo? Você acha mesmo que vou deixar o meu parceiro voltar para casa no carro de qualquer um?
Além de lindo e gostoso, Tarso era um cavalheiro. Sem soltarmos as mãos, chegamos até onde estava o carrão preto que julguei ser dele.
— Esse é do meu pai; o meu é mais modesto. Na verdade, gosto mais de andar de moto. Como eu sabia que essa noite seria especial, preferi vir na supermáquina do meu coroa. Eu disse que ia sair com um cara muito sofisticado. Ele disse para eu ir fundo.
Saber disso me fez sorrir: Renan tinha mandado o filho ir fundo em mim.
Brincando de ser meu motorista, Tarso abriu a porta para mim. Sentado na supermáquina, olhei para as luzes do painel e me lembrei de que o pai dele sempre gostou muito de tecnologia.
Antes de girar a chave, Tarso perguntou o meu endereço e me deu mais um beijo na boca.
Quando paramos na frente do casarão dos Zamoras, as luzes estavam apagadas. Passando a mão sobre o jeans, fiquei fazendo carinho nas coxas e na rola de Tarso. Esfregando o rosto no meu, ele não me deixava sair do carro. Olhando no fundo dos seus olhos, fiz uma pergunta sem palavras. Feito um menino a quem se oferece um doce, ele balançou a cabeça, para dizer que o convite foi aceito.
Ajeitando-me na poltrona, peguei o chaveiro no bolso e acionei o portão. Com muita segurança, Tarso estacionou a máquina do pai dele ao lado do carro do meu pai. Ao descermos, saímos andando pelo jardim e paramos na borda da piscina. A brisa agitava as plantas e sacudia os nossos cabelos. A Lua fazia a água brilhar.
Como se nossa vida fosse um filme, eu e Tarso nos abraçamos na beira da piscina e a língua de um invadiu a boca do outro. Após saciarmos a sede, ele lambeu o meu pescoço e caiu de boca nos meus peitos, quase rasgando o tecido com os dentes. Para deixá-lo mais à vontade, tirei a camiseta; sem perder tempo, ele mordeu meus mamilos e começou a chupar com força, como se quisesse tirar leite.
— Ai. Calma, rapaz.
Minha repreensão o deixou mais afoito. Depois de marcar meus peitos com os dentes, Tarso meteu a cabeça embaixo do meu braço, esfregou o nariz na minha axila e passou a língua molhada de baixo para cima. Um arrepio se formou na minha nuca e provocou um tremor em todo o corpo. Incrível como ele ia direto nos meus pontos fracos.
Caindo de joelhos, esfreguei o rosto no bolo de pica espremido dentro da sua calça e baixei o zíper. Quase chorando de tesão, cheirei e lambi a boxer branca, para sentir a pressão da vara. Com os dedos trêmulos, puxei a ponta para fora e me apaixonei de cara. A pica de Tarso tinha uma cabeça rosada, comprida, com um talho fundo no alto. O cheiro de macho novinho mexeu com os meus sentidos. Ao provar o gosto, não consegui parar de lamber. Deu vontade de comer, por isso puxei toda para fora e abocanhei de uma vez só.
Tarso Marino não era um cara dotadão. A rola era de tamanho e grossura normais, no ponto certo para dar prazer sem tirar sangue. Apaixonado, cobri de beijos o talo meio torto e puxei para a garganta. Mal comecei a chupar, o machinho soltou uns gemidos curtos e enfiou os dedos nos meus cabelos, como se quisesse controlar o ritmo da mamada. Para a safadeza ficar melhor, ele também tirou a camisa. Sem parar de chupar o pau dele, abri o zíper da minha calça e fiquei espremendo a minha rola roxa.
Depois de tomar muita baba de rola, botei para fora da boca e passei a atirar na minha cara. Ao ver que eu gostava daquilo, Marino tomou a tora da minha mão e se encarregou de me bater. Segurando no meu queixo, ele atirava o talo duro nas bochechas, empurrava a ponta nos meus ouvidos, esfregava no meu nariz, batia nos meus lábios e esfregava em toda a minha cara, deixando minha pele ardendo e grudenta.
O novinho não estava para brincadeira. Na primeira vez, já perdeu todo o respeito por mim; nem parecia ser eu o maduro da história. Piscando os olhos e virando a cabeça de um lado para o outro, eu deixei que ele visse a minha face de submissão. Há muito tempo, eu não levava uma surra de pica dura tão gostosa quanto a que ele estava me dando.
Quando cansou de bater na minha cara, ele atirou uma cuspida na ponta da pica e socou de vez na minha garganta, como se quisesse me matar. Sem medo de morrer, passei a chupar com todas as minhas forças. Tapando os meus ouvidos, ele prendeu minha cabeça, e ficou dando fincadas. Requebrando lentamente, ele arranhava meu rosto com os seus pentelhos e me deixava quase sem ar. Para suportar tanto tesão, eu espremia e dava tapas na minha rola. A vadia estava a ponto de esporrar; eu precisava ser um guerreiro para não gozar logo. Não demoraria a amanhecer, mas nossa noite não tinha hora para acabar.
— Luís, alguém acendeu uma luz lá em cima.
O sussurro de Tarso me deixou confuso. Eu queria lá saber de porra de luz? Sem tirar o pau da boca, virei a cabeça para o lado e revirei os olhos para cima. No mesmo instante, ele soltou outro sussurro.
— Já apagaram.
Dando um salto para trás, fiquei em pé e meti a língua na boca dele. Com nossos caralhos se esfregando, eu não conseguia pensar direito, mas imaginei que tivesse sido o enfermeiro quem acendeu a luz; meu pai deveria estar dormindo. A casa era minha. Eu podia fazer o que quisesse, com quem quisesse, onde quisesse.
Eu era um depravado, mas não era devasso a ponto de mamar um macho diante dos olhos do meu pai. Mas o tal de Mauro não tinha nada a ver com a minha vida; eu não me importava com as histórias que ele contaria por aí sobre as putarias do doutor Luís Castillo com um garotão na beira da piscina. Mas eu não lhe daria o gosto de me ver sendo fodido por meu novo macho.
Completamente nus, peguei Tarso pela mão e o conduzi para dentro do casarão. Aos tropeços, atravessamos a sala no escuro. No meio da escada, ele me pegou por trás e ficou passando a madeira no meio da minha bunda. Quando pensei que seria comido ali mesmo, ele respirou fundo e ligou a tela do celular, para iluminar o caminho. Ao pisarmos no último degrau, apontei para a porta no fundo do corredor.
Com a mão cravada na minha bunda, Tarso me levou para o meu quarto. Ele iria me foder na nossa cama.