Em 2019, eu trabalhava em uma padaria. O trabalho não era fácil — havia muita coisa para fazer, e no final do dia eu chegava morta de cansaço. Tinha que pegar ônibus, e levava cerca de uma hora ou mais para realmente chegar em casa.
Depois de algum tempo, você se acostuma com a frequência de alguns clientes. Sempre tem um pai de família que passa para comprar pão. Uma senhora que toma um café caro. E uma criança que só olha um monte de coisas, mas como não tem dinheiro para comer a vitrine inteira, pega uma bala qualquer e sai correndo.
Outra coisa que é bem constante é a presença da polícia. Como passam o dia inteiro rodando pela cidade, a fome bate — não tem jeito. A maioria é bem mal-encarada, mas educada. Quando aparece algum novo, já dá pra saber: é soldado, novato, chegou agora na cidade. Parece que quanto mais você vive em um ambiente onde as pessoas estão de mau humor, mais mal-humorado você vai ficando também.
Conheci esse soldado que, para não colocar o nome real, vou chamar de FAB e vocês imaginam o resto do nome aí na cabeça de vocês. Era muito educado, gostava de agradar as atendentes. Um dia, não sei por quê, passou pelo ponto de ônibus onde eu estava.
— Tá saindo agora?
— Estou.
— Quer carona pra casa?
Aceitei. Estava tão cansada que não dava pra recusar. Como ele era policial, não achei que tivesse problema. No caminho, fomos conversando sobre a vida. Ele vinha de outra cidade, bem longe. Parece que, dependendo de como você vai no curso deles, ou algo assim, decidem onde você vai trabalhar. Me deixou na porta de casa e se despediu com um beijo na minha mão. Achei fofo da parte dele.
No dia seguinte, apareceu na padaria. Os colegas de turno dele não zoaram nem nada. Talvez ele nem tivesse comentado.
No final de semana, eu tinha folga no domingo e fui até uma festa. Bebi um pouco a mais pra relaxar e curtir a noite com minhas amigas. Cheguei em casa com os pés até doendo de tanto dançar. Quando acordei, vi no celular uma notificação no Instagram. Não sabia que o FAB me seguia, nem que ele tinha rede social, pra falar a verdade. Lá estavam um monte de curtidas em todos os meus story. Foi aí que minha memória voltou: eu tinha exagerado um pouco na festa.
Corri para apagar aqueles vídeos dançando. O vestido tubinho aos poucos ficava subindo e mostrando um pouco do meu bumbum. Ainda bem que pouca gente tinha visto, se minha mãe ficasse sabendo eu ia acabar ouvindo um monte.
"Que animada" — ele mandou no privado.
"Estava mesmo" — respondi
"Não sabia que você dançava assim"
"Só quando bebo um pouco"
"Que pena que apagou os vídeos"
"Está vendo denovo pq?"
"Nada"
Sei, nada. Com aquele vestido eu ficava bem bonita, e ele estava olhando eu sei para onde.
"Quando a gente vai se ver?"
"Eu trabalho amanhã"
"Não, fora do trabalho"
Passei a noite inteira sem beijar ninguém. Quando você mora em cidade pequena as opções não são lá grande coisa. Pensei bem... aceitei. Quando deu 18h me buscou em casa, o combinado era ir para uma praça jogar conversa fora. No auge dos meus 19 anos era o máximo que eu já tinha feito. Foi dirigindo por um caminho bem longo.
— Olha, ali tem um Motel — ele falou como quem não quer nada
— Nunca fui em um
— Quer ir?
— Quero
Falei totalmente sem pensar. TOTALMENTE SEM PENSAR.
Ele embicou o carro e fomos entrando.
Não tinha nada demais, era um quarto com uma cama, umas paredes pintadas de vermelho e um ar-condicionado velho, que nem devia funcionar.
— Testa, vê se acama é boa.
Concordando com a ideia pulei de barriga no colchão. Era bem duro. Ele pulou do meu lado. Quando viramos para cima, ai que notei que tinha um espelho bem grande no teto. Para encurtar a história, não teve jeito, ele ficou conversando no meu ouvido, me falando como eu era bonita e como minha boca estava maravilhosa. Claro, queria me beijar. E beijamos. Eu não esperava que a coisa fosse ficar mais quente tão rápido, mas depois que passou a mão para dentro da minha calça e apertou meu bumbum eu fiquei entregue.
— Queria que aqui fosse melhorzinho — ele disse
— Não está bom?
— Tem uns quartos que são bem mais interessantes em Belo Horizonte.
— Um dia quero ir lá
— Vamos juntos, vou te levar
Essas pequenas promessas conquistam a gente quando somos muito novinhas. Não demorou muito já estava sentando nele. A parte boa foi quando fomos fazer um papai e mamãe. Abri as pernas para ele, esperando enfiar o pau. Ele levantou meus calcanhares um pouco a mais, olhei para cima e vi o reflexo no espelho. Enquanto empurrava em mim, meus peitos balançavam e eu conseguia ver o corpo dele trabalhando, um ângulo que nunca tinha visto antes. Ele tinha uma bunda linda, me deu ainda mais tesão.
— Você não geme? — falou, ofegante.
— Sou mais quetinha.
Um tapa estralou na minha cara. Soltei um "aaiiimmm", e ele gostou bastante. Não gosto de fazer assim de primeira, sou tímida, mas acho que a cara não esconde. Veio e me deu outro tapa.
— Bate! — pedi — Eu deixo!
E ele bateu de novo, meu rosto até ficou vermelho. Enquanto minha buceta aguentava pau, ele me batia. De frente eu gosto mais, aguento mais.
Começou a empurrar o pau até o talo. O saco batendo na minha bunda. Dava para sentir a cabeça dele me cutucando até no fundo.
Estava ficando gostoso, quase conseguindo gozar sem usar as mãos.
— Me enforca!
— Sério?
— Sim
Passou a mãos direita em volta do meu pescoço e foi apertando, o ar foi ficando pouco. Faltando ar, faltando ar. Estava quase gozando. Tive que puxar um pouco a mão dele para conseguir respirar e falar.
— Eu estou quase FAB
Não respondeu.
— Se eu fizer uma cara estranha não olha pra mim
E voltei a deixar ele me enforcar. Não tinha jeito, uma vez alguém me disse que eu fazia uma careta quando gozava, então aprendi a avisar, me sentia mal com aquilo.
Me socando... me socando... e o ar faltando.
Dava para ouvir o barulho do corpo batendo. Minha buceta engolia ele inteirinho.
Não teve jeito, gozei.
Minhas pernas começaram a tremer, meu corpo todo contraindo. Olhei para o policial e ele olhava devolta, isso que pedi para não ficar olhando minha cara estranha.
Quando soltou meu pescoço consegui respirar novamente, puxando o ar quase em desespero. Tirou o pau de mim, subiu no meu quadril e começou a bater uma. Eu não tinha mais forças, só apertei os peitos e fiquei olhando com cara de safada, esperando a jatada. Jogou tudo nos meus peitos, aquela porra quentinha.
No dia seguinte voltei para o trabalho e no final do dia, esperando meu ônibus ele apareceu oferecendo carona. Claro que eu queria. Conversamos muito pouco, antes de chegar em casa ele já foi logo falando:
— Que dia a gente vai denovo?
— A vamos ver
— Você não gostou?
— Gostei, foi bom.
Antes que eu percebesse, puxou minha mão para a calça dele. Estava duro.
— Mas aqui não dá FAB
— Vamos lá para casa
— Estou cansada e suada — justifiquei
— Tá certo
Vi que ele não ficou satisfeito. Aquela cara de quem não gostou do que ouviu. Eu não queria deixar assim.
— Vamos dar uma volta
Assim que o carro afastou um pouco de casa, puxei o ziper dele e me inclinei. Puxei a cueca e comecei a lamber.
— Tem que ser rápido — avisei
Levantei o brinquedo e enfiei na boca. Senti que o carro deu uma acelerada. Fui enfiando o pau na boca, sobe e desce, sobe e desce. Babei bastante até conseguir colocar a metade. Não conseguia mais que aquilo, não naquele ângulo dentro do carro. Ele puxou minha legging e enfiou a mão. Eu tinha avisado que estava suada, mas não ligou nem um pouco. Ficou apertando minha bunda enquanto eu chupava. Tentei acelerar o vai e vem o maximo que consegui. Tirei a boca e fiquei batendo uma para ele.
— Tem que ser rápido FAB, preciso voltar pra casa
— Só assim não dá, deixa enfiar o dedo em você
— Eu tô suada, trabalhei o dia inteiro — expliquei
Tirou a mão da minha calça com a maior cara de desgosto. Puxou o zíper e ficou daquele jeito, com a maior cara feia. Assim que deu virou o carro e foi me levando de volta para casa. Eu não queria falar mais nada, tinha feito tudo que podia e ele também não falava mais nada.
No outro dia, conversando com as meninas da padaria, foi que entendi. Ele também estava dando em cima da que trabalhava no caixa. E, pelo visto, já tinha contado por aí como era incrível, que tinha levado ela para um motel e que tinham feito de tudo.
Não dá pra confiar em policial.
Seis meses depois, saí da padaria. Eu já não aguentava mais trabalhar naquele lugar. E, uns dois meses depois, fiquei sabendo que deu briga, quase morte, porque o FAB também deu um jeito de sair com a mulher do dono da padaria.