20 – Ponto de Restauração não Habilitado
A gravação começa com Suzy entrando na sala com um sorriso contido. Madalena fecha a porta atrás dela. As duas se abraçam demoradamente, com gestos sutis que indicam intimidade. Sentam-se próximas em um sofá, cada uma com uma taça de vinho.
Suzy (rindo):
— Você viu a cara do Anderson quando leu a proposta? Quase caiu da cadeira!
Madalena (sorri):
— Claro que vi. Aposto que ele está achando que você veio com tudo... E veio mesmo, né?
Suzy:
— No final, o resultado foi do jeito que queríamos, lembra? As peças foram se encaixando. Quem diria que o Eduardo... bem, que as coisas aconteceriam do jeito que aconteceram.
Madalena (dando um selinho em Suzy):
— Um corte limpo. Cirúrgico.
Suzy (rindo baixo):
— Lembro do médico repetindo: "Ataque fulminante, não havia o que fazer."
Madalena:
— E ele estava certo... não havia mesmo.
Madalena (levanta a taça):
— Às vezes, o destino só precisa de um... empurrãozinho.
(elas brindam e bebem um gole, se olhando com cumplicidade)
Suzy (passando as mãos delicadamente no rosto de Madalena):
— Mas você... você tinha certeza de que ia funcionar. Ainda escuto sua voz: “só algumas gotas, e o resto... a natureza cuida.”
Madalena (sugando sensualmente o dedo de Suzy, enquanto ela acariciava seu rosto):
— Era preciso. Você hesitou, mas... enfrentou. Fez o que era necessário. Não por maldade, mas por liberdade.
Suzy (descendo as mãos pelo corpo de Madalena, até chegar nos seios):
— Achei que não conseguiria... mas quando você disse “vai dar certo, confia em mim”, eu... fui.
(ela apalpa os seios de Madalena por cima da roupa)
Madalena (acaricia a vagina de Suzy, por cima das roupas):
— Um homem que controlava tudo e todos. Inclusive você. Inclusive o destino do filho. Era isso ou continuar vivendo com medo, como uma peça no tabuleiro dele.
Suzy (levantando a blusa de Madalena):
— Ele não teria aceitado que eu me casasse com Marcos. Não sei como ele soube de nós duas.
Madalena (quase sussurrando):
— Eu lembro. O olhar dele... como se eu fosse uma ameaça.
(pausa)
— Agora ele não pode mais impedir nada.
Madalena tira a blusa, ficando com os seios nus.
Suzy (aproximando a boca dos seios de Madalena):
— Autoritário. Ele estava ali, controlando, julgando. Ele se achava invencível
Madalena (abrindo o zíper da calça de Suzy):
— E agora? Como se sente?
Suzy:
— Sinto alívio. É estranho, mas é verdade.
Madalena (abaixando a calça de Suzy):
— Marcos assumirá o que é dele e você estará a seu lado
[Fim da gravação]
O vídeo terminou. A sala ficou em silêncio.
Eu esperava ver Sonia se levantar, pegar o celular, ligar pra algum delegado, dizer algo como "isso é gravíssimo, Anderson, vamos agir!". Mas ela ficou ali, olhando pra tela do meu celular como se tivesse acabado de ver uma entrevista entediante. Franziu levemente o cenho, mas nada além disso.
— Anderson... — disse, com calma. — Você tem muito pouco. Na verdade, quase nada.
— Quê? — retruquei, surpreso. — Como assim quase nada? Você viu o mesmo vídeo que eu?
— Sim. Vi. Mas em nenhum momento elas dizem, de forma objetiva, que mataram alguém.
— Sonia, por favor. A Madalena fala que “Às vezes, o destino só precisa de um... empurrãozinho.!”. Isso é praticamente uma confissão!
Ela descruzou os braços e se inclinou um pouco pra frente.
— “Praticamente”, Anderson. No Direito, “praticamente” não serve. Tem uma diferença enorme — e fundamental — entre dizer que matou e você interpretar que ela quis dizer isso. Juridicamente, é a distância entre abrir uma investigação e perder tempo.
Fiquei pasmo. Não queria acreditar.
— E se mesmo assim eu quiser levar adiante? Mostrar pra polícia, pro Ministério Público?
— Pode. Claro que pode. Mas, com um bom advogado Madalena e Suzy se safam fácil — e elas com certeza têm bons advogados.
— Se safam? Como assim?
— Elas podem negar tudo, Anderson. Dizer que não estavam falando sério ou que falavam de outro assunto, que estavam brincando, exagerando. Que não foi literal. E, de novo: o vídeo não prova nada.
Senti um nó de frustração se formar no peito. E, como se não bastasse, veio o golpe final.
— Agora, deixa eu te perguntar uma coisa, Anderson: como você conseguiu essa gravação?
Fiquei um pouco encabulado, mas respondi:
— Eu... instalei uma câmera escondida na sala da Madalena.
Sonia arqueou a sobrancelha, lentamente.
— Então, por enquanto, o único que cometeu um crime aqui foi você.
— Você tá de brincadeira.
— Não. Isso é violação de privacidade. Crime. Pode dar processo civil e até Ação Penal. E mais: você gravou dentro da empresa. Ou seja, além de ilegal, isso respinga diretamente no nome do negócio.
— Mas, Sônia... isso não é nada perto de um assassinato!
— Talvez moralmente. Mas juridicamente? É mais complicado. Elas aparecem parcialmente nuas no vídeo, Anderson. Se essa história vier à tona, mesmo que Madalena e Suzy não sejam condenadas, sua empresa vai parar nas manchetes: Empresa de tecnologia envolvida em escândalo de gravações ilegais e morte de milionário.
Ela me encarou, séria.
— Quem vai querer se associar a uma empresa assim? Que investidor colocaria dinheiro onde só tem lama e escândalo? Que cliente grande continuaria?
Abaixei os olhos. Eu tinha pensado em justiça... mas não nas consequências.
— Além disso — ela continuou — Suzy trabalhou com o Eduardo por causa da empresa. Madalena é sua sócia. Você está no centro disso tudo, querendo ou não.
— Mas e se eu chamasse a Madalena lá na minha sala... puxasse o assunto da morte do Eduardo e tentasse induzir uma confissão? Com uma câmera escondida? — arrisquei, numa última cartada.
Sônia respirou fundo.
— Anderson, esse tipo de prova é muito frágil. Gravação escondida, você conduzindo o diálogo... juridicamente, pode ser considerado indução à confissão. E mesmo que consiga isso, ela vai ter direito ao contraditório, à ampla defesa.
— Caramba... Nem uma confissão serve como prova?
— Não isoladamente. Uma acusação de homicídio exige um conjunto robusto e sólido de provas. Elas mataram o Eduardo? Como? Com o quê? Veneno? Qual veneno? Como conseguiram? Quando deram? Como administraram? Há relação direta com a morte? O corpo foi analisado? Alguma perícia confirmou?
Ela fez uma pausa, me olhando firme.
— Você tem como provar tudo isso?
Fiquei em silêncio.
— Você confia no que eu disse? — perguntou.
Assenti, apesar da dúvida.
— Confio totalmente. E acredito que elas envenenaram o Eduardo. O problema é que o corpo foi cremado... Isso não dá mais pra provar. Bem conveniente, não acha?
Sônia já esperava essa pergunta.
— Anderson, quando há suspeita de assassinato, a cremação é proibida. O corpo precisa ser preservado para perícia. Se foi cremado, é porque nenhuma suspeita foi levantada. Isso joga contra qualquer tese de crime.
Aquele argumento caiu como um balde de água fria.
Ela apenas assentiu. Um gesto simples, mas deixava claro: qualquer passo em falso agora podia ser um desastre.
Levantei-me, guardei o celular no bolso. O peso no peito parecia ter dobrado. Eu tinha a verdade nas mãos... mas às vezes, a verdade não basta.
— Mas Sônia... sou eu que tenho que provar? Se eu entregar esse vídeo pra polícia como indício, não é dever deles investigar? Posso vender minha parte na empresa antes e, depois disso, ir até a polícia. Ou então passo o vídeo pro Marcos. Ele com certeza vai correr atrás. Afinal, era o pai dele.
— Isso é estratégico, Anderson. Venda sua parte antes. Depois, pense com calma no que fazer. Porque assim que você se mover, perde o controle. E o que acontecer depois... é imprevisível.
— Como assim?
— E se a polícia não conseguir reunir mais provas? E se Suzy e Madalena descobrirem que foi você quem entregou o vídeo? Ou como você obteve a gravação? E, principalmente: como o Marcos vai reagir ao descobrir o que a noiva dele fez? Pode contratar advogados... ou pode querer vingança.
— O Marcos? Vingança? Ele é pacato demais. Um bonzinho. Um banana, pra falar a verdade.
— Não subestime. Águas paradas são profundas.
— Marcos é o cara mais educado que conheço. Às vezes fala tão baixo que mal dá pra ouvir.
— Tipo o Poderoso Chefão? Don Vito Corleone também falava baixo, era educado, não gritava... e você sabe o resto.
— Você anda vendo muito filme, Sônia. Ficção é ficção — falei, rindo.
— Tudo bem, Anderson. Mas faz o seguinte: vende sua parte. Depois a gente vê o que fazer.
— Por falar nisso... você atua na área contratual. Pode me ajudar a vender minha parte pra Suzy? Quero resolver isso sem drama. Limpo, direto.
Sônia sorriu com aquela simpatia profissional, firme e precisa.
— Claro. Posso cuidar disso pra você. E fique tranquilo, vou cobrar honorários camaradas.
— Combinado! — sorri de volta. — Vou passar seu contato pra elas. Você cuida de tudo.
- Pode deixar comigo! Ah Anderson, antes que me esqueça. No processo de inventario do Eduardo, a Camila apresentou um novo endereço. Na cidade de Florianópolis.
Sonia me deu um papel com o endereço anotado, e concluiu:
- Acredito que foi a última informação que consegui para você. Pois foi colocado sigilo em todo processo agora.
- Obrigado Sonia.
Decidi mudar um pouco o rumo da conversa. Tanta coisa pesada no ar, e eu precisava respirar fora da confusão.
— E os seus filhos gêmeos, Sonia? Como estão? — perguntei, tentando mudar o foco.
Ela sorriu com facilidade, aquele sorriso que parecia iluminar o escritório inteiro.
— Estão ótimos, Anderson. Crescendo rápido demais, como sempre.
— Eu admiro você, sabia? — falei, olhando nos olhos dela. — Casar tão jovem, ter cinco filhos com o Wilfredo e, mesmo assim, se formar em Direito e virar essa grande advogada que você é...
Sonia deu uma risada leve, modesta.
— Ah, Anderson, você está me envaidecendo demais. Mas obrigada.
— Não é envaidecer — insisti. — É admiração mesmo. Não é fácil equilibrar tudo isso. Eu sei bem.
Ela ficou séria por um momento, então respondeu:
— Sabe, Anderson? Eu também admiro você. Pela inteligência, pelo jeito que se dedicou e pelo sucesso nos negócios. Você é um exemplo.
Senti meu peito se aquecer com aquela troca. Em meio a toda essa tempestade, era bom lembrar que ainda existiam pessoas que acreditavam na gente.
Fiquei pensando por um momento, e decidi contar a Sonia algo que nunca tinha contado a ninguém. Uma memória que parecia distante, mas que ainda carregava comigo.
— Sabe, Sonia... você e o Wilfredo se conheceram naquela festa, não é? Quando eu e ele tínhamos uns 20 anos ?
Ela assentiu, sorrindo com aquele brilho no olhar.
— Isso mesmo.
— Eu te vi antes dele. — falei, meio sem jeito. — Me encantei na hora, mas era tímido demais, ruim de cantada. Então, na falta de coragem, acabei mostrando você pro Wilfredo, que era mais atirado. E ele foi falar com você.
Ela riu, divertida.
— Wilfredo sempre foi bom de papo. Conseguiu me convencer a ir para o carro com ele, só nós dois.
Olhei curioso.
— Só depois é que você ficou sabendo que o carro era meu?
— Pois é — respondeu Sonia, rindo. — Ele tinha pedido seu carro emprestado. E foi naquele carro que ficamos juntos pela primeira vez.
A voz dela ficou mais suave, quase nostálgica.
— Foi também naquele carro que os nossos primeiros gêmeos foram gerados.
Sorri meio constrangido, mas feliz por ter dividido aquilo.
— Então, no fim, eu fui meio que o cupido, né? — brinquei.
— Foi você quem deu a largada, Anderson. — disse Sonia, com um sorriso cúmplice.
Naquele instante, a tensão da reunião pareceu evaporar. Era bom lembrar que por trás dos negócios e dos dramas, a gente tinha histórias que nos faziam humanos.
Sorri, tentando aliviar o clima.
— Sabe, Sonia, se eu não fosse tão tímido, poderia ter sido eu a falar com você naquela festa... e quem me dera, ter sido eu a ir no carro com você.
Ela deu uma risada leve, divertida.
— Ah, então você seria o pai dos meus filhos. — falou, olhando nos meus olhos com uma ponta de malícia. — Eu adoraria ter filhos japoneses.
Fiquei surpreso com o comentário, quase não esperava aquela brincadeira.
— Foi uma pena eu não ter tido coragem. — falei, meio rindo, meio sério.
Ela parou, ficou imóvel por um segundo, e aí me olhou no fundo dos olhos — daquele jeito intenso que fez meu corpo inteiro tremer.
— Foi uma pena mesmo, Anderson. — disse, com voz marcante.
Fiquei desconcertado, sem saber o que dizer. O ar na sala parecia ter mudado. Eu decidi prosseguir, querendo entender mais.
— Está tudo bem com você e o Wilfredo? — perguntei, com certo cuidado na voz.
Sonia respirou fundo, como se guardasse algo há muito tempo.
— Está sim, Anderson. Mas tem algo que nunca contei a ninguém. — Ela me olhou com uma sinceridade crua. — Eu só me casei com o Wilfredo porque engravidei. Se não tivesse engravidado, acho que não teria casado. A gente chegou até a pensar em abortar, mas eu não quis. E os nossos pais, que eram muito religiosos, jamais teriam aceitado. No fim, casei-me por causa dos filhos.
Fiquei em silêncio, absorvendo aquilo. O que parecia uma vida perfeita tinha seus próprios segredos.
— Mas hoje — ela sorriu com suavidade — já me acostumei com ele. E vivemos felizes.
Eu balancei a cabeça, meio pensativo.
— Então tudo poderia ter sido diferente, não é?
Ela parou por um instante, seu olhar ficou profundo. Lentamente, pegou minha mão.
— Sim, Anderson. Tudo poderia ter sido tão diferente. Você nem imagina.
Senti uma confusão dentro de mim. Era perturbador e, de algum modo, positivo.
Sonia também me perguntou:
— E como estão as coisas com a Simone?
— Está tudo bem... — respondi, meio hesitante. — Mas ela é diferente do que eu imaginava.
Ela sorriu compreensiva.
— Já que as coisas seguiram esse rumo, e não se muda o passado, eu desejo que você seja feliz com a Simone.
Eu retribuí o sorriso, sincero.
- É verdade, a vida não tem um ponto de restauração!
Nos levantamos. Ela me acompanhou até a porta.
— Cuide-se, Anderson.
— Você também, Sonia.
Saí do escritório com outro pensamento, mas, no fundo, sabia que a situação era muito mais complexa do que eu queria admitir. A imagem de Madalena conversando, com aquele olhar frio e distante, não saía da minha cabeça. Como conviver com alguém que, na minha interpretação, poderia ter cometido um crime tão horrendo?
Outra questão me veio à mente: se Suzy e Madalena fossem condenadas por homicídio, suas vidas estariam destruídas. E talvez até merecessem — afinal, assassinato é assassinato. Mas Madalena é minha amiga desde os tempos de faculdade; construímos nossa empresa juntos. E Suzy, embora tenha sido minha namorada em circunstâncias... peculiares, também compartilhou comigo momentos bons, de alguma forma genuínos.
Mas quem mais sofreria seria a mãe da Suzy. Conheci-a durante o nosso namoro. Já passou por tantas dificuldades: o marido a abandonou quando Suzy ainda era criança, nunca teve oportunidade de estudar, mal sabe ler e escrever. Criou os filhos sozinha, trabalhando como faxineira. Agora, finalmente, começava a sentir algum alívio, vendo a filha ascender. Suzy é a primeira da família a cursar uma faculdade, e só agora conseguiu dar algum conforto à mãe. Se essa mulher descobrir que a filha é uma assassina... não consigo imaginar o impacto. Se Suzy for presa, a vida dela desmorona — e a da mãe, talvez ainda mais.
Claro, nada justifica tirar a vida de alguém. Mas há tantas camadas nessa história, tantas dores e contextos a considerar.
E, como disse Sônia, é impossível prever como Marcos reagiria.
Voltei para a empresa pensativo. O corredor parecia mais longo e menos iluminado que o habitual. Ao caminhar até a minha sala, passei por Madalena. Pude ouvir sua voz suave conversando ao telefone. O contraste entre a sua voz serena e o que eu tinha ouvido pela câmera era perturbador.
Não havia mais dúvida: venderia minha parte da empresa. Não podia mais ficar preso a essa situação.
Mandei mensagem para Suzy e Mada, reunião somente nós três, na minha sala, as 18h.
A ideia de me livrar dessa relação me trouxe um alívio momentâneo. Eu precisava recuperar meu espaço, minha paz de espírito. Era questão de tempo até eu conseguir me desvincular completamente daquela realidade perturbadora.
Fechei a porta da minha sala com um estrondo, como se quisesse trancar não apenas o mundo lá fora, mas também os pensamentos que me atormentavam. A mente estava uma bagunça, e eu precisava de um momento a sós para organizar tudo. Sentei-me à mesa e, com as mãos trêmulas, comecei a digitar o endereço que Sonia me dera. O último conhecido de Camila.
Os olhos percorreram as informações na tela. A mansão em Florianópolis. Uma praia badalada, cheia de vida e glamour. Por que Camila teria ido parar lá? Lembrei-me que ela tinha comentado algo do Eduardo se aposentar e mudarem para lá.
E se Gabriel fosse meu filho? Eu até queria acreditar que sim, mas a incerteza era como uma sombra que não me deixava em paz. A imagem do menino, com aqueles olhos inocentes e curiosos, me fez sentir uma mistura de sentimentos. O que aconteceria com ele? Será que estava bem? Eu não sabia nada sobre o que estava acontecendo na vida de Camila desde o dia em que sumiu.
Aquela mansão poderia ser um refúgio ou uma prisão para ela. Eu precisava saber como estavam Camila e Gabriel.
A convivência com Madalena já não importava mais, era só uma questão de tempo. Agora tudo o que eu queria era descobrir a verdade sobre o filho de Camila.
O dia se arrastou, quando finalmente chegou a hora da reunião.
Sentei-me à minha mesa, os dedos batendo nervosamente na superfície polida. O relógio parecia marcar cada segundo como uma eternidade. Esta reunião com Suzy e Madalena não era apenas uma formalidade; era um jogo de xadrez, e eu precisava garantir que cada movimento fosse calculado.
Finalmente elas chegaram.
Continua ...