Uma semana havia se esvaído no calendário, e com ela, a vida de Júnior havia se transformado em uma dança coreografada ao ritmo das ordens de Gabriel. O caos inicial da submissão dera lugar a uma estranha, mas excitante, organização. Cada aspecto do dia de Júnior, desde o menor gole de água até os compromissos profissionais e as mais íntimas necessidades do corpo, esperava pela sanção de seu Mestre. O escritório de contabilidade, antes seu domínio incontestável, agora era apenas um palco onde a sua obediência era posta à prova.
Júnior: Bom dia, Mestre. Acordei às 6h. Posso tomar meu café? Minha esposa já está na mesa.
A mensagem de Júnior foi apenas a primeira de muitas a inundar o celular de Gabriel naquele dia. Do outro lado da cidade, Gabriel estava no conforto de sua cama, espreguiçando-se preguiçosamente. Ele pegou o celular, leu a mensagem e soltou um risinho seco.
Gabriel: Pode. Mas só o pão. O café, só depois da primeira reunião. Quero você com fome. Entendeu, cadela?
Gabriel enviou a resposta e jogou o celular na cama, sem sequer esperar pela confirmação. Ele sabia que Júnior obedeceria. Do que mais ele precisava? O Mestre não aguarda a confirmação do escravo. Enquanto Júnior se contorcia em sua rotina matinal controlada, Gabriel levantou-se, tomou um banho longo e quente, e desceu para a cozinha, onde sua mãe já havia preparado um farto café da manhã. Ele não tinha pressa. O dia era todo dele.
Enquanto Gabriel comia seu pão com manteiga e tomava seu café fumegante, mensagens de Júnior chegavam:
Júnior: Mestre, estou a caminho da reunião com o primeiro cliente do dia. Posso entrar?
Gabriel leu. Riu. Pensou em demorar para responder, só para ver Júnior suando dentro do carro, estacionado na porta do cliente. Não, melhor ainda. Ele simplesmente não respondeu. Estava ocupado demais curtindo seu café da manhã.
Depois da academia, onde Gabriel exibiu seu físico musculoso para os olhares admirados, ele deu uma passada no shopping. Era o dia de folga da concessionária, e ele merecia um agrado. Enquanto provava umas roupas, seu celular vibrou com a súplica de Júnior.
Júnior: Mestre, preciso ir ao banheiro urgentemente. Minha bexiga está latejando.
Gabriel olhou para a mensagem. Ele imaginou Júnior, o contador engravatado, retorcendo-se em algum banheiro chique, desesperado por sua permissão. Uma onda de satisfação percorreu seu corpo. Ele se deu o prazer de saborear o momento. Enviou uma mensagem genérica para um amigo e, somente depois de 15 longos minutos, quando já estava pagando as roupas novas, ele digitou uma resposta para Júnior:
Gabriel: Ah, você ainda está aí? Que patético. Fique mais 15 minutos. Quero ver o quanto você aguenta. E depois, pode ir. Mas sem mijar na hora que quiser. Quero você mijando aos poucos. Entendeu, cadela?
A humilhação do outro lado da tela era um combustível delicioso.
Júnior: Sim, Mestre! Aguento o tempo que o senhor mandar! Sua palavra é lei!
Gabriel: Hahaha
Gabriel: E como foi a reunião hoje pela manhã?
Júnior: Mestre, eu desmarquei, pois não tive sua autorização para entrar.
Gabriel: Hahaha. Eu esqueci completamente, pensei que tinha te autorizado a entrar. Mas sem problemas, o importante é você obedecendo.
Júnior: Sim, Mestre! Sempre vou te obedecer
O resto do dia de Gabriel foi tão despreocupado quanto a manhã. Almoço com amigos, jogatina no videogame, flertes no Instagram. Ele recebia as atualizações de Júnior, avisando sobre cada passo do seu dia, mas raramente respondia de imediato. Aquele era o seu poder: a capacidade de fazer um homem adulto e bem-sucedido parar sua vida, suar e esperar por uma simples palavra sua.
Ao fim da tarde, Gabriel se lembrou de seu poder sobre Júnior.
Gabriel: Esse lance está errado. É tudo sobre você. É tudo sobre suas necessidades. Então vamos mudar isso, me deu uma vontade de comprar aquele novo tênis de academia. Você tem mais 450 reais pra me enviar, seu otário? Pra comemorar a sua "obediência" de hoje?
Júnior abriu o aplicativo do banco sem hesitar. O saldo diminuía, mas o prazer de servir a aumentava.
Júnior: Sim, Mestre! É uma honra financiar a beleza do meu Dono! O PIX já foi enviado. Chegou aí?
Gabriel: Chegou, sim. Um dia, talvez você mereça ver o tênis. Por enquanto, se contente em saber que ele existe. Você é tão patético. Nem isso merece ver.
Júnior sorriu, um calor se espalhando em seu peito. Ser chamado de patético por Gabriel era a maior das glórias.
Horas mais tarde, uma nova mensagem chegou, desta vez com um anexo. Era uma foto. Uma foto dos pés de Gabriel. Ligeiramente suados, músculos definidos, com o novo tênis no fundo, fora de foco.
Gabriel: Para a cadela que gosta de pés. Não ouse tocar na tela, vagabunda. Apenas observe. E sonhe.
O coração de Júnior disparou. Seus olhos devoraram cada detalhe da imagem. A curvatura do arco, os dedos fortes, o leve brilho da pele. Ele ampliou a foto, imaginando o cheiro, a sensação. Era uma tortura deliciosa, um banquete visual que só aumentava sua fome.
Era fim da tarde, e Júnior estava no auge de uma apresentação crucial. Uma reunião de portas fechadas com investidores de um novo projeto de um dos seus principais clientes. Essa reunião definiria o futuro desse projeto. A sala era silenciosa, a tensão palpável enquanto Júnior apresentava gráficos e projeções. Seu celular, vibrando no bolso, era uma tentação constante, mas ele não podia quebrar o foco. Então colocou o celular em cima da mesa e seguiu com a reunião.
No meio de uma explicação complexa sobre projeções de lucro, uma nova notificação do Instagram piscou em sua tela de bloqueio. Gabriel.
Gabriel, deitado no sofá, havia consultado a agenda que Júnior lhe enviara mais cedo. Sabia exatamente que Júnior estava naquele momento na sua reunião mais importante do dia. E foi justamente por isso que digitou, com um sorriso cruel:
Gabriel: Eaí, putinha? Estou com tédio. Quero uma foto sua. Nua, ajoelhada, com o rosto pra cima e os olhos fixos na câmera. Agora. Não me faça esperar. E se demorar, não quero mais.
Júnior sentiu o estômago revirar. O suor frio escorreu por suas costas. Nu? Ajoelhado? Agora? Durante a reunião mais importante do dia? A urgência na ordem de Gabriel era uma tortura. A ameaça de "não querer mais" se ele demorasse era um tormento ainda maior.
Ele parou de falar no meio de uma frase. A sala ficou em silêncio.
— Com licença, um momento —, Júnior disse, sua voz um pouco mais alta do que o necessário, enquanto se levantava. Os investidores o olhavam, confusos, mas ele nem os via. O mundo inteiro havia se reduzido àquela ordem de Gabriel.
Ele saiu da sala de reunião sob os olhares perplexos de todos, e praticamente correu para o banheiro mais próximo. Trancou a porta, a respiração ofegante. Suas mãos tremiam enquanto ele puxava a roupa apressadamente – paletó, camisa, gravata, calças, cueca – tudo caindo ao seu redor.
Júnior se ajoelhou no chão frio do banheiro, o corpo nu e exposto, um misto de vergonha e excitação o invadindo. Ele posicionou o celular, a câmera virada para si. Levantou o rosto, os olhos fixos no sensor, tentando transmitir toda a sua submissão, todo o seu desespero por obedecer.
Ele tirou a foto, enviando-a imediatamente, com uma legenda concisa.
Júnior: Desculpa a demora, Mestre! Aqui está. Seu escravo nu, ajoelhado. Sua ordem é sempre a prioridade!
A foto de Júnior chegou segundos depois de Gabriel enviar a ordem. Gabriel estava deitado no sofá da sala, com a TV ligada em um jogo de futebol que ele mal acompanhava, rolando o feed do Instagram distraidamente. A notificação de Júnior fez seu polegar parar.
Ele abriu a conversa. Lá estava ela. Júnior, nu, ajoelhado no chão frio de um banheiro que parecia ser de escritório, o rosto virado para cima, os olhos arregalados e fixos na câmera, uma mistura palpável de desespero e devoção.
Gabriel sentiu um arrepio percorrer sua espinha, um calafrio de poder que era quase palpável. Um sorriso lento e predador se espalhou por seus lábios. Ele riu, mas não era um riso de alegria ou surpresa, e sim de pura e absoluta satisfação. Um som baixo, quase um grunhido de triunfo.
— Puta que pariu —, ele sussurrou para a tela, balançando a cabeça em descrença divertida. Aquele contador realmente tinha feito. Naquele momento, em meio a uma reunião de trabalho importante, ele tinha se despido e se ajoelhado para Gabriel. Era uma submissão de uma intensidade que Gabriel nem sequer esperava.
Ele ampliou a imagem, observando os detalhes. O corpo de Júnior, aparentemente rígido pela tensão, a vulnerabilidade exposta, o olhar implorativo. Era nojento, e ao mesmo tempo, incrivelmente excitante. A confirmação de que sua palavra era lei, que não havia limites para a obediência daquele homem.
Gabriel não sentiu o menor impulso de elogiá-lo. Não havia gratidão, apenas a constatação de um fato: Júnior era seu, completamente. Essa imagem era a prova definitiva de que o controle era total.
Ele guardou o celular, sem responder. Não havia necessidade. Júnior já havia cumprido sua parte. O silêncio, nesse caso, seria a maior das aprovações. Gabriel se reencostou no sofá, os olhos fixos na TV, mas a mente longe, já planejando qual seria a próxima ordem, o próximo limite a ser testado. A noite prometia ser longa.
Júnior, do outro lado da cidade, guardou o celular, vestiu-se às pressas, o corpo ainda trêmulo. Voltou para a sala de reunião, a mente em branco, o rosto corado. Os investidores o olhavam, chocados e confusos. O projeto estava, provavelmente, perdido. Mas Júnior sentiu um alívio imenso. Ele havia obedecido.
Para a sua sorte, ele era um profissional exemplar, e ao final da reunião o contrato foi assinado e ninguém mais se lembrava do que havia acontecido durante a reunião.
A noite caiu. Júnior estava na cama com sua esposa. Ela o abraçou, buscando intimidade. Júnior sentiu um desejo, mas uma barreira invisível se ergueu. Ele pegou o celular.
Júnior: Mestre, minha esposa quer intimidade. Posso... posso tocá-la?
O silêncio era agonizante. Sua esposa o olhava, confusa. Ele permaneceu rígido, esperando. Minutos se transformaram em uma eternidade. A esposa de Júnior suspirou, virando-se para o outro lado, dormindo.
Finalmente, a resposta de Gabriel veio, fria e direta.
Gabriel: Não. Não hoje. Você não merece. Durma, escravo.
Júnior desligou o celular, deitando-se ao lado da esposa, o corpo em êxtase e a mente completamente submissa. Não era sobre o que ele queria ou não. Era sobre a vontade de Gabriel. E aquela negação, a privação, era a mais pura prova do controle absoluto de seu Mestre. O "tudo" de Júnior era, na verdade, o "nada" de sua própria vontade. E ele amava cada segundo disso.