Estou “deitada” nesta merda de maca já faz um tempo. Desisti de tentar contar os minutos após perder a conta umas 4 vezes. O TIC TAC do cronometro é meu único companheiro neste quarto escuro e ao invés de ser um bom companheiro é um maldito. Me deixa estressada e nervosa, pensando que cada badalada é uma a menos que falta, mas que ainda não sei quantas faltam. Felipe é realmente um sádico, além de me dar dor corpórea, fode minha mente.
A dor não esta tão forte quanto imaginei, ainda é como uma cólica intestinal leve. De vez em quando sinto algo querendo escapar, mas consigo me controlar e segurar tudo dentro de mim.
NADA VAI SAIR DAQUI!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tento fechar os olhos e começo a pensar em qualquer coisa para me distrair. Penso na minha tese, e em segundos minha cabeça se volta para Felipe. Penso em uma nova receita de lasanha, e minha cabeça se volta para Felipe. Penso na nova cor que quero pintar as paredes da sala, e minha cabeça se volta para Felipe. Foda-se vou simplesmente pensar me Felipe mesmo. Mas serei esperta, não vou pensar em como ele é um grande gostoso, e sim e coisas que eu não gosto. Droga, não consigo lembrar de nada no momento.
Outra cólica – penso em como ele cozinha mal.
Uma coceira debaixo do braço – penso no fato que ele sempre deixa suas roupas jogadas pela casa.
Algo querendo furar o superbonder – penso que ele sempre assiste as series escondido de mim.
Câimbra nos braços – penso em todas as vezes que tive que lavar suas cuecas a mão, porque elas são “especiais” de mais para serem lavadas pela maquina ou pela funcionaria. Ah a quem estou tentando enganar? Adoro lavar suas cuecas, a humilhação e o proposito me caem muito bem. Sou mesmo uma fudida.
Fico nesta até o timer apitar. Graças a Deus! Acabou
Olho para porta e nada de Felipe. Cadê ele? Cadê?
Parece que a vontade de ir ao banheiro dobrou com o apito do timer, como se tivesse ficado tudo mais desesperado, a dor fica gigante, meu corpo começa a suar frio com as cólicas e meu superbonder fica cada vez mais fraco.
Cadê a Porra do Felipe?
Começo a contar os segundos, rezando para tudo e todos que ele apareça logo.
O medo de falhar e ter que comer minha merda começa a crescer tanto, que já começo a pensar com que irei limpar a boca depois, para tirar o gosto – agua sanitária talvez? - e se terei coragem de olhar ele nos olhos após ele presenciar algo tão nojentoComeço a puxar meus cabelos fortemente, ate quase os arrancar da cabeça, esperando que a dor distraia meu cu traidor – não funcionaSerá que consigo o convencer a não assistir? Sim eu consigo superar meus limites e limpar a porra do chão cagado com a língua, mas não consigo que ele me veja no fundo do posso. É um bom plano, não é?Já estou soluçando de terror
320 segundos depois a porta se abre.
- Voltei Juju – fala o filho da puta sorridente
Não consigo falar, tenho certeza que se abrir a boca outras coisas se abrem também.
- Desculpe a demora, estava esperando acabar o episódio que eu estava vendo. Foi bem legal, vc devia ver depois. É uma serieblá bla bla
Ele continua falando e falando, algo sobre alguma serie de merda que ele acha que vou gostar. Tudo consigo é conter meu choro, os soluços continuam, Pelo amor de tudo que é mais sagrado, cale a boca, cale a boca, me solte desta maldita maca e me deixe ir ao banheiro
- Brasileira.......blá ... Favela....blá .... MusicaFunk....blá blá blá
Cala a boca, por tudo de bom no mundo, cala a boca! Cala a boca. Cala a boca – começo a repetir a frase como se fosse um mantra em minha mente
- Bem, mas vamos te tirar daí, me distraí um pouquinho, mas sei que não tem problema. Você está tão quietinha que tenho certeza que esta adorando, né?
Ele me olha e eu fico quieta, pendendo a respiração, com medo de falar a coisa errada e não ser solta. E não confio que consigo falar sem mandar ele tomar no cu.
- Ah legal, quem cala consente, então vc quer ficar mais tempo? Eu posso ir assistir a outro episódio, parou em uma parte bem legal. – ele diz e se vira indo em direção a porta
- NÂO!!!! NÂO, POR FAVOR. – digo, uma bagunça de lagrimas, soluços, ranho, desespero...– ME TIRA DAQUI, POR FAVOR SENHOR. EU NÃO AGUENTO MAIS. POR FAVOR FELIPE. POR FAVOR ME SOLTA. EU JURO QUE NUNCA MAIS ME ESQUEÇO DE NADA SENHOR. POR FAVOR ME SOLTA
- Calma neném, era só ter falado com carinho – ele me olha, da uma piscada e se aproxima de mim.
Puta que pariu, ele é um demônio filho da puta, mas como esse demônio é lindo.
Ele começa a passar um dedo nas minhas pernas, subindo lentamente. Quando chega a minha bunda fico nervosa, será que vai fazer algo a mais? Mas não ele apenas solta as amarras e começa a me soltar inteira. Solta minha cabeça, libera meus braços, beija minhas bochechas molhadas e fica me olhando, como se estivesse vendo as partes mais profundas da minha mente.
Nesta hora tenho certeza que vou perder a briga contra meu intestino.
Ele me ajuda a sair da maca e fica me encara, esperando eu falar alguma coisa. Eu não sei oque, falaria qualquer coisa agora, absolutamente qualquer coisa para poder ir me aliviar. Por fim me decido
- Posso ir ao banheiro senhor? – pergunto com o ultimo fio de auto controle que tenho – tão fino quanto um fio de cabelo.
Ele me olha novamente, coloca o dedo nos lábios e finge que esta pensando
- Você quer ir muito?
- Sim senhor
- Acha que merece?
Nesta hora dá um bug na minha mente. Eu mereço? Mereço que esta dor passe, que o desespero diminua? Ou mereço toda esta agonia pelo meus erros? Pela traição e descuido? Sei que ele falou que me perdoou pela mentira, mas eu me perdoei? Eu mereço sua misericórdia, ou esta dor? Mereço ter que limpar a sujeira que estou a segundos de fazer com a língua?
Parece que ele consegue ouvir a minha mente trabalhando e se apieda de mim.
- Você não merece, mas vá
Nesta hora penso em correr, mas sei que se fizer isso, a chance de dar errado é grande, então começo uma caminhada rápida até o banheiro. Na hora que me sento no vaso, as coisas começam a jorrar de dentro de mim, fazendo barulhos horríveis, liberando um cheiro nojento, uma dor certeira e um prazer indescritível de alívio, tudo junto. Quando acho que acabou sempre vem mais.
Fico alguns minutos no trono, ainda chorando, cagando e pensando.
Estou aliviada por ter passado pelo teste de meu dono, orgulhosa de completado essa missão dada por ele.
Me recomponho e percebo que estou feliz. Feliz que tudo acabou. Feliz que não tive que me degradar a este ponto. Feliz por ter feito meu dono feliz.
Me limpo e me levanto. Será que posso tomar um banho?
- Senhor? – minha voz sai arranhada após tanto choro
- Oi – ele responde do escritório
- Acabei!
- Que bom, quer que eu vá te limpar?
Fico corada na hora, pensando na pergunta que fiz, como uma criança que esta aprendendo a usar o troninho. E aliviada que ele não veio me limpar. Sei que faria isso, apenas para me ver humilhada, e ainda faria com um sorriso infernal na cara.
- Não senhor. Posso tomar um banho?
- Não precisa, passe um lencinho e se apresse para cá, que eu quero colocar logo esta mangueira no seu cu, tá ficando tarde já, e ainda quero assistir mais um episódio da minha serie. – diz como se não tivesse nada errada no mundo, como se hoje fosse um sábado comum, e ele tivesse falando para eu correr com a pipoca que o comercial estava acabando, como se colocar uma mangueira no cu da sua esposa fosse algo corriqueiro da vida.
Nesta hora me lembro do enema – de 2 L!!!!!! – que esta me esperando. Durante todo o tempo que estive me contorcendo de dor, nem me lembrei dele, só queria passar por aquele tormento.
Será que aguento? Devo desistir e falar LIMÃO? Acabar com essa tortura? Meu pobre buraco já esta ardendo, meu auto controle já foi para a casa do caralho. Se foi este inferno ficar 60 minutos com um pouco de glicerina, nem consigo imaginar o que vai ser com 2.000 ml de soro morno dentro de mim, sei lá por quanto tempo.
Não, eu não posso desistir, preciso passar por todo o castigo que ele pensou, que ele teve todo o trabalho de planejar, de arrumar tudo. Ele merece que eu seja uma boa submissa e aceite minha punição por meus erros. E eu sei que só vou conseguir deixar tudo isso para traz quando este dia acabar, se eu souber que fiz tudo que ele pediu, que completei as punições que ele julgou serem necessárias para equalizar meus erros. Ele sabe como me conduzir e me ensinar, ele sabe meus limites melhor que eu – e prova isso todas as vezes que me sinto realizada ultrapassando algum ponto que sempre achei que não conseguiria passar.
Se ele acha que eu consigo aguentar, eu consigo aguentar.
Foi assim durante os últimos 5 anos, e vai ser assim para sempre. Incluindo hoje.
Se Felipe acha que eu consigo segurar 2 l de soro no meu cu, eu consigo!!!
Me asseio, lavo as mãos, jogo agua fria na cara e saio do banheiro como uma guerreira indo para a guerra.
Oque quer que for, eu vou conseguir, vou conquistar esse enema e concluir meu castigo com loros!!!