A Casa da Colina — 6°Capítulo.

Da série A Casa da Colina
Um conto erótico de CarolApoena
Categoria: Grupal
Contém 2233 palavras
Data: 28/07/2025 16:01:45
Assuntos: Grupal

— 21 de julho de 2025, 16:56 da tarde.

Mamãe sempre foi a mais medrosa entre nós três. Era engraçado, porque ela fingia ser a mais corajosa, a mais dona de si, porém, quando o assunto era o que a vizinhança poderia desconfiar, mamãe virava outra pessoa. Tinha pavor, de verdade, de que alguém descobrisse o que acontecia dentro da nossa casa.

Dizia com frequência:

— Carol, Juliano. Um deslize nosso… um só… unzinho, e todo mundo vai saber que aqui tem mais do que amizade.

Ela falava “eles” como se o mundo inteiro estivesse com os olhos grudados em nós. Como se todo mundo prestasse atenção em tudo que fazíamos. Ela insistiu que precisava dar um jeito na altura do muro da frente, das laterais e dos fundos.

Mamãe, sempre foi meio paranoica. Segundo ela, já tinham vizinhos “olhando demais”. De um lado, o Senhor Blairo e a Dona Marcela, que moravam do lado direito. Do esquerdo, o Pedro e a Janaina com dois filhos pequenos.

A verdade é que, às vezes, eu também via as janelas da casa ao lado, meio entreabertas à noite, vultos. Eu sempre deixava as cortinas fechadas, com medo de ser vigiada.

Foi aí que entrou o senhor Blairo. Nosso vizinho, um tiozinho, gente fina. Ele sempre puxava assunto comigo no portão.

Um dia, mamãe comentou com ele, meio disfarçando, como ela sempre fez, que queria subir mais os muros. E ele, gentil, disse conhecer um pedreiro bom e de confiança. Mamãe quis na hora.

A obra começou em janeiro de 2013, uma semana após a nossa viagem para Trancoso. No dia seguinte, o pedreiro veio. Era um homem pardo, magro, queimado de sol. Mamãe foi com ele e o senhor Blairo até uma loja de material de construção pra escolher os blocos, comprar sacos de cimento, cal, pedra, entre outras coisas.

No primeiro dia, o pedreiro trouxe o filho, cujo, o nome não sei. Ele tinha uma cicatriz funda do lado esquerdo do rosto, que começava perto da sobrancelha e descia até quase a maçã do rosto.

Durante nove dias, mamãe nos proibiu de fazer qualquer gracinha, quando o pedreiro e o ajudante estivessem trabalhando.

O filho do pedreiro me olhava diferente. Não era só olhar de homem vendo mulher. Era mais fundo, sei lá, eu sentia.

Toda vez que eu passava com um copo d’água, ou garrafa de café, ou com a vassoura na varanda, os olhos do cara me acompanhavam. Fixos, e mamãe percebeu rápido. Ela pediu para eu não andar com roupas curtas durante a obra. Mamãe não queria dar motivos do filho do pedreiro ficar me olhando. Eu ria de tonta, de inocente, mas, no fundo, ela estava certa. Obedeci pela minha segurança.

Só que, mesmo de saia longa, bermuda folgada, camiseta larga e rabo de cavalo, o olhar do filho do pedreiro não mudou. O sujeito me comia com os olhos. Nem disfarçava. Meu irmão, direto, flagrava o ajudante olhando pra mim. Eles dois usaram o banheiro dos fundos da casa, ao lado da churrasqueira. Mamãe tinha receio de deixá-los entrarem em casa.

Mamãe não dormiu sossegada enquanto a obra não acabou, só ficou tranquila quando o muro terminou e o quintal ficou limpo.

Porém, mal sabia ela que o verdadeiro perigo nunca foi quem olhava de fora, mas o que acontecia aqui dentro de casa.

A obra terminou numa quinta-feira, no fim da tarde. Dei a ideia de a gente comemorar. E foi exatamente isso que fizemos algumas horas mais tarde, no começo da madrugada.

Recordo-me: de que ventava nessa noite. Ficamos na área da churrasqueira, olhando para as paredes recém-construídas, mamãe, claro, reparando em alguns defeitos. Aff… a verdade é que ela sempre esteve certa sobre a elevação da altura do mudo.

Não lembro a roupa que vestia naquela noite, porém, fui a primeira a tirar a roupa. Fiquei completamente nua no quintal, perto do pé de pitanga. O vento geladinho da madrugada batendo entre minhas pernas, fazendo meus bicos endurecerem e a pele arrepiar inteira.

Me senti mostrada e livre. Olhei pra mamãe e estendi a mão. Ela veio. Ajudei-a a despir sua camisola e cair aos poucos. E, quando caiu, mamãe sorriu envergonhada. Não sei do quê?

Meu irmão nos olhava de pé, calado. O pênis dele já amontoado na cueca. Fui até ele e puxei para baixo sua cueca. Mamãe veio por trás dele e o arranhou o peito dele. Eu e ela tiramos a roupa do Juliano ali mesmo, e ficamos os três, nus, no quintal.

Fomos caminhando pelo quintal, dando a volta pela casa, olhando para a obra recém-finalizada. Voltamos para a área da churrasqueira, onde é coberta por teclados. Perto da mesa e das banquetas.

Recordo-me: da mamãe sentar-se em uma das banquetas, abrir as pernas e me chamar com os dedos. Eu fui, estava com tesão de estar sem roupa no quintal. Beijei a mamãe todinha: sua boca, os peitos, suas coxas, a barriga, até chegar na boceta dela, que já estava fervendo, molhada, com o cheirinho de creme hidratante íntimo.

Naquela madrugada, só Deus foi a nossa testemunha.

Durante o tempo em que eu a sugava, meu irmão ficou detrás de mim, encurvado, acariciando minhas costas e o meu bumbum. Ele abriu minhas pernas e me penetrou na xereca. Foi fundo, com força. O ruído da pele colidindo estrondeava no quintal. Aquilo me endoidava. Estar ao ar livre, sendo fodida pelo irmão, enquanto chupava a mamãe, ouvindo os gemidinhos baixos dela escaparem pelos lábios, foi demais pra mim.

As mãos do Juliano prenderam-me pela minha cintura. Os pés, calçados com os chinelos havaianas no chão. Meu irmão murmurando baixo. Quando tirou de dentro de mim, pegou a mamãe na bancada de mármore. Espetou o pau nela e começaram a transar na minha frente. Beijei a mamãe, toquei nos seus seios e o Juliano, no deslocamento da sua cintura, metia nela. Suas mãos apertaram meus seios, seus dedos apertavam minha carne.

Teve beijo de língua, teve dedo no cu, na boceta, teve tapa, teve riso e gemidinhos. No final, meu irmão gozou na barriga da mamãe. Essa cópula ficou guardada na minha lembrança.

Ficamos os três sentados nas cadeiras, nus, ouvindo os grilos e o som do vento batendo nas flores dos vasos. Depois voltamos para dentro de casa, tomamos e fomos dormir na cama da mamãe.

Na manhã do dia seguinte, sexta, acordamos tarde. Tomamos café no fundo da casa, perto das roseiras da mamãe. Meu irmão passou metade da manhã sem roupa, pela casa e pelo quintal.

A mais contida foi a mamãe. Ficou com medo, dizendo que não confiava cem por cento. Juliano tentou despi-la, puxando-a pela cintura, tentando tirar sua blusinha de alças finas, e o shortinho jeans, falando coisas sujas no ouvido dela.

Às vezes, meu irmão nos pegava desprevenidos, com beijos daqueles que fazem qualquer mulher pirar. À tarde, a gente correu descalço pelo quintal, brincando de pega-pega. Mamãe deu uns tapas na bunda dele, depois que Juliano a levantou nos braços, girando com ela como se fosse uma boneca.

Mamãe ria, esperneava, até que ele a desceu na grama, perto da piscina. Eu me joguei de biquíni por cima dos dois. Ele, nu, a mamãe com uma roupa curtinha. Nos beijando, nos tocando, sentindo a pele queimar de tesão e de sol.

Teve um momento que eu ainda lembro, que me marcou muito: estávamos brincando de esconde-esconde pelo quintal. Eu sei, parece coisa boba, de criança. Porém, com a regra de que todos deveriam estar nus e que só podiam “se esconder” se estivessem escondidos em alguma parte somente do quintal.

Eu me escondi no banheiro, perto da churrasqueira, e a mamãe, entre as cadeiras e mesas. Ele a achou primeiro. Quando meu irmão me encontrou, veio me beijando, a palma da mão dele apertando meus seios, o pau dele duro, roçando entre minhas pernas, porque havia beijado a mamãe antes de mim. Isso, em janeiro de 2013.

Meu irmão me penetrou ali mesmo, me fazendo morder a mão, pra não gritar. Mamãe nos achou pouco depois, e sem dizer nada, se ajoelhou à minha frente e começou a chupar meu clitóris enquanto o Juliana me comia por trás. Não sei quanto tempo depois, ele sentou no vaso sanitário e comeu a mamãe.

No domingo, fizemos churrasco. Meu irmão sempre foi o churrasqueiro da casa. Preparou e temperou a carne, as coxas, asas e os corações de frango, na noite anterior. Ele só de avental, completamente pelado por baixo.

Cada vez que ele se virava, dava pra ver tudo. A gente ficava rindo e fazendo piada dele: ó, cuidado pra não queimar a linguiça. — Ele nos respondia: daqui a pouco, vô enfiar a minha em vocês. — É, olha o nível da intimidade?

A gente amava provocar o Juliano. Mamãe sentava no meu colo, esfregava a bunda nas minhas coxas enquanto mordia meu pescoço. Dava um arrepio danado. Fazia parte da provocação.

Juliano, às vezes, vinha com a pinça de carne na mão e nos dava uma mordida na costela e depois outra na nossa pele. As marcas roxas ficavam dias. Recordo: a mamãe deitada no gramado do jardim, eu na espreguiçadeira, tomando sol, e o meu irmão, assando a carne.

Mais tarde, transamos na cama da mamãe. A tarde virando noite, a cama amontoada de corpos nus. Mamãe gemendo e galopando em cima do meu irmão. Eu, ao lado, vendo tudo, de testemunha.

Via tudo e ainda participava do espúrio. Minhas mãos nos peitos da mamãe. Beijando meu irmão, com as pernas entrelaçadas nas dele.

Era anormal? Sim! Era proibido? Também, mas era nosso. E era o nosso mundinho. Só sei de uma coisa: dias como esse — não voltam mais.

Cansei de flagrar a mamãe e meu irmão transando. No começo, até era excitante. Ver os dois juntos, na empolgação, se querendo, se comendo por qualquer canto da casa. Sim, me deixava molhada, tonta, provocada. Porém, com o tempo, aquilo começou a ser comum, e me deixou enciumada. Porque não era só tesão, de mãe e filho, era um tipo de exclusão.

E eu sentia. Sentia quando ela deixava de me tocar pra correr pra ele. Quando Juliano tirava as mãos do meu corpo, porque a mamãe chegava vestida na lingerie e aquela pressa de sexo.

Começou a acontecer direto quando entrei na faculdade. Meus horários mudaram, eu saía às 18:00 e chegava em casa às 23:00 — 00:00. Teve uma semana inteira em que eu os peguei transando três dias seguidos, em lugares diferentes da casa.

— Na terça, na sala.

— Na quarta, no quarto dela.

— Na sexta, no quarto dele.

Mas teve um dia… um dia específico… que me deixou muito incomodada. Lembro: foi numa segunda-feira. Março de 2013.

Eu havia saído da última aula e peguei uma carona com a Marcinha. Estava com cólica, cabeça latejando. Só queria chegar em casa, tomar um banho, me jogar na cama e dormir. Entrei, a casa em silêncio, a televisão desligada. O som do ventilador da sala e segui para o meu quarto. A porta aberta. E aí eu vi. Mamãe de joelhos, pelada, com o vestido amarrotado no chão. Juliano esparramado na minha cama, nu também, com as pernas abertas e a cabeça jogada pra trás, gemendo, com os dedos entrelaçados atrás da sua cabeça, e a mamãe, com a boca no cacete dele, sugando-o.

Pela primeira vez em quatro meses, eu senti nojo, de mim, deles, de tudo. A toada da boca dela se empapando a cada chupão, a cada movimento com a cabeça. Me enojou inteira. A enxerguei como uma mãe puta. Ele lá, como um rei egípcio, fazendo acenos com a cintura, empurrando pra dentro. Sem falar nos diálogos vulgares, obscenos ou de baixo calão.

Fiquei observando-os na porta, segurando o caderno na mão e a alça da bolsa no ombro. Senti-me excluída, o peito apertar, minha respiração travar. Eu podia ter ido embora. Podia ter ido à sala, ou no quarto dela e batido a porta, feito escândalo. Mas não, fiquei ali, parada, olhando até ser notada pela mamãe.

— Oi, filha, já chegou? — Não quer participar, não?

Neguei, fiz cara de aborrecida, alegando estar com cólicas. Mamãe não ligou muito. Ela levantou, subiu no colo do Juliano, sentou com tudo. O estalo foi enxuto, forte, cheio. Ela se tremeu toda e gemeu alto, sem se importar comigo, com nada.

Mamãe rebolava nele como se estivesse sambando na Marquês de Sapucaí. A cabeça caída pra trás, os seios pulando no balanço da metida. E meu irmão, a incentivando, falava sujo com ela: isso, mãe… cavalga mais… tá muito lenta…

O que pensaria o tio Beraldo, irmão da mamãe, se soubesse disso?

O que pensaria, a vó Carmem, mãe da mamãe, se soubesse disso?

O que pensariam, a família toda, amigos, conhecidos, clientes da mamãe, se soubessem disso?

E pela primeira vez em quatro meses, aquelas palavras me enojaram de uma certa forma. Vi tudo. Vi cada detalhe. E não consegui ignorar o que senti: ciúme, raiva, tesão. Uma mistura imunda.

Não aguentei ver eles até o final. Fui para o quarto da mamãe, tomei banho e troquei o absorvente. Eles já tinham acabado quando eu saí do quarto. Juliano na sala assistindo televisão e ela na cozinha, esquentando o jantar pra mim.

Naquela noite, não dormi direito, muitas dores, o humor horrível, péssimo, e a vontade de sumir do mapa.

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