Fazia três anos que não via a Amanda. A última vez foi quando ela bateu a porta na minha cara e disse:
— Eu preciso me encontrar.
Dias depois, soube que ela tinha assumido um namoro com uma mulher. Hoje, ela é casada.
E mesmo assim, lá estava eu, parado na frente do apartamento dela às 22h37, lendo a última mensagem no celular:
"Minha esposa viajou. Você vem ou vai continuar sendo covarde?"
O coração batia rápido, não por amor... era outra coisa. Um fogo antigo, uma lembrança suja e boa. Toquei a campainha. Ela abriu.
Amanda estava diferente. Cabelo mais curto, tatuagem nova no pescoço... mas os olhos? Os mesmos. Olhos que sabiam me provocar sem dizer uma palavra.
Usava um robe de cetim preto, solto no corpo. Debaixo, dava pra ver a curva dos seios e o piercing no mamilo. Sim... Amanda tinha mudado. E evoluído.
— Achei que ia amarelar — ela disse, com aquele sorriso de deboche que sempre me tirou do sério.
— E perder essa chance?
Ela riu. Fechou a porta e antes que eu dissesse qualquer coisa, me beijou. Um beijo quente, desesperado, como se fosse proibido... porque era.
— Minha esposa só volta domingo — ela sussurrou entre um beijo e outro, mordendo meu lábio. — E até lá, você vai me lembrar quem eu fui antes dela.
Minhas mãos desceram pelas coxas dela. Ela se encaixou em mim, a respiração ofegante, o corpo colado no meu. Caminhamos tropeçando até o sofá. Eu abri o robe com força. Ela estava nua.
Me ajoelhei ali mesmo. Abri as pernas dela com as mãos e mergulhei entre elas. O gosto dela... ainda era o mesmo. Amanda gemia baixo, sussurrava meu nome, enfiava os dedos nos meus cabelos enquanto me guiava com movimentos suaves.
— Você ainda sabe o que eu gosto... — ela arfou.
Levantei, tirei a camisa e a calça. A deixei de quatro no sofá, puxei ela pelos quadris e entrei com vontade. Amanda gemeu alto, o som abafado pela almofada. As mãos dela tremiam. Ela rebolava, suada, com as costas arqueadas.
— Vai... me fode como antes — ela disse, sem medo.
Me entreguei. Meti fundo, firme, sem pausa. O sofá rangia. O corpo dela pedia mais. Era uma mistura de raiva, saudade e tesão. Ela gozou primeiro, se contorcendo toda. Eu logo depois, gemendo o nome dela, quase esquecendo que tudo isso era um erro.
Quando terminei, ela se deitou no meu peito, os dois suando, rindo sem saber se era nervoso ou desejo de novo.
— Isso nunca aconteceu, tá? — ela disse.
Eu só respondi:
— Até a próxima vez que sua esposa viajar.