A Vaca e a Fera ☆ Capítulo 1

Da série A Vaca e a Fera
Um conto erótico de Tiago Silva
Categoria: Homossexual
Contém 1352 palavras
Data: 28/07/2025 10:11:20
Última revisão: 30/07/2025 12:53:25
Assuntos: Fantasia, Gay, Homossexual

Na nossa pequena e provinciana vila, os dias escorriam como mel grosso: doces, pegajosos e insuportavelmente lentos. Éramos uma aquarela desbotada, onde cada rosto era um velho conhecido e cada segredo, uma fofoca à espera do momento certo para nascer.

Eu, Tiago Silva, existia neste cenário como uma nota fora do tom. A minha essência não era a monotonia que nos afogava, mas um espírito que sonhava com o aço frio das metrópoles e o sal dos oceanos, aprisionado num corpo que a vila insistia em julgar.

Era um corpo farto, de curvas generosas, que eu aprendera a habitar com uma resignação polida. A minha pele rosada, os olhos castanhos e a franja de cabelo preto que teimava sobre a testa eram meros detalhes num todo que gritava “diferente”. Para os velhos, eu era o rapaz inteligente que se perdia nos livros; para os da minha idade, um enigma, um objeto de curiosidade envolto em camadas de carne que os impedia de enxergar a alma faminta por baixo de tudo.

No polo oposto do meu universo introspectivo, reinava Pepe, o caçador. A sua arrogância era uma força da natureza, tão palpável e vasta quanto a musculatura que esticava as suas camisas de algodão até o limite. Robusto, de pele morena-clara beijada pelo sol, cabelo preto cortado rente e olhos castanhos que não pediam, mas tomavam, ele era a encarnação do poder bruto.

A sua obsessão por mim se tornara o folclore local, um espetáculo público de predação. Ele não me via como uma pessoa, mas como o último troféu para a sua coleção. Na sua lista, constavam todas as moças e quase todos os rapazes da região, rendidos ao seu apelo viril em noites de desejo ou curiosidade. Apenas eu restava, a peça final, o prêmio que validaria a sua soberania absoluta sobre os desejos daquele lugar esquecido por Deus.

A verdade, uma que eu guardava no recanto mais sombrio da alma, era que a repulsa pela sua insistência caminhava de mãos dadas com um tesão avassalador. Era o fascínio pelo abismo, a atração pelo homem que representava tudo o que eu não era.

E foi essa dualidade que me fez ceder naquela manhã, atravessando o umbral da sua casa — um território que cheirava a couro, a madeira e a ele. O ar estava carregado de uma testosterona quase visível. De pé, no meio do seu quarto espartano, senti-me simultaneamente insignificante e gigantesco, um sacrifício voluntário no altar do meu desejo secreto.

“Você é gostoso para caralho, Pepe…”, sussurrei, e as palavras saíram com uma sinceridade que me assustou, a minha voz um fio trêmulo de adoração.

“Eu sei”, ele respondeu, com o sorriso de um predador que já saboreava a vitória.

“Tire a roupa!”, ordenei, e a minha voz, agora grave, ecoou no silêncio, reivindicando um poder que me surpreendeu. Ele obedeceu.

A camisa deslizou, revelando um peitoral que era pura arquitetura de poder, uma placa de mármore vivo, perfeitamente lisa, sem um único pelo a macular a sua glória. Era largo, volumoso, com músculos que pareciam esculpidos por um deus obcecado pela perfeição masculina.

Abaixo, o seu abdômen era uma sucessão de ondulações definidas, um mapa que guiava o olhar até à base do seu tronco, onde um pau magnífico repousava, grosso e imponente mesmo em semiereção, ladeado por bolas macias e pesadas. Tudo sustentado por coxas que eram pilares de força, grossas e sólidas como troncos de árvores antigas.

“Vire-se”, solicitei, a voz mais firme, tomada por uma necessidade quase artística de catalogar cada detalhe daquela obra-prima.

Ele obedeceu, um sorriso de lado a mostrar que se deliciava com a minha adoração. As suas costas eram um mapa de poder, um triângulo invertido de músculos que se alargavam da cintura até aos ombros, uma muralha de carne que parecia capaz de carregar o mundo.

Então, o meu olhar desceu para a sua bunda. Eram dois hemisférios perfeitos, grandes, redondos e empinados, separados por uma linha que prometia o paraíso e o inferno. E no centro de tudo, visível quando ele se inclinou ligeiramente, estava o seu cu, uma pequena estrela rosada e apertada — o epicentro da sua caçada e da minha curiosidade.

Voltando a encará-lo, a sua expressão era de puro triunfo.

“Gosta do que vê, gorducho?”, provocou, e a alcunha, que normalmente me feriria, soou como uma coroação.

Aproximei-me, e as minhas mãos, trêmulas, finalmente ousaram tocar o paraíso. A pele era quente, lisa; a densidade do músculo por baixo, inacreditável. Apertei com os dedos, sentindo a massa sólida do seu peitoral ceder minimamente.

A minha ousadia se inflamou. Com a palma da mão, dei-lhe um tapa suave, que soou abafado, e depois outro, mais forte. O músculo vibrou. Segurei o seu peito com as duas mãos e o balancei, fascinado pela forma como aquela montanha de masculinidade se movia sob o meu comando, um brinquedo glorioso entregue à minha adoração.

A minha racionalidade se dissolveu. Inclinei-me e cuspi no centro do seu peito; a minha saliva brilhou como um sacrilégio e uma bênção sobre a sua pele morena. Sem hesitar, comecei a lamber, espalhando a umidade num ritual profano, sentindo o gosto salgado da sua pele, a textura inacreditavelmente lisa. A minha boca encontrou o sulco que dividia os seus peitorais e chupei ali com força, como se quisesse extrair a própria essência da sua virilidade. Os meus dentes entraram na dança, mordiscando suavemente a paisagem corporal, deixando marcas invisíveis da minha devoção.

A sobrecarga sensorial foi demais; um espasmo violento me percorreu e, com um gemido abafado, senti o calor do meu próprio gozo a inundar a minha cueca, um clímax secreto e desesperado, testemunhado apenas por mim e pela estátua viva à minha frente.

Ainda ofegante, a minha boca buscou novos territórios. Encontrei os seus mamilos, pequenos botões de pele mais escura, e a minha língua desenhou círculos lentos e torturantes ao redor deles. Ele inspirou fundo, o peito a se estufar ainda mais. Levei um deles à boca, chupando com uma avidez que me surpreendeu, sentindo-o endurecer, uma pedra de puro prazer. Mordisquei-o de leve, e o som que escapou da garganta de Pepe não foi de arrogância, mas de rendição.

“Oh… merda… porra…”, ele gemeu, a cabeça tombada para trás, os dedos a se cravarem no meu cabelo. A sua fachada de caçador se desmoronava.

Enquanto a minha boca continuava a sua obra num dos seus mamilos, a minha mão desceu e envolveu o seu membro, que agora pulsava, duro como pedra. Comecei um movimento de vai e vem, lento e deliberado, sincronizado com as minhas sucções.

“Sua vaca safada…”, ele sibilou, e a ofensa soou como o mais doce dos elogios.

Usei ambas as mãos, acelerando o ritmo, sentindo o seu corpo inteiro enrijecer, os músculos a tremerem sob a minha adoração. Ele gritou o meu nome, um som gutural, primitivo, e uma torrente espessa e quente do seu gozo explodiu na minha mão. Sem perder um segundo, espalhei o seu sêmen pelo seu peitoral, cobrindo a tela que eu tanto idolatrara com a sua própria essência. E então, como um devoto a purificar o altar, lambi tudo, saboreando o gosto da minha vitória.

Exausto, Pepe escorregou para a cama, o corpo a brilhar de suor e do meu tributo. Os seus olhos, agora nublados de desejo, encontraram os meus.

“Agora vem cá!”, ele implorou, a voz rouca. “Me deixe te foder, Tiaguinho. Por favor!”

O caçador se tornara a presa. Ali, no auge da sua vulnerabilidade, eu encontrei a minha força. Recompus-me, ajeitei as roupas e, com a calma de quem venceu a batalha mais importante, forjei a desculpa mais plausível e inquestionável que a minha mente astuta conseguiu criar.

Caminhei de volta para casa sob o sol da manhã, o zumbido da vila indiferente ao terramoto que ocorrera dentro de mim. Debaixo do chuveiro, a água levou o cheiro dele, mas não a sensação de triunfo. Eu não fora um troféu conquistado; eu fora o explorador. Satisfiz o meu tesão, adorei o meu deus pagão e saí intacto, dono do meu corpo e, finalmente, senhor do meu próprio desejo.

Continua…

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Comentários

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AI SIM, EM VEZ DE PRESA FOI VOCÊ O PREDADOR. MAS POR QUANTO TEMPO VAI RESISTIR?

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Não sei… Talvez não muito tempo…

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