Olá meus amigos!
Esse, que é realmente o capítulo final, estava ficando meio longo e acabei dividindo-o em três partes (mesmo dando munição para aqueles que me acham prolixo).
Antes da história, gostaria de fazer um sincero agradecimento, nessa última parte, para todos que me acompanharam, me incentivaram e me ajudaram a contar a minha história. Desculpem as minhas limitações! Eu já disse que não sou escritor e nunca havia escrito um conto (na realidade já havia escrito um na adolescência, que foi feito como parte de um desafio). Pensei na história de um cara normal, que se casa com uma mulher maravilhosa (a ideia inicial era que eles fossem namorados de infância), ela o trai e ele encontra a sua cara metade no processo. A história foi crescendo e posso ter fugido, em várias ocasiões, do que é a razão de ser da comunidade.
E vamos começar por essa última parte.
Estou aqui para atualizá-los sobre tudo pelo que passamos nesse pouco mais de um ano que transcorreu entre a minha volta com a Manú, que ocorreu no início de junho de 2024, e o dia de hoje. Além de, também dizer como surgiu a ideia de escrever esse longo conto (na visão do Betão e não a autor).
A ideia de publicar o conto surgiu nos dias que passei em Israel, quando fui lá pela primeira vez.
Foi lá que, pelo menos umas quatro pessoas me falaram que, os ataques terroristas e a recente invasão do Hamas fizeram com que repensassem muito sobre as suas vidas. E isso me deu a ideia de pegar aquela minha história com a Manú, que eu havia escrito enquanto estava na Bahia e em Brasília, e colocá-la realmente no papel (lembrando que nessa época eu e a Manú ainda não havíamos voltado a ficar juntos).
A principio pensei em escrever duas trilogias, sendo uma contando como conheci a Manú e a outra de tudo que aconteceu desde o nosso casamento. Apenas pensando em contar essa história já percebi que haveriam tantas referências à Fernanda que eu teria que escrever antes sobre o relacionamento que tive com ela, o que renderia também uma outra trilogia. Só que o papel da Nanda em nossa reconciliação fez com que eu também pensasse em escrever sobre tudo que vivi com aquela maluquinha.
Foi então que resolvi retroceder mais ainda no tempo e escrever a partir do meu primeiro beijo com a Amália e da bandinha de rock que montei com os amigos, quando éramos adolescentes, só que daí saiu uma história horrível e broxante. A menos que você goste da história do primeiro (e até então único) conto erótico que escrevi, aos 14 anos, fruto de um desafio com os amigos de usar as técnicas que a professora de redação nos dava de sortear palavras aleatórias e a forma como a história seria escrita (em que pessoa, tempo, situação ficavam aleatórios). Por ideia do Fabrício, ele, eu e o Bidu disputamos para cada um escrever e publicar um conto e ver quem recebia mais curtidas, isso saindo de alguém que nunca havia feito sexo com ninguém. Pois, na época daquele texto, a única experiência que eu tinha era o do meu primeiro orgasmo lendo uma revistinha de contos e quadrinhos eróticos que peguei do meu irmão, além de algumas punhetas.
Por causa disso descartei esse material e resolvi iniciar a história com a aposentadoria da Rosa e a contratação da Diana para trabalhar lá em casa, que foi de onde realmente surgiram as minhas primeiras experiências sexuais.
A partir da ideia de realmente publicar as minhas aventuras, só comecei mesmo a passar a história para o papel no final de novembro de 2024, quando terminou o meu contrato com a empresa israelense de drones.
Escrevi alguns capítulos, revisei e comecei a publicar em 2025, quando já havia escrito uns 14 capítulos, o que me deu um fôlego para publicar os capítulos até agora, quando finalmente consegui concluir.
Parei de contar o número de capítulos logo na primeira temporada, quando eu esperava fazer uma trilogia e saíram oito capítulos.
Voltando agora ao final da nossa história, cinco meses após eu e a Manú reatarmos o nosso relacionamento, que reforço que foi há pouco mais de um ano, em junho de 2024, decidimos vir morar nos Estados Unidos, afinal cada um tinha seus objetivos para vir para cá.
Dois meses após eu reatar o meu casamento com a Manú, o avô dela fez o que havia prometido, e tirou cem milhões de dólares do fundo que havia criado para os netos, e distribuiu esse dinheiro entre os seus cinco netos. Nessa data ele pediu para que eles participassem mais da administração de suas empresas e que a conhecessem melhor, antes dele a entregar para os seus herdeiros.
O meu amigo John Nielson já havia me contatado anteriormente, sobre o meu doutorado e, na época comentou que havia ficado sabendo do meu trabalho com a empresa israelense, através da reportagem do pesquisador argentino e me lançou um desafio para fazer o meu doutorado, sob a orientação dele e através de uma bolsa de pesquisa e de estudos, que foi originada da parceria entre o GOOGLE, a NASA, o Pentágono e algumas outras agências americanas, para desenvolver novas tecnologias para melhorar os programas espaciais.
Como a Manú e a Fabíola sabiam que seus pais não deixariam de morar em Belém por nada, elas combinaram com a mãe de que aceitariam essa proposta do avô e iriam passar um tempo nos Estados Unidos, para conhecer o funcionamento das empresas de seu avó.
E quando a Manú veio falar comigo sobre isso eu lhe mostrei a proposta da CALTECH e concordamos que era a hora de tentar algo novo. E foi assim que aceitei fazer o meu doutorado na segunda melhor universidade do mundo.
Assim, eu comecei meu doutorado. No início de forma on-line e indo quinzenalmente para os Estados Unidos durante os primeiros três meses, até que a Manú conseguiu uma licença não remunerada de três anos do seu trabalho e então viemos em definitivo para a América.
A minha ida, além de acompanhar a minha esposa, foi motivada pelo estudo e a pesquisa, que são duas das minhas paixões. Dessa forma, enquanto as irmãs foram trabalhar nas empresas do avô, no porto de São Francisco, eu fui fazer pesquisas para a NASA no Vale do Silício. Até nisso o destino nos ajudou, pois nossas atividades estavam na mesma cidade.
Antes de chegar na América a Manú me levou para a França. Ficamos seis dias em Paris e outros cinco dias no sul da França, onde conheci a família européia da minha esposa. Inclusive nessa viagem encontramos o avô dela, o Maurice, em Marselha (ela até já havia comentado que ele passava alguns meses do ano nessa sua casa, na cidade vizinha de Cassis, que ficava de frente para o mar, e que tinha uma linda vista para as falésias).
Essa foi a primeira vez que troquei mais do que duas palavras com o Maurice, que foi muito gentil e agradável comigo, porém me encheu de perguntas (descobri de onde veio o espírito questionador da minha sogra). Ele também me mostrou várias fotos da sua falecida esposa e pude notar a notável similaridade entre a Emma e a Manú. Inclusive o Maurice me falou que a Manú, além de ser parecida fisicamente com a avó, também o é na personalidade.
Mesmo com seus 86 anos o Maurice mantinha o porte ereto, forte e estava totalmente lúcido. Era um homem alto (acredito que da altura da Manú), tinha os cabelos totalmente brancos, lisos e uma expressão séria, que logo era quebrada quando ele começava a conversar.
Só não gostei de ter visto alguns olhares cheios de desejo do Maurice para a Manú. Eu o peguei comendo a neta com os olhos pelo menos uma vez. Acredito que isso aconteceu por sua semelhança assombrosa com a avó e também porque a Manú estava cada dia mais gostosa. Só por precaução fiz de tudo para eles não ficarem por muito tempo sozinhos.
Me lembro que, no dia que percebi os olhares do Maurice para a Manú ela captou na mesma hora o meu olhar de desconforto e fomos passear. Nesse dia a Manú estava deliciosa, vestindo uma bermudinha jeans e uma regata. Dava vontade de morder aquela bunda dela. Alertei-a sobre o que tinha visto.
À noite eu fiquei conversando até tarde com o Maurice e, quando fui para o quarto encontrei a minha esposa deitadinha de bruços, só de calcinha e com a bunda para cima. Comecei a beijar aquele corpo delicioso e lhe dei uma encoxada, enquanto beijava seu pescoço. Ela, toda safadinha, começou a rebolar a bunda, se esfregando no meu pau, até que ele encaixou no seu rego. Tirei sua calcinha e caí de boca na sua bunda. Chupei muito o seu cuzinho. A Manú mordia os lábios para não gemer alto. Ela ofegava muito e isso me deixava com mais tesão.
A virei de frente para mim e caí de boca na xoxota. E chupei com vontade, até ela não conseguir respirar, de tanto que gozou na minha boca. Então me fartei, sugando todo aquele melzinho que lubrifica a sua bocetinha. Confesso que sou viciado naquilo. Depois a virei novamente de bruços na cama, e voltei a minha atenção para aquela bunda deliciosa.
Desde que voltamos ainda não havíamos feito anal e eu sabia que havia chegado a hora. Salivei bastante e fodi muito aquele cuzinho com a língua. Enquanto isso ela gemia e rebolava sem nenhum pudor. Não tínhamos lubrificante, mas eu fui até a mala e peguei duas camisinhas bem lubrificadas e, além de muita saliva, eu usei o gel que tinha dentro dos envelopes para facilitar ainda mais o meu trabalho.
Nessa hora a Manú virou o rosto para trás, me olhou maliciosamente por sobre o ombro e falou: “— Seu safado, vem comer o meu rabo... você é o meu dono... hoje eu te vi várias vezes olhando para a minha bunda...”.
Vendo que ela estava bem relaxada, vesti uma das camisinhas e ainda fodi um pouco a xoxota dela para melar mais ainda o pau e só então o coloquei no cuzinho dela, bem devagar. Fui enfiando, enquanto ela gemia gostoso e eu a masturbava e beijava seu pescoço, sua nuca e a orelha. Foi preciso muita calma e paciência e, a cada movimento meu pau entrava mais um pouquinho. A Manú gemia alto, empinou a bunda, mordeu o travesseiro e cravou as unhas no lençol. A cada estocada meu cacete avançava alguns milímetros para dentro daquele cuzinho gostoso. Até que ela virou o rosto e me beijou na boca na mesma hora e jogou a bunda para cima, fazendo entrar o restante que faltava da pica. Ela soltou um grito abafado, enquanto meu pau era todo agasalhado dentro daquele cuzinho quente e sedoso. A sensação de enrrabar a Manú é indescritível. Aquela bunda é fenomenal! Depois que ela se acostumou eu a virei de lado e judiei muito do seu cuzinho. Meti com vontade, sem me preocupar com mais nada. Ela gozou duas vezes, aos berros, naquela posição, enquanto eu acariciava e estimulava o seu clitóris.
Ela gozou tanto que perdeu até o controle e implorava por mais pica dizendo:
— Vai Beto, fode o meu cu... me enrraba... Que delícia! Fode... e goza no meu cu!
Depois, sem tirar a pica de dentro, a virei de bruços, e ela me falou, com a voz decidida:
— Vem, me come de quatro!
Deixei-a de joelhos, agarrei em seus quadris e voltei a foder. A Manú botou a cabeça no colchão e mordia os lençóis, tentando abafar os seus gemidos. A dominei totalmente, lhe segurando pelos cabelos e a fodi com força e lhe dei várias palmadas. Soquei nela com força, enquanto ela gemia alto e descontrolada e mordia a fronha do travesseiro para não gritar, num misto de dor e prazer, enquanto meu pau entrava fundo no seu rabo. Fui fodendo ela por quase uns 15 minutos, até que, não conseguindo segurar mais, eu gozei gostoso dentro daquele cuzinho quentinho.
Já em São Francisco, eu, a Manú e a Fabíola fomos dividir um apartamento grande no Fisherman's Wharf. Minha grande preocupação era a de tomar muito cuidado para não me distrair e agarrar a Fabíola pensando que era a Manú, de tão parecidas que elas sempre foram.
Esse apartamento fica de frente para a ilha de Alcatraz e, das janelas dos quartos, dava para ver a ponte Golden Gate. O apartamento está localizado no terceiro andar de um prédio do avô da Manú. São somente quatro apartamentos no prédio, um por andar e, além de nós, nele só morava a Meghan, prima emo das meninas e filha mais velha do tio Jacob. Ela morava no apartamento do quarto andar. O apartamento do primeiro andar era do Maurice só que, no tempo todo que estamos aqui ele só dormiu lá uma vez. Dizem que quem gostava de ficar lá era a avó das meninas e que, quando ela faleceu o marido manteve o local praticamente intocado.
O Maurice mora em uma mansão no bairro de Sea Cliff e, inclusive já me disseram que ele era vizinho da atriz Sharon Stone. Apesar disso, ele é um cara simples. Acho que a única extravagância aparente dele é a de dirigir um Corvette conversível clássico e adorar whisky macallan.
Fora esse Corvette, o Maurice possui outros cinco carros, entre eles uma Ferrari 488 vermelha, que a Manú tomou posse. Em uma ocasião ele disse que ela poderia usar o carro quando quisesse e ela aproveitou. Sempre que vamos sair à noite para alguma festa, para jantar ou para alguma boate vamos nessa Ferrari. E, claro que com a Manú dirigindo. Eu particularmente não gosto, pois eu sou um cara grande e o carro é baixinho e apertado. Não me imagino viajando nesse carro, porem para sair tirando onda ele é perfeito.
O tio Jacob é o mais aristocrático deles todos. Ele já morou um tempo na Inglaterra, estudou em Oxford (cursou a faculdade e fez pós-graduação lá) e força bastante um sotaque inglês, além de ter em sua casa governanta, cozinheiro e até um motorista. O Jacob dirige um Chevrolet Suburban blindado. A fisionomia e o tipo físico do Jacob são bem parecidos com a Renate. Já a tia Rebeka (a irmã mais velha da minha sogra) e o Michael (o caçula) são fisicamente parecidos com o Maurice, pois são mais altos e com o corpo mais reto (quadrado).
Dos filhos do Jacob, a Meghan, além de estagiar nas empresas do avô, está cursando publicidade na Universidade de San Francisco, já o James, o irmão mais velho da Meghan, está cursando faculdade de medicina veterinária na Universidade da Califórnia, em Davis (UC Davis). Eu já conhecia, de vista, esse pessoal todo, do casamento da Manú com o Fábio (naquela ocasião troquei umas poucas palavras com eles). Pois no meu casamento com a Manú, dos parentes dela que moram aqui, além do Maurice, só o Jacob compareceu.
Eu falo que a Meghan é emo, pois só se veste de preto, igual aos emos da minha juventude, que também se vestiam de preto e ouviam My Chemical Romance, Linkin Park, Evanescense, Green Day, entre outras. Mas eu sei que os emos de hoje, com suas as franjas diagonais sobre os olhos e os tons negros nas roupas e maquiagens são chamados de e-boys e e-girls, mas para mim serão sempre emos.
A prima das meninas nos acolheu muito bem e foi ela que nos apresentou à cidade, apesar de que, se somar todos os dias que a Manú passou aqui em São Francisco, quando vinha de férias, deve dar uns dois ou três anos.
E as três meninas são as minhas professoras de fonética em inglês e essa imersão no idioma está sendo uma oportunidade impar para mim.
A Meghan tem cabelos negros e curtos, é alta, magrinha, tem o rosto cheio de sardas e quase não tem peito. Ela é bem parecida com sua mãe, a Ekaterina, com a única diferença que a mãe tem os cabelos loiros (se bem que os cabelos da Meghan são daquela cor por serem pintados com o tom de preto mais escuro ou henna). Não sei por qual motivo, mas ela não se dá muito bem com a mãe e é por isso que ela mora no apartamento do avô.
Conversei muito pouco com a Ekaterina, a acho meio esnobe e, mesmo assim, ela já me deu uns olhares meio de desejo e o pior foi que a Manú percebeu. Ela já me contou que é descendente de judeus russos, possui parentes na Ucrânia, porém se considera agnóstica. Não sei, não gosto do estilo de burguesinha dela, sempre a vejo toda montada, com acessórios de grife, como bolsas da Prada, relógio Rolex, sapato Manolo, e daí pra diante.
Estamos morando em uma das áreas mais turísticas e movimentadas de São Francisco e as três foram trabalhar no porto (a Manú, a Fabíola e a Meghan), que é relativamente próximo de casa. Já eu, apesar de ser contratado pela NASA, faço as minhas pesquisas no GOOGLEPLEX, que fica a 40 milhas de casa (aproximadamente 65 quilômetros). Eu vou para os laboratórios de pesquisa uma ou duas vezes por semana. Nas instalações da NASA mesmo eu fui no máximo umas cinco vezes nesse período todo que estou aqui.
Para a CALTECH, que fica em Pasadena, (cidade colada a Los Angeles) que fica a menos de um hora e meia, de voo comercial, daqui, eu vou presencialmente a cada 45 dias, para aulas e reuniões e o meu orientador vem visitar o projeto umas duas vezes por mês.
O Flávio não veio com as meninas, pois está seguindo os passos do tio Michael e cursando a residência médica em neurologia em São Paulo.
Algo muito bom da minha vinda para os Estados Unidos foi a possibilidade de começar o curso de piloto de Helicóptero e confesso que faltam apenas sete horas de voo para concluir o curso e, finalmente retirar o meu brevet. Fiz um curso maravilhoso, sem pressa e acredito que bem melhor do que faria no Brasil, cumprindo as 200 horas de voo obrigatórias, voando nos cinco tipos diferentes de helicóptero que a escola possui. Acredito que em menos de um mês eu consiga concretizar esse sonho de infância. Pena que o Maurice não tenha um helicóptero para que eu treine. Ele tem um avião, é um king Air 260, um turbo-hélices para 9 pessoas. Pena que eu não possa pilotá-lo, pois eu sou habilitado somente para aeronaves monomotoras e o avião do Maurice é de dois motores (para pilotá-lo, além de tirar o brevet para aeronaves multimotoras, ainda vou ter que fazer um curso específico dessa aeronave, que é chamado de “Ground School” e, sinceramente estou sem tempo para isso, quem sabe no futuro eu aceite brincar com esse brinquedo caro.
Já as coisas em Criciúma não ficaram muito bem, pois depois que a Laura jogou a merda toda no ventilador, os pais dela se separaram e a mãe dela, tia Joana, foi morar com os filhos em Brasília. A Laura acabou ficando noiva e vai se casar agora em dezembro. Ainda não sei se vou conseguir ir ao casamento dela (certamente vou), por um motivo que contarei daqui a pouco. Se eu for ao casamento dela, vai ser um bate e volta, pois em dezembro as coisas vão estar muito complicadas por aqui. De qualquer forma eu vou pagar a lua de mel dos noivos. Comprei para eles um pacote de viagens de seis dias em Natal, com direito a suíte de núpcias com pétalas de rosas, champanhe e os passeios turísticos inclusos.
Com a saída das duas de Criciúma, eu passei a receber as informações do que acontece lá por meio da Carol, afinal os pais dela ainda moram na casa em frente à casa dos meus pais. Só que, em fevereiro ela teve os gêmeos e, desde então os meus amigos estão tão ocupados que praticamente acabei perdendo a minha informante. A última notícia que recebi de lá, e que ainda não foi confirmada, podendo ser classificada então com fofoca, foi que o tio Zezinho confessou tudo, dizendo que teve um longo caso com a minha mãe, que eu e a Roberta (minha falecida irmã) éramos filhos dele e que o Zé Renato era filho do meu pai. Parece que o meu tio, nesse seu trabalho de marido de aluguel, aproveitava para meter a rola em muitas de suas clientes. A informação que me chegou foi que até a mãe da Amália já tinha dado para o meu tio.
O Conselho de Psicologia nunca me deu retorno sobre a denúncia que fiz contra o Zé Renato e a Millene. Eu sei que eles investigaram ou estão investigando, pois uns quatro meses após a denúncia, eles enviaram várias perguntas para a Manú. Ela as respondeu, porém nunca corri atrás para saber o resultado. Eu tenho o protocolo da denúncia e, toda vez que consulto no sistema deles, aparece para mim que o processo está sob análise. Enfim, nada no Brasil acontece de maneira ágil.
Assim que eu e a Manú reatamos consegui convencê-la a fazermos uma denúncia contra o Zé Renato e a Millene na justiça. Não consegui convencê-la dizendo que eles a machucaram, que ela foi enganada, que foi violada e teve o seu corpo profanado e que eles sairiam ilesos, mas com o argumento de que eles continuariam fazendo outras vítimas. O processo está correndo sob segredo de justiça e sexta-feira passada o prazo para as alegações finais foi encerrado. Segundo a Manú, agora o processo vai para a decisão do juiz. Acontece que, apesar do sigilo, a minha esposa conseguiu informações com o delegado do caso e com o promotor, de que na investigação encontraram outras sete vítimas que concordaram em também denunciar. Segundo a minha esposa, o juiz pode julgar logo o caso dela ou esperar a conclusão desses outros casos para então dar a sua sentença.
Até onde eu sei os meus pais ainda estão juntos. Cerca de um mês após eu voltar com a Manú recebi uma ligação do meu pai. O meu pai NUNCA me ligava! Atendi ao telefone já imaginando que a casa havia caído para a minha mãe. Ledo engano, pois a primeira frase do meu pai foi: “— Você vai para o jogo?” — Confesso que aquilo me assustou, pois eu sequer imaginava que jogo era aquele. Respirei fundo, dei um “— Boa noite pai!”, — pedi a benção, perguntei como ele estava e só então perguntei que jogo era aquele. Ele respondeu que as equipes do Corinthians e a do Criciúma jogariam, em São Paulo, no dia seguinte. Ele falou que seria um jogo importante, devido aos dois times estarem indo muito mal no campeonato e disse que, se ele estivesse em São Paulo, certamente ele iria ao jogo.
Gente, eu nem me recordava que ainda existia futebol! Era uma segunda-feira e o jogo seria na terça. Eu estava em uma lua de mel maravilhosa com a Manú, fazíamos amor todos os dias e a gente passava horas transando. A cada dia estávamos mais felizes e a minha esposa a todo dia me provava que eu havia feito a escolha certa, até nos pequenos detalhes. Essa felicidade refletia na libido dela, que estava deliciosamente nas alturas, e eu estava aproveitando cada segundo que passava com ela.
Respondi ao meu pai que infelizmente não iria. Minha língua coçou para perguntar sobre a minha mãe e de toda a fofoca que estava rolando por lá, porém não tive coragem, pois meu pai sempre foi submisso à minha mãe e, já há muito tempo, a minha vontade era de falar para o meu pai parar de agir como um emasculado e se impor um pouco. Meu pai também não deu espaço para tocar no assunto e logo desligou o telefone.
Pouco antes de virmos morar nos Estados Unidos eu liguei para o meu pai e o informei que estava de mudança, por causa do doutorado e que passaria os próximos anos morando aqui. Depois, tive meu último contato com meu pai em janeiro, quando ele mandou uma mensagem, no meu número de telefone do Brasil, dizendo que iria visitar o Zé Renato no final do mês e que queria ir a São José dos Campos para conversar comigo. Eu, lendo aquilo, liguei para ele e o relembrei que não estava mais morando lá no Brasil e a conversa terminou com ele me falando que se orgulhava muito do homem que eu havia me tornado.
Nunca mais conversei com o meu irmão ou a minha mãe.
Não quero que vocês vejam os meus pais como pessoas más. Eu sei que a vida é muito curta para guardar rancor. Contudo, estou muito longe de perdoar a minha mãe ou o meu irmão, apesar da Manú viver insistindo para que, pelo menos eu volte a ter contato com eles. Ela vive dizendo que “família é importante” e é para eu pensar no Oliver. Achei melhor cortar o contato, mesmo porque o contato sempre foi de mim para eles (no caso dos meus pais). Se, por algum problema de saúde, eles precisarem de mim eu vou lá ajudar, mas tirando isso pretendo ficar com o contato cortado por mais um bom tempo.
De Criciúma, com quem eu tenho falado esporadicamente é o meu tio José Ângelo, que está muito feliz por causa dos filhos. Em janeiro foi a colação de grau do meu primo, em medicina, e da minha prima, em farmácia, e a minha outra prima também se forma, em farmácia, no ano que vem. Estou ficando velho, pois me lembro desses meus primos quando eram gurizinhos.
Aproveitamos a nossa vinda para cá para fazer algumas reformas, que a Manú queria, em nossa casa de São José dos Campos. Contratamos a mesma empresa que fez a obra anterior para tocar o projeto. Os nossos móveis da parte de baixo da casa foram todos colocados na garagem e trocaram todo o piso da casa, colocando o que a Manú havia escolhido inicialmente. Aproveitamos para fazer outras pequenas coisinhas, como a mudança do projeto de iluminação, que também levou a mudanças em várias partes do gesso do teto. Também fizemos mudanças na escada que leva para os quartos, com a troca do corrimão de aço inox por um de vidro e também a troca do revestimento dos degraus, que eram de mármore branco e foram substituídos por travertino romano. Além de vários outros detalhes que foram feitos. A obra começou em janeiro e só terminou agora no final de maio. Pelas fotos ficou tudo muito lindo.
A Gabizinha que vive nos ligando. Mês passado foi o aniversário de sete aninhos dela. Eu fiz uma ligação de vídeo e conversamos por mais de uma hora. A Manú até brinca, dizendo que tem que se cuidar muito bem, pois quando a Gabi fizer seus 18 anos ela vem atrás de mim. E eu rebato sempre, dizendo que adoro aquela pestinha, porém a minha cota de ninfetas já se esgotou e que eu só tenho olhos para a minha esposa. E a Manú diz que eu ainda vou ser o sonho de consumo de muitas garotas, e que de forma alguma ela quer que eu aceite algum convite para dar aulas em universidades.
Antes de falar em como estamos aqui, vou aproveitar o tema colação de grau para dizer que a Fernanda nos convidou para a sua colação de grau, que será em setembro, lá em Maceió. A Manú que tomou a frente e respondeu ao convite, dando os parabéns para a minha ex, agradecendo ao convite e dizendo que não iríamos. E a Manú ainda convidou a Fernanda para nos visitar e trazer o seu namorado (ela está louca para nos apresentar para ele. E a Manú acha que a Fernanda meio que quer um sinal verde meu para avançar no namoro com o cirurgião dela).
No final das contas as duas sempre se deram bem e continuam amigas. Não sei mais o que elas conversaram. O que a Manú me passou foi que a Fernanda planeja fazer a especialização dela em São Paulo, só não sei em qual área. Me recordo que, no primeiro ano do curso ela mudou três vezes a sua escolha: ela começou pensando em virar pediatra, depois passou para dermatologista e depois mudou novamente para cardiologia. Não ficaria surpreso se ela fosse para a cirurgia, seguindo os passos do seu namorado/noivo.