O dia amanheceu abafado. A cidade fervia sob o céu cinzento, como se o clima previsse que algo fora do comum iria acontecer. Era 22 de outubro. Vinte e dois anos de casamento. Mas para Álvaro, aquele dia parecia o início de algo novo, não o marco de algo antigo.
No espelho, o policial alisou os fios grisalhos com pomada. A camisa preta levemente apertada nos ombros largos ainda lhe dava certa imponência. Mas ele não estava ali pela vaidade. Estava nervoso. Mais do que numa operação, mais do que em qualquer patrulha. Hoje, sua mulher seria devorada por outro. E ele iria permitir.
No celular, Eduardo estava online desde cedo.
> "Tô ansioso, senhor."
Álvaro respondeu seco, como fazia no batalhão:
> “Presta atenção nas regras.”
E logo mandou uma sequência de áudios:
— Nada de puxar o cabelo dela, entendeu? É curto, e ela odeia isso.
— Não seja bruto. Ela gosta de firmeza, mas com cuidado.
— Quando ela fechar os olhos e arquear as costas... é ali que você continua.
— Não fala muito. E olha pra mim de vez em quando. A gente vai estar junto nisso.
— Ela é minha mulher. Mas hoje, por algumas horas... vai ser nossa.
Do outro lado da cidade, Eduardo ouvia tudo com o coração na garganta. Sentado na última fileira da sala de aula do terceiro ano, não conseguia se concentrar em nada. O professor falava sobre literatura barroca, mas ele só pensava na cor do vestido de Simone, no toque da pele dela, na tensão de estar nu com ela e o marido ali, assistindo.
Minutos depois, levantou da cadeira, pediu ao diretor para sair mais cedo e matou aula. Já sabia que não teria cabeça para aprender nada naquele dia.
Simone passou o dia inquieta. Mal conseguiu comer. No banho, deixou a água escorrer por cada curva do corpo definido, lembrando-se dos áudios que trocou com Eduardo durante os últimos meses. A cada lembrança, um arrepio.
Vestiu uma lingerie preta rendada, recém-comprada, com detalhes dourados. Por cima, um vestido vinho justo, decotado, sem calcinha. Sabia o que aquele look provocava. E hoje queria provocar tudo.
No espelho, passou batom vermelho queimado, realçou os olhos com sombra escura e perfume doce nos pulsos, atrás das orelhas e entre os seios. Olhou para si mesma e sussurrou:
— Feliz aniversário, Simone.
O trio se encontrou em um posto de gasolina discreto, próximo à zona sul. Álvaro chegou primeiro, ao volante. Simone, sentada ao lado, parecia calma, mas a respiração denunciava o turbilhão. Eduardo chegou logo depois, com a camisa social meio aberta no peito, calça jeans justa e o olhar nervoso. Mas firme.
— Entra — disse Álvaro. — Vamos nessa.
Durante o trajeto até o motel, nenhum dos três falou. Só o som da respiração, o cheiro do perfume de Simone e o ronco suave do motor preenchiam o ar.
Chegaram ao Quarto Diamante: cama redonda, espelho no teto, iluminação avermelhada, jacuzzi, música ambiente e um mini bar abastecido. Simone desceu primeiro, com o vestido colado nas curvas e os saltos batendo forte no chão de mármore. Eduardo a seguiu com os olhos — cada movimento dela era um convite.
Álvaro trancou a porta atrás deles. Olhou nos olhos do rapaz e disse, com voz baixa e firme:
— Agora ela é sua. Mas se fizer algo que ela não goste... a noite acaba ali. Entendeu?
Eduardo assentiu. E respirou fundo.
Simone foi até o centro do quarto e, de costas para os dois, começou a descer o zíper do vestido devagar. A pele alva e bronzeada apareceu primeiro na nuca, depois nas costas... e então o vestido caiu, revelando a lingerie rendada e o corpo escultural.
Ela se virou lentamente, com um sorriso de quem sabe que tem o mundo nas mãos.
— E agora? — disse ela, encarando os dois. — Vocês vão só olhar?
Álvaro se sentou na poltrona de canto, pernas afastadas, como um rei prestes a assistir ao espetáculo. Eduardo, sem conseguir desviar os olhos, deu dois passos à frente. As mãos tremiam, mas o desejo transbordava nos olhos.
Simone foi até ele. Colocou a mão no peito do rapaz e sussurrou:
— Vai com calma, amor... mas me mostra tudo que você aprendeu com a nossa conversa.
Simone se deitou no centro da cama redonda, de barriga para o teto, os seios firmes respirando com a mesma ansiedade que tomava o ar do quarto. Eduardo a olhava como se ela fosse uma obra de arte viva — pele dourada, olhar felino, corpo moldado pelo tempo e pelo desejo.
Tímido, ele se aproximou, quase pedindo permissão com os olhos. Simone sorriu e abriu lentamente as pernas, revelando a calcinha preta rendada ainda no lugar, mas visivelmente molhada.
Álvaro, sentado à cabeceira, inclinou-se sobre ela e começou a beijar seu pescoço, sua clavícula, seus seios, até alcançar os lábios carnudos da esposa, onde depositou um beijo lento e profundo. Enquanto isso, tirou seu membro para fora. Não era grande. Nem grosso. Mas era dele. E era com amor que ele queria ser parte daquela noite.
Quando Álvaro encostou o membro nos lábios de Simone, ela o olhou nos olhos e o envolveu com a boca quente, como quem reconhece um velho amor em silêncio. Eduardo observava tudo, engolindo seco.
Álvaro, sem desviar os olhos do rapaz, fez um discreto sinal com a cabeça. Era hora de ele avançar.
Eduardo se aproximou. Com um gesto simples, colocou a calcinha de Simone de lado e, sem pressa, beijou o centro molhado dela com reverência. A ponta da língua encontrou o grelo e o envolveu com uma suavidade quase devocional. Os olhos dele estavam fechados, mas as mãos seguravam firme as coxas de Simone, como quem saboreia um presente raro.
Simone interrompeu o boquete por um instante, gemeu e sussurrou entre risos curtos:
— Que chupada gostosa, garoto… Por mim, passava horas assim, recebendo esse carinho. Tô… surpresa.
A voz dela preenchia o quarto como um canto. Eduardo sorriu, ainda com a boca entre as pernas dela. Álvaro, satisfeito, apenas observava, com os olhos marejados de tesão e entrega.
Simone se moveu, pegou uma camisinha e, com mãos firmes, deslizou sobre o membro rígido e grosso do garoto. Olhou para Álvaro com desejo e disse:
— Agora quero os dois.
Ficou de quatro, empinada como uma deusa disposta a ser cultuada. Álvaro a penetrou devagar, gemendo junto com ela, enquanto Simone, com uma das mãos, puxava Eduardo para perto. Pegou o pau protegido e firme do garoto e passou sobre o rosto, acariciando com a cabeça da língua, até que o envolveu com a boca, sentindo o tamanho sumir entre os lábios.
Eduardo tremia. Nunca imaginou algo assim. A mulher que admirava por tanto tempo… agora o chupava, mesmo de camisinha. E atrás, o marido dela a possuía com fome.
O quarto era um concerto de gemidos, estalos de pele e suspiros. O som da saliva, do gozo se formando, dos corpos se encontrando como notas de uma melodia erótica.
Simone trocou de posição, ficando de lado — a favorita dela. Eduardo deitou-se por trás, encaixando os 19cm com força e precisão. A penetração era intensa, ritmada, quase brutal, mas ela pedia mais com o corpo, com os gemidos, com as unhas cravando no lençol.
Álvaro se aproximou, deitou-se diante dela e, enquanto o garoto a penetrava com força, chupou o grelo da esposa com paixão renovada, como se quisesse dar a ela um orgasmo inesquecível — e conseguiu.
Simone gritou de prazer, os olhos virados, os músculos das pernas tremendo, o corpo arqueando entre a língua de um e o pau do outro. Ela goxou forte, molhando tudo.
Álvaro se levantou e, com o membro pulsando, gozou na boca da esposa, que o acolheu com prazer, sem tirar os olhos dele. Eduardo, tomado pela visão e pela sensação, também goxou ali mesmo, dentro da camisinha, gemendo alto, com a respiração ofegante e o corpo desabando sobre o dela.
Silêncio. Apenas o som das respirações pesadas e do ar-condicionado preenchia o quarto.
Os três ficaram deitados, nus, entrelaçados no lençol bagunçado. Não havia culpa. Nem vergonha. Apenas satisfação e um tipo raro de conexão.
Eduardo passou a mão pela barriga de Simone, ainda suada e brilhante, e sussurrou:
— Você tem uma buceta bonita… e o seu mel… é viciante.
Ela riu, acariciando o cabelo dele.
— E o seu pau… é delicioso, Edu. Enche como eu gosto.
Álvaro olhava os dois com carinho e orgulho. Sentia-se vivo. Renovado.
— Essa foi, sem dúvida… a melhor noite da minha vida. A gente se redescobriu. Juntos.
Simone se aninhou entre os dois homens. Beijou o ombro de Álvaro. Segurou o peito de Eduardo.
E naquela cama, entre lençóis amassados e desejos satisfeitos, um novo capítulo na vida dos três havia começado.
Simone seguiu até o banheiro com passos leves, como quem flutuava num estado de êxtase. A água da ducha deslizava por seu corpo ainda vibrante, enquanto ela fechava os olhos e revivia mentalmente cada toque, cada som, cada sensação.
Álvaro, por sua vez, relaxava na hidromassagem. O vapor subia lentamente, misturando-se com seus pensamentos. Havia um brilho diferente em seu olhar — não apenas de prazer, mas de plenitude. Havia feito sua esposa feliz, e essa imagem agora era a sua paz.
Eduardo permanecia na cama, imóvel. Seus olhos fixos no teto do quarto pareciam procurar alguma explicação racional para o que acabara de viver. Não havia. O que acontecera ali ultrapassava qualquer lógica. Era puro desejo, consentido, intenso e memorável.
Minutos depois, Simone reapareceu, envolta numa toalha branca, os cabelos ainda úmidos e os olhos iluminados. Se aproximou da hidromassagem e mergulhou com suavidade ao lado do marido. Lançou um olhar convidativo a Eduardo:
— Pega uma cerveja pra gente... e vem, garoto. Vamos conversar.
Eduardo obedeceu em silêncio, meio sem jeito, e se juntou a eles. Entre goles, risos tímidos e confissões sussurradas, foram lembrando juntos do que havia acontecido como se estivessem contando um segredo proibido à meia-luz.
Simone, movida por impulso e desejo, se inclinou sobre Eduardo com delicadeza. Seus olhos encontraram os dele por um instante antes de descerem. Era sensual, sem pressa, cheia de intenção. Álvaro observava de perto, um sorriso discreto nos lábios — era a mulher que amava, plena em sua liberdade, entregue ao momento.
Logo, os corpos se moveram novamente para a cama. Simone foi à frente, montando no colo de Eduardo com naturalidade, como se aquele gesto já estivesse ensaiado há tempos em seus pensamentos mais íntimos. Ela guiava os movimentos e os ritmos, os olhos semiabertos, os lábios entreabertos em gemidos baixos e crescentes.
— Isso, garoto... assim mesmo — sussurrava enquanto ele alternava carícias em seus seios, a boca explorando-a com reverência.
O clímax veio como uma onda — sereno no início, devastador no fim. Simone se curvou sobre Eduardo e o conduziu com as mãos, como se ele fosse um segredo precioso que merecia atenção até o último segundo. Seu toque firme, sua respiração quente e o olhar provocante eram o cenário perfeito para o desfecho.
Eduardo, em êxtase, fechou os olhos quando ela o levou até o fim, libertando seu prazer como uma oferenda que escorria devagar por entre os seios dela.
A madrugada se esgueirava pelas frestas da cortina. Os três ficaram ali, deitados, respirando fundo, entrelaçados por um silêncio confortável. A cumplicidade havia sido selada.
Pouco depois, já vestidos e com sorrisos leves, Simone e Álvaro deixaram Eduardo a poucos metros de sua casa. Antes de descer do carro, Eduardo olhou para o casal com gratidão nos olhos e um leve rubor no rosto.
— Foi… inesquecível — disse, sem encontrar palavras melhores.
Simone apenas sorriu. Álvaro assentiu com a cabeça. E o carro desapareceu devagar pela rua vazia.