O primão dos Estados Unidos - Parte 2

Um conto erótico de Carlinhos
Categoria: Gay
Contém 783 palavras
Data: 26/07/2025 01:30:49

Luíza era magra e tinha um bumbum gostoso de brincar de palmadinhas.

Os meninos do sétimo e oitavo viviam fazendo o bumbum de Luiza de pandeiro, e eu fazia também sem malícia – da minha parte – seguindo o fluxo dos outros.

No dia seguinte, Luiza não apareceu na escola (o que foi muito inteligente da parte dela) mas o Dante (para o meu completo azar) sim e com uma rodela roxa em volta do olho direito!

Eu não contive o riso quando vi aquele semáforo em volta do olho encolhido como se tivesse envergonhado ou com conjuntivite, dei de cotas para evitar confusões e quando já ia andando longe...

- Vem cá Carlinhos, - senti uma mão segurando a gola da minha farda. - Foi sua mãe linguaruda que largou o doce nos ouvidos da minha mãe. Tu ouviu no baba e contou não foi?

Dante era negro, mais alto, mais velho e forte do que eu, que na ponta dos pés sentia meu rosto queimar porque a gola da farda estava me sufocando por causa da mão do Dante me apertando, eu quase soltei o mijo da bexiga de tanto que batia os dentes para responder.

- Qual foi aí? - Edu gritou correndo em nossa direção. - Deixa o cara! Qual é?

Dande arreganhou os dentes soltou a gola da minha farda, eu desequilibrei e por pouco não caí de cara no chão.

O golpe voou certeiro na bochecha de Eduardo, uma mistura de soco e tapa.

- Tá falando comigo seu merdinha? - Dante disse depois do pescotapa na cara do Dudu.

Dante olhou para os lados, verificando se alguém havia corrido para chamar um professor ou fiscal de corredor mas que nada, estava todo mundo na expectativa de uma confusão.

Eduardo menor na altura, mas maior na astúcia, fingiu cair no chão tomou impulso e jogou o peso do corpo contra Dante que oscilou para trás, pisou em falso e bateu com a cabeça na parede.

Eu em pé ao lado do Edu, sugeri:

- Vamos correr para a direção...

Ele sacudiu a cabeça, fechou os punhos e olhando para o chão onde estava o Dante, disse:

- Eu mesmo não, - e falou alto – se ele quiser que venha.

Dante enfurecido levantou num salto e veio mesmo. Os dois embolaram-se no chão. A gritaria e roda de gritinhos “briga! Briga! Briga!” alertou os professores e zeladores. O porteiro e os fiscais de corredor.

Nesse estágio, Eduardo imobilizado por um mata leão, cravou os dentes no bíceps de Dante mas cravou mesmo de sair sangue. Dante soltou Eduardo e cobriu a ferida com a mão e os olhos cheios de lagrimas.

Meu primo lembrava aqueles vampiros de filme com fios de sangue escorrendo pelos cantos da boca.

E não correu da briga mas continuou acertando chutes e pisões onde conseguia acertar em Dante.

- Merdinha é!? Merdinha!? - Dudu gritava da cor de um tomate. - Fala quem é merdinha!? Fala!

Um porteiro agarrou Edu pelas costas o levantando do chão de tanto que meu primo se debatia.

- O menino está com o capeta no corpo! - gritou o porteiro.

Realmente parecia. Edu dava cabeçadas para trás e deixou o porteiro meio zonzo com uma que o acertou no queixo.

O professor Drumond, educação física, conteve Dante com maior facilidade (aliás para dizer a verdade socorreu). Os outros professores e funcionários da escola conseguiram dispersar os alunos, e eu junto, a reboque para nossas salas.

Embora, o Dante tivesse começado a briga, a história do “menino encapetado” virou lenda na escola.

Comigo os meninos não queriam conta porque era o “fofoqueiro” e com o tempo me apelidaram de “o veadinho do Dudu”, e do meu primo, ninguém queria proximidade por medo.

Em casa tia Leo e mamãe tentavam entender o que acontecera na escola e o pai do Eduardo decretou uma pena de cinco dias de castigo.

Sem regime aberto para ele.

Mas a gente ainda podia brincar no quintal

E foi exatamente no quintal que Edu se virou para mim e disse:

- Você disse para sua mãe sobre o pai do Dante?

- Sim... mas...

- Cara!

- Eu não sabia que…

- Tu é tapado ou o quê?

Ele avançou de um jeito para cima de mim que saltei para trás de medo.

- Não me bate! - pedi.

Edu parou onde estava próximo ao pé de manga.

- Tu está com medo de mim é? Eu livrei a tua pele. É foda! Cê está mesmo com medo de mim? Porra!

- Eu sei, não é medo… é... é... - (era medo mesmo).

Eduardo pareceu enraivecer-se ainda mais e respondeu ríspido:

- É sim, além de fofoqueiro é veado?

Aquelas palavras irromperam uma quentura nas minhas bochechas e tive uma vontade incontrolável de chorar, corri para casa sem querer contato com o Edu.

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